16 de outubro de 2022

Primeira Impressão

PAINLESS
Nilüfer Yanya




Alguma vez alguém já disse para você provar alguma comida ou prato de restaurante ou produto alimentício falando que “você precisa experimentar essa delicia!” ou que “você amar isso!” e quando você faz surge apenas uma expressão tipo “ah, legal” que mistura desapontamento com frieza e toques de falta de interessante. Normalmente, nem é que seja ruim, mas não exatamente como foi pintado pelo outro como uma grande maravilha. Então, é assim que senti ao ouvir PAINLESS da britânica Nilüfer Yanya.

Sensação do indie rock/pop recente, a cantora é uma artista com uma clara visão sonora e estética que transmite tudo isso para as suas canções. E isso fica bem claro com o resultado de PAINLESS que apresenta uma personalidade muito bem definida em todos os instantes, mas que não conseguiu criar uma ligação com a minha pessoa. Longe de achar ruim, o álbum é para minha visão apenas morno e, principalmente, carece de uma emoção que faça essa conexão genuína e permanente. A produção parece caminhar exatamente no “liga pontos” para conseguir criar uma sonoridade que seja original e, ao mesmo tempo, cumpra os requisitos do que esperar de uma artista distinta ao entregar uma mistura de indie rock com indie pop. Tecnicamente, PAINLESS é um trabalho precioso, lindamente bem construído e com um instrumental poderoso, mas que até mesmo os melhores momentos parecem não acertarem no meu alvo como, por exemplo, a melódica indie pop/rock shameless ou a sóbria Midnight Sun. Tenho certeza que PAINLESS deve encontrado o seu lugar de destino nos ouvidos de outras pessoas que conseguem apreciar tudo o que a Nilüfer Yanya tenha preparado.

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