Björk
Qualquer um que já ouviu alguma canção da Björk sabe que apesar de sempre brilhante, a cantora não tem uma discografia exatamente fácil de acompanhar e entender sonoramente. Então, Ovule parece soar como uma versão acessível da Björk.
Claro, uma versão acessível da Björk é algo que ainda gera um grande ponto de interrogação para marinhos de primeira viagem, mas a canção parece ter alguns atalhos para a sua compreensão sonora. Produzida e instrumentada pela própria Björk, Ovule é uma mistura de art pop com glitch pop e toques de jazz que criam um instrumentalização que transita entre o minimalista e o intricado com uma facilidade imensa. Existe uma semelhança estética com outros trabalhos da cantora na construção que faz quem escuta a canção lincar pontos para um entendimento mais fácil de toda a experiencia. Menos complexo que o esperado, a canção não explode como os grandes trabalhos da artista em um leque de cores, sons e texturas. Isso deixa Ovule menos espetacular que o costumeiro. Esse “problema” é ofuscado quase plenamente pela sensacional composição no melhor estilo da Björk que para narrar uma história de amor cria toda uma construção de imagens únicas e impressionantes que figuram dentro do seu panteão de esquisitices maravilhosas. E tudo isso porque a canção é acessível.
nota: 8
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