In the Lonely Hour
Sam Smith
Música é feita para mexer com os sentimentos do ser humano. Quais sentimentos são esses? Isso tudo depende, principalmente, de quem ouve e qual o seu estado de espírito que se encontra. Por isso, sempre é necessário deixar a guarda abaixada para ouvir uma canção e deixar se levar pelas emoções expostas pelos artistas. Infelizmente, no atual mundo cada vez mais cínico em que vivemos, estamos sendo transformados em cabeças pensantes destituídas de emoção em razão da massificação que transformam pessoas em seres "brancos" para se misturem perfeitamente na multidão. Uma das "raças" que mais sofrem desse mal são os "críticos": aqueles serem que servem para julgar o trabalho dos outros. Em busca da aceitação pelas cabeças pensantes, muitos esquecem que a música (a arte de uma maneira geral) é feita de emoção e, não, apenas, de razão. Por isso, seus julgamentos estão cada vez mais pautados em detalhes tão elitizados que o fator emoção se perde. Uma lástima abominável.
Vocês leram essa introdução/desabafo tão grande para que eu possa explicar o que direciona o meu "trabalho" aqui e no blog: emoção. Claro, também preciso dar espaço para a razão, mas não é ela que está no comando no "frigir dos ovos". Então, vocês poderão notar que a critica que segue, provavelmente, deve ser bem distinta do que os "conceituados" críticos vão achar sobre o debut álbum do inglês Sam Smith: In the Lonely Hour é um trabalho muito bom, pois é um trabalho emocionante.
Sam Smith não quer nada mais que apenas tirar um suspiro ou uma lágrima de quem ouvir sua música. E isso não é problema nenhum já que ele consegue fazer com maestria. Aqui, Sam não está em busca de sentimentos refinados e complicados, mas, sim, ele busca tirar os sentimentos mais primários e simples que um ser humano pode possuir. In the Lonely Hour é sobre corações quebrados, amores frustrados e decepções devastadoras. Nada mais primário que sofrer por amor. Nada mais simples que o amor, pois, em sua complexidade estrutural, ele é igual para todos os seres humanos na face da Terra. Porém, Sam não pretende elevar esses sentimentos aos píncaros da glória como fez a Adele em 21, mas, simplesmente, fazer você apenas sentir essa dor "agridoce" do amor. Como principal compositor, Sam entrega letras magistralmente delicadas, mas com uma emoção verdadeira e tocante. Desde os sentimentos mais platônicos até os mais melancólicos, In the Lonely Hour é uma viagem na mente de um jovem que coloca em músicas as suas experiências. Sincero e sensível. Essas são as principais qualidades das composições, mesmo não sendo trabalhos geniais no que tange a construção, conseguem cumprir seu objetivo com o máximo de louvor. E nada muda o fato que Sam revelou que o álbum foi feito para uma paixão não correspondida dele por outro homem. Amor é amor.
Emoldurando todo esse turbilhão de emoções, Sam Smith também se mostrar um cantor com um potencial imenso. Ninguém melhor que o próprio autor das composições para interpretá-las, então, por isso, espere performances emocionantes e quase viscerais. Porém, Sam segue um caminho interessante ao entregar essas emoções de maneira contida, intimista e delicada deixando as canções mais leves sem cair no dramalhão desnecessário. Com ajuda de seu belíssimo tom, Sam entrega momentos inspirados como, por exemplo, em Lay Me Down, aqui em uma versão diferente do que foi lançada como single, em que a produção, aliada com os vocais magníficos de Sam, criam um trabalho impressionante trabalhando com as nuances e um clímax de tirar o fôlego. Infelizmente, nem tudo são elogios para In the Lonely Hour. O álbum é basicamente um trabalho pop com inspiração soul em que a produção faz um trabalho correto e bem, mas careta em sua sonoridade, sem apresentar nada de novo ou mais ousado. Ao menos, a produção acerta o tom das faixas ajudando positivamente o resultado final. Outros momentos de destaque, além do já citado, do álbum são Stay With Me, Leave Your Lover, Not In That Way e Make It To Me. O que eu não entendi é a canção Money On My Mind, a grande bola fora do CD. Contudo, o que importa aqui é que Sam Smith fez um álbum para ser ouvido de coração aberto. E que bom que tem ainda pessoas capazes de produzir esse tipo de trabalho sem se importar com as opiniões de críticos. Inclusive essa, que nada mais é que apenas mais uma opinião. Honesta, mas apenas mais uma.
Emoldurando todo esse turbilhão de emoções, Sam Smith também se mostrar um cantor com um potencial imenso. Ninguém melhor que o próprio autor das composições para interpretá-las, então, por isso, espere performances emocionantes e quase viscerais. Porém, Sam segue um caminho interessante ao entregar essas emoções de maneira contida, intimista e delicada deixando as canções mais leves sem cair no dramalhão desnecessário. Com ajuda de seu belíssimo tom, Sam entrega momentos inspirados como, por exemplo, em Lay Me Down, aqui em uma versão diferente do que foi lançada como single, em que a produção, aliada com os vocais magníficos de Sam, criam um trabalho impressionante trabalhando com as nuances e um clímax de tirar o fôlego. Infelizmente, nem tudo são elogios para In the Lonely Hour. O álbum é basicamente um trabalho pop com inspiração soul em que a produção faz um trabalho correto e bem, mas careta em sua sonoridade, sem apresentar nada de novo ou mais ousado. Ao menos, a produção acerta o tom das faixas ajudando positivamente o resultado final. Outros momentos de destaque, além do já citado, do álbum são Stay With Me, Leave Your Lover, Not In That Way e Make It To Me. O que eu não entendi é a canção Money On My Mind, a grande bola fora do CD. Contudo, o que importa aqui é que Sam Smith fez um álbum para ser ouvido de coração aberto. E que bom que tem ainda pessoas capazes de produzir esse tipo de trabalho sem se importar com as opiniões de críticos. Inclusive essa, que nada mais é que apenas mais uma opinião. Honesta, mas apenas mais uma.