Fiona Apple
Irei escrever sobre o Grammy em uma postagem separada, mas é necessário dizer que ver Fiona Apple indicada apenas em três categorias nichadas com o seu genial Fetch the Bolt Cutters é uma ofensa imperdoável. Ainda mais quando a cantora é dona da melhor música de 2020 com a incomparável Shameika.
Tentar definir de forma concisa qual a sonoridade de Shameika é tão complicado quanto definir o próprio álbum que a música saiu. E a canção é de longe a mais acessível de todo álbum. Tentando achar algumas palavras para classificá-la seria um indie jazz/rock alternativo com pinceladas fortes e marcantes de experimental e acid jazz. E mesmo assim parece faltar algo que consiga expressar toda a grandiosidade e genialidade por trás da espetacular, complexa e poderosa construção instrumental que vai colocando camadas por cima de camadas e que transforma Shameika em um verdadeiro desbunde sonoro. Liricamente, a canção é que apresenta a composição que mais chamou a minha atenção ao ser um trabalho ácido, divertido e sincero sobre o bullying quando criança e como a ajuda de uma desconhecida chamada Shameika a ajudou Fiona perceber o seu talento. E, queridos leitores, assim como uma Nostradamus moderna, Shameika acertou em cheio em sacramentar que Fiona Apple tinha potencial.
nota: 9,5
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