Regina Spektor
Um dos nomes que se tornaram a cara do indie pop/rock dos anos dois mil, especialmente devido ao sucesso de Begin to Hope de 2006, a Regina Spektor lançou o seu oitavo álbum no interessante Home, before and after. E mesmo que o mesmo não seja um acerto do começo ao fim, o trabalho é um deleite sonoro que apenas uma artista tão única como a Regina é capaz de entregar.
Excêntrico, divertido, climático, estranho e lindamente instrumentalizado, Home, before and after parece uma caixa de música que guarda canções das mais variadas origens, entoadas pela delicada e angelical voz de Regina. E todas essas canções são envernizadas pela imensa personalidade da artista e da produção de John Congleton, resultando em um adulto, moderno e visceral trabalho art pop, indie rock e baroque pop. Acredito que a melhor definição da sonoridade ouvida aqui para alguém que não conheça a cantora seja uma versão light do último álbum da Fiona Apple misturado com toques de Kate Bush, Tori Amos e toques de leves de Bjork. Quem conhece tem a noção que apesr de poder criar links com todas essas artistas, Regina apresenta uma atmosfera completamente única que a faz transpirar personalidade em todos os momentos. Nem sempre, porém, Home, before and after acerta de forma plena devido a questionáveis escolhas sonoras aqui e acolá, mas quando todo converge para o melhor é entrega a fenomenal e experimental Up the Mountain ou devastadora delicadeza Spacetime Fairytale. E assim fecho o ano de 2022 como o saldo completamente positivo.
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