30 de abril de 2015
29 de abril de 2015
Como Será?
American Oxygen
Rihanna
Rihanna
Já com três canções lançadas que devem fazer parte do seu oitavo álbum ainda não sabemos exatamente como será o caminho tomando pela produção para a sonoridade da Rihanna. Normalmente, nesse estágio já podemos saber ou, ao menos, ter uma ideia de como será o "conceito" do álbum, mas devido aos singles da RiRi está impossível até imaginar: FourFiveSeconds foi um pop/R&B/folk, enquanto Bitch Better Have My Money é RiRi fazendo hip hop "pesadão" e, mais recentemente, veio American Oxygen dando mais uma quinada na sonoridade da cantora.
Esqueça qualquer uma das canções já lançadas, pois American Oxygen mostra a cantora de barbados em uma nova faceta: engajada politicamente. Assim como o clássico Born In The U.S.A. de Bruce Springsteen, American Oxygen é sobre o tão amado/odiado "sonho americano" e como ele pode ser devastador na vida de uma pessoa tanto para o bem, quanto para o mal. A letra mostra a evolução de Rihanna como artista, pois, além de tocar em um assunto "de adulto", também mostra seu lado pessoal refletindo na sua própria experiência pessoal. Não é genial, contudo, pois não se aprofunda ou mostra maior critica reflexiva. Vocalmente, Rihanna continua na sua melhor fase mesmo não sendo tão boa quanto em FourFiveSeconds. O ponto de questionamento é a produção da canção: American Oxygen é pop contemporâneo com toques de EDM e rock, mas que acaba sendo montado como uma balada "épica". Com produção de Alex da Kid e Kanye West, a canção sozinha é boa, mas, eu pergunto, como ela se encaixará no álbum que deve ser lançado esse ano? Será que RiRi terá um álbum "frankenstein"? Será isso um trunfo ou uma bomba? Ou tudo vai se interligar em um conceito? Como será esse álbum: o grande momento da Rihanna ou o seu fundo do poço?
nota: 7
27 de abril de 2015
E a Saga Continua...
Hold My Hand
Jess Glynne
Se você é um artista novato ou/e ainda desconhecido precisando de uma "ajudinha", a melhor pedida é ser um featuring em uma canção de algum grupo de música eletrônica. Com o sucesso que a canção alcançar, você pode se beneficiar e fazer a sua carreira deslanchar. Exemplos dessa tática vão da Sia até o Sam Smith. Essa seleta lista acaba de aumentar com a presença da britânica Jess Glynne.
Ao participar de Rather Be do Clean Bandit, Jess começou a pavimentar o seu caminho para a carreira solo impulsionada pelo sucesso da canção e o seu trabalho como compositora para nomes como Iggy Azalea, Rita Ora, Rudimental e outros. A cantora já está coletando os frutos da exposição, pois o seu single Hold My Hand alcançou o primeiro lugar da parada britânica recentemente.
O single é um bom veículo para Jess, pois mostra para o público o quanto de potencial ela possui. Sua voz tem uma qualidade distinta de não precisar ser exatamente marcante, mas ter a capacidade de se moldar de acordo com a canção em uma versatilidade impressionante. Ela sabe como segurar canções como Hold My Hand: a colisão de música eletrônica com algo orgânico que tenta criar algo hibrido e revigorante. Assim como Rather Be, Hold My Hand não chega a realmente a empolgar, mas, desta vez, as arestas parecem mais aparadas e o resultado é um pouco acima da média. Nada excepcional, longe disso na verdade, mas que consegue certo brilho devido a presença de Jess e uma composição bonitinha. E dessa maneira, outro featuring sai das sombras para o estrelato por si própria. Quem será o próximo?
nota: 6,5
26 de abril de 2015
Caminhos Brasileiros
Tombei (feat. Tropkillaz)
Karol Conká
Karol Conká
Como foi pedido está aqui a resenha da rapper brasileira Karol Conká mostrando que a música brasileira acha caminhos para sobreviver em todas as estancias.
