MAGDALENE
FKA twigs
24 de novembro de 2019
22 de novembro de 2019
Bem Na Sua Cara
Evapora
IZA & Ciara & Major Lazer
IZA & Ciara & Major Lazer
Começando a sua carreira internacional, a Iza parte para o lugar seguro ao se alinhar com o Major Lazer para lançar a canção Evapora, seguindo os passos de Sua Cara. Felizmente, a canção consegue se sustentar sobre os seus próprios devido as suas auspiciosas qualidades individuais.
Sonoramente, Evapora é quase uma continuação de Sua Cara, pois é uma mistura de dance-pop com world music e toques de música brasileira que cria uma batida dançante, nada original e comercial. Um problema que acontece aqui é que a canção não tem um clímax para elevar o seu final que poderia ajudar a fazer a canção a não soar tão linear. O que realmente salva a canção são as presenças energéticas e com química da IZA e da Ciara. Ambas carregam a canção com uma força bem maior que a própria canção precisa, exalando sensualidade, carisma e empoderamento que no final a gente fica bem triste pelas duas não terem em mãos uma canção melhor pensada e realizada. E mais: ao contrário da maioria dos artistas que fazem parcerias com artistas brasileiros, Ciara canta em português o refrão. E isso é algo realmente notável. De qualquer forma, acredito que a IZA tenha um futuro brilhante na sua carreira internacional se a mesma começar a escolher melhores projetos. Por enquanto, o resultado está satisfatório.
nota: 6,5
20 de novembro de 2019
A Desaparecida
International Woman of Leisure
La Roux
La Roux
No final da década passada e começo dessa que está se findando parecia que havia surgido um novo grande nome do indie pop: o duo La Roux. O sucesso do duo britânico com canções como Bulletproof e In for the Kill ajudou a conquistar um Grammy (para o primeiro trabalho deles intitulado apenas La Roux) e a atenção de uma parte do público. Mesmo sem repetir o mesmo sucesso no segundo álbum (Trouble in Paradise) e agora sendo apenas capitaneado pela vocalista Elly Jackson, o La Roux continuou a despertar a atenção do público e da crítica. Todavia, a artista sumiu completamente desde 2014 sem dar muitos indícios que poderia fazer uma volta em breve.
Ao contrário de outros artistas que perderam o trem da relevância, o grande problema foi uma condição misteriosa que fez Elly perder a voz completamente, precisando que a mesma reaprendesse a cantar em outros tons e mudar seu timbre. Depois de quase cinco anos, o La Roux está de volta de forma mais do que auspiciosa com o lançamento da boa International Woman of Leisure.
International Woman of Leisure é uma eficiente, divertida e madura electropop que consegue ter em equilíbrio o lado comercial com o lado "weird" que a cantora sempre demonstrou. Na verdade, a canção é uma das melhores que a artista já lançou, pois azeita as suas principais qualidades e eleva os seus defeitos. Leve e despretensiosa, a canção tem como defeito ser um pouco longo demais, mas o resultado geral consegue superar esse problema de forma satisfatória. Com uma composição afiada, La Roux entrega uma performance contida e bem trabalhada, mostrando que a perda de voz a fez repensar a maneira de cantar e encontrar uma nova voz que se adapte ao sua nova fase. Não é um trabalho revolucionário, mas que cumpre bem a sua missão de reapresentar a La Roux para o público.
nota: 7, 5
Ao contrário de outros artistas que perderam o trem da relevância, o grande problema foi uma condição misteriosa que fez Elly perder a voz completamente, precisando que a mesma reaprendesse a cantar em outros tons e mudar seu timbre. Depois de quase cinco anos, o La Roux está de volta de forma mais do que auspiciosa com o lançamento da boa International Woman of Leisure.
