27 de outubro de 2019

O Fundo do Poço

10,000 Hours
Dan + Shay & Justin Bieber


O country americano vive uma profunda crise criativa. Tirando a ala feminina e alguns poucos nomes masculinos, o gênero vem sendo transformado em uma pastiche massificada e sem nenhum tipo de brilho que deixaria os pioneiros do mesmo envergonhados. Um dos nomes mais "influentes" nessa derrocada é a dupla Dan + Shay que, para pior toda a situação, convidou o Justin Bieber para cometer a bomba 10,000 Hours.

10,000 Hours é exemplificação exata dessa massificação. Um country pop sem força, graça e com uma produção tão fraca e preguiçosa que a canção poderia ter qualquer tipo de letra que não faria a menor diferença. É triste ver um gênero que tem tanta história e uma bagagem rica ser reduzido em canções rasas e superficiais como 10,000 Hours. Mesmo com um refrão redondo, a composição é de uma falta de criatividade que chega a ser irritante de tão tosca. E tudo piora com as performances de todos os envolvidos, pois, além de não terem nenhuma química, parecem que estão sob efeito de soníferos. Acredito que pior que isso não fica, mas, ás vezes, o fundo do poço é apenas o começo. Oremos.
nota: 4,5

Em Outras Épocas

Harley's In Hawaii
Katy Perry

Katy Perry tem lançando canções que em uma outra época teriam estreado no número um da Billboard. E o pior é que as mesmas têm a qualidade que uma boa música pop merece como é o caso da legal Harley's In Hawaii.

Harley's In Hawaii é uma música, no mínimo, curiosa, pois consegue se encaixar em várias "caixas". É uma aposta sonora ao ser uma descontraída pop/R&B que parece brincar de forma inteligente com a percepção do público em relação ao que a cantora sempre entregou. Ao mesmo tempo, porém, a canção também não vai além de um trabalho apenas bem feito e não apresenta nada de realmente de novo para a cantora. É comercial, mas não tem o mesmo apelo que a ótima Never Really Over. Com uma composição redonda e romântica na medida certa, Harley's In Hawaii é, sim, uma boa canção pop que não sucumbe aos seus erros. Em outras épocas, a canção seria o terceiro número do próximo álbum da Katy Perry, mas atualmente deve amargar o flop. 
nota: 7

25 de outubro de 2019

As 100 Melhores Músicas Que Você Não Deve Conhecer

Grandes encontros entre dois ídolos que se transformam em um evento é algo que já vem de muito tempos atrás. Todavia, antigamente havia uma certa raridade nesses momentos que os ajudavam a criar uma atmosfera de quase lendária nessas colaborações. Só para citar alguns nomes que fizeram histórias: David Bowie e o Queen em Under Pressure, Paul McCartney e Michael Jackson em Say, Say, Say, Mariah Carey e Whitney Houston em When You Believe, Aerosmith e Run-D.M.C em Walk This Way, entre outros. Claro, hoje em dia esses tipos de encontros são bem mais comuns e, na maioria das vezes, desinteressantes. Hoje em As 100 Melhores Músicas Que Você Não Deve Conhecer irá lembrar de dois grandes encontros que, infelizmente, acabaram meio que esquecidos pelo grande público. E, queridos leitores, as duas canções não poderiam ser mais diferentes entre si, mas que apresentam razões similares para existirem. Então, citando o Faustão, está na hora dos...

23 de outubro de 2019

Resistência

Freedom Rings
Brandy

Antes de qualquer coisa, o fazer música é algo que precisa de, primordialmente, amor pela arte. E quem continua nessa área precisa de um amor ainda maior depois de ter feito sucesso comercial para continuar a sua arte. É assim que muitos artistas continuam o seu oficio em um cenário em que parte do público está mais ligado para quem está alta. Esse é o caso da cantora Brandy.

