Parte I
Parte II
50. Talking To Yourself
Carly Rae Jepsen
"A canção remota diretamente ao que a cantora entregou no já cult Emotion ao ser uma excelente, divertida, elegante e cheia de personalidade synthpop. Existe quase uma áurea que se torna tão especifica que a Carly adiciona para esse tipo de canção que a mesma pode nem ser exatamente a mais original de todas, mas ainda é de frescor sonoro excitante e viciante. É como reencontrar uma velha amiga e sair para a balada depois de tomar uns drinks tropicais e doces. Esquisito essa imagem, mas é o que sinto ao ouvir a Carly voltar para esse estilo."
49. Follow Me
Pabllo Vittar & Rina Sawayama
"Segunda parceria das duas artistas depois do remix de Comme des Garçons (Like the Boys), Follow Me é uma surpreendente mistura de electropop, EDM, toques de latin pop e synth-pop que apresenta uma produção inspirada que consegue sair de qualquer clichê para entregar uma canção explosiva, inteligente, cativante, lindamente construída. Cheia de nuances que vão sendo adicionadas ao longo da sua duração que consegue criar uma canção realmente completa e com personalidade definida, misturando influencias diversas como, por exemplo, o começo dos anos noventa e as batidas feitas para se dançar vogue. Além disso, as duas artistas brilham em suas performances sem ofuscar a outra e mostrando química perfeita."
Paramore
"Primeiro single do álbum de mesmo nome, a canção é uma interessante, sóbria, madura e vigorosa mistura de post-punk, new wave e art rock que mostra a banda deixando ao menos por aqui o toque pop que marcou os lançamentos dois álbuns anteriores. Isso faz a banda perder certo apelo comercial que construíram de forma única, mas, sinceramente, deixa claro a vontade de evolução constante da banda. E This Is Why é um comeback a altura do hype dessa percepção da banda perante o público."
47. Spitting Off the Edge of the World (featuring Perfume Genius)
Yeah Yeah Yeahs
"Uma indie rock sombria e pensada, a canção tem uma atmosfera áspera que parece envolver a gente com uma falsa delicadeza que realmente é difícil de entender, mas é bastante fácil de gostar e se envolver. Spitting Off the Edge of the World é com aquele calafrio que vem do nada e deixa uma marca na gente sem ao menos sabermos sobre o que é de verdade. Densa, elegante e misteriosa, a performance da Karen O é perfeita para a atmosfera da canção, conseguindo passar toda a forma da enigmática e madura composição."
46. Billions
Caroline Polachek
"Uma mistura completamente única de art pop, indie pop, trip pop e synthpop, Billions apresenta uma construção sonora extremamente distinta, intricada, rica, inesperada e de uma inteligência única. Texturas, sons, nuances e quebras de expectativas fazem parte da base do impressionante arranjo que consegue ser, ao mesmo tempo e de maneira impressionante, contido e grandioso em um equilíbrio impressionante. O toque de gênio final fica por conta dos vocais em coro da parte final, pois faz Billions ganhar uma força emocional ainda mais impressionante que a já sensacional performance de Caroline."
45. Cardboard Box
FLO
"Cardboard Box é, provavelmente, a canção que melhor captura o que o Destiny’s Child estaria fazendo atualmente se a girl band tivesse surgido atualmente: um R&B cativante, radiofônico, divertido e de personalidade ímpar. Boa parte dessa qualidade é devido a produção redonda e inteligente do produtor MNEK que tem trabalhos como nomes como, por exemplo, Dua Lipa, Christina Aguilera, Beyoncé, Kylie Minogue e, claro, o Little Mix. Outro ponto forte da Cardboard Box é a sua ácida e inteligente composição sobre um pé na bunda bem dado que lembra diretamente trabalhos como Say My Name e Bills, Bills, Bills, mas, felizmente, encontra personalidade suficiente para brilhar com humor e ótimas sacadas."
44. How Long
Tove Lo
"Uma synthpop tradicional e direta, a produção acerta na pegada slow burn que transforma a canção uma poderosa explosão emocional devido a sua devastadora composição. Ao narrar a descoberta de uma traição, Tove Lo pega o caminho difícil ao não apenas apontar os erros do outro, mas, também, mostrar os seus erros dentro desse relacionamento em ruinas. Os versos “How, how long have you tried to end it/ While I'm blamin' myself to fix it?” são de uma honestidade tão grande que fui pego de surpresa verdadeira como poucas vezes dentro da música pop. Além disso, a entrega da cantora em uma performance que exala uma raiva contida é algo que precisa ser parabenizado."
43. Head on Fire/ Head on Fire (feat. King Princess & MØ)
Griff & Sigrid
"Na verdade, a canção original é uma parceria das duas últimas citadas anteriormente, ganhando uma versão “remix” com a presença das duas primeira. Ao contrário de canções recentes que seguem esse modelo de “remix que não é remix”, a versão com as quatro cantoras é melhor que a verão original. E isso é um feito extraordinário, pois apenas a canção base já seria um presente especial para o público. Head on Fire é uma envolvente, contagiante e suculenta mistura de indie pop, pop rock e dance-pop que funciona perfeitamente do começo ao fim. Na verdade, a canção é o tipo de trabalho que a gente não escute frequentemente, pois apresenta uma estrutura bem tradicional com um instrumental encorpado. Outro ponto de destaque é a sua espetacular composição. Apesar de temática ótima ao falar sobre a obsessão que gera ao se apaixonar, o destaque da letra são as escolhas líricas inteligentes e maduras que entregam um refrão simplesmente perfeito. Todavia, a canção realmente estoura de fato com as presenças adicionais das cantoras King Princess e MØ."
The 1975
"Provavelmente a canção mais diferente deles até o momento, o single é uma mistura esquisita, mas bem construída e surpreendente de indie rock, folk pop e toques de art pop que gera um resultado inesperado e realmente refrescante para a sonoridade da banda. Ao contrário da pomposidade das canções que estamos acostumados vindo da banda, a canção apresenta uma aspereza e uma certa economia instrumental que consegue criar uma expectativa bem diferente para o álbum. O vocalista Matthew Healy se adapta ao estilo da canção de maneira natural e entrega uma performance inspirada e com nuances."Resenha
41. Hold The Girl
Rina Sawayama
"Faixa que dá nome ao trabalho, o single é um elegante, emocionante, grandiosa, inteligente, linda e nostálgica mistura de synth-pop, pop rock e EDM que remete diretamente a uma sonoridade dos anos noventa, especialmente uma ouvida na Europa na parte final da década. Na verdade, a canção remete também aos primeiros trabalhos da própria Rina ao ter uma construção mais artística do que a direta This Hell. O lado emotivo da canção é trazido pela tocante composição que fala sobre amor próprio, podendo ser direcionada para si mesma ou para alguém que a cantora ama. Apesar de batida a temática, Hold The Girl se destaca devido a maturidade que a composição é construída, deixando de lado clichês fáceis de lado. O que realmente faz Hold The Girl se destacar, porém, é a belíssima performance vocal da cantora que consegue criar uma teia de nuances até explodir de maneira poderosa na sua parte final."
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