31 de dezembro de 2013
30 de dezembro de 2013
Sucesso Para Canguru
All of Me
John Legend
A Austrália é um país fascinante. Não apenas por sua fauna diversa e sua geografia pitoresca, mas por ser também o lugar em que canções são esquecidas pelo resto do mundo fazem sucesso. Além de ser a terra
prometida da P!nk em que qualquer single dela faz sucesso foi na também Austrália que Blurred Lines fez sucesso primeiro antes de estourar mundo afora. O último exemplo é a canção All of Me do John Legend que alcançou o primeiro lugar da parada deles sendo que ela amargou um um 52° na Billboard. E sabe o que é melhor: o sucesso é mais que merecido.
O single foi retirado do álbum Love in the Future e reúne as três principais qualidades de Legend: voz, piano e emoção. Dono de uma voz deliciosa de se ouvir o cantor entrega tudo o que tem em uma atuação revigorante e sensacional. Sem exagerar em nenhum segundo somos sugados para o seu intimo onde sentimos todo o amor colocado em All of Me. Basicamente apenas no piano, o arranjo é um trabalho simples e por isso consegue ser tocante ao extremo. Só que o faz de All of Me a canção maravilhosa que é vem da sua composição: uma declaração de amor sincera mostrando toda a devoção do narrador para a sua amada. Tão verdadeira que faz emocionar até mesmo quem nunca amou. Acho que eu deveria mudar para Austrália ou para Bélgica ou a Holanda já que a canção também ficou em primeiro nesses países. Ao menos ele tem um gosto para música acima da média, né?
nota: 8,5
John Legend
A Austrália é um país fascinante. Não apenas por sua fauna diversa e sua geografia pitoresca, mas por ser também o lugar em que canções são esquecidas pelo resto do mundo fazem sucesso. Além de ser a terra
prometida da P!nk em que qualquer single dela faz sucesso foi na também Austrália que Blurred Lines fez sucesso primeiro antes de estourar mundo afora. O último exemplo é a canção All of Me do John Legend que alcançou o primeiro lugar da parada deles sendo que ela amargou um um 52° na Billboard. E sabe o que é melhor: o sucesso é mais que merecido.
O single foi retirado do álbum Love in the Future e reúne as três principais qualidades de Legend: voz, piano e emoção. Dono de uma voz deliciosa de se ouvir o cantor entrega tudo o que tem em uma atuação revigorante e sensacional. Sem exagerar em nenhum segundo somos sugados para o seu intimo onde sentimos todo o amor colocado em All of Me. Basicamente apenas no piano, o arranjo é um trabalho simples e por isso consegue ser tocante ao extremo. Só que o faz de All of Me a canção maravilhosa que é vem da sua composição: uma declaração de amor sincera mostrando toda a devoção do narrador para a sua amada. Tão verdadeira que faz emocionar até mesmo quem nunca amou. Acho que eu deveria mudar para Austrália ou para Bélgica ou a Holanda já que a canção também ficou em primeiro nesses países. Ao menos ele tem um gosto para música acima da média, né?
nota: 8,5
Primeira Impressão
Pure Heroine
Lorde
Devo admitir que deixar passar o lançamento do debut por preguiça. Nem liguei muito para Pure Heroine já que até então Lorde era para mim apenas mais uma cantora desconhecida que tinha um sucesso de verão. Todavia, ao longo dos meses a novata da Nova Zelândia de apenas dezessete anos foi crescendo no mundo artístico seja pelo sucesso alcançado pelo single Royals, seja pelos elogios de boa parte da critica especializada ou pela sua metralhadora de polêmicas que é a sua boca soltando farpas para todos os lados. Não importando qual o motivo o fato é que Lorde se tornou relevante e saber se ela é isso tudo o que falam. Então, qual é o meu veredicto? Lorde é e não é essa artista toda.
Pure Heroine é um álbum bom. Não chega aos pés do que vários críticos falaram por aí, mas está bem longe de um fiasco como de cantoras já estabelecidas que lançaram trabalhos esse ano. O grande problema em Pure Heroine é que estamos diante de uma artista em construção seja pela pouca idade ou pelo pouco tempo de carreira. Só que o cerne do que pode ser a artista Lorde está inserido e punge a todo instante. A característica mais refinada é a faceta compositora. Ao lado do produtor de Joel Little, Lorde consegue criar uma personalidade própria e com características impressionantes usando uma acidez e vivacidade avassaladora. Em todas as canções podemos ver uma artista tentando confrontar e questionar o mundo que a rodeia. Esse fato ao lado do talento nas construções metafóricas inteligentes faz com que a cantora se torna um dos maiores potenciais surgidos nos últimos tempos. O grande problema aqui é que a temática de Pure Heroine parece girar em círculos sobre o mesmo tema (as delicias e desprazeres da classe média baixa e a insustentável leveza da fama) falando as mesmas coisas só que de maneiras diferentes. São maneiras interessantes, mas são cansativas. Comparar os vocais dela com os da Lana Del Rey e em menor grau com a Adele é até aceitável já que em vários momentos podemos ouvir as similaridades, mas temos que dar o credito positivo, pois a cantora busca a sua própria verdade em performances estilizadas. Só que tudo parece tão linear já que ela repete os mesmos cacoetes usando o mesmo "tom" na sua interpretação em vários momentos. Lorde precisa aprender a ser mais versátil modulando sua voz assim como a sua interpretação. Assim também é a produção de Pure Heroine: a base da sonoridade de Lorde é o que se chama de art pop misturada como hip hop e eletrônico. A intenção é boa e o resultado em alguns momentos é surpreendente como em Team, Ribs, Buzzcut Season e até mesmo no single Royals. Contudo, a falta de variedade na construção das músicas faz com que muitas faixas soem parecidas sem se destacarem por si mesmas. Faltou uma visão mais apurada para a produção elevar a sonoridade de Lorde para outro patamar como fez o Florence + the Machine que, guardada as devidas as diferenças, segue o mesmo estilo só que foi além do óbvio. Lorde tem tudo para se tornar a artista que ela parece ser ou que muito acham que ela é. O tempo dirá.
Lorde
Devo admitir que deixar passar o lançamento do debut por preguiça. Nem liguei muito para Pure Heroine já que até então Lorde era para mim apenas mais uma cantora desconhecida que tinha um sucesso de verão. Todavia, ao longo dos meses a novata da Nova Zelândia de apenas dezessete anos foi crescendo no mundo artístico seja pelo sucesso alcançado pelo single Royals, seja pelos elogios de boa parte da critica especializada ou pela sua metralhadora de polêmicas que é a sua boca soltando farpas para todos os lados. Não importando qual o motivo o fato é que Lorde se tornou relevante e saber se ela é isso tudo o que falam. Então, qual é o meu veredicto? Lorde é e não é essa artista toda.
Pure Heroine é um álbum bom. Não chega aos pés do que vários críticos falaram por aí, mas está bem longe de um fiasco como de cantoras já estabelecidas que lançaram trabalhos esse ano. O grande problema em Pure Heroine é que estamos diante de uma artista em construção seja pela pouca idade ou pelo pouco tempo de carreira. Só que o cerne do que pode ser a artista Lorde está inserido e punge a todo instante. A característica mais refinada é a faceta compositora. Ao lado do produtor de Joel Little, Lorde consegue criar uma personalidade própria e com características impressionantes usando uma acidez e vivacidade avassaladora. Em todas as canções podemos ver uma artista tentando confrontar e questionar o mundo que a rodeia. Esse fato ao lado do talento nas construções metafóricas inteligentes faz com que a cantora se torna um dos maiores potenciais surgidos nos últimos tempos. O grande problema aqui é que a temática de Pure Heroine parece girar em círculos sobre o mesmo tema (as delicias e desprazeres da classe média baixa e a insustentável leveza da fama) falando as mesmas coisas só que de maneiras diferentes. São maneiras interessantes, mas são cansativas. Comparar os vocais dela com os da Lana Del Rey e em menor grau com a Adele é até aceitável já que em vários momentos podemos ouvir as similaridades, mas temos que dar o credito positivo, pois a cantora busca a sua própria verdade em performances estilizadas. Só que tudo parece tão linear já que ela repete os mesmos cacoetes usando o mesmo "tom" na sua interpretação em vários momentos. Lorde precisa aprender a ser mais versátil modulando sua voz assim como a sua interpretação. Assim também é a produção de Pure Heroine: a base da sonoridade de Lorde é o que se chama de art pop misturada como hip hop e eletrônico. A intenção é boa e o resultado em alguns momentos é surpreendente como em Team, Ribs, Buzzcut Season e até mesmo no single Royals. Contudo, a falta de variedade na construção das músicas faz com que muitas faixas soem parecidas sem se destacarem por si mesmas. Faltou uma visão mais apurada para a produção elevar a sonoridade de Lorde para outro patamar como fez o Florence + the Machine que, guardada as devidas as diferenças, segue o mesmo estilo só que foi além do óbvio. Lorde tem tudo para se tornar a artista que ela parece ser ou que muito acham que ela é. O tempo dirá.
29 de dezembro de 2013
28 de dezembro de 2013
Uma Garota de Futuro
It Won't Stop (feat. Chris Brown)
Sevyn Streeter
Eu já falei algumas vezes como o verdadeiro R&B vive um momento de "baixa" para não dizer algo mais negativo. Contudo, de vez em quando aparece um artista que dá um fôlego para o estilo. O último exemplo é a cantora/compositora Sevyn Streeter. Além de já ter sido integrante de duas girls band, ela já escreveu canções para nomes como Alicia Keys, Brandy, Kelly Rowland e Chris Brown. E é com esse último que ela divide os vocais de sua primeira canção solo de destaque, a boa It Won't Stop.
A canção que alcançou o 30° na Billboard (feito surpreendente para uma cantora do estilo) é bem melhor que se poderia imaginar. A batida cadenciada aqui é gostosa de ouvir conseguindo passar a sensualidade necessária para a canção sem deixá-la vulgar. Nada muito inovador, mas bem elaborado. Depois de muito tempo Chris acerta em uma performance certa mostrando que o seu verdadeiro lá é o R&B. Sevyn tem uma voz "pequena", mas que a sabe como utilizá-la para fazer caber dentro da canção dando o seu melhor. A composição poderia ser bem mais inspirada apesar de cumprir com louvor o dever. Fique de olho em Sevyn, pois pode vim coisa muito boa por aí.
nota: 7
Sevyn Streeter
Eu já falei algumas vezes como o verdadeiro R&B vive um momento de "baixa" para não dizer algo mais negativo. Contudo, de vez em quando aparece um artista que dá um fôlego para o estilo. O último exemplo é a cantora/compositora Sevyn Streeter. Além de já ter sido integrante de duas girls band, ela já escreveu canções para nomes como Alicia Keys, Brandy, Kelly Rowland e Chris Brown. E é com esse último que ela divide os vocais de sua primeira canção solo de destaque, a boa It Won't Stop.