Apesar de não ter o mesmo destaque dos áureos tempos dos anos noventa, a cantora continua a sua carreira demonstrando que ainda tem muita "lenha para queimar". Além das participações especiais para vários artistas, Brandy ainda lança trabalhos solos como a boa Freedom Rings. Uma mistura madura e bem finalizada de R&B e soul music com influência dos anos setenta, a canção é um trabalho que apenas uma artista sem as amarras do sucesso e com a experiência de Brandy poderia fazer: nada comercial para os parâmetros atuais e com uma profundidade acima da média. A produção erra ao deixar a parte instrumental um pouco arrastada na sua parte intermediaria, mas isso não chega a atrapalhar de forma severa o resultado final. Entregando uma performance sensacional do começo ao fim, Brandy entoa uma forte, empoderada e emocionante sobre o desgaste e a difícil volta por cima de quem vive a sua vida sobre o peso das luzes dos holofotes. E a composição é perfeita para ilustrar exatamente sobre o atual momento da carreira da cantora que não precisa mais de aprovação para fazer a sua arte. E isso é algo que não pode superar.
nota: 7,5




21 de outubro de 2019

A Grande Falta

Show Me Love (feat. Miguel)
Alicia Keys

Alicia Keys é uma das artistas que mais fazem faltam dentro do mainstream americano não apenas devido a sua presença, mas, principalmente, devido a qualidade que a mesma sempre trouxe em seus trabalhos. Se a mesma não consegue alcançar os topos das paradas atualmente, ao menos Alicia ainda lança boas canções como é caso de Show Me Love.

A canção é uma elegante, refinada e carismática R&B com uma vibe low profile e uma instrumentalização quase minimalista. Nas mãos de alguém com menos apuro artístico, Show Me Love poderia cair no simplismo, mas com a Alicia como a "capitã" o resultado é bem mais interessante. Não é um dos melhores trabalhos da cantora, mas funciona de maneira devido a beleza artística que a cantora sempre coloca em suas canções. Além disso, Show Me Love lembra dos trabalhos iniciais da cantora como aqueles ouvidos em álbuns como The Diary of Alicia Keys e Songs In a Minor. O erro da produção é fazer do sempre ótimo Miguel um coadjuvante de luxo, dando apenas alguns versos soltos para o cantor. Tirando isso, a canção é uma prova da grande falta que talentos como o da Alicia Keys fazem no mainstream.
nota: 7,5

20 de outubro de 2019

As 100 Melhores Canções da Década

Senhoras e senhores, 

É com muito prazer que hoje inicio uma lista muito especial aqui no blog: As 100 Melhores Canções da Década. A importância não é apenas devido a ser a escolha daquelas canções que na minha opinião foram as melhores dessa década que está se findando, mas, principalmente, porque o SóSingles "viveu" essa década de cabo a rabo. Iniciado em 2008, meu pequeno projeto viveu plenamente a década com seus altos e baixos da música e, claro, da minha vida pessoal. Entretanto, nunca comprometendo a minha visão, sempre mantendo a minha paixão pela música e por todos os meus leitores que ainda dão uma passadinha por aqui. Quero agradecer de coração a todos que leem o blog de forma esporádica ou mais assídua por fazerem parte dessa história. Sem mais delongas, aqui está a primeira parte de...

17 de outubro de 2019

Um Futuro de Respeito

Lights Up
Harry Styles

Parece que vai caber ao Harry Styles se tornar o ex-1D de maior sucesso após o fim do grupo. Não apenas comercialmente, mas, primordialmente, artisticamente. E o lançamento de Lights Up ajuda a confirmar essa constatação.

Continuando a mostrar que o seu rumo é mesmo o de ser um rockstar, Harry entrega em Lights Up uma sensual, envolvente e madura indie pop/rock que bebe claramente de uma atmosfera dos anos setenta. Não é a algo que podemos definir como genial, mas é um trabalho de uma solidez artística que a gente não imaginava na época que o cantor fazia tipo na boy band. Além disso, a canção deixa bem claro o talento vocal e carisma magnético que o coloca como um dos poucos astros do pop masculinos que podem levar essa alcunha sem restrições. A composição poderia ser melhor refinada para criar um trabalho realmente memorável do começo ao fim, mas isso não apaga o fato de Harry Styles tem um futuro brilhante pela frente.
nota: 7,5

