Madonna & Beyoncé
Quando a gente pensa que a Beyoncé não iria surpreender mais com a promoção/divulgação do Renaissance eis que a cantora resolver lançar o remix de Break My Soul com a presença de ninguém menos que a Madonna. Não um remix apenas, mas, sim, a celebração definitiva de toda significação por trás do ano e, claro, um presente único aos fãs.
Em questão de remixes, a Beyoncé tem um ótimo desempenho como, por exemplo, a sua presença em Savage (Remix) da Megan Thee Stallion e, claro, o inesquecível Flawless Remix com a participação da Nicki Minaj. Entretanto, a versão de Break My Soul sub intitulado como THE QUEENS REMIX é algo para entrar para história. Primeiramente, a canção tem o uso de Vogue da Madonna com interpolações que vão além do simples uso do samples e, sim, a construção de uma nova canção que casa dois mundos de maneira extraordinária e de uma genialidade sem precedentes para a carreira das envolvidas. Ao escolher a canção, Bey volta aos olhos para a primeira canção mainstream que deu holofotes para a cultura queer/house/ballhouse e homenageia a importância da rainha do pop na história da música. E, queridos leitores, isso poderia ser apenas um ato bonito se não fosse trabalhado da maneira que esse remix é construído. As duas canções se fundem de maneira natural, excitante e impressionante sem que nenhuma seja engolida uma pela outra, mas sabendo que a canção da Bey é a base e que Vogue é o toque de gênio por trás. E isso é possível devido a produção revigorante que sabe que um remix nesse porte precisa ser reconstruído com adição não apenas do sample, mas, também, com a mudança de estruturas originais para ser um remix de verdade. Em segundo, THE QUEENS REMIX é também uma homenagem importante aos nomes importantes da cultura negra e queer. Nos novos versos da canção em que a Bey faz um remake do famoso rap de Vogue que citava nomes da Hollywood clássica e agora cita nomes de cantoras negras de várias eras, indo das percussoras como Aretha Franklin. Rosetta Tharpe, Bessie Smith e Nina Simone passando por lendas como Lauryn Hill, Diana Ross, Janet Jackson, Whitney Houston e Grace Jones até contemporâneas como as afilhadas Chloe e Halle Bailey, Rihanna, Nicki Minaj e Alicia Keys, entre outras. Além dessas citações, a cantora cita várias “casas” importantes na cultura ballroom como Xtravaganza, LaBeija, Balmain, entre outras. BREAK MY SOUL (THE QUEENS REMIX) continua a demonstrar o imenso domínio artístico, estético e comercial da Beyoncé que está apenas no começo da sua nova era.
nota: 9
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