A canção que alcançou o 30° na Billboard (feito surpreendente para uma cantora do estilo) é bem melhor que se poderia imaginar. A batida cadenciada aqui é gostosa de ouvir conseguindo passar a sensualidade necessária para a canção sem deixá-la vulgar. Nada muito inovador, mas bem elaborado. Depois de muito tempo Chris acerta em uma performance certa mostrando que o seu verdadeiro lá é o R&B. Sevyn tem uma voz "pequena", mas que a sabe como utilizá-la para fazer caber dentro da canção dando o seu melhor. A composição poderia ser bem mais inspirada apesar de cumprir com louvor o dever. Fique de olho em Sevyn, pois pode vim coisa muito boa por aí.
nota: 7
27 de dezembro de 2013
20 de dezembro de 2013
Aviso
Pessoal, estou tirando uns dias de férias! O blog volta a ser atualizado em cerca de uma semana! Portanto, já desejo para todos vocês:
Single do Ano
A última categoria das escolhas anuais vai começar! Depois de cinco duelos os cinco finalistas que vão disputar o seu voto para a canção mais "bombada" do ano são:
Primeira Impressão Especial - A Guerra das Boy Bands
Depois da Guerra Natalina é chegada a hora de testemunhar uma guerra muito mais sangrenta e que leva milhares de fãs as raias da loucura. Senhoras e senhores, está na hora de....
19 de dezembro de 2013
Uma Canção Para o Hobbit
I See Fire
Ed Sheeran
Devo confessar um segredo aqui: eu sou um pouco nerd. Por isso não tenho medo de revelar que sou fã do J. R. R. Tolkien, o criador da Terra Média e das saga de O Senhor Dos Anéis. Como vocês podem saber a segunda parte de O Hobbit foi lançada e, claro, eu fui assistir. Ao final de duas horas e meia, quando os créditos finais começaram fiquei intrigado com a voz que surgiu cantando a canção tema do filme. Então, lembrei que a canção foi composta e gravada pela sensação inglesa Ed Sheeran. Mesmo sem conhecer a fundo o trabalho dele tenho que admitir que I See Fire é uma música sensacional.
O maior trunfo da canção I See Fire é conseguir usar o tema do filme para construir uma canção atual e para todos os públicos. Você não precisa saber quem é Dorin ou mesmo alguma das citações que Ed faz na canção para se emocionar com a bela, delicada e emocionante composição. A melancolia aqui é transmitida de maneira universal e isso dá para a canção um tom atemporal. A performance de Ed é outro ponto positivo usando o seu tom para cantar de uma maneira tão envolvente conseguindo transmitir a emoção da canção. A escolha pelo folk pop faz de I See Fire original para ser um tema de um filme como O Hobbit já que se espera algo mais puro em questão de estilo. O único defeito da canção é sua duração de cinco minutos apesar de ter um belíssimo arranjo. Uma canção feita com inspiração "nerdiana", mas que consegue passar essa barreiras.
nota: 8
Ed Sheeran
Devo confessar um segredo aqui: eu sou um pouco nerd. Por isso não tenho medo de revelar que sou fã do J. R. R. Tolkien, o criador da Terra Média e das saga de O Senhor Dos Anéis. Como vocês podem saber a segunda parte de O Hobbit foi lançada e, claro, eu fui assistir. Ao final de duas horas e meia, quando os créditos finais começaram fiquei intrigado com a voz que surgiu cantando a canção tema do filme. Então, lembrei que a canção foi composta e gravada pela sensação inglesa Ed Sheeran. Mesmo sem conhecer a fundo o trabalho dele tenho que admitir que I See Fire é uma música sensacional.
O maior trunfo da canção I See Fire é conseguir usar o tema do filme para construir uma canção atual e para todos os públicos. Você não precisa saber quem é Dorin ou mesmo alguma das citações que Ed faz na canção para se emocionar com a bela, delicada e emocionante composição. A melancolia aqui é transmitida de maneira universal e isso dá para a canção um tom atemporal. A performance de Ed é outro ponto positivo usando o seu tom para cantar de uma maneira tão envolvente conseguindo transmitir a emoção da canção. A escolha pelo folk pop faz de I See Fire original para ser um tema de um filme como O Hobbit já que se espera algo mais puro em questão de estilo. O único defeito da canção é sua duração de cinco minutos apesar de ter um belíssimo arranjo. Uma canção feita com inspiração "nerdiana", mas que consegue passar essa barreiras.
nota: 8
18 de dezembro de 2013
3 Por 1 - Eminem
Survival
Rap God
The Monster (feat. Rihanna)
Eminem
Sem nenhuma delonga vou resenhar os três últimos singles lançados pelo Eminem do álbum The Marshall Mathers LP 2.
Survival é usada como "tema" do vídeo game Call of Duty: Ghosts. A canção tem uma atmosfera "pesada" e soturna que combina com o jogo de tiro em primeira pessoa. Porém, ao ouvir todo o álbum do Eminem a canção parece um pouco deslocada já que a sua produção mais conservadora não combina com a sonoridade mais autoral.
Já a canção Rap God é tudo o que o Eminem sabe fazer de melhor: uma porrada de proporções atômicas. A sua metralhadora verborrágica está engatilhada e atirando como nunca em uma composição polêmica, mas avassaladora em todos os sentidos. Assim como a performance do rapper que está "on fire" como nos velhos tempos. O pacote finaliza com a produção classuda e original.
A nova parceria com a cantora Rihanna, a canção The Monster alcançou o primeiro da Billboard e em mais onze países. Só que a canção está longe de ser tão boa quanto Love the Way You Lie.
Seguindo a mesma linha "romântica" da primeira parceria The Monster erra no que a canção anterior tinha de melhor: a participação da RiRi. Na nova canção a canção a cantora de Barbados tem uma participação bem menor e bem apática. Não é ruim, mas é um pouco decepcionante. Apesar disso, a boa performance de Eminem e a composição afiada ajudam a canção. Contudo, The Monster poderia ser bem melhor.
Pronto, resenhas feitas. Simples e direto.
nota
Survival: 8
Rap God: 8,5
The Monster: 7,5
Rap God
The Monster (feat. Rihanna)
Eminem
Sem nenhuma delonga vou resenhar os três últimos singles lançados pelo Eminem do álbum The Marshall Mathers LP 2.
Survival é usada como "tema" do vídeo game Call of Duty: Ghosts. A canção tem uma atmosfera "pesada" e soturna que combina com o jogo de tiro em primeira pessoa. Porém, ao ouvir todo o álbum do Eminem a canção parece um pouco deslocada já que a sua produção mais conservadora não combina com a sonoridade mais autoral.
Já a canção Rap God é tudo o que o Eminem sabe fazer de melhor: uma porrada de proporções atômicas. A sua metralhadora verborrágica está engatilhada e atirando como nunca em uma composição polêmica, mas avassaladora em todos os sentidos. Assim como a performance do rapper que está "on fire" como nos velhos tempos. O pacote finaliza com a produção classuda e original.
A nova parceria com a cantora Rihanna, a canção The Monster alcançou o primeiro da Billboard e em mais onze países. Só que a canção está longe de ser tão boa quanto Love the Way You Lie.
Seguindo a mesma linha "romântica" da primeira parceria The Monster erra no que a canção anterior tinha de melhor: a participação da RiRi. Na nova canção a canção a cantora de Barbados tem uma participação bem menor e bem apática. Não é ruim, mas é um pouco decepcionante. Apesar disso, a boa performance de Eminem e a composição afiada ajudam a canção. Contudo, The Monster poderia ser bem melhor.
Pronto, resenhas feitas. Simples e direto.
nota
Survival: 8
Rap God: 8,5
The Monster: 7,5
17 de dezembro de 2013
Primeira Impressão
BEYONCÉ
Beyoncé
De tempos em tempos um artista consegue quebrar as barreiras que prendem a indústria fonográfica. Ele simplesmente vai lá e muda as regras do jogo. Não apenas muda, mas destruí cada uma delas e as reconstrui a seu bel-prazer. Só que não é apenas uma revolução, mas é um renascimento. Um novo ciclo se inicia. Melhor: uma nova era. Senhoras e senhores, declaro aberta a Era Beyoncé.
Beyoncé
De tempos em tempos um artista consegue quebrar as barreiras que prendem a indústria fonográfica. Ele simplesmente vai lá e muda as regras do jogo. Não apenas muda, mas destruí cada uma delas e as reconstrui a seu bel-prazer. Só que não é apenas uma revolução, mas é um renascimento. Um novo ciclo se inicia. Melhor: uma nova era. Senhoras e senhores, declaro aberta a Era Beyoncé.
16 de dezembro de 2013
A Turminha da Pesada da Miley
23 (feat. Miley Cyrus, Wiz Khalifa & Juicy J)
Mike Will Made It
Para construir sua nova imagem Miley Cyrus preciso de uma "turma" de amigos para dar o respaldo necessário artisticamente. Um dos nomes é do produtor Mike Will Made It. Então, nada mais justo que Miley participe do seu single próprio a canção 23.
A produção de Mike acerta ao entregar uma mistura de hip hop, pop e R&B bem costuradinha e com uma batida comercial. Pena que os mais de quatro minutos de duração faz com que 23 se torne uma canção arrastada. Ao lado de Miley que faz uma performance fraca errando ao tentar mostrar seu lado "barra pesada". Também pudera já que a canção ainda conta de performances corretas de Wiz Khalifa e Juicy J. A composição é um trabalho cheio de clichês, mas com um refrão grudento. E assim vai a Miley e sua turminha da pesada não fazendo nada de novo, mas criando muito barulho por nada.
nota: 5,5
Mike Will Made It
Para construir sua nova imagem Miley Cyrus preciso de uma "turma" de amigos para dar o respaldo necessário artisticamente. Um dos nomes é do produtor Mike Will Made It. Então, nada mais justo que Miley participe do seu single próprio a canção 23.
A produção de Mike acerta ao entregar uma mistura de hip hop, pop e R&B bem costuradinha e com uma batida comercial. Pena que os mais de quatro minutos de duração faz com que 23 se torne uma canção arrastada. Ao lado de Miley que faz uma performance fraca errando ao tentar mostrar seu lado "barra pesada". Também pudera já que a canção ainda conta de performances corretas de Wiz Khalifa e Juicy J. A composição é um trabalho cheio de clichês, mas com um refrão grudento. E assim vai a Miley e sua turminha da pesada não fazendo nada de novo, mas criando muito barulho por nada.
nota: 5,5
14 de dezembro de 2013
Pequena Crônica De Uma Mulher Entediada
Blowin' Smoke
Kacey Musgraves
Talvez uma das qualidades que fez Kacey Musgraves ser indicada ao Grammy de Revelação desse ano é o fato dele ter trago de volta a velha e boa "girl power" para o country. Depois de toda a "ladainha" melodramática de Taylor Swift é bom ver uma cantora country jovem falar sobre assuntos femininos que vão além do "mimimi" como é no caso da canção Blowin' Smoke.
O single fala sobre a desilusão feminina quando se vêm presas a uma vida entediante longe de realizar seus sonhos. Um pouco irônica, um pouco sarcástica e com uma sinceridade quase desconcertante Blowin' Smoke prova que ainda há vida inteligente no mundo country. Mesmo seguindo a "sombra" de Miranda Lambert, Musgraves mostra carisma e personalidade em uma performance contida seguindo uma interpretação afinada com a atmosfera da canção. Assim como é a afinada produção que vai por um caminho original ao colocar blues e rock na construção do arranjo. Uma pequena crônica de uma mulher entediada, mas com um resultado poderoso.
nota: 7,5
Kacey Musgraves
Talvez uma das qualidades que fez Kacey Musgraves ser indicada ao Grammy de Revelação desse ano é o fato dele ter trago de volta a velha e boa "girl power" para o country. Depois de toda a "ladainha" melodramática de Taylor Swift é bom ver uma cantora country jovem falar sobre assuntos femininos que vão além do "mimimi" como é no caso da canção Blowin' Smoke.
