E com os primeiros nomes da lista de Melhores Singles que começo a minha tradição de escolher os maiores destaques de 2022. Espero que gostem!
75. 5.17
Thom Yorke
"Assim como toda a sua carreira com a banda ou solo, o musico entrega em 5.17 um trabalho tecnicamente espetacular. O instrumental é de uma delicadeza complexa que fica muito bem entre o limiar do melancólico e o contemplativo sem pender para nenhum lado e muito menos se transformar a canção em um trabalho arrastado. Além disso, existe uma falsa ideia que estamos diante de um trabalho minimalista, mas que na verdade apresenta uma complexidade de construção bastante impressionante."
74. Fé
IZA
"A produção poderia trabalhar com texturas e nuances para aprofundar a atmosfera que evoca a negritude e a força da crença, mas o resultado de Fé é interessante o suficiente para se sustentar de maneira poderosa. E esse poder vem principalmente do carisma luminoso e única da Iza que não precisa de muito para entregar uma performance deslumbrante."
73. Let’s Do It Again
Jamie xx
"Let’s Do It Again é uma intensa, eletrizante e cativante EDM/progessive house com toques de gospel que funciona devido a profundida de nuances e texturas que Jamie adiciona no resultado final. Grandiosa sem soar pretenciosa, pois respeita a base do gênero e, principalmente, entregar uma bela canção eletrônica, a canção poderia ser genial coma adição de uma letra melhor pensada, pois acredito que esse seja o tipo de canção eletrônica que carece de uma letra e não apenas a repetição de frases de efeito."
Regina Spektor
"Primeiro single do seu próximo álbum, a canção é uma edificante, emocionante, estranha e única indie pop que exala a personalidade única de Regina. A instrumentalização é um trabalho impressionante, principalmente devido a sua construção cheia de altos e baixo e o cuidado com cada peça que faz parte."
71. Baby
Charli XCX
"Baby é uma hibrido criativo, distinto e levemente esquisito de dance pop com toques de new wave e electropop que parece ter saído exatamente deu um limbo entre a transição dos anos oitenta e noventa. Lindamente produzido, a canção acerta ao adiciona uma dose cavalar da personalidade excêntrica de Charli XCX que coloca nuances de eletrônico para deixar a canção relativamente moderna sem perder o seu toque nostálgico."
70. Please Do Not Lean
Daniel Caesar
"Encorpada, refinada e de uma finalização espetacular, a canção se destaca ainda mais devido a relaxada e poderosa performance de Daniel que sabe como usar o seu falsete de maneira perfeita para balancear as partes mais graves da canção. Além disso, a composição é um trabalho muito interessante, pois parte do ponto de vista do narrador que tenta mostra a amada os problemas em amar o mesmo de maneira a que ela possa pesar os pros e contras."
69. Holding Back
BANKS
"O ponto que Holding Back traz de novo para a discografia da cantora é a sua estranha e interessante produção vocal. Uma mistura de texturas e efeitos vocais que quebram expectativas do começo ao fim da faixa, a produção cria algo realmente original com a adição de nuances que ajuda a faixa ganhar força verdadeira. Capitaneado pela performance da Banks que brilha realmente quando a sua voz aparece nua e crua, Holding Back continua o caminho da cantora de criar uma versão de pop que seja tão pessoal e, ao mesmo tempo, consiga criar um padrão de similaridade com quem escuta."
Ava Max
"Não espere que a canção seja exatamente original, mas, sim, uma excitante e divertida synth-pop com forte influencia dos anos oitenta que tira inspiração diretamente do The Weeknd. Felizmente, a canção tem uma boa produção que consegue não ser uma cópia barata, especialmente devido a injeção de personalidade que a cantora oferece com uma presença sólida e com carisma bem definido. E isso deveria ser sempre o ponto forte das canções da cantora, pois Ava é uma ótima cantora com instrumental para ainda ser melhor e que precisa ainda achar um pouco de seu próprio caminho."
67. Vegas
Doja Cat
"Fazendo parte da trilha do filme Elvis sobre a estrela do rock, a canção tem a engenhosidade e inteligência de usar o sample de um dos sucessos do cantor para dar base para a canção em Hound Dog. Todavia, a versão aqui escutada fortemente é a versão original em forma de blues da cantora Big Mama Thornton. Ao tomar essa decisão, a produção resgata as verdadeiras origens do rock na música negra para criar um tem para um filme que espero mostre esse cenário."
Porter Robinson
"Usada em um evento do game League of Legends, a canção retira inspiração do anime Madoka Magica para criar uma balada mid-tempo eletrônica que posso apenas intitular como fofetrônico. E acredito que essa seja uma das melhores características de Porter: adicionar uma carga imensa de emoção genuína em um gênero que normalmente quer ser mais estético que substancial."
65. Shirt
SZA
"Produzido pelo veterano Darkchild, a canção apresenta uma suculenta atmosfera da sonoridade feita para o R&B no começo dos anos dois ao ter uma batida cadenciada e bem demarcada com a base de percussão que dá para a canção uma vibe sensual e bastante envolvente."
64. HENTAI
Rosalía
"A primeira vista, a canção é uma tocante, delicada e quase minimalista balada pop/art pop que tem na voz cristalina de Rosalia a sua aparente principal qualidade. Entretanto, ao olhar com um pouco de mais cuidado irá perceber que a produção capitaneada pelo The Neptunes é uma desconstrução do que era esperado. A espetacular e surpreendente composição que não tem medo de ser uma ode ao sexo de forma explicita e deliciosamente sem vergonha."
63. Did you know that there's a tunnel under Ocean Blvd
Lana Del Rey
"Novamente, a cantora tem a produção de Jack Antonoff, mas que, felizmente, não se mostra como ponto de discussão da canção, deixando de a sua marca de forma mais palatável. Na verdade, o single que abre os trabalhos do álbum do mesmo nome acerta perfeitamente na construção da instrumentalização que começa como uma simples balada pop para se desdobrar em uma lindíssima e épica balada orquestrada que apresenta um instrumental épico e espetacular na sua parte final."
62. Don't Forget
Sky Ferreira
"Don't Forget é uma instigante syntyh-pop, indie rock e generosas pitadas de post-disco que cria uma canção revigorante e surpreendente, especialmente na sua primeira metade. A mudança pode pegar alguns de surpresa, mas, felizmente, a produção adiciona um verniz sombrio para fazer a canção ter a cara da cantora com densidade sombria muito bem vinda."
Kelela
"Washed Away dá uma leve guinada na conhecida sonoridade da cantora ao ter uma pegada mais pop ao transitar lindamente entre o ambient e o alternativo, mas continuando a ter uma atmosfera etérea e de uma delicadeza sublime."
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