Já com um carreira relativamente longa que começou em 2002, mas ganhou destaque em 2011 quando indicada ao "Aposta MTV" no VMB da antiga MTV Brasil. O seu último single lançado é a divertida Tombei. A canção é umaa mistura/costura de retalho de tantas influências de vários gêneros de diferentes origens como, por exemplo, rap com eletrônico, forro pé de serra com hip hop e Marcelo D2 com Nicki Minaj que poderia dar muito errado, mas, surpreendentemente, funciona bem para quem não tem preconceitos contras junções ousadas e "estranhas". Tombei mostra que há possibilidade de fazer uma música com pinceladas de mainstream unindo a sonoridade brasileira com a influência estrangeira sem perder a personalidade original. Infelizmente, Tombei é um pouco longa demais para o estilo adotado. Uma versão editada ajudaria a desfazer essa impressão. Karol Conká é um artista interessante, mas que ainda precisa de mais experiência para saber como melhor polir o seu oficio. Esse fato, porém, não tira o fato dela entregar uma boa performance em Tombei. Para quem reclama sobre que a música brasileira aqui está um caminho para sair da obviedade.
nota: 7
25 de abril de 2015
A Maturidade de Adam
Ghost Town
Adam Lambert
Adam Lambert
Mesmo sem nunca ter realmente estourando em vendas, Adam Lambert se tornou um dos participantes de um reality show musical, no seu caso o American Idol, com a carreira mais sólida e elogiada pós-reality. Depois de dois bons álbuns lançados, Adam ganhou ainda mais destaque ao "assumir" os vocais da banda britânica Queen em turnê substituindo, com dignidade e ganhando elogios, o vocalista lendário da mesma, Freddie Mercury. Essa experiência parece ter surtido muito efeito em Adam, pois é nítido ouvir a sua evolução dele como cantor e performer. Essa evolução também deve afetar a sua sonoridade como é possível notar no seu novo single, a ótima Ghost Town.
Primeiro single do seu próximo álbum The Original High, Ghost Town é uma considerável evolução/mudança na sonoridade de Adam: sai o pop/glam rock de For Your Entertainment pop dance/eletrônico de Trespassing e entra um pop contemporâneo/adulto/eletrônico com uma pegada bem dark e amadurecida. Com isso, Ghost Town se torna uma canção excepcionalmente ousada quebrando expectativas. A produção de Max Martin e Ali Payami dá para a música uma atmosfera melancólica e classuda ao começar com um arranjo à base de violão evocando uma atmosfera acústica. Tudo é quebrado quando no refrão a música muda para uma batida eletrônica, mas, felizmente, longe do ultrajante "batidão farofa". O que se ouve aqui é uma batida bem encorpada emanando uma especie de melancolia que combina perfeitamente com a interessante letra falando sobre solidão. Cheia de elementos referenciais bacanas e uma inusitada mistura de Lana Del Rey com refrão de David Guetta, Ghost Town retrata com classe o sentimento de sentir só no meio de uma cidade com milhões de pessoas. Por fim, Adam entrega uma performance contida, sentimental e inteligente em saber qual o momento de soltar a fera dentro dele. O ponto negativo da canção é o seu "meio" que poderia ter sido melhor trabalho para não soar como se fosse exatamente como a primeira parte. Apesar disso, Adam Lamber entrega em Ghost Town um verdadeiro "músicão". Nada de mal para alguém que sai derrotado de um reality show.
nota: 8
23 de abril de 2015
22 de abril de 2015
Jessie Das Antigas
Masterpiece
Jessie J
Uma das características que ajudaram a Jessie J a ganhar uma legião de fãs foi as suas canções "auto ajuda" como Who's Laughing Now e Who You Are. Com a tentativa de manter a sua carreira em alta, Jessie perdeu parte dessa sua vertente. Felizmente, ela recuperou um pouco com o lançamento da boa Masterpiece.
Jessie J
Uma das características que ajudaram a Jessie J a ganhar uma legião de fãs foi as suas canções "auto ajuda" como Who's Laughing Now e Who You Are. Com a tentativa de manter a sua carreira em alta, Jessie perdeu parte dessa sua vertente. Felizmente, ela recuperou um pouco com o lançamento da boa Masterpiece.
A canção recupera aquela Jessie das antigas mas, não apenas liricamente, também na sonoridade. Masterpiece é um bom pop adulto com estripe classuda pronta para ser tornar um "hino" para ser cantado a plenos pulmões em shows. Apesar de quase cair no lugar comum desse tipo de produção, a produção quebra expectativa com um refrão "desacelerado". Jessie está bem mais contida mostrando um controle vocal satisfatório durante toda a canção e enlouquecendo na parte final. Claro, Masterpiece não é uma obra de arte de verdade, mas ajuda a cantora a conciliar a sua antiga persona com a sua jornada para se manter relevante.
nota: 6,5
-
21 de abril de 2015
Ainda Há Tempo
Say You Love Me
Jessie Ware
Jessie Ware
Há tempo definido para dizer "eu te amo" para alguém? Você pode estar atrasado para dizer o quanto
ama para aquela pessoa especial? Eu posso afirmar: enquanto há vida, ainda existe tempo. Porém, o melhor é o agora.