O single fala sobre a desilusão feminina quando se vêm presas a uma vida entediante longe de realizar seus sonhos. Um pouco irônica, um pouco sarcástica e com uma sinceridade quase desconcertante Blowin' Smoke prova que ainda há vida inteligente no mundo country. Mesmo seguindo a "sombra" de Miranda Lambert, Musgraves mostra carisma e personalidade em uma performance contida seguindo uma interpretação afinada com a atmosfera da canção. Assim como é a afinada produção que vai por um caminho original ao colocar blues e rock na construção do arranjo. Uma pequena crônica de uma mulher entediada, mas com um resultado poderoso.
nota: 7,5
13 de dezembro de 2013
12 de dezembro de 2013
Primeira Impressão
Britney Jean
Britney Spears
Britney Jean já tinha cara de ser uma bomba. Não tem como levar a sério um trabalho anunciado como um álbum "conceitual" sobre a solidão no mundo pop se você tem como um dos principais produtores o will.i.am. Porém, o resultado final do oitavo CD da Britney Spears é bem pior que se poderia imaginar: Britney Jean é um trabalho triste. Sim, vocês leram bem. Explico: se não bastasse a péssima qualidade, o CD é uma crônica triste da derrocada de uma cantora que poderia ser realmente o que dizem que ela é.
Quero deixar bem claro que acredito que a cantora possa fazer um comeback grandioso futuramente como ela já fez, mas nesse momento Britney nunca esteve tão em baixa artisticamente. Britney Jean é que eu chamo de "o último prego no caixão". Nada aqui realmente funciona como deveria e poderia. O álbum tem uma infinidade de produtores como o já citado will.i.am, além de David Guetta, William Orbit (de Ray of Light da Madonna), Diplo e outros menos conhecidos, mas em nenhum segundo isso reflete na qualidade final. Primeiramente, Britney Jean não é um álbum conceitual nem aqui, nem na China. O trabalho é apenas um CD pop/eletrônico rasteiro, sem inspiração, repetitivo e nem ao menos consegue ser um caça níquel barato já que não há apelo comercial nas produções deixando tudo ainda mais dispensável. Falar que esse é o trabalho mais "pessoal" de Britney no quesito composição é uma falta de conhecimento sobre a música pop. Se compararmos com o trabalho feito em Trouble da Natalia Kills (esse sim, um trabalho sobre a solidão no mundo pop), Britney Jean é uma piada em sua tentativa pobre e rasa de falar sobre sentimentos da pobre menina rica. Nem como pop chiclete descartável o álbum serve já que até nesse aspecto as composições falham miseravelmente. O mais surpreendente é que o aspecto menos tenebroso é a produção vocal que utiliza em alguns momentos a voz mais "natural" de Britney, mas o resultado final é tão linear e apático que qualquer ponto positivo é jogado por água a baixo. Para se ter uma ideia do desastre que é Britney Jean é só analisar a canção "menos horrível" que é a faixa Body Ache. Ao que parece nem o público entendeu e gostou do CD que deve ser o pior em vendas da carreira da Britney. Agora é esperar o comeback da loira para ver se vai sair desse fundo do poço artístico. Claro, se não for ela a cantora pop que vai se aposentar segundo boatos. Quem viver, verá.
Britney Spears
Britney Jean já tinha cara de ser uma bomba. Não tem como levar a sério um trabalho anunciado como um álbum "conceitual" sobre a solidão no mundo pop se você tem como um dos principais produtores o will.i.am. Porém, o resultado final do oitavo CD da Britney Spears é bem pior que se poderia imaginar: Britney Jean é um trabalho triste. Sim, vocês leram bem. Explico: se não bastasse a péssima qualidade, o CD é uma crônica triste da derrocada de uma cantora que poderia ser realmente o que dizem que ela é.
Quero deixar bem claro que acredito que a cantora possa fazer um comeback grandioso futuramente como ela já fez, mas nesse momento Britney nunca esteve tão em baixa artisticamente. Britney Jean é que eu chamo de "o último prego no caixão". Nada aqui realmente funciona como deveria e poderia. O álbum tem uma infinidade de produtores como o já citado will.i.am, além de David Guetta, William Orbit (de Ray of Light da Madonna), Diplo e outros menos conhecidos, mas em nenhum segundo isso reflete na qualidade final. Primeiramente, Britney Jean não é um álbum conceitual nem aqui, nem na China. O trabalho é apenas um CD pop/eletrônico rasteiro, sem inspiração, repetitivo e nem ao menos consegue ser um caça níquel barato já que não há apelo comercial nas produções deixando tudo ainda mais dispensável. Falar que esse é o trabalho mais "pessoal" de Britney no quesito composição é uma falta de conhecimento sobre a música pop. Se compararmos com o trabalho feito em Trouble da Natalia Kills (esse sim, um trabalho sobre a solidão no mundo pop), Britney Jean é uma piada em sua tentativa pobre e rasa de falar sobre sentimentos da pobre menina rica. Nem como pop chiclete descartável o álbum serve já que até nesse aspecto as composições falham miseravelmente. O mais surpreendente é que o aspecto menos tenebroso é a produção vocal que utiliza em alguns momentos a voz mais "natural" de Britney, mas o resultado final é tão linear e apático que qualquer ponto positivo é jogado por água a baixo. Para se ter uma ideia do desastre que é Britney Jean é só analisar a canção "menos horrível" que é a faixa Body Ache. Ao que parece nem o público entendeu e gostou do CD que deve ser o pior em vendas da carreira da Britney. Agora é esperar o comeback da loira para ver se vai sair desse fundo do poço artístico. Claro, se não for ela a cantora pop que vai se aposentar segundo boatos. Quem viver, verá.
11 de dezembro de 2013
10 de dezembro de 2013
Artista do Ano
Já escolhido que foi a grande Revelação do Ano, agora é a vez de vocês decidirem quem é o Artista do Ano. Qual dentre esses cinco artistas foi o nome mais brilhante em 2013? Quem fez realmente a diferença? Esse ano a escolha não poderia ser mais plural com um roqueiro old school, um presidente, uma cantora pop, uma realeza do rapper e uma diva do new Soul.
9 de dezembro de 2013
A Maldição do Segundo
Lose Yourself To Dance (feat. Pharrell Williams and Nile Rodgers)
Daft Punk
Vocês já repararam que depois do sucesso arrasa quarteirão que um primeiro single de um álbum alcança o desempenho do single é muito, mais muito bem inferior? Claro que há exceções, mas na maioria das vezes a maldição do segundo sempre ataca e não foi diferente com Lose Yourself To Dance, o sucessor de Get Lucky do Daft Punk.
Lançado ainda em Agosto, Lose Yourself To Dance quase não teve nem um décimo do "buzz" que o seu antecessor teve. Isso se deve muito ao fato da canção ter sido ofuscada pelo sucesso de Get Lucky, mas em questão de qualidade as canções se assemelham bastante. Mesmo não entendendo até hoje qual o motivo de tantos críticos falarem que Random Access Memories é o suprassumo do eletrônico, eu devo confessar que Lose Yourself To Dance é gostosinha de ouvir. Parte disso vem da guitarra inspirada da lenda Nile Rodgers que com a ajuda do duo francês voltou a ser "relevante" para a parcela do público que nunca ouviu falar dele e de sua música. A produção misturando funk com disco é até legal, mas longe da maravilhada anunciada por aí. Pharrell parece mais contido e menos original que o costume mesmo fazendo um bom trabalho a frente dos vocais cantando a cativante, mas "restrita" composição. Coisas do mundo da música.
nota: 6,5
Daft Punk
Vocês já repararam que depois do sucesso arrasa quarteirão que um primeiro single de um álbum alcança o desempenho do single é muito, mais muito bem inferior? Claro que há exceções, mas na maioria das vezes a maldição do segundo sempre ataca e não foi diferente com Lose Yourself To Dance, o sucessor de Get Lucky do Daft Punk.
Lançado ainda em Agosto, Lose Yourself To Dance quase não teve nem um décimo do "buzz" que o seu antecessor teve. Isso se deve muito ao fato da canção ter sido ofuscada pelo sucesso de Get Lucky, mas em questão de qualidade as canções se assemelham bastante. Mesmo não entendendo até hoje qual o motivo de tantos críticos falarem que Random Access Memories é o suprassumo do eletrônico, eu devo confessar que Lose Yourself To Dance é gostosinha de ouvir. Parte disso vem da guitarra inspirada da lenda Nile Rodgers que com a ajuda do duo francês voltou a ser "relevante" para a parcela do público que nunca ouviu falar dele e de sua música. A produção misturando funk com disco é até legal, mas longe da maravilhada anunciada por aí. Pharrell parece mais contido e menos original que o costume mesmo fazendo um bom trabalho a frente dos vocais cantando a cativante, mas "restrita" composição. Coisas do mundo da música.
nota: 6,5
8 de dezembro de 2013
Primeira Impressão Especial - A Guerra Natalina
Assim como a tradição de colocar a canção Então é Natal na voz da Simone para tocar como fundo em lojas de departamento no Brasil no mês de Dezembro, os Estados Unidos também têm a sua tradição musical natalina: os lançamentos de CDs com músicas típicas por artistas dos mais diferentes estilos. Claro que 2013 não é diferente. Por isso, resolvi agrupar os três principais lançamentos desse ano para saber qual é o melhor. Está na hora de...
5 de dezembro de 2013
A Garota Que Tem o Fator X
Alive
Dami Im
Para quem acompanha o blog sabe que eu tenho "uma quedinha" por realities musicais. Só que na maioria das vezes fico decepcionado com o resultado final por dois motivos: na maioria das vezes o público escolhe os melhores candidatos como vencedores e esses candidatos são sempre os meus favoritos. Contudo, às vezes eu tenho boas surpresas. Depois de ver James Arthur chegou a vez da vencedora do The X Factor Australia Dami Im ganhar um lugar na minha admiração.
Nascida na Coreia do Sul, Dami se mudou quando tinha nove anos para a Austrália. Esse ano ela tentou a sorte fazendo uma audição para a quinta temporada da versão australiana do programa. Tinida, um pouco desajeitada e nem de longe parecia uma possível vencedora. Só que sua apresentação de Hero da Mariah Carey, Dami surpreendeu todos os jurados. Mesmo indo muito bem ela foi eliminada antes dos lives shows pelos jurados devido a um erro ao cantar a canção Jolene. Contudo, um dos candidatos da categoria Over 24 desistiu e a Demi foi chamada de volta pela mentora Danni Minougue (a irmã da Kylie). Sem muitas expectativas, Dami fez sua primeira apresentação ao vivo cantando One do U2 (canção que ela não conhecia anteriormente) e simplesmente surpreendeu em uma performance sensacional. Só que ninguém estava realmente preparado para a semana seguinte em que ela cantou Purple Rain do Prince em dos momentos mais épicos que eu já vi em um show desse estilo. A partir daí, a antes considerada azarona, se tornou favorita entregando apresentações geniais uma atrás da outra combinada com sua personalidade
adorável. E com muita justiça, Dami se tornou a campeã. Como single celebrando sua vitória foi lançada a canção Alive.