International Woman of Leisure é uma eficiente, divertida e madura electropop que consegue ter em equilíbrio o lado comercial com o lado "weird" que a cantora sempre demonstrou. Na verdade, a canção é uma das melhores que a artista já lançou, pois azeita as suas principais qualidades e eleva os seus defeitos. Leve e despretensiosa, a canção tem como defeito ser um pouco longo demais, mas o resultado geral consegue superar esse problema de forma satisfatória. Com uma composição afiada, La Roux entrega uma performance contida e bem trabalhada, mostrando que a perda de voz a fez repensar a maneira de cantar e encontrar uma nova voz que se adapte ao sua nova fase. Não é um trabalho revolucionário, mas que cumpre bem a sua missão de reapresentar a La Roux para o público.
nota: 7, 5
17 de novembro de 2019
16 de novembro de 2019
Imperfeitamente Bom
Imperfections
Céline Dion
Céline Dion
Com uma carreira que pode ser denominada como lendária, a Céline Dion não precisa apresentar mais nada de novo em relação a sua carreira. Apesar disso, a mesma ainda parece disposta a dar alguns passos novos como é possível ouvir no single Imperfections.
Conhecida por muitas como dona de grandes baladas que beiram o cafona ou e/datado, Céline Dion nunca teve medo de tentar se modernizar sem perder a sua personalidade que a fez a lenda que é. Imperfections é exatamente isso. Uma mid-tempo pop que tenta dar um ar moderninho para a velha balada pop. Bem feitinha, simpática e com uma composição na medida certa ao não ser brega/exagera ou bland/mediana. Apesar de performance de forma competente e deixar o seu timbre ser a estrela, Céline não entrega uma atuação que remete aos seus grandes momentos, deixando a canção menos inspirada. De qualquer forma, a presença da cantora é sempre bom para lembrar o seu imenso talento ainda tem brilho até hoje.
14 de novembro de 2019
Coragem
I Feel Love
Sam Smith
Sam Smith
Ao resenhar o álbum de covers do Weezer proclamei que "existe uma constante em fazer o cover de uma canção clássica: respeitar a versão original ao alterar o mínimo possível e dando a melhor na parte técnica possível ou reverter tudo em um trabalho completamente desconstruído e surpreendente, dando o seu toque pessoal." E é claro que para toda a regra exista uma exceção. Nesse caso é o fato de existirem canções que não importa qual o caminho que deve ser seguido, a regra é que a mesma não deve ser regravada. Quase nunca essa regra é seguida, pois caso fosse não teríamos versões de I Feel Love como a que foi lançada pela Sam Smith.
Lançada em 1977 no auge da disco pela lendária Donna Summer, I Feel Love não é simplesmente uma ótima música que conseguiu sobreviver ao tempo, mas, sim, uma das mais importantes canções de todos os tempos. Isso se deve ao fato que os produtores Giorgio Moroder e Pete Bellotte criaram o que basicamente seria a primeira canção eletrônica de todos os tempos, originando todo um gênero que se tornaria um dos principais para a música pop como um todo. Se não bastasse isso, I Feel Love é, tecnicamente, uma canção de uma complexidade monstruosa para ser feito um cover. Além da sua instrumentalização atemporal e a frente do seu tempo, a canção apresenta uma composição minimalista, vocais em um tom tão alto como o Everest e, claro, a presença luminosa de Donna Summer. Então, recriar uma canção como I Feel Love é algo impossível, mas, ao menos, Sam Smitth entrega algo decente, principalmente, respeitando o original.
A versão de Sam é um trabalho rápido, rasteiro e bem intencionado que não chega a envergonhar como poderia acontecer devido ao talento envolvido na sua produção. Começando pelo próprio Sam que entrega uma performance adequada e bastante esforçada para tentar emoldurar o tom e a dinâmica vocal de Donna para a canção. Não tem o mesmo brilho, mas mostra a paixão que o cantor tem pela canção e, também, o seu talento vocal. A produção consegue tirar algum água de pedra ao fazer um produção respeitosa, bem amarrada e até moderninha para a canção. Todavia, o poder de I Feel Love é tão massivo que tudo na nova versão parece soar "achado" e sem graça. De qualquer forma, a canção ganha pontos pela coragem de tentar reproduzir uma obra impossível de se reproduzir, mas espero que o Sam pare por aqui mesmo.
nota: 6
Representatividade Brasileira
Alavancô
Karol Conká & Gloria Groove & Linn da Quebrada
É nos tempos difíceis que passa uma sociedade que o brilho no final do túnel fica ainda mais forte. No Brasil, um desses brilhos que estão aumentando a sua força são aqueles vindos de artistas com as origens mais diversas possíveis. Um encontro de três vozes importantes dessa geração acontece na canção Alavancô.