Lançada no final do ano passado como single do segundo álbum da Jessie Ware, Say You Love Me clama exatamente pelo o que expliquei antes: o melhor momento de falar "eu te amo" é o momento do presente. A belíssima composição da música, co-escrita pelo Ed Sheeran, fala da urgência que uma pessoa tem em ouvir essas palavras de quem ama. Ações podem ser belos atos, mas você olhar no fundo dos olhos e dizer o amor que vocês sentem é bem significativo que centenas de rosas ou quilos de chocolate. Melancólica e dramática, Jessie dá vida para a composição em uma performance emocionante e devastadoramente tocante. A cantora usa do seu delicado e suave timbre para dar enfase nesse sentimento de desamparo de não saber o que o outro sente. Apesar da suavidade que a produção construí Say You Love Me, o sentimento de urgência é nítido e dá mais emoção para a canção. Com algum tempo atrasada, a resenha da canção consegue suprir um erro grave. Assim como não dizer sobre o seu amor para quem você ama. Agora!
nota: 8,5
20 de abril de 2015
19 de abril de 2015
O Genérico do Genérico
Want to Want Me
Jason Derulo
Jason Derulo
Se na minha visão o Jason Derulo sempre se mostrou uma versão genérica do Usher, imagine agora que ele lançou Want to Want Me.
Primeiro single do seu quarto álbum (quinto se contarmos as duas versões do último trabalho dele), o single é o que o Usher gravaria se ele quisesse parecer uma versão sua, ou seja, Want to Want Me é Jason sendo genérico ao dobro. Evocando uma sonoridade pop rock/R&B parecida com a do Price, Want to Want Me erra feio em uma batida fraquíssima aliada ao uma letra vergonhosamente banal e sem nenhuma polegada de carisma. Para piorar tudo ainda existem pessoas que estão comprando essa bomba musical já que a canção chegou a posição de 12° na Billboard.
nota: 4
18 de abril de 2015
Rather Be 2
Stronger (feat. Olly Alexander)
Clean Bandit
Clean Bandit
Depois do mega sucesso de Rather Be que rendeu um Grammy, o grupo de eletrônico que mistura
instrumentos clássicos Clean Bandit está a "procura" de um novo arrasa quarteirão. A pedida dessa vez é a canção Stronger.
Parte do relançamento do primeiro álbum deles (New Eyes), a canção é basicamente uma releitura da cação vencedora do Grammy já que tem quase a mesma estrutura e divide a mesma sonoridade. A ideia do grupo é ótima, mas até agora o Clean Bandit não conseguiu dar liga para essa inusitada mistura deixando todas as suas canções com cara de "eu já ouvi isso". Nesse caso, qualquer música deles. Nem a presença do ótimo Olly Alexander, vocalista do Years & Years, ajuda a canção de soar como a cópia do que já não era tão bom assim.
nota: 5,5
17 de abril de 2015
16 de abril de 2015
14 de abril de 2015
Aquela Dor Chamada Amor
You Don't Know
Jill Scott
"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer."
Jill Scott
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer."
Esses versos são a primeira estrofe do mais famoso soneto do poeta português Luis de Camões que viveu no século XVI. Como vocês podem perceber que o amor sempre foi um dos principais temas motrizes do fazer arte, seja ela qual for e em qualquer época da humanidade. E, claro, a dor que o amor pode trazer (como mostra os versos acima) sempre foi dissecado para buscar expor a alma do ser humano. E, sejamos sinceros, quem nunca sofreu por amor? Seja o final de um romance mal resolvido ou o amor não correspondido. Não importa o que aconteceu, pois eu tenho certeza que todos aqui já derramaram lágrimas por amor. Tenho mais certeza que quando isso aconteceu houve alguma que marcou esse momento. Aquela música que conseguiu expressar todos os sentimentos que, às vezes, não conseguimos falar. Para mim, não importa a ocasião, há sempre uma canção soul music que relata as minhas dores. Apesar de nesse momento não estar precisando de uma música já sei qual será a minha próxima: You Don't Know da cantora americana Jill Scott.