14 de outubro de 2019

A Garota Que Ressurgiu das Cinzas

Glorious
Ella Henderson

Ella Henderson tinha um destino quase certos depois de ter sido eliminada do The X Factor em 2012, apesar de ser uma das favoritas: o ostracismo. Entretanto, a jovem teve o seu talento reconhecido e assinou um contrato com a gravadora Syco e, ao contrário de vários artistas com o mesmo potencial e origem, alcançou os topo das paradas britânicas com o sucesso Ghost. Apesar dos bons resultados do álbum, a jovem foi amigavelmente dispensada da gravadora depois de ter já pronto o seu segundo álbum. Felizmente, Ella assinou um novo contrato com uma nova gravadora e está reiniciando a sua carreira com o lançamento de Glorious.

Glorious é uma canção que poderia ser melhor, mas, felizmente, mostra um pedaço da capacidade criativa da cantora e, também, algumas boas ideias. Um fofo e bem intencionado pop com toques de R&B e gospel que conquista devido ao carisma natural de Ella. A produção trabalha em uma pegada indo para o minimalismo em quase toda a sua extensão, deixando para o final a introdução de mais instrumentos que adiciona personalidade para a canção. Apesar dessa falha, a canção é um trabalho sonoramente original que ganha melhores contornos devido a presença vocal inspirada de Ella e a sua boa e inspiradora composição sobre amor próprio. Espero que esse novo recomeço para Ella possa ser aquele que irá dar para a jovem uma posição definitiva entre os grandes nomes do mercando britânico.
nota: 7,5

13 de outubro de 2019

Apocalipse Now

eXplosion
Black Eyed Peas & Anitta

Nunca tive medo de mudar de ideia sobre um artista aqui no blog. Posso citar dois nomes que mudei minha opinião drasticamente ao longo dos anos: Paramore e Demi Lovato. Se no começo, as críticas a banda e a cantora eram duras e extremante negativas, o tempo trouxe a minha aclamação nos seus últimos trabalhos e o meu reconhecimento verdadeiro dos seus talentos. Todavia, para isso acontecer é necessário que os mesmos possam mostrar de verdadeiro amadurecimento artístico em trabalhos merecedores de elogios. Infelizmente, esse não é o caso da Anitta que a cada novo trabalho alcança mais e mais o fundo do poço. Dessa vez, porém, a mesma não é de toda culpada, pois a brasileira é apenas um featuring na horrenda eXplosion do Black Eyed Peas.

eXplosion é, queridos leitores, o fundo do poço musical do Black Eyed Peas. E olha que o grupo vem flertando com esse momento desde os tempos finais da Fergie no grupo ao decidirem mudar a sonoridade de um bom R&B/hip hop para um temeroso electropop/eletrônico. Só que eXplosion consegue ser ainda pior que o que foi apresentado na era de I Gotta Felling. Repetitiva, sem criatividade, linear e pretensiosa, eXplosion é o tipo de canção que soa mais como um desastre musical do que uma verdadeira tentativa de se fazer uma música de verdade. Dona de uma das composições mais ridículas que já tive o desprazer de ouvir, a canção ainda deixa claro que o talento da Anitta é de marqueteira e, não, de cantora. E mesmo assim, a cantora deveria saber melhor e evitar esses tipos de bombas sonoras que não acrescentam em nada na sua carreira, artisticamente e comercialmente. Sinceramente, eXplosion é o tipo de canção que deve ser tocada no começo do apocalipse. E, querida Anitta, ainda estou aberto para uma redenção, mas está cada vez mais difícil deixar essa porta aberta.
nota: 1

7 de outubro de 2019

Antes Tarde do Que Nunca - Versão Single

Yeah! (feat.  Lil Jon & Ludacris)
Usher

Infelizmente, nem todos os artistas conseguem manter o seu ápice criativo por muito anos após alcança-lo, deixando um legado de um ou dois grandes momentos e os outros acabando sombra do seu momento de glória. Um desses artistas é o Usher que, apesar de carreira longeva, alcançou o seu maior e melhor momento nos meados dos anos dois mil com o lançamento do arrasa quarteirão Confessions. E o seu principal momento foi o lançamento da genial Yeah!, canção que praticamente ajudou a iniciar um novo subgênero dentro do R&B/hip hop.