Unindo uma mulher negra, uma drag queen e uma mulher trans negra, Alavancô é um deleite para aqueles que acreditam que a música seja um dos mais importantes espaços de representação em uma sociedade. E, felizmente, esse não é o único motivo para ficar feliz em relação a Alavancô, pois canção é de fato uma boa canção. Uma mistura bem azeitada de rap/hip hop com a sonoridade brasileira e um toque de tango, a canção é um trabalho divertido, forte e com personalidade suficiente para carregar as três artistas. Com boas performances e uma composição que sabe passar a sua mensagem de forma elegante e poderosa, especialmente o sensacional verso da Linn, Alavancô é o tipo de canção que ajuda a gente acreditar que uma nova era musical está chegando ao Brasil. Pena que precisa da sociedade se afundar mais lama para tal movimento acontecer.
nota: 8
Unindo uma mulher negra, uma drag queen e uma mulher trans negra, Alavancô é um deleite para aqueles que acreditam que a música seja um dos mais importantes espaços de representação em uma sociedade. E, felizmente, esse não é o único motivo para ficar feliz em relação a Alavancô, pois canção é de fato uma boa canção. Uma mistura bem azeitada de rap/hip hop com a sonoridade brasileira e um toque de tango, a canção é um trabalho divertido, forte e com personalidade suficiente para carregar as três artistas. Com boas performances e uma composição que sabe passar a sua mensagem de forma elegante e poderosa, especialmente o sensacional verso da Linn, Alavancô é o tipo de canção que ajuda a gente acreditar que uma nova era musical está chegando ao Brasil. Pena que precisa da sociedade se afundar mais lama para tal movimento acontecer.
nota: 8
12 de novembro de 2019
O Poder Do Show
Good as Hell
Lizzo
Lizzo
A Lizzo vem construindo uma carreira em que os seus maiores sucessos vem de canções com já alguns aniversários de lançamento. Depois de Truth Hurts de 2017, a vez agora é de Good as Hell, lançada em 2016, chegar ao topos das paradas. Ajuda pelo sucesso já alcançado pela canção anterior, Good as Hell teve o seu e grande boom inicial devido a explosiva apresentação da Lizzo no último MTV Awards, provando que apresentações ainda repercutem após a revolução dos streamings. E, claro, a canção também tem as suas qualidades.
Good as Hell é, assim como Truth Hurts, uma canção sobre empoderar a si próprio sem ter medo do que os outros irão falar. Dessa vez, porém, o foco é menos dramático e com uma pegada de "sorrir" para a vida, indo em direção ao famoso "hakuna matata". Divertida, dona de um refrão certeiro e rápida, Good as Hell também se diferencia pela produção mais R&B/soul com toques de pop, criando uma deliciosa batida que poderia ter mais nuances, mas, felizmente, é o exemplo perfeito que não é preciso recriar a roda para fazer uma boa canção. Além disso, Lizzo entrega uma performance maior que a própria canção e coloca cada segunda a sua personalidade ímpar. E a versão "remix" com a Ariana Grande é a mesma coisa que a versão original, mas com a presença de um verso da cantora com rabo de cavalo. Nada de mais. O destaque aqui é a canção original e a força da Lizzo. Espero que se a mesma continuar com a mesma pegada de sucesso, os seus próximos sucessos comercias sejam as canções que a mesma lançou esse ano.
nota: 7,5
10 de novembro de 2019
A Segunda Vida da Kesha
Raising Hell (feat. Big Freedia)
Kesha
Kesha
Depois da difícil jornada para a cura chegou a hora da Kesha finalmente pode curtir a sua vida e a carreira com o lançamento do primeiro single da seu próximo álbum, a divertida Raising Hell.
Raising Hell é uma volta ao lado dançante da cantora, mas, felizmente, está bem longe do electropop/dance-pop massificado que a mesma começou a carreira. Mais madura e com um identidade sonora bem trabalhada, Kesha entrega uma divertida, única e inspirada mistura de dance-pop com funk e, acreditem, gospel que poderia ser uma grande bagunça, mas, felizmente, encontra na cantora a sua perfeita interprete. Falando sobre viver a vida ao máximo, mas com uma composição inteligente e com passagens realmente engraçadas, Kesha mostra que está em um lugar bem melhor que a que a mesma se encontrou anos atrás, mostrando que existe vida após a tragédia. O problema da canção é que a mesma não usa de forma adequada a participação da lenda do rapper Big Freedia, deixando o mesmo quase como uma back vocal de luxo. E mesmo com esse erro grave, Raising Hell é um trabalho eficiente em ser o primeiro passo para a segunda vida da Kesha. E isso é algo louvável.
