Linn da Quebrada
Mesmo que agora será definida por parte do público como apenas uma ex-BBB, Linn da Quebrada é uma das artistas mais excitantes surgidas na última década. Voltando ao seu começo, a artista teve a capacidade de lançar como terceiro single da sua carreira a genial Bixa Preta.
Lançada de forma independente e antes do seu debut intitulado Pajubá, Bixa Preta é uma pérola do que o “pop” brasileiro pode ser nas mãos de alguém com a capacidade de Linn. Uma mistura espetacular, revigorante, elétrica, explosiva e carismática de funk, rap, dance e toque de hip hop que se mostra de um potencial tão magnifica e magistral que é atordoante lembrar que essa canção é uma então novata artista. E desde o começo a cantora mostrou ser uma das melhores compositoras surgidas no cenário pop/indie/queer ao entregar uma pungente, áspera e de um sentimento de expiação ao falar sobre as experiências de uma pessoa LGBTQIA+, preta e pobre na sociedade brasileira:
A minha pele preta
É meu manto de coragem
Impulsiona o movimento
Envaidece a viadagem
Vai, desce, desce, desce, desce
Desce a viadagem!
Se mostrando desde o começo dona de verborragia ilustre, real e que não é para todos os gostos, especialmente quando divaga, Linn da Quebrada consegue botar o dedo na ferida de forma sangrenta sem perder o estilo pop refinado. E a sua magnética performance fecha o pacote Bixa Preta de forma magistral. E assim começou a carreira de dona Lina Pereira dos Santos que ofusca toda sem piedade a carreira de quem “ganhou” certos realities quando o talento é colocado no lugar de destaque merecido.
nota: 8,5
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