A canção que estreiou em primeira na parada australiana e conseguiu boas posições em alguns mercados asiáticos (fato inédito para um participante do programa) é uma boa canção feita para os vencedores de um reality. Normalmente, esse tipo de canção costuma ser uma balada bem brega, mas a produção resolveu fazer um razoável pop dance mid-tempo. Não que seja um trabalho genial, mas a construção do arranjo dá para Demi uma cara moderna e comercial sem perder a sua principal qualidade: a sua voz. Apesar de conseguir alcançar com maestria as grandes notas são nos momentos mais "calmos" que podemos perceber o belo tom de voz que ela tem. Delicada e diferente das vozes que estão no topo das paradas Dami é bálsamo para os ouvidos. A composição entrega um bom refrão, mas não consegue sair do esquema de "auto ajuda" para mostrar que qualquer um pode ser um vencedor. Tirando isso, Alive é uma canção acima da média. E sem dúvida nenhuma, Dami Im tem o tão fator X.
nota: 7
Dami Im
Para quem acompanha o blog sabe que eu tenho "uma quedinha" por realities musicais. Só que na maioria das vezes fico decepcionado com o resultado final por dois motivos: na maioria das vezes o público escolhe os melhores candidatos como vencedores e esses candidatos são sempre os meus favoritos. Contudo, às vezes eu tenho boas surpresas. Depois de ver James Arthur chegou a vez da vencedora do The X Factor Australia Dami Im ganhar um lugar na minha admiração.
Nascida na Coreia do Sul, Dami se mudou quando tinha nove anos para a Austrália. Esse ano ela tentou a sorte fazendo uma audição para a quinta temporada da versão australiana do programa. Tinida, um pouco desajeitada e nem de longe parecia uma possível vencedora. Só que sua apresentação de Hero da Mariah Carey, Dami surpreendeu todos os jurados. Mesmo indo muito bem ela foi eliminada antes dos lives shows pelos jurados devido a um erro ao cantar a canção Jolene. Contudo, um dos candidatos da categoria Over 24 desistiu e a Demi foi chamada de volta pela mentora Danni Minougue (a irmã da Kylie). Sem muitas expectativas, Dami fez sua primeira apresentação ao vivo cantando One do U2 (canção que ela não conhecia anteriormente) e simplesmente surpreendeu em uma performance sensacional. Só que ninguém estava realmente preparado para a semana seguinte em que ela cantou Purple Rain do Prince em dos momentos mais épicos que eu já vi em um show desse estilo. A partir daí, a antes considerada azarona, se tornou favorita entregando apresentações geniais uma atrás da outra combinada com sua personalidade
adorável. E com muita justiça, Dami se tornou a campeã. Como single celebrando sua vitória foi lançada a canção Alive.
A canção que estreiou em primeira na parada australiana e conseguiu boas posições em alguns mercados asiáticos (fato inédito para um participante do programa) é uma boa canção feita para os vencedores de um reality. Normalmente, esse tipo de canção costuma ser uma balada bem brega, mas a produção resolveu fazer um razoável pop dance mid-tempo. Não que seja um trabalho genial, mas a construção do arranjo dá para Demi uma cara moderna e comercial sem perder a sua principal qualidade: a sua voz. Apesar de conseguir alcançar com maestria as grandes notas são nos momentos mais "calmos" que podemos perceber o belo tom de voz que ela tem. Delicada e diferente das vozes que estão no topo das paradas Dami é bálsamo para os ouvidos. A composição entrega um bom refrão, mas não consegue sair do esquema de "auto ajuda" para mostrar que qualquer um pode ser um vencedor. Tirando isso, Alive é uma canção acima da média. E sem dúvida nenhuma, Dami Im tem o tão fator X.
nota: 7
4 de dezembro de 2013
Uma Grande Palhaçada
The Fox (What Does the Fox Say?)
Ylvis
A música é usada para expressar sentimentos e dessa maneira que conectamos com ela. Contudo, nem sempre uma música serve para expressar um sentimento "nobre". À vezes, ela apenas serve para a gente se divertir sem precisar ter uma conexão emocional. O melhor exemplo disso é o sucesso que a canção The Fox (What Does the Fox Say?) da dupla Norueguesa Ylvis que fala de uma grande dúvida que paira sobre a cabeça da humanidade: o que a raposa diz? Ou melhor: qual é o som da raposa?
Sim, durante os mais de três minutos de duração a dupla discorre sobre qual o mistério da raposa e porque ninguém nunca ouviu qual o seu som. Sim, você leu muito bem sobre qual é "tema" da canção. É óbvio que a canção, escrita para promover um programa na Noruega, não é para ser levada a sério. Dito isso, The Fox (What Does the Fox Say?) é surpreendente uma boa canção. Mesmo sendo uma grande "bobeira", a composição é bem escrita e cumpre o papel de divertir muito bem em especial no refrão "esquizofrênico". Os vocais conseguem um bom equilíbrio na parte mais séria quanto na engraçada sem perder a qualidade técnica. The Fox (What Does the Fox Say?) é um decente canção dance/eletrônica com produção do grupo Stargate. O que se faz necessário é olhar nas entrelinhas da canção: uma critica sobre o atual cenário do pop/eletrônico com seus clichês e seus lugares comuns. Uma boa critica apesar disso não ser o principal alvo da canção. O que interessa mesmo para Ylvis é fazer de The Fox (What Does the Fox Say?) uma grande palhaçada.
nota: 7,5
Ylvis
A música é usada para expressar sentimentos e dessa maneira que conectamos com ela. Contudo, nem sempre uma música serve para expressar um sentimento "nobre". À vezes, ela apenas serve para a gente se divertir sem precisar ter uma conexão emocional. O melhor exemplo disso é o sucesso que a canção The Fox (What Does the Fox Say?) da dupla Norueguesa Ylvis que fala de uma grande dúvida que paira sobre a cabeça da humanidade: o que a raposa diz? Ou melhor: qual é o som da raposa?
Sim, durante os mais de três minutos de duração a dupla discorre sobre qual o mistério da raposa e porque ninguém nunca ouviu qual o seu som. Sim, você leu muito bem sobre qual é "tema" da canção. É óbvio que a canção, escrita para promover um programa na Noruega, não é para ser levada a sério. Dito isso, The Fox (What Does the Fox Say?) é surpreendente uma boa canção. Mesmo sendo uma grande "bobeira", a composição é bem escrita e cumpre o papel de divertir muito bem em especial no refrão "esquizofrênico". Os vocais conseguem um bom equilíbrio na parte mais séria quanto na engraçada sem perder a qualidade técnica. The Fox (What Does the Fox Say?) é um decente canção dance/eletrônica com produção do grupo Stargate. O que se faz necessário é olhar nas entrelinhas da canção: uma critica sobre o atual cenário do pop/eletrônico com seus clichês e seus lugares comuns. Uma boa critica apesar disso não ser o principal alvo da canção. O que interessa mesmo para Ylvis é fazer de The Fox (What Does the Fox Say?) uma grande palhaçada.
nota: 7,5
3 de dezembro de 2013
Primeira Impressão
Swings Both Ways
Robbie Williams
Para quem não conhece mais a fundo a carreira do Robbie Williams pode estranhar o seu décimo segundo álbum intitulado Swings Both Ways. Lançado no último dia 18 e entrando para história como o milésimo a chegar ao topo da parada britânica, Swings Both Ways é um álbum de jazz/big band/swing no melhor estilo Frank Sinatra e ou Tony Benette. Fã do estilo, Robbie já tinha lançado um álbum nesse estilo em 2001 chamado Swing When You're Winning que foi um sucesso de vendas e criticas. Doze anos depois Robbie volta a a atacar de cantor de big band entregando um álbum redondo e divertido.
Não há dúvidas que Robbie é um ótimo cantor e aqui ele se esbalda em performances sensacionais sempre sabendo postar sua voz tirando o melhor da parte técnica, mas sem esquecer a a melhor qualidade: sua carismática personalidade. A atmosfera leve, descontraída e com toques de humor que Robbie dá para as canções fazendo com que a possível sisudez e breguice que poderia contaminar Swings Both Ways seja dissipada. A produção fica a cardo do colaborador de longa data de Robbie, o produtor Guy Chambers que não trabalhava com o artista desde 2002. Mesmo com uma produção acima da média com arranjos bem feitos tanto para as regravações quanto para as canções inéditas sabendo fazer uma homenagem sem parecer uma pastiche o resultado final é um pouco irregular devido a escolhas de algumas canções como a baladinha original Snowblind ou a parceria com a Kelly Clarkson em Little Green Apples. Longe de serem ruins, mas a presença dessas canções são apenas "enchimento" e não fazem diferença no resultado final. Contudo, Swings Both Ways tem momentos sensacionais como nas ótimas Shine My Shoes e Go Gentle (ambas originais) e Dream A Little Dream ao lado da Lily Allen e Minnie The Moocher (ambas regrações). Porém, nenhuma delas separa a sensacional Swings Both Ways (faixa que dá nome ao álbum) que ao lado do cantor Rufus Wainwright brincam com a sexualidade um do outro (Rufus é gay assumido e Robbie já teve diversos rumores sobre a sua sexualidade). Além de ser um momento extremamente divertido a produção faz uma excelente canção estilo big band sem recorrer a uma regravação. Swings Both Ways é um álbum despretensioso, divertido e perfeito para dançar como se fosse 1955.
Robbie Williams
Para quem não conhece mais a fundo a carreira do Robbie Williams pode estranhar o seu décimo segundo álbum intitulado Swings Both Ways. Lançado no último dia 18 e entrando para história como o milésimo a chegar ao topo da parada britânica, Swings Both Ways é um álbum de jazz/big band/swing no melhor estilo Frank Sinatra e ou Tony Benette. Fã do estilo, Robbie já tinha lançado um álbum nesse estilo em 2001 chamado Swing When You're Winning que foi um sucesso de vendas e criticas. Doze anos depois Robbie volta a a atacar de cantor de big band entregando um álbum redondo e divertido.
Não há dúvidas que Robbie é um ótimo cantor e aqui ele se esbalda em performances sensacionais sempre sabendo postar sua voz tirando o melhor da parte técnica, mas sem esquecer a a melhor qualidade: sua carismática personalidade. A atmosfera leve, descontraída e com toques de humor que Robbie dá para as canções fazendo com que a possível sisudez e breguice que poderia contaminar Swings Both Ways seja dissipada. A produção fica a cardo do colaborador de longa data de Robbie, o produtor Guy Chambers que não trabalhava com o artista desde 2002. Mesmo com uma produção acima da média com arranjos bem feitos tanto para as regravações quanto para as canções inéditas sabendo fazer uma homenagem sem parecer uma pastiche o resultado final é um pouco irregular devido a escolhas de algumas canções como a baladinha original Snowblind ou a parceria com a Kelly Clarkson em Little Green Apples. Longe de serem ruins, mas a presença dessas canções são apenas "enchimento" e não fazem diferença no resultado final. Contudo, Swings Both Ways tem momentos sensacionais como nas ótimas Shine My Shoes e Go Gentle (ambas originais) e Dream A Little Dream ao lado da Lily Allen e Minnie The Moocher (ambas regrações). Porém, nenhuma delas separa a sensacional Swings Both Ways (faixa que dá nome ao álbum) que ao lado do cantor Rufus Wainwright brincam com a sexualidade um do outro (Rufus é gay assumido e Robbie já teve diversos rumores sobre a sua sexualidade). Além de ser um momento extremamente divertido a produção faz uma excelente canção estilo big band sem recorrer a uma regravação. Swings Both Ways é um álbum despretensioso, divertido e perfeito para dançar como se fosse 1955.
