Róisín Murphy
Assim como uma enviada dos céus, Róisín Murphy continua a entregar trabalhos que parecem serem feitos nas soldas celestiais. Esse é o caso de Assimilation.
Remix de Simulation, canção que abre Róisín Machine e que defini na resenha como “uma genial e hipnotizante house/techno que funciona com um glorioso abre-alas que trabalha como aquela viagem psicodélica de barco na versão original de A Fantástica Fábrica de Chocolate”, Assimilation desconstrói toda a pomposidade épica da canção para entregar uma acachapante remix/versão em forma de uma mistura de EDM, post-disco, funk e toques da batida original de house/techno. Menor em duração, a canção parece trocar a atmosfera fantástica por algo mais orgânico. A batida que era antes costurada dentro do reino do etéreo passa para o da sensualidade envolvente sem perder, porém, a potencia original. E, novamente, Róisín coloca o seu toque de bruxa pop para entregar uma canção nada comercial, mas que faz a gente querer se levantar para dançar como se não houvesse amanhã. Ao desconstruir a sua própria canção para remonta-la em uma versão que funciona perfeitamente por si só, a cantora apenas continua a sua jornada para escrever as suas próprias leis do pop. E, por isso, eu a agradeço e rezo para que continue assim.
nota: 9
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