Coldplay
Comecei a resenha de Higher Power com a seguinte frase: “sinceramente, não consigo entender direito a transformação do Coldplay de uma excitante banda de indie rock/pop post-britpop em uma pastiche deles mesmos”. Então, surge Coloratura para recolar a banda dentro do caminho certo em um trabalho realmente espetacular.
A grande razão de Coloratura funcionar é que a banda esquece esquemas prévios de como fazer uma canção comercial atualmente e embarga em uma linda, nada comercial e tocante viagem sonora. Com um pouco de dez minutos, a canção é uma sensorial, inspirada, celestial e completamente envolvente progressive rock misturado com indie rock e pinceladas de psychedelic rock/pop que cria uma história com começo e fim, sendo envolvida em uma atmosfera delicada e sonhadora. Com uma performance realmente cativante de Chris Martin em seu melhor momento em tempos, a canção ainda entrega uma composição inspirada que beira o filosófico sem pender para o pretencioso. Com fortíssima inspiração do Pink Floyd em Dark Side of the Moon, Coloratura é uma das melhores canções que a banda entregou nos últimos devido a produção e, principalmente, o Coldplay voltando a ser a banda excitante de indie rock/pop post-britpop que se mostrou desde o começo. A pergunta que fica é: uma exceção ou o começo de uma reinvenção?
nota: 8
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