nota: 7,5
Raising Hell é uma volta ao lado dançante da cantora, mas, felizmente, está bem longe do electropop/dance-pop massificado que a mesma começou a carreira. Mais madura e com um identidade sonora bem trabalhada, Kesha entrega uma divertida, única e inspirada mistura de dance-pop com funk e, acreditem, gospel que poderia ser uma grande bagunça, mas, felizmente, encontra na cantora a sua perfeita interprete. Falando sobre viver a vida ao máximo, mas com uma composição inteligente e com passagens realmente engraçadas, Kesha mostra que está em um lugar bem melhor que a que a mesma se encontrou anos atrás, mostrando que existe vida após a tragédia. O problema da canção é que a mesma não usa de forma adequada a participação da lenda do rapper Big Freedia, deixando o mesmo quase como uma back vocal de luxo. E mesmo com esse erro grave, Raising Hell é um trabalho eficiente em ser o primeiro passo para a segunda vida da Kesha. E isso é algo louvável.
nota: 7,5
Le Missy Freak
DripDemeanor (feat. Sum1)
Missy Elliott
Missy Elliott
Tentando fazer o seu retorno definitivo, Missy Elliott, um dos maiores no do rap/hip hop, pode não estar no seu ápice de sucesso, mas, felizmente, ainda estrega canções como DripDemeanor.
DripDemeanor é um envolvente, refinada e sensual mistura de trap com R&B, criando uma canção que não foge muito do que é possível ouvir nas rádios no momento em relação ao hip hop, mas que tem a marca da qualidade de Missy Elliott. Saído do EP Iconology, lançado em Agosto, o single tem a personalidade única da rapper do começo ao fim que faz o público se lembrar da sua era de ouro. Com uma batida sexy, DripDemeanor fala sobre sexo de forma madura, sensual e safadinha sem precisar recorrer para baixaria explicita e nem precisando não esconder o que realmente quer dizer. Entregando uma performance sensacional, Missy aproveita de forma correta da presença da cantora Sum1 para dar vida ao bom refrão. Apesar da qualidade, DripDemeanor ainda não é a música que o público que ouvir da Missy Elliott, pois a mesma já entregou verdadeiras pérolas. Por enquanto, a canção dá para se satisfazer.
nota: 7,5
DripDemeanor é um envolvente, refinada e sensual mistura de trap com R&B, criando uma canção que não foge muito do que é possível ouvir nas rádios no momento em relação ao hip hop, mas que tem a marca da qualidade de Missy Elliott. Saído do EP Iconology, lançado em Agosto, o single tem a personalidade única da rapper do começo ao fim que faz o público se lembrar da sua era de ouro. Com uma batida sexy, DripDemeanor fala sobre sexo de forma madura, sensual e safadinha sem precisar recorrer para baixaria explicita e nem precisando não esconder o que realmente quer dizer. Entregando uma performance sensacional, Missy aproveita de forma correta da presença da cantora Sum1 para dar vida ao bom refrão. Apesar da qualidade, DripDemeanor ainda não é a música que o público que ouvir da Missy Elliott, pois a mesma já entregou verdadeiras pérolas. Por enquanto, a canção dá para se satisfazer.
nota: 7,5
7 de novembro de 2019
Uma Nova Era Para Dua
Don't Start Now
Dua Lipa
Dua Lipa
Desde que implantou as suas novas regras, a Dua Lipa vem criando uma atmosfera a sua volta de poder ser a próxima grande diva pop. Agora é chegada a hora da britânica provar que pode carregar o pop nas costas com o lançamento do seu aguardado segundo álbum. E a primeira amostra dá a entender que a mesma será capaz de carregar o legado de forma graciosa com o lançamento de Don't Start Now.
