Samia
Segundo álbum da cantora Samia, Honey é reconfortante o suficiente para não ser um trabalho dispensável, entregando alguns ótimos momentos.
A sonoridade do álbum segue basicamente o estilo indie pop/indie rock de garota branca com algo para dizer. Não é exatamente revolucionário, mas, sinceramente, conseguiu me cativar os seus quarenta minutos. Faltou uma dose cavalar de urgência para transformar o álbum em um momento importante para a história da música em 2023. Em alguns momentos, o álbum soa despretensioso demais para que o publico em geral possa querer realmente se interessar como fez em trabalhos semelhantes recentes como, por exemplo, o de Phoebe Bridgers e Ethel Cain. Felizmente, Samia tem seus momentos de brilho intenso salpicos por todo o trabalho, começando pelo excelente e tocante abre-alas Kill Her Freak Out. Outro ótimo momento é a doçura da melodia que adiciona um toque sombrio para a dramaticidade de letra de Pink Balloon. Outros momentos de destaque do álbum ficam por conta da sequência da indie pop/folk To Me It Was, seguida pela bela e metalizada Breathing Song e, por fim, a canção que dá nome ao álbum na animadinha Honey. Está bem longe para que a Samia ter entregado um dos álbuns do ano, mas server perfeitamente para passar um tarde quente quando não se não tem mais nada para ouvir.
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