Modernização
Go Gentle
Robbie Williams
Fácil é regravar uma canção. Difícil mesmo é fazer uma canção nova parecer antiga, mas sem parecer datada. Esse é o caso de Go Gentle do Robbie Williams.
Primeiro single de Swings Both Ways a canção pega toda a atmosfera da big band misturada toques de jazz/pop e dá uma modernizada sem perder a essência do estilo. Boa parte dessa responsabilidade vem do próprio Robbie entregando uma performance madura, contida e cativante, mas mostrando a sua personalidade sem nenhum esforço. Isso ajuda a dar para a produção o tempero necessário para criar um arranjo bem construindo e divertido apesar de ser uma balada. A composição também é acertada sendo contemporânea, mas sem perder o toque de "classe". Go Gentle é uma modernização, mas sem ser um estereotipada.
nota: 7,5
Robbie Williams
Fácil é regravar uma canção. Difícil mesmo é fazer uma canção nova parecer antiga, mas sem parecer datada. Esse é o caso de Go Gentle do Robbie Williams.
Primeiro single de Swings Both Ways a canção pega toda a atmosfera da big band misturada toques de jazz/pop e dá uma modernizada sem perder a essência do estilo. Boa parte dessa responsabilidade vem do próprio Robbie entregando uma performance madura, contida e cativante, mas mostrando a sua personalidade sem nenhum esforço. Isso ajuda a dar para a produção o tempero necessário para criar um arranjo bem construindo e divertido apesar de ser uma balada. A composição também é acertada sendo contemporânea, mas sem perder o toque de "classe". Go Gentle é uma modernização, mas sem ser um estereotipada.
nota: 7,5
2 de dezembro de 2013
Os 25 Melhores Álbuns de 2013
Esse ano eu consegui a façanha de fazer o Primeira Impressão de cerca de 95 álbuns. Um recorde! Então, a escolha dos 25 Melhores Álbuns de 2013 foi muito difícil. Depois de analisar cada álbum consegui uma lista bem coerente com tudo o que foi dito nas avaliações dos álbuns. Quero apenas ressaltar que a lista contém alguns álbuns que foram lançados bem no final do ano passado e depois da lista de 2012 já ter sido feita. Sem mais delongas aqui estão os cinco primeiros!
30 de novembro de 2013
Revelação do Ano
Como sempre chegou a hora da escolha dos Melhores do Ano. E mais uma vez quem vai escolher as principais categorias são vocês, leitores! A primeira categoria vai eleger qual artista foi a grande novidade do ano. Qual artista entre os selecionados roubou os holofotes? Qual foi o melhor novo nome do ano? Resumidamente: quem foi a revelação de 2013?
A escolha esse ano vai ficar esse ano entre dois vencedores do reality The X Factor UK que são completamente diferentes um do outro, uma rapper australiana, uma dupla formado por um rapper e um produtor que roubaram o top das paradas e uma cantora "teen" surpreendente ótima.
A escolha esse ano vai ficar esse ano entre dois vencedores do reality The X Factor UK que são completamente diferentes um do outro, uma rapper australiana, uma dupla formado por um rapper e um produtor que roubaram o top das paradas e uma cantora "teen" surpreendente ótima.
29 de novembro de 2013
Os 50 Melhores Singles de 2013
Mais um ano termina e mais um vez o SóSingles tem o prazer de levar para vocês a lista dos 50 Melhores Singles. O ano foi marcado por grandes hits que são realmente ótimas música. Uma variedade enorme de estilos e artistas marcam esse top. Novos nomes e alguns velhos conhecidos do grande público estão entre os selecionados. Sem mais delongas com vocês as primeiras posições do top 50! Espero que gostem (ou não) e comentem!
28 de novembro de 2013
The Way 2 - A Missão
Right There (Feat. Big Sean)
Ariana Grande
Já falei algumas vezes sobre músicas que se parecem e quanto isso pode ser um tiro no pé caso as canções sejam do mesmo artista. Nem sempre isso acontece.
Right There é praticamente irmã de The Way que foi o primeiro single do álbum Yours Truly da Ariana Grande. Produzidas por Harmony Samuels as duas canções são um R&B/pop com influência da sonoridade dos anos '90e com o featuring de um rapper. Acontece que em vez de ser uma "continuação" inferior Right There é bem melhor que a sua antecessora. O principal fator para essa nítida mudança é que a canção é mais original que The Way sem precisar se escorar nas muletas do uso do sample para construir um divertido e romântico arranjo mid-tempo que se encaixa perfeitamente na sonoridade de Ariana. Outro ponto positivo é a participação redondinha de Big Sean que combinou com a performance carismática da jovem cantora mostrando grande potencial fazendo a gente acredita que no futuro ela pode carregar música bem maiores. Por enquanto, Right There é o perfeita veículo para mostrar o talento dela.
nota: 8
Ariana Grande
Já falei algumas vezes sobre músicas que se parecem e quanto isso pode ser um tiro no pé caso as canções sejam do mesmo artista. Nem sempre isso acontece.
Right There é praticamente irmã de The Way que foi o primeiro single do álbum Yours Truly da Ariana Grande. Produzidas por Harmony Samuels as duas canções são um R&B/pop com influência da sonoridade dos anos '90e com o featuring de um rapper. Acontece que em vez de ser uma "continuação" inferior Right There é bem melhor que a sua antecessora. O principal fator para essa nítida mudança é que a canção é mais original que The Way sem precisar se escorar nas muletas do uso do sample para construir um divertido e romântico arranjo mid-tempo que se encaixa perfeitamente na sonoridade de Ariana. Outro ponto positivo é a participação redondinha de Big Sean que combinou com a performance carismática da jovem cantora mostrando grande potencial fazendo a gente acredita que no futuro ela pode carregar música bem maiores. Por enquanto, Right There é o perfeita veículo para mostrar o talento dela.
nota: 8
27 de novembro de 2013
Primeira Impressão
Matangi
M.I.A.
Música boa não deveria ser "padronizada" e se você realmente gosta de música também não deveria ser "padronizado" para gostar de apenas um estilo de música. Assim como quem faz música, quem ouve música deveria ficar "exposto" a todo tipo de música feita por todo tipo de artista de qualquer época. Nem sempre fazer isso é fácil, mas os resultados dessa emersão musical é sempre positiva ao abrir o horizonte para novas experiências. Um bom começo pode ser ouvir o novo álbum da M.I.A. Não que a cantora seja a mais "underground" e desconhecida das artistas já que ao longo dos anos ela ganhou notoriedade, mas o seu quarto álbum Matangi é uma opção bem interessante para quem apenas está no esquema de conhecer apenas "pop comercial".
Não espere "um passeio no parque" em Matangi já que M.I.A. mantém integra a sua sonoridade que a fez se destacar em Arular de 2005, mas apenas sendo mais refinada e pouco menos impactante. Não que a mistura de eletrônico com todas as nuances, texturas, batidas, estilos, influências e todos os sons que tecem a rica e complexa cadeia de influência da cantora tenha se deteriorado ou se corrompido ao longo desses anos já que a produção faz um trabalho poderoso entregando uma sonoridade e arranjos perfeitos para transmitir toda personalidade multifacetada da cantora. Contudo, o resultado final é um pouco irregular devido algumas arestas soltas na produção de algumas faixas que não corresponde a altura da produção de outras faixas. Como disse anteriormente para os novatos as composições aqui vão "assustar". M.I.A. caminha bem longe da maioria dos artistas com destaque no mainstream ao falar sobre assuntos sérios e pesados como a pobreza, desigualdade social, o feminismo e o machismo, etc. Não são assuntos de fácil assimilação, mas M.I.A. e seus colaboradores fazem um trabalho poderoso tecendo boas criticas. Além disso, a parte "técnica" tem momentos geniais como na letra de aTENTion que faz um jogo de palavras usando a parte "tent" em todas elas para criar a rima entre as palavras. A principal característica que difere M.I.A. de outros artistas é sua personalidade na hora de "interpretar" as canções. Uma mistura de cantora com rapper com estilo único usando seu sotaque para incrementar e personalizar ainda mais suas canções. Não procure M.I.A. na definição de "grande" cantora, mas procure ela na definição de cantora "original". Não há como não como colocar Bad Girls, lançada como single em 2012 e escolhida por mim como a 14° melhor música daquele ano, como a melhor faixa de Matangi. Mais que um bom álbum para iniciantes dispostos a abrir a mente, Matangi é um álbum com músicas boas completamente fora de padrões.
M.I.A.
Música boa não deveria ser "padronizada" e se você realmente gosta de música também não deveria ser "padronizado" para gostar de apenas um estilo de música. Assim como quem faz música, quem ouve música deveria ficar "exposto" a todo tipo de música feita por todo tipo de artista de qualquer época. Nem sempre fazer isso é fácil, mas os resultados dessa emersão musical é sempre positiva ao abrir o horizonte para novas experiências. Um bom começo pode ser ouvir o novo álbum da M.I.A. Não que a cantora seja a mais "underground" e desconhecida das artistas já que ao longo dos anos ela ganhou notoriedade, mas o seu quarto álbum Matangi é uma opção bem interessante para quem apenas está no esquema de conhecer apenas "pop comercial".
Não espere "um passeio no parque" em Matangi já que M.I.A. mantém integra a sua sonoridade que a fez se destacar em Arular de 2005, mas apenas sendo mais refinada e pouco menos impactante. Não que a mistura de eletrônico com todas as nuances, texturas, batidas, estilos, influências e todos os sons que tecem a rica e complexa cadeia de influência da cantora tenha se deteriorado ou se corrompido ao longo desses anos já que a produção faz um trabalho poderoso entregando uma sonoridade e arranjos perfeitos para transmitir toda personalidade multifacetada da cantora. Contudo, o resultado final é um pouco irregular devido algumas arestas soltas na produção de algumas faixas que não corresponde a altura da produção de outras faixas. Como disse anteriormente para os novatos as composições aqui vão "assustar". M.I.A. caminha bem longe da maioria dos artistas com destaque no mainstream ao falar sobre assuntos sérios e pesados como a pobreza, desigualdade social, o feminismo e o machismo, etc. Não são assuntos de fácil assimilação, mas M.I.A. e seus colaboradores fazem um trabalho poderoso tecendo boas criticas. Além disso, a parte "técnica" tem momentos geniais como na letra de aTENTion que faz um jogo de palavras usando a parte "tent" em todas elas para criar a rima entre as palavras. A principal característica que difere M.I.A. de outros artistas é sua personalidade na hora de "interpretar" as canções. Uma mistura de cantora com rapper com estilo único usando seu sotaque para incrementar e personalizar ainda mais suas canções. Não procure M.I.A. na definição de "grande" cantora, mas procure ela na definição de cantora "original". Não há como não como colocar Bad Girls, lançada como single em 2012 e escolhida por mim como a 14° melhor música daquele ano, como a melhor faixa de Matangi. Mais que um bom álbum para iniciantes dispostos a abrir a mente, Matangi é um álbum com músicas boas completamente fora de padrões.