Assim como quase toda a sonoridade que a jovem apresentou no seu primeiro álbum, Don't Start Now quebra as expectativas ao ser apenas mais que um bom e feito pop. Dessa vez, a produção resolveu adicionar ao dance-pop base uma mistura energética, elegante e vintage de post-disco com toques de funk que cria uma batida clean, original, carismática e com personalidade suficiente para dar continuidade a carreira da Dua Lipa e, ao mesmo tempo, continuar a mostrar que a cantora não é uma diva pop descartável. Don't Start Now é o tipo de canção que vai entrando na nossa mente aos poucos para depois virar aquela que fica tocando em loop sem parar nos nossos ouvidos de gostosa e muito bem construída, principalmente a sua metade final. Com uma composição que parece ser uma continuação temática de New Rules em que, depois de finalmente colocar algum tipo de limite na relação tóxica com o boy lixo, Dua apenas quer se divertir e os que lutem, Don't Start Now deixa clara que a cantora apresenta o timbre mais interessante surgido nos últimos tempos, pois a mesma não precisa de muito esforço ou truques vocais para impor a sua personalidade. Claro, ainda é necessário mais provas sobre o papel da cantora no futuro do pop, mas Dua Lipa está fazendo o seu dever de casa bem feito ao entrar em um nova era.
nota: 8
Assim como quase toda a sonoridade que a jovem apresentou no seu primeiro álbum, Don't Start Now quebra as expectativas ao ser apenas mais que um bom e feito pop. Dessa vez, a produção resolveu adicionar ao dance-pop base uma mistura energética, elegante e vintage de post-disco com toques de funk que cria uma batida clean, original, carismática e com personalidade suficiente para dar continuidade a carreira da Dua Lipa e, ao mesmo tempo, continuar a mostrar que a cantora não é uma diva pop descartável. Don't Start Now é o tipo de canção que vai entrando na nossa mente aos poucos para depois virar aquela que fica tocando em loop sem parar nos nossos ouvidos de gostosa e muito bem construída, principalmente a sua metade final. Com uma composição que parece ser uma continuação temática de New Rules em que, depois de finalmente colocar algum tipo de limite na relação tóxica com o boy lixo, Dua apenas quer se divertir e os que lutem, Don't Start Now deixa clara que a cantora apresenta o timbre mais interessante surgido nos últimos tempos, pois a mesma não precisa de muito esforço ou truques vocais para impor a sua personalidade. Claro, ainda é necessário mais provas sobre o papel da cantora no futuro do pop, mas Dua Lipa está fazendo o seu dever de casa bem feito ao entrar em um nova era.
nota: 8
Horror
Haunted Heart
Christina Aguilera
Christina Aguilera
Se existe uma coisa que, na minha opinião, é um dos piores "atos" que um artista pode cometer é perder uma boa oportunidade. Ainda mais quando essa oportunidade é algo que poderia render muito mais que apenas uma boa música. Esse é caso de Haunted Heart da Christina Aguilera.
Tema da animação da Família Addams, Haunted Heart é o tipo de canção que poderia funcionar em vários níveis, mas a realidade é que um amontoado de erros. O principal é a sua equivocada produção que tenta criar uma sonoridade que mistura algo feito nos anos cinquenta com pop, mas acaba errando a mão e criando uma instrumentalização irritante. Além disso, o clichê de tentar criar uma atmosfera sombria/descolada para acompanhar o filme é algo simplesmente sem nenhuma criatividade. A composição é até boa, apresentando boas ideias e um refrão redondinho. Isso é eclipsado pela performance equivocada de Aguilera, mesmo com algumas boas e divertidas sacadas. Se Haunted Heart era para apresentar o horror não tenha dúvida que chegou bem perto.
nota: 5
Tema da animação da Família Addams, Haunted Heart é o tipo de canção que poderia funcionar em vários níveis, mas a realidade é que um amontoado de erros. O principal é a sua equivocada produção que tenta criar uma sonoridade que mistura algo feito nos anos cinquenta com pop, mas acaba errando a mão e criando uma instrumentalização irritante. Além disso, o clichê de tentar criar uma atmosfera sombria/descolada para acompanhar o filme é algo simplesmente sem nenhuma criatividade. A composição é até boa, apresentando boas ideias e um refrão redondinho. Isso é eclipsado pela performance equivocada de Aguilera, mesmo com algumas boas e divertidas sacadas. Se Haunted Heart era para apresentar o horror não tenha dúvida que chegou bem perto.
nota: 5
5 de novembro de 2019
2 Por 1 - Selena Gomez
Look At Her Now
Lose You to Love Me
Selena Gomez
Lose You to Love Me
Selena Gomez
Selena Gomez tem uma carreira um pouco estranha de entender. Mesmo sem alcançar nenhum sucesso realmente retumbante em sua carreira, a jovem já tem um lugar garantido no mundo pop da atualidade, sendo ajudada pelos seus anos de estrela Disney e a sua vida amorosa, especialmente o seu namoro com o Justin Bieber. E, ao que parece, esse último ainda reflete nas suas canções como fica bem claro em Look At Her Now e Lose You to Love Me. Outra coisa que fica claro é que a cantora ainda não se encontrou artisticamente.