Em 2004, Usher era um nome em ascensão dentro do mainstream americano com três álbuns lançados, alguns milhões de cópias e alguns hits (três números um). Todavia, Usher ainda não tinha estourado mundialmente, mas isso mudaria com o lançamento Yeah! que também ajudou a mudar a imagem do cantor. Até então conhecido mais pelo seu sexy e/ou romântico R&B, o cantor adicionou uma pesada influência do hip hop e pop devido ao fato de ter mudado o seu time de produtores. E o resultado disso foi o gigantesco sucesso comercial ao ser número um no mundo inteiro e ter um dos clipes mais importantes dos anos dois mil, ajudando o álbum Confessions a vender cerca de 20 milhões de cópias mundialmente. Tudo isso devido ao dinamismo sonoro de Yeah!.


Produzido pelo Lil' Jon, o DJ Khaled do começo dos anos dois mil, Yeah! é um trabalho eletrizante, explosivo e grandioso que à cada momento consegue criar uma atmosfera tão épica que fica fácil de entender o motivo da canção não apenas ter feito sucesso, mas, principalmente, ainda estar na memória de boa parte do público. Começa pela batida que une perfeitamente a energia do crunk (subgênero do hip hop que a canção ajudou a popularizar) e a sensualidade do R&B, salpicado pelo apelo comercial do dance pop. O resultado é um trabalho único e completamente diferente que era ouvido no ano do lançamento e, sejamos sinceros, nem anos depois foi lançado algo com a mesma pegada. Yeah! é o tipo de canção que não quer que você dance durante a sua execução, mas, sim, a mesma demanda esse tipo de reação ao primeiro acorde. E a canção se torna tão hipnótica que nem interessa que a mesma esteja falando sobre um encontro sexual em uma boate, pois no final das contas só os yeahs repetidos irão ficar marcados na nossa memória. Felizmente, isso não é um problema já que a composição é um trabalho refinadamente pop, divertido e despretensioso. Até mesmo as inserções vocais do Lil Jon funcionam de forma quase mágica, adicionando elementos icônicos para a canção. No ápice da sua carreira, Usher entrega uma performance avassaladora que o colocou na época como um dos maiores astros pop da geração dois mil. E, claro, o sumido Ludacris também entrega um verso sensacional que fecha com chave de ouro a canção. Como já é sabido, Yeah! foi o ápice criativo e de sucesso do Usher, apesar de ter bons momentos depois, nunca alcançou o mesmo desempenho. E também pudera, pois a canção é um dos ápices do pop.
nota: 9,5

6 de outubro de 2019

Hype Encontrado

Dirty Laundry
Danny Brown

Já faz algum tempo que rap masculino está em um marasmo entediante em que os principais nomes estão passando por hiatos e os novatos estão longe de entregarem coisas realmente boas, tirando, claro, as artistas mulheres. Felizmente, o gênero está longe de morrer e nomes como Danny Brown ainda está aí para provar.

Apesar de uma carreira já consolidada e aclamada, Danny Brown ainda não alcançou o mesmo sucesso comercial que alguns de seus contemporâneos como o Drake e o Kendrick Lamar. Isso não quer dizer, obviamente, que o seu trabalho valha menos que os dos rappers citados, pois como deixa claroDirty Laundry precisa ser ouvido por muito mais pessoas. Longe do minimalismo que pode se transformar em pobreza sonora do trap, o single é um voluptuoso, rico e original hip hop que brinca e flerta pesadamente com indie e o experimental para criar uma batida única, original, refrescante, divertida e audaciosa. Se a sua sonoridade já não fosse suficiente para se destacar, Dirty Laundry também brilha em outras áreas ao ser uma engraçada e honesta "crônica" de Danny sobre as suas experiências sexuais das mais diversas. O interessante é que o rapper não cai no vulgar ou desrespeitoso para falar sobre o assunto, mas prefere o humor com tiradas e referências para construir a letra. Depois de ouvir Dirty Laundry, o hype para o lançamento do álbum uknowhatimsayin¿ está nas alturas. E é isso que estava faltando no rap em 2019.
nota: 8

5 de outubro de 2019

Águas Passadas

Memories
Maroon 5

Ao ser a única banda que consegue se manter relevante comercialmente na atualidade, o Maroon 5 pode não ser uma unanimidade geral, mas tem os seus fieis fãs e, principalmente, um tino para fazer canções vendáveis como poucos. E a mais nova empreitada é a mediana Memories, uma volta ao passado da banda.