26 de novembro de 2013
Num Entendi, Mas Curti
White Walls (feat. ScHoolboy Q & Hollis)
Macklemore & Ryan Lewis
Quando eu vou analisar uma canção eu sempre analiso em três aspectos: vocais, arranjo e composição. Como vocês podem reparar quase todas as músicas resenhas aqui são em inglês. Por isso, eu preciso entender bem o que a letra de cada música fala. Sem querer me gabar, mas eu tenho domínio do inglês bem mais que satisfatório. Contudo, como tenho aprendido nos últimos meses, nem sempre o significado real das palavras são o que o autor quer usar para descrever o que quer transmitir. Confuso, né? Por causa disso nem sempre é possível entender perfeitamente o teor geral de uma canção devido a uso de figuras de linguagens difíceis ou desconhecidos. Isso acontece muito com canções de rap. Só que as vezes eu logo o
foda-se e apenas me divirto como é o caso de White Walls do Macklemore & Ryan Lewis.
Impulsionado pelo sucesso recente, a dupla independente lançou a canção como o sexto single do álbum The Heist. A canção fala de dirigir um Cadillac ou de como ser fodão ou sobre paredes brancas ou de tudo isso ao mesmo tempo ou nada disso. Não sei bem, pois mesmo sendo um trabalho tecnicamente ótimo, eu fiquei confuso em tentar entender qual o assunto que a canção aborda. Só que isso não é exatamente um problema para a minha opinião final já que ela tem mais qualidades que superam esse detalhe. A produção de Ryan Lewis é inspirada dando personalidade para a canção conseguindo entregar uma ótima batida hip hop, mas fora dos padrões do estilo com criatividade. Mesmo contando com bons featuring (o rapper ScHoolboy Q e cantora desconhecida Hollis) é Macklemore que rouba a atenção em um performance cheia de estilo e uma presença carismática. Posso até não entendido do que realmente fala White Walls, mas que ela é uma música ótima eu não tenho dúvida.
nota: 8
Macklemore & Ryan Lewis
Quando eu vou analisar uma canção eu sempre analiso em três aspectos: vocais, arranjo e composição. Como vocês podem reparar quase todas as músicas resenhas aqui são em inglês. Por isso, eu preciso entender bem o que a letra de cada música fala. Sem querer me gabar, mas eu tenho domínio do inglês bem mais que satisfatório. Contudo, como tenho aprendido nos últimos meses, nem sempre o significado real das palavras são o que o autor quer usar para descrever o que quer transmitir. Confuso, né? Por causa disso nem sempre é possível entender perfeitamente o teor geral de uma canção devido a uso de figuras de linguagens difíceis ou desconhecidos. Isso acontece muito com canções de rap. Só que as vezes eu logo o
foda-se e apenas me divirto como é o caso de White Walls do Macklemore & Ryan Lewis.
Impulsionado pelo sucesso recente, a dupla independente lançou a canção como o sexto single do álbum The Heist. A canção fala de dirigir um Cadillac ou de como ser fodão ou sobre paredes brancas ou de tudo isso ao mesmo tempo ou nada disso. Não sei bem, pois mesmo sendo um trabalho tecnicamente ótimo, eu fiquei confuso em tentar entender qual o assunto que a canção aborda. Só que isso não é exatamente um problema para a minha opinião final já que ela tem mais qualidades que superam esse detalhe. A produção de Ryan Lewis é inspirada dando personalidade para a canção conseguindo entregar uma ótima batida hip hop, mas fora dos padrões do estilo com criatividade. Mesmo contando com bons featuring (o rapper ScHoolboy Q e cantora desconhecida Hollis) é Macklemore que rouba a atenção em um performance cheia de estilo e uma presença carismática. Posso até não entendido do que realmente fala White Walls, mas que ela é uma música ótima eu não tenho dúvida.
nota: 8
25 de novembro de 2013
Primeira Impressão
Avril Lavigne
Avril Lavigne
A Avril Lavigne é um caso para ser estudado. Se não bastasse estar quase na casa dos trinta (ela está com 29 anos completados em Setembro) e ter a mesma aparência de quando começou, Avril continua com a mesma sonoridade de onze anos atrás quando lançou o seu debut álbum, Let Go (2002). Em vez de evoluir, Avril fez o contrario e caminhou para trás, principalmente se pegarmos o seu segundo trabalho Under my Skin (2004) em que mostrou alguma evolução. Essa característica tem sido o calcanhar de Aquiles para ela nos últimos anos em que perdeu bastante de sua popularidade em vendas tanto de singles como de álbuns. Chegando ao seu quinto CD, Avril continua a sofrer desse defeito só que ao menos dessa vez o resultado final nem é tanto desastroso como poderia se esperar.
Avril Lavigne (o álbum) é uma volta no tempo. Mais precisamente no começo dos anos 2000. O mundo era menos farofeiro e Avril era considerada uma rebelde com sua atitude "descolada" e punk. Claro, que tudo era apenas uma "fachada" já que Avril apenas fazia uma versão do pop chiclete produzida especialmente para atrair o público jovem que não se identificava com a Spears e Aguilera. Tudo era divertido, descartável e marcou uma época para muitas pessoas (inclusive eu). Toda essa atmosfera é recriada no novo álbum. Não é a perfeição, mas ao menos é uma experiência que traz boas memorias. A produção, assinada em sua maior parte, pelo marido dela (!!!) Chad Kroege (!!!!!!!) que é vocalista do Nickelback (só lembrando que Avril está no segundo casamento) é um trabalho bem feitinho entregando uma coleção de canções pop chiclete que em vários momentos tentam ser pop punk ou pop rock, mas que são apenas produtos tão descartáveis e fúteis que não há como levar muito a sério. Não entenda mal: isso diverte. Avril continua a entregar composições mais rasas que um pires. Mesmo assim há momentos legais e tão despretensiosos que o resultado final é até ok. O que não dá para aguentar são as tentativas canhestras dela de fazer baladas como as péssimas Falling Fast e Hush Hush. Devo admitir que a Avril entrega performance vocal geral até coesa, correta e bem simpática. Não há nenhum momento em que ela se destaque, mas não é nenhum Titanic. Para quem quer voltar no tempo e reviver bons tempos as melhores pedidas são Rock n Roll (resenha a seguir), o primeiro single Here's to Never Growing Up, Bitchin' Summer e Sippin' On Sunshine. Contudo, o resultado final é completamente confuso já que não convence novos público e o velho (como eu) só o vê como uma viagem inofensiva e passageira a um passado que não volta mais. Já passou da hora da Avril Lavigne envelhecer (ao menos a sua sonoridade).
Avril Lavigne
A Avril Lavigne é um caso para ser estudado. Se não bastasse estar quase na casa dos trinta (ela está com 29 anos completados em Setembro) e ter a mesma aparência de quando começou, Avril continua com a mesma sonoridade de onze anos atrás quando lançou o seu debut álbum, Let Go (2002). Em vez de evoluir, Avril fez o contrario e caminhou para trás, principalmente se pegarmos o seu segundo trabalho Under my Skin (2004) em que mostrou alguma evolução. Essa característica tem sido o calcanhar de Aquiles para ela nos últimos anos em que perdeu bastante de sua popularidade em vendas tanto de singles como de álbuns. Chegando ao seu quinto CD, Avril continua a sofrer desse defeito só que ao menos dessa vez o resultado final nem é tanto desastroso como poderia se esperar.
Avril Lavigne (o álbum) é uma volta no tempo. Mais precisamente no começo dos anos 2000. O mundo era menos farofeiro e Avril era considerada uma rebelde com sua atitude "descolada" e punk. Claro, que tudo era apenas uma "fachada" já que Avril apenas fazia uma versão do pop chiclete produzida especialmente para atrair o público jovem que não se identificava com a Spears e Aguilera. Tudo era divertido, descartável e marcou uma época para muitas pessoas (inclusive eu). Toda essa atmosfera é recriada no novo álbum. Não é a perfeição, mas ao menos é uma experiência que traz boas memorias. A produção, assinada em sua maior parte, pelo marido dela (!!!) Chad Kroege (!!!!!!!) que é vocalista do Nickelback (só lembrando que Avril está no segundo casamento) é um trabalho bem feitinho entregando uma coleção de canções pop chiclete que em vários momentos tentam ser pop punk ou pop rock, mas que são apenas produtos tão descartáveis e fúteis que não há como levar muito a sério. Não entenda mal: isso diverte. Avril continua a entregar composições mais rasas que um pires. Mesmo assim há momentos legais e tão despretensiosos que o resultado final é até ok. O que não dá para aguentar são as tentativas canhestras dela de fazer baladas como as péssimas Falling Fast e Hush Hush. Devo admitir que a Avril entrega performance vocal geral até coesa, correta e bem simpática. Não há nenhum momento em que ela se destaque, mas não é nenhum Titanic. Para quem quer voltar no tempo e reviver bons tempos as melhores pedidas são Rock n Roll (resenha a seguir), o primeiro single Here's to Never Growing Up, Bitchin' Summer e Sippin' On Sunshine. Contudo, o resultado final é completamente confuso já que não convence novos público e o velho (como eu) só o vê como uma viagem inofensiva e passageira a um passado que não volta mais. Já passou da hora da Avril Lavigne envelhecer (ao menos a sua sonoridade).
2 Por 1 - Avril Lavigne
Rock n Roll
Let Me Go (feat. Chad Kroeger)
Avril Lavigne
Os dois singles lançados do álbum homônimo da Avril mostra bem a essência do trabalho: mediano, mas "passável".
Rock n Roll é um pop punk que se não a melhor canção da carreira da Avril ao menos tem a decência de ser divertida. A atitude de rebelde sem causa em busca de "libertação" é datada, mas a composição funciona sem maiores problemas no final das contas. Até mesmo os vocais de Avril que já tiverem momentos horríveis estão melhore, mas sem mostrar nada genial ou acima da média. Resumidamente: Rock n Roll é apenas mais uma faixa da Avril, mas um pouco melhor que média dela.
Dividindo o vocais com o marido(!!!) Chad Kroeger em Let Me Go Avril entrega uma balada menos insuportável que poderia se esperar. A canção se beneficia da produção de Chad que faz um trabalho decente sem apelar para um arranjo épico o que acabaria em transformar a canção em um trabalho brega. Apesar disso, Let Me Go sofre de estar encoberta por quilos de açúcar por causa da composição sem graça e as performance certinhas e sem pegada dos "pombinhos". Resumindo: Avril continua sem entregar uma balada realmente boa faz anos e não foi dessa vez mesmo.
nota
Rock n Roll 6,5
Let Me Go: 6
Let Me Go (feat. Chad Kroeger)
Avril Lavigne
Os dois singles lançados do álbum homônimo da Avril mostra bem a essência do trabalho: mediano, mas "passável".
Rock n Roll é um pop punk que se não a melhor canção da carreira da Avril ao menos tem a decência de ser divertida. A atitude de rebelde sem causa em busca de "libertação" é datada, mas a composição funciona sem maiores problemas no final das contas. Até mesmo os vocais de Avril que já tiverem momentos horríveis estão melhore, mas sem mostrar nada genial ou acima da média. Resumidamente: Rock n Roll é apenas mais uma faixa da Avril, mas um pouco melhor que média dela.