Bastante conhecida na cena soul music tendo uma carreira de quinze anos com quatro álbuns já lançados, Jill Scott está preparando o seu novo trabalho ainda sem previsão de lançamento. You Don't Know é o primeiro single do álbum e não poderia ter sido uma escolha mais avassaladora que a canção. A música é uma devastadora, cruel, melancólica e sinceramente desconcertante crônica sobre o amor, ou melhor, a dor que o amor causa. Narrada pela visão feminina, You Don't Know fala sobre aquele amor que apenas causa sofrimento quando um dos envolvidos se entrega de uma forma tão profunda e intensa que se deixa levar pelas promessas vazias do outro e sempre acabando no "fundo do poço". Mesmo assim, a pessoa acaba voltando, pois ama de verdade e acredita que o outro pode mudar. Na canção, Jill afirma que quem nunca viveu isso não sabe o que é amor. Isso é um pouco radical, mas não podemos negar que essa é uma das vertentes do amor. Toda essa carga dramática encontra na performance visceral de Jill a interprete perfeita para fazer You Don't Know a canção perfeita para embalar os corações destruídos. Assim como uma das divas do soul como Aretha ou Nina, Jill é envolta em uma produção R&B/blues de primeira categoria em um arranjo tradicional, mas de uma força emocional poderosa. You Don't Know mostra que dor não apenas rima com amor, mas andam juntas de mãos dadas como amantes.
nota: 8,5
13 de abril de 2015
1989
All That
Carly Rae Jepsen
Não foi dessa vez que Carly Rae Jepsen recuperou o sucesso de vendas com I Really Like You, mas pelo menos ela deu um passo surpreendente no caminho do sucesso de critica ao divulgar a ótima balada All That.
A canção tem como produtor Ariel Rechtshaid, o mesmo de Can't Deny My Love do Brandon Flowers, e por isso já se pode esperar uma fortíssima influência da música dos anos oitenta. All That emoldura de maneira cativante as baladas pop que dominaram as rádios como é o caso de Time After Time da Cyndi Lauper. Usando sintetizadores para a construção do arranjo ajudando a criar um clima nostálgico de trilha sonora para bailes em filmes do John Hughes fazendo de All That uma inusitada mudança na sonoridade de Carly sem precisar sair do seu nicho. A cantora também está em um ótimo momento vocal ao conseguir extrair o melhor da sua voz sabendo encaixar a sua delicada voz na atmosfera da canção de maneira perfeita. A canção perder brilho na superficialidade da sua composição, mas que é um trabalho bem feitinho e que exala uma especie de magnetismo de tão "inocente". Um acerto inesperado, mas muito bem vindo.
nota: 8
12 de abril de 2015
11 de abril de 2015
A Delicada Arte de Falar a Verdade
Biscuits
Kacey Musgraves
Kacey Musgraves
A verdade doí. E se essa verdade for dita de uma maneira "delicada", o impacto pode ser ainda maior para quem ouve. Em Biscuits, nova canção da cantora country Kacey Musgraves, o público é "presenteado" com esse dolorido tapa de luva de pelica no rosto do público.
O single, no frigir dos ovos, fala sobre "cada um cuida da sua vida e deixa o outro ser feliz", mas para tanto constrói uma composição repleta de inteligentes, divertidas e elegantes analogias envolvendo coisas comuns do dia a dia e da cultura americana. Apesar de certas referências não serem comuns para públicos de fora dos EUA, a intenção da música se mantém intacta e a queimação do "tapa" ainda pode ser sentida. Mesmo sendo fofa e delicada em seus vocais, Kacey imposta um tom irônico inocente que combina com a composição. A produção entrega um trabalho legal fazendo de Biscuits um bonitinho country pop, mas que não tem a mesma força que a sua composição. Apesar desse deslize, Biscuits é uma música surpreendentemente contagiante assim como a verdade.
nota: 7,5
10 de abril de 2015
Pop Para Inglês Ver
Too Young to Remember
Florrie
Florrie
O efervescente mercado musical da Inglaterra parece tocar na batida de outros tambores: lá as girls band ainda vivem firmes e fortes, músicas ficam pouquíssimas semanas no topo das paradas e a concepção do que é pop é bem diferente.
Apesar de já ter uma carreira longa com alguns EPs lançados, a cantora Florrie ainda está na concorrida fila para estourar definitivamente. A sua última canção lançada é a divertidinha Too Young to Remember. O interessante na canção é a forma como a composição brinca com as referências dos anos noventa para falar sobre um sentimento inusitado: a saudade do que a gente não viveu. Citando de maneira inteligente Mario Bros., o filme do Batman do Tim Burton, Madonna, entre outros, a canção ganha personalidade ajuda com o o famoso humor inglês que a canção também mostra. Uma pena, porém, a produção entrega em Too Young to Remember um pop chiclete bem normal que lembra, e muito, o pop da Taylor Swift em 1989. Ainda assim é bom ouvir que os ingleses podem ser tão criativos quando todos estão sendo repetitivos.
nota: 6,5
9 de abril de 2015
Quem é Esse Garoto?
