Remi Wolf
O segundo álbum da cantora Remi Wolf é um refrescante e delicioso sopro de criatividade. Entretanto, Big Ideas fica devendo o toque de genialidade que o fazia subir de um bom álbum para o parâmetro de ótimo álbum.
Estiloso, sensual, bem humorado, divertido e cativante, o álbum é uma coleção bem azeitada e criativa de uma mistura certeira de pop rock, funk, synth-pop, indie pop/rock e pop soul com carismas que transborda os cantos do álbum. E essa mistura de qualidades transforma Big Ideas em um dos trabalhos mais refrescantes de 2024, pois demonstra toda a imensa força artística única e deslumbrante de Remi. Como dito anterior, o problema aqui é que quando é delimitado o escopo do alcance do álbum, a produção não vai muito além do que claramente poderia extrapolar barreiras e encontrar o refinamento mais perfeito para a sonoridade construída. Uma pena que isso acontece, mas, felizmente, o álbum ainda é uma preciosidade cativante que tem o seu melhor momento no single Cinderella em que a “cantora entrega uma festa suingada, leve, divertida e, claro, descolada em uma canção que parece parada no tempo sem ter gosto de naftalina. Cinderella é uma synth-funky com pegada dos anos ’70 que poderia facilmente ter sido feita no auge do Rufus e Chaka Khan, mas que ganha personalidade distinta devido a presença luminosa da Remi Wolf e a seu timbre áspero e cativante. Além disso, existe uma inteligência radiante na construção da composição que consegue ser modernosa e, ao mesmo tempo, casar com toda a vibe da canção”. Outros momentos de destaque ficam por conta na deliciosamente sexual Toro, a estilizada e nostálgica Soup e, por fim, a grandiosa Wave. Big Ideas é um álbum adorável que mostra o potencial em crescimento da Remi Wolf.
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