Look At Her Now é, sem dúvida nenhuma, a pior das duas canções lançadas. A mesma volta a entregar esse dance-pop low-profile que não apresenta nada de realmente excitante quando as suas regras não são quebradas para dar vida a batida quase sempre linear. Sem carisma e com um refrão que apresenta a vergonhosa linha "mm-mm-mm, mm-mm-mm, mm-mm". Claramente, as duas canções falam sobre algum relacionamento passado da cantora que não deu certo e, grande parte da impressa e o público, acredita que seja para o Justin. Não tenho problema em um artista revisitar suas velhas feridas para ter inspiração, mas Selena não aproveita a chance para entregar algo realmente marcante ou mesmo emocionante. Lose You to Love Me tem até uma boa composição com alguns momentos inspirados e uma sensação da maturidade bem vinda, mas a performance contida e sem força de Selena dá um banho de água para aqueles que esperavam algo mais tocante. Além disso, a canção é uma baladinha pop sonífera sonoramente que só tem algum realmente excitante no seu final com a adição de um coro. Ainda tento realmente entender o motivo que a cantora ainda mexe com tantas pessoas a ponto de seus singles virarem hits moderados. Mistérios.
notas
Look At Her Now é, sem dúvida nenhuma, a pior das duas canções lançadas. A mesma volta a entregar esse dance-pop low-profile que não apresenta nada de realmente excitante quando as suas regras não são quebradas para dar vida a batida quase sempre linear. Sem carisma e com um refrão que apresenta a vergonhosa linha "mm-mm-mm, mm-mm-mm, mm-mm". Claramente, as duas canções falam sobre algum relacionamento passado da cantora que não deu certo e, grande parte da impressa e o público, acredita que seja para o Justin. Não tenho problema em um artista revisitar suas velhas feridas para ter inspiração, mas Selena não aproveita a chance para entregar algo realmente marcante ou mesmo emocionante. Lose You to Love Me tem até uma boa composição com alguns momentos inspirados e uma sensação da maturidade bem vinda, mas a performance contida e sem força de Selena dá um banho de água para aqueles que esperavam algo mais tocante. Além disso, a canção é uma baladinha pop sonífera sonoramente que só tem algum realmente excitante no seu final com a adição de um coro. Ainda tento realmente entender o motivo que a cantora ainda mexe com tantas pessoas a ponto de seus singles virarem hits moderados. Mistérios.
notas
Look At Her Now: 5,5
4 de novembro de 2019
3 de novembro de 2019
2 de novembro de 2019
Frank Is Back
DHL
Frank Ocean
Frank Ocean
Sem precisar necessariamente alcançar grandes vendagens ou hits mundiais, Frank Ocean alcançou um posto dentro da indústria fonográfica que é reservado para poucos, pois qualquer lançamento de alguma música ou mesmo a possibilidade de um álbum já cria um burburinho imenso. E não poderia ser diferente com o lançamento surpresa de DHL.
Provavelmente uma canção "solta" como o cantor tem lançado nos últimos tempos, DHL é um indie R&B/hip hop que não tem a mesma sensibilidade que Frank normalmente demonstra, mas ainda é um trabalho inspirado e de uma construção sonora impressionante. Com uma estrutura nada linear que muda de cadência no meio, DHL parece duas canções que foram fundidas em apenas uma de forma bem equilibrada. Meio áspera nas beiradas e com uma performance de Frank forte e estilizada, a canção é dona de uma composição sobre a sua sexualidade de maneira sóbria e natural. Não é a melhor das suas composições, mas é um trabalho com personalidade e com uma estrutura bem pensada. Ao que parece, DHL é apenas uma das canções que o artista está preparando para ser lançadas. Agora é aguardar ansiosamente.
nota: 8
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