Bloodstream
Ed Sheeran & Rudimental
Como analisar a carreira do Ed Sheeran? A melhor linha de pensamento é partir do pressuposto de que Ed é o desconstrutor da música pop que vigorava nos últimos tempos. É só olhar para ele que a gente já percebe isso: Ed está bem longe de ter a aparência de Justin Bieber, mas a sua personalidade magnética faz com que o cantor inglês seja cem vezes mais atraente que o atual bad boy da música pop. Além disso, o cantor reintrodução no mundo pop o sentido de uma musicalidade orgânica, isto é, o pop comercial pode ser mais que apenas uma obra "despretensiosa" e significar algo com sentimento verdadeiro.
Depois de três singles de sucesso saídos do álbum x, Ed lança Bloodstream mostrando que ele é uma das forças da música da atualidade. A canção até pode soar como outra canção de amor, mas, na verdade, Bloodstream é bem mais profunda após analisar sua forte letra. Escrita por Ed com co-autoria da banda Rudimental e membros do Snow Patrol, Bloodstream é um relato impressionante sobre as sensações que uma pessoa sente ao se drogar. Nesse caso, Ed relata sobre quando tomou ecstasy pela primeira vez. Todos sabem (ou acredito que sabem) os malefícios do uso de qualquer droga (ilícita ou não), mas esquecem o que de "prazeroso" as drogas podem trazer por um rápido e intenso período. A sensação de "poder fazer qualquer coisa", "de estar no topo do mundo" ou ser imortal misturando-se com a pesada sensação de depressão e ansiedade que tornam a experiência realmente viciante e auto-destruidora. Bloodstream é desconcertante sincera ao não fazer julgamentos, mas apenas conta uma "história". A composição também se beneficia do fato da inteligência dos seus autores em construir uma letra que também se adapta ao modelo de "balada pop" sem perder a sua proposta inicial. A versão single de Bloodstream ganha uma nova produção: sai o lendário Rick Rubin e entra o Rudimental assinando a produção. Por isso, a canção ganha uma batida bem marcada devido ao estilo drum and bass da bando ao invés do pop rock da versão original. Na pratica, a mudança não altera muito a qualidade da canção, mas na nova versão ganha pontos no seu terço final quando a batida consegue melhorar o coral final. E assim Ed vai construindo a sua carreira da música: o anti-herói do pop.
nota
Original: 8
Nova Versão: 8
6 de abril de 2015
5 de abril de 2015
4 de abril de 2015
3 de abril de 2015
A Misteriosa Beleza de Flowers
Can't Deny My Love
Brandon Flowers
Existem centenas de pessoas bonitas fisicamente fazendo sucesso pelo seu trabalho com a arte hoje em dia. Porém, apenas alguns deles conseguem ter uma áurea tão mágica envolta de si mesmo que essa beleza se torna algo quase como uma força da natureza.
Depois de cinco após o seu primeiro álbum solo (Flamingo), Brandon Flowers vai lançar o álbum The Desired Effect no próximo dia 18 de Maio e como primeiro single foi divulgada a canção Can't Deny My Love. Quem acompanha a carreira dele como artista solo ou como vocalista do The Killers sabe que Brandon é considerado um símbolo sexual, mas a sua distinta beleza está conectada com outros atributos dele. Uma delas é a sua persona como cantor/vocalista: uma mistura do mistério David Bowie com a classe de Sting e pitadas do carisma controverso do Morrissey. Em Can't Deny My Love, porém, Brandon exala bem mais forte o seu lado Bowie em uma canção sensacional.
A canção que, assim como todo o álbum, tem a produção de Brandon e de Ariel Rechtshaid (produtor que já trabalhou com Usher e Beyoncé até Madonna passado por Vampire Weekend e Sky Ferreira) faz de Can't Deny My Love um moderno rock new wave misturado com synthpop lembrando a sonoridade de David Bowie nos anos oitenta como no álbum Let's Dance de 1982. Can't Deny My Love é envolvido em uma atmosfera que fica no limite entre o sensual e o sombrio sem perder a orientação dançante da faixa devido a influência new wave. Boa parte da qualidade da canção vem da maravilhosa instrumentalização que consegue passar de ser um trabalho orgânico mesmo emoldurado por sintetizadores. Para cantar a ótima composição sobre o momento da "batalha" para descobrir se o amor que uma pessoa sempre pela outra ainda existe, Brandon entrega uma performance e magnética assumindo a figura de um viajante perdido no tempo e espaço saído dos longínquos 1986 que busca a resposta para as perguntas vitais para o ser humano. Talvez seja essa a beleza de fato de Brandon: ser um ser perdido no tempo e espaço que nos completa com o seu talento atemporal.
nota: 8,5
2 de abril de 2015
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