Memories lembra o romantismo sentimental e cativante que a banda mostrou lá na época do This Love, mas, infelizmente, não apresenta o mesmo frescor. O grande problema da canção é a sua linear e anticlimática produção que entrega uma pop rock com toques de R&B chocho e com pouca energia. Isso é algo que a banda nunca tinha entregado antes, pois as suas canções, principalmente os singles, sempre apresentam algo de excitante na sua concepção. E isso também reflete na apática performance de Adam Levine que acompanha a linha reta sonora da canção. Apesar de ser uma performance vocal tecnicamente boa, a falta de força atrapalha demais o resultado final. O que salva a canção do total desastre é a sua eficiente e, algumas vezes, inspirada composição que realmente lembra os bons momentos do Maroon 5. E mesmo com todos esses defeitos é bem provável que a canção irá ter um bom desempenho comercial. Para a banda, o velho ditado águas passadas não movem moinhos não parece ser verdade.
nota: 6

1 de outubro de 2019

News Faces Apresenta: Lewis Capaldi

Someone You Loved
Lewis Capaldi

Como uma tradição, todos os anos o mercado mundial, especialmente o dos Estados Unidos, vê surgir o sucesso de um artista britânico que conquista bons resultados de vendas e posições nas paradas. Alguns desses artistas "acabam" ficando e a maioria acaba sendo apenas o famoso "one hit wonders". O mais novo a fazer parte dessa lista, mesmo sendo escocês, é o cantor Lewis Capaldi com o seu sleeper hit Someone You Loved.

Lançada no final do ano passado, Someone You Loved é o tipo de canção que poderia ser esquecida se não tivesse a seu favor a presença inspirada de Lewis Capaldi. Sonoramente, a canção é apenas uma balada pop com base de piano que não tem nada de novo para apresentar ao público, mas que ganha vida devida a voz grave e distinta de Lewis que entrega uma performance avassaladora. Cheia de uma tristeza quase tocável que combina perfeitamente com a composição tocante sobre a solidão e a necessidade que temos que encontrar alguém para podermos nos apoiarmos. Tocante na medida certa e sem nenhum exagero vocal, Lewis ajuda Someone You Loved a ser transformar em um dos trabalhos mais tocantes dos últimos tempos. Agora saber se o mesmo irá sobreviver comercialmente aos próximos passos da carreira é algo bem difícil de saber, mas, felizmente, se essa for a única vez que Lewis foi de uma forma marcante.
nota: 8

Uma Leve Brisa

Carry Me Away
John Mayer

Depois de ouvir a nova canção do John Mayer, Carry Me Away, a única coisa que passa pela minha cabeça e achar uma boa sombra de uma árvore, montar uma espreguiçadeira, tomar uma bebida bem gelada e aproveitar o dia. E isso é algo bom para mim, mas não tão bom para o John Mayer.

Carry Me Away é uma simpática, bem feitinha e doce mistura de indie pop com pop rock que exala uma sensação de paz e good vibes que deixa quem ouve com uma sensação realmente boa. Algo difícil de dizer atualmente sobre outras músicas, mas isso também é o principal motivo da canção não ser tão boa. Sem chegar a realmente empolgar, John Mayer entrega uma canção esquecível logo após o seu término, deixando nenhum sentimento duradouro com a gente. É boa, mas passável. É fofa, mas bem dispensável. Tem uma composição simples e boa, mas sem nenhuma força real. E a performance de John é uma água com açúcar sem muito gosto, mas, também, não um verdadeiro trabalho de uma vida. Carry Me Away é uma brisa em dia quente que a gente esquece assim que começa a chuva. 
nota: 6,5