Dividindo o vocais com o marido(!!!) Chad Kroeger em Let Me Go Avril entrega uma balada menos insuportável que poderia se esperar. A canção se beneficia da produção de Chad que faz um trabalho decente sem apelar para um arranjo épico o que acabaria em transformar a canção em um trabalho brega. Apesar disso, Let Me Go sofre de estar encoberta por quilos de açúcar por causa da composição sem graça e as performance certinhas e sem pegada dos "pombinhos". Resumindo: Avril continua sem entregar uma balada realmente boa faz anos e não foi dessa vez mesmo.
nota
Rock n Roll 6,5
Let Me Go: 6
23 de novembro de 2013
Quando Uma Canção Acha Seu Verdadeiro Lar
I Hope You Find It
Cher
Regravações são tão comuns como a Miley Cyrus mostrar a língua em uma apresentação. Nem sempre isso
é feito com grandes sucessos, mas com canções desconhecidas do grande público. Isso dá liberdade para o artista poder criar ainda mais e transformar a canção escolhida em sua sem precisar se preocupar com duras comparações. Então, é fácil a regravação sai melhor que a original.
I Hope You Find It é o segundo single de Closer to the Truth da Cher e mostra uma das suas melhores facetas: a cantora de balada. Contudo, a canção não foi originalmente destinada a ela. Em 2010, a Miley Cyrus gravou a canção como parte da trilha do filme A Última Música. Na versão de Cher não houve mudanças profundas, mas que foram necessárias para se adequar a cantora e essas mudanças foram decisivas para elevar a canção de mediana para boa. O arranjo ganhou uma dramaticidade e um verniz mais adulto adequado para Cher. Boa sacada não alterar o estilo da canção sendo que o country pop combina com a voz dele. É nesse quesito que a canção realmente encontra a sua verdadeira interprete já que se não bastasse ter uma voz cem vezes melhor que a da Miley, Cher sabe como emocionar com a ajuda de uma composição um pouco brega, mas um trabalho bem feito e cativante. Fico feliz de I Hope You Find It ter achado o seu lar com a Cher.
nota: 7,5
Cher
Regravações são tão comuns como a Miley Cyrus mostrar a língua em uma apresentação. Nem sempre isso
é feito com grandes sucessos, mas com canções desconhecidas do grande público. Isso dá liberdade para o artista poder criar ainda mais e transformar a canção escolhida em sua sem precisar se preocupar com duras comparações. Então, é fácil a regravação sai melhor que a original.
I Hope You Find It é o segundo single de Closer to the Truth da Cher e mostra uma das suas melhores facetas: a cantora de balada. Contudo, a canção não foi originalmente destinada a ela. Em 2010, a Miley Cyrus gravou a canção como parte da trilha do filme A Última Música. Na versão de Cher não houve mudanças profundas, mas que foram necessárias para se adequar a cantora e essas mudanças foram decisivas para elevar a canção de mediana para boa. O arranjo ganhou uma dramaticidade e um verniz mais adulto adequado para Cher. Boa sacada não alterar o estilo da canção sendo que o country pop combina com a voz dele. É nesse quesito que a canção realmente encontra a sua verdadeira interprete já que se não bastasse ter uma voz cem vezes melhor que a da Miley, Cher sabe como emocionar com a ajuda de uma composição um pouco brega, mas um trabalho bem feito e cativante. Fico feliz de I Hope You Find It ter achado o seu lar com a Cher.
nota: 7,5
22 de novembro de 2013
Um Sucesso Dorminhoco
Let Her Go
Passenger
Vocês sabem o que é um "sucesso dorminhoco"? É aquele que demora um eternidade para fazer sucesso depois de ser lançada. O último exemplo disso foi a canção Let Her Go do britânico Passenger que foi lançada em Julho de 2012, mas que só foi se transforma em um sucesso ao longo desse ano.
Devo admitir que fico feliz que uma canção como Let Her Go esteja fazendo sucesso. No meio de centenas de farofadas que dominam boa parte das paradas é revigorante ver que ainda há espaço para a simplicidade. A canção é uma inspirada, tocante e delicada balada rock pop/folk construída de uma maneira primorosa usando nuances eficientes em um arranjo ótimo. A composição é um trabalho lindo tanto na parte poética mostrando sensibilidade e inteligência, quanto na parte mais técnica construindo de forma eficiente a letra cativante. Contudo, o grande achado é a voz de Passenger: um pouco rouco, ele consegue passar todas as emoções de forma contida sem recorrer a clichês vocais. Quem bom que Let Her Go foi "acordado" e Passenger ganhou o reconhecimento devido por seu talento.
nota: 8
Passenger
Vocês sabem o que é um "sucesso dorminhoco"? É aquele que demora um eternidade para fazer sucesso depois de ser lançada. O último exemplo disso foi a canção Let Her Go do britânico Passenger que foi lançada em Julho de 2012, mas que só foi se transforma em um sucesso ao longo desse ano.
Devo admitir que fico feliz que uma canção como Let Her Go esteja fazendo sucesso. No meio de centenas de farofadas que dominam boa parte das paradas é revigorante ver que ainda há espaço para a simplicidade. A canção é uma inspirada, tocante e delicada balada rock pop/folk construída de uma maneira primorosa usando nuances eficientes em um arranjo ótimo. A composição é um trabalho lindo tanto na parte poética mostrando sensibilidade e inteligência, quanto na parte mais técnica construindo de forma eficiente a letra cativante. Contudo, o grande achado é a voz de Passenger: um pouco rouco, ele consegue passar todas as emoções de forma contida sem recorrer a clichês vocais. Quem bom que Let Her Go foi "acordado" e Passenger ganhou o reconhecimento devido por seu talento.
nota: 8
21 de novembro de 2013
Para Cada Miley Existe Uma Lily
Somewhere Only We Know
Hard Out Here
Lily Allen
Além de acreditar que o mercado fonográfico precisa da personalidade e originalidade da Lily Allen, eu devo confessar que eu realmente estava com saudades dela. Depois de um hiato de quatro anos em que se dedicou a sua família e a outros empreendimentos, Allen resolveu sair da "toca" e retomar sua carreira. E para isso, ela já começou com tudo e com o pé direito ao lançar dois singles.
Lançado como tema da campanha da loja de departamento inglesa John Lewis, Somewhere Only We Know é a regravação do maior sucesso da banda Keane. Apesar de não ser uma canção original de Allen e nem conter a sua personalidade a regravação mostra um lado bem vindo da cantora. A canção foi despida de toda a sua produção grandiosa para se transformar em uma delicada balada. Embalada por um arranjo emocionante, Allen canta a belíssima composição mostrando toda a ternura que sua voz pode em uma redenção inspirada. Contudo, é com o primeiro single oficial de seu terceiro álbum que ela mostra quem é a Lily Allen de verdade.
Hard Out Here é uma critica deliciosamente ácida, divertida, inteligente, atual, sincera e irônica sobre como a mulher é tratada no meio mainstream em especial no meio hip hop e, em menor grau, no pop. A cultura pelo corpo perfeito e por consequência a exposição exagerada ressaltando o lado sexual, o tratamento machista dado pelos homens as mulheres e como as próprias mulheres se colocam nesse contexto são os principais ponto que Allen discorre e critica na ótima composição de Hard Out Here. Contudo, a maneira
como a letra é construída mostra que Allen (aqui ela divide a autoria com o produtor da música Greg Kurstin) continua com a mesma "sabedoria" de sempre ao brincar com um assunto importante e até pesado de uma maneira que parece tudo apenas fútil, mas que na verdade é uma séria critica. Com seu sotaque delicioso, Allen faz uma performance com a sua personalidade usando as qualidades vocais de sua voz com uma sua interpretação divertida. A produção entrega um pop chiclete perfeito com uma batida que tira sarro do estilo, mas que faz um trabalho realmente elaborado e bem pensado. Quem bom que a Lily Allen decidiu voltar. E não poderia escolher melhor hora para ensinar umas lições para Miley e cia.
nota
Somewhere Only We Know: 7,5
Hard Out Here: 8
Hard Out Here
Lily Allen
Além de acreditar que o mercado fonográfico precisa da personalidade e originalidade da Lily Allen, eu devo confessar que eu realmente estava com saudades dela. Depois de um hiato de quatro anos em que se dedicou a sua família e a outros empreendimentos, Allen resolveu sair da "toca" e retomar sua carreira. E para isso, ela já começou com tudo e com o pé direito ao lançar dois singles.
Lançado como tema da campanha da loja de departamento inglesa John Lewis, Somewhere Only We Know é a regravação do maior sucesso da banda Keane. Apesar de não ser uma canção original de Allen e nem conter a sua personalidade a regravação mostra um lado bem vindo da cantora. A canção foi despida de toda a sua produção grandiosa para se transformar em uma delicada balada. Embalada por um arranjo emocionante, Allen canta a belíssima composição mostrando toda a ternura que sua voz pode em uma redenção inspirada. Contudo, é com o primeiro single oficial de seu terceiro álbum que ela mostra quem é a Lily Allen de verdade.
Hard Out Here é uma critica deliciosamente ácida, divertida, inteligente, atual, sincera e irônica sobre como a mulher é tratada no meio mainstream em especial no meio hip hop e, em menor grau, no pop. A cultura pelo corpo perfeito e por consequência a exposição exagerada ressaltando o lado sexual, o tratamento machista dado pelos homens as mulheres e como as próprias mulheres se colocam nesse contexto são os principais ponto que Allen discorre e critica na ótima composição de Hard Out Here. Contudo, a maneira
como a letra é construída mostra que Allen (aqui ela divide a autoria com o produtor da música Greg Kurstin) continua com a mesma "sabedoria" de sempre ao brincar com um assunto importante e até pesado de uma maneira que parece tudo apenas fútil, mas que na verdade é uma séria critica. Com seu sotaque delicioso, Allen faz uma performance com a sua personalidade usando as qualidades vocais de sua voz com uma sua interpretação divertida. A produção entrega um pop chiclete perfeito com uma batida que tira sarro do estilo, mas que faz um trabalho realmente elaborado e bem pensado. Quem bom que a Lily Allen decidiu voltar. E não poderia escolher melhor hora para ensinar umas lições para Miley e cia.
nota
Somewhere Only We Know: 7,5
Hard Out Here: 8
20 de novembro de 2013
Primeira Impressão
Salute
Little Mix
O maior desafio para um artista novato depois de ter alcançado o sucesso é a maldição do "segundo álbum". Tudo por ir por água abaixo como aconteceu com a Ke$ha ou elevar tudo ao nível da estratosfera como aconteceu com a Adele. Isso tanto no aspecto comercial, quanto no de qualidade. Quem está passando por esse teste atualmente é a girl band Little Mix. Quase um ano depois (faltaram apenas 8 dias) de lançarem seu debut DNA estão lançando o segundo CD da carreira. A pergunta que fica é: elas passaram no teste? Ainda é cedo para dizer sobre a performance comercial de Salute que foi lançado nos principais mercados só no dia 11, mas o aspecto qualitativo elas passaram com louvor no teste.
Salute já mostra uma evolução nítida das quatro garotas em relação a sonoridade: enquanto DNA era uma colcha de retalhos de estilos misturando pop com R&B (bem divertida, diga-se de passagem), Salute mostra uma coesão maior ao misturar os estilos resultando em uma sonoridade com mais personalidade e uma base direcionado para o R&B. A título de comparação: enquanto o álbum anterior estava mais para as Spice Girls, o álbum atual está mais para o lado das Destiny's Child. A produção acerta em dar um tom adulto para as faixas assim como na construção de arranjos mais cadenciados lembrando muito a sonoridade dos anos '90. Salute, a faixa que dá o nome ao álbum e que abre o mesmo, é uma amostra dessa mudança sonora sendo um ótimo R&B/pop com uma batida bem demarcada e ritmada. Grande parte disso vem da produção do grupo TMS que já tinha trabalhado com elas no álbum, mas aqui ganham mais espaço e ditam o caminho. Talvez o único ponto negativo seja que um pouco da diversão de DNA foi perdida para dar uma ar mais maduro para elas. Um ponto semelhante com o Destiny's Child é que as composições estão bem mais feministas seja mostrando o poder feminino, aumentando a autoestima ou se posicionando em relação aos "cafajestes" de plantão. Bons trabalhos emergem de Salute mostrando que o pop pode ser dotado de inteligência como é o caso de Competition sobre um casal que está em crise devido ao cara se achar melhor que a companheira e Little Me que faz uma visão sobre abusos contra mulheres (apesar de ser superficial). O que continua o mesmo é o bom desempenho vocal de Perrie, Jesy, Leigh-Anne e Jade que além de brilharem individualmente elas conseguem mostrar harmonia perfeita em conjunto, o que é fundamental para uma girl band. Outros bons momentos são o single Move (resenha a seguir), as baladas These Four Walls e Good Enough e as divetidas About the Boy e Boy. Salute não é a reinvenção da roda, mas prova que o Little Mix pode ter uma carreira promissora de verdade. Claro, caso o público compre a ideia da nova roupagem.
Little Mix
O maior desafio para um artista novato depois de ter alcançado o sucesso é a maldição do "segundo álbum". Tudo por ir por água abaixo como aconteceu com a Ke$ha ou elevar tudo ao nível da estratosfera como aconteceu com a Adele. Isso tanto no aspecto comercial, quanto no de qualidade. Quem está passando por esse teste atualmente é a girl band Little Mix. Quase um ano depois (faltaram apenas 8 dias) de lançarem seu debut DNA estão lançando o segundo CD da carreira. A pergunta que fica é: elas passaram no teste? Ainda é cedo para dizer sobre a performance comercial de Salute que foi lançado nos principais mercados só no dia 11, mas o aspecto qualitativo elas passaram com louvor no teste.
Salute já mostra uma evolução nítida das quatro garotas em relação a sonoridade: enquanto DNA era uma colcha de retalhos de estilos misturando pop com R&B (bem divertida, diga-se de passagem), Salute mostra uma coesão maior ao misturar os estilos resultando em uma sonoridade com mais personalidade e uma base direcionado para o R&B. A título de comparação: enquanto o álbum anterior estava mais para as Spice Girls, o álbum atual está mais para o lado das Destiny's Child. A produção acerta em dar um tom adulto para as faixas assim como na construção de arranjos mais cadenciados lembrando muito a sonoridade dos anos '90. Salute, a faixa que dá o nome ao álbum e que abre o mesmo, é uma amostra dessa mudança sonora sendo um ótimo R&B/pop com uma batida bem demarcada e ritmada. Grande parte disso vem da produção do grupo TMS que já tinha trabalhado com elas no álbum, mas aqui ganham mais espaço e ditam o caminho. Talvez o único ponto negativo seja que um pouco da diversão de DNA foi perdida para dar uma ar mais maduro para elas. Um ponto semelhante com o Destiny's Child é que as composições estão bem mais feministas seja mostrando o poder feminino, aumentando a autoestima ou se posicionando em relação aos "cafajestes" de plantão. Bons trabalhos emergem de Salute mostrando que o pop pode ser dotado de inteligência como é o caso de Competition sobre um casal que está em crise devido ao cara se achar melhor que a companheira e Little Me que faz uma visão sobre abusos contra mulheres (apesar de ser superficial). O que continua o mesmo é o bom desempenho vocal de Perrie, Jesy, Leigh-Anne e Jade que além de brilharem individualmente elas conseguem mostrar harmonia perfeita em conjunto, o que é fundamental para uma girl band. Outros bons momentos são o single Move (resenha a seguir), as baladas These Four Walls e Good Enough e as divetidas About the Boy e Boy. Salute não é a reinvenção da roda, mas prova que o Little Mix pode ter uma carreira promissora de verdade. Claro, caso o público compre a ideia da nova roupagem.
Movendo Para Frente
Move
Little Mix
O primeiro single de Salute não é a canção mais genial de todos os tempos da história do pop. Porém, Move é uma canção boa e prova a evolução das meninas do Little Mix.
A produção do desconhecido Duvall dá para Move uma batida R&B misturando hip hop, dance e até funk. Esse mix de estilo resulta em um arranjo divertido com uma cadencia diferente mostrando criatividade e conseguindo se sobressair da multidão de massificações sem perder o potencial comercial. A dinâmica entre as integrantes na faixa está bem produzida dando espaço para cada uma e trabalhando bem as partes juntas. Sem precisar entregar uma composição genial, a canção tem uma letra redondinha e cativante. De qualquer maneira, o Little Mix deu um passo para frente no caminho certo.
nota: 7,5
Little Mix
O primeiro single de Salute não é a canção mais genial de todos os tempos da história do pop. Porém, Move é uma canção boa e prova a evolução das meninas do Little Mix.
A produção do desconhecido Duvall dá para Move uma batida R&B misturando hip hop, dance e até funk. Esse mix de estilo resulta em um arranjo divertido com uma cadencia diferente mostrando criatividade e conseguindo se sobressair da multidão de massificações sem perder o potencial comercial. A dinâmica entre as integrantes na faixa está bem produzida dando espaço para cada uma e trabalhando bem as partes juntas. Sem precisar entregar uma composição genial, a canção tem uma letra redondinha e cativante. De qualquer maneira, o Little Mix deu um passo para frente no caminho certo.
nota: 7,5
19 de novembro de 2013
Funcionando Apenas a Base de Featuring
Say Something (feat. Christina Aguilera)
A Great Big World
Ninguém pode negar que nos últimos tempos a carreira da Aguilera vem passado por um período bem estranho: enquanto desfruta de status de sucesso com o público devido a sua participação no The Voice nos Estados Unidos, mas a sua carreira musical solo se encontra "estagnada", para não dizer outra coisa. Contudo, isso é apenas em relação a sua carreira solo já que quando ela se une a um outro artista para fazer um featuring será um sucesso. Depois de Moves Like Jagger e Fell This Moment chegou a vez de Aguilera voltar as paradas com a sua participação na canção Say Something do duo desconhecido A Great Big World.
Impulsionado por uma apresentação no The Voice, Say Something conseguiu o buzz necessário para chagar
ao topo do iTunes e alcançar o número 16 na Billboard. Ao contrário das outras canções citadas, Say Something é surpreendente uma ótima canção. Em outra situação eu poderia dizer que Aguilera se transformou em apenas uma backing vocal de luxo, mas aqui é proposta é que a canção seja uma balada cantando a dois. Além disso, a forma como a produção vocal é conduzida é enorme acerto: em uma performance intimista, melancólica e emocionante de ambas as partes. Enquanto vemos um bom vocalista na presença de Ian Axel, Aguilera entrega um dos seus desempenhos mais inspirados sem precisar usar todo o potencial e alcance trabalhando as nuances emocionais sem brilhar mais que o "dono" da faixa, mas deixando sua marca. Só acho que Aguilera poderia ter tido uma parte solo. A produção também é um achado construindo um arranjo minimalista e com uma carga sentimental perfeita para "acalentar" perfeitamente a linda e triste composição sobre o fim de um amor. Talvez não seja o maior sucesso de Aguilera como featuring, mas é a melhor canção que ela já se prestou a participar.
nota: 8
A Great Big World
Ninguém pode negar que nos últimos tempos a carreira da Aguilera vem passado por um período bem estranho: enquanto desfruta de status de sucesso com o público devido a sua participação no The Voice nos Estados Unidos, mas a sua carreira musical solo se encontra "estagnada", para não dizer outra coisa. Contudo, isso é apenas em relação a sua carreira solo já que quando ela se une a um outro artista para fazer um featuring será um sucesso. Depois de Moves Like Jagger e Fell This Moment chegou a vez de Aguilera voltar as paradas com a sua participação na canção Say Something do duo desconhecido A Great Big World.
Impulsionado por uma apresentação no The Voice, Say Something conseguiu o buzz necessário para chagar
ao topo do iTunes e alcançar o número 16 na Billboard. Ao contrário das outras canções citadas, Say Something é surpreendente uma ótima canção. Em outra situação eu poderia dizer que Aguilera se transformou em apenas uma backing vocal de luxo, mas aqui é proposta é que a canção seja uma balada cantando a dois. Além disso, a forma como a produção vocal é conduzida é enorme acerto: em uma performance intimista, melancólica e emocionante de ambas as partes. Enquanto vemos um bom vocalista na presença de Ian Axel, Aguilera entrega um dos seus desempenhos mais inspirados sem precisar usar todo o potencial e alcance trabalhando as nuances emocionais sem brilhar mais que o "dono" da faixa, mas deixando sua marca. Só acho que Aguilera poderia ter tido uma parte solo. A produção também é um achado construindo um arranjo minimalista e com uma carga sentimental perfeita para "acalentar" perfeitamente a linda e triste composição sobre o fim de um amor. Talvez não seja o maior sucesso de Aguilera como featuring, mas é a melhor canção que ela já se prestou a participar.
nota: 8
Duelo de Hits 2013
A última disputa para Single do Ano será entre o sucesso surpresa de Blurred Lines do Robin Thicke ao lado do T.I. e Pharrell ou a volta em grande estilo de Justin Timberlake com Mirrors.
Votem!
18 de novembro de 2013
A Complexa Simplicidade
Dope
Lady GaGa
Enquanto a GaGa não lança o terceiro single oficial de ARTPOP, podemos nos contentar com o
promocional Dope.
Um dos momentos mais íntimos de ARTPOP, Dope faz com que podemos ver um lado bem mais orgânico de uma cantora que se esconde por trás de grandes cabelos e figurinos extravagantes. Uma coisa que poucos artistas pop fazem. Dope fala do vicio de GaGa em drogas e de um emocionado pedido de desculpas que ela faz para ela machucou devido a isso. A composição é até simples, mas carregada uma profunda carga emocional que é carregada de uma maneira tão verdadeira e crua mostrando uma entrega sincera com um toque de melancolia. A produção de Rick Rubin e da GaGa acerta na atmosfera minimalista com um arranjo com base de piano e com inserção mínima de outros instrumentos. Não é um trabalho perfeito, mas a beleza está por trás da complexa simplicidade que GaGa mostra. Coisa rara de se ouvir hoje em dia.
nota: 8
Lady GaGa
Enquanto a GaGa não lança o terceiro single oficial de ARTPOP, podemos nos contentar com o
promocional Dope.
Um dos momentos mais íntimos de ARTPOP, Dope faz com que podemos ver um lado bem mais orgânico de uma cantora que se esconde por trás de grandes cabelos e figurinos extravagantes. Uma coisa que poucos artistas pop fazem. Dope fala do vicio de GaGa em drogas e de um emocionado pedido de desculpas que ela faz para ela machucou devido a isso. A composição é até simples, mas carregada uma profunda carga emocional que é carregada de uma maneira tão verdadeira e crua mostrando uma entrega sincera com um toque de melancolia. A produção de Rick Rubin e da GaGa acerta na atmosfera minimalista com um arranjo com base de piano e com inserção mínima de outros instrumentos. Não é um trabalho perfeito, mas a beleza está por trás da complexa simplicidade que GaGa mostra. Coisa rