Nicki Minaj
Com a volta da Nicki Minaj ao sucesso comercial com Super Freaky Girl que resenhei devido a presença de certo produtor envolvido resolvi voltar alguns uns e olhar novamente para a canção que colocou a rapper definitivamente no panteão das grandes estrelas pop: Anaconda. E para o bem ou para o mal, a canção é um dos momentos mais importantes da década passada.
Acredito que a canção seja a representação bastante fiel de toda a carreira da Nicki: ame-a ou odeia-a. Não existe meios termos ou opiniões medianas. Ou você gosta ou odeia com muita força. Lançada como segundo single do terceiro álbum da rapper The Pinkprint de 2014, Anaconda é uma explosiva, afrontosa, grudenta e comercial ao extremo mistura de hip hop, pop rap e toques de drum bass que cria algo tão distinto e excêntrico que fica bem no limiar entre o absurdamente viciante e gigantescamente irritante. E o uso do sample Baby Got Back do Sir Mix-a-Lot ajuda amentar essa sensação, pois a canção apresenta essas mesmas características. E tudo colide com a explicita e controversa composição que é simplesmente uma ode ao pênis grande. Cheias de referencias e boas sacadas, a letra de Anaconda é vulgar, divertida, estridente e deliciosamente cafona, mas que funciona no instante que está de acordo com a persona que a Nicki sempre impôs durante os primeiros anos de carreira. O que para mim não tem como não apontar sendo o grande motivo para a canção funcionar é a performance espetacular, magnética, versátil e com uma dose cavalar e lendária da Nicki Minaj. Não apenas Nicki adiciona tanta personalidade que Anaconda se torna o tipo de canção que nunca poderia funcionar sem a sua presença e todas as versões que possam existir são apenas parodias pálidas do que a mesma alcançou. Anaconda é, sim, um dos momentos mais importantes da recente história do pop, mesmo que seja para ser odiada.
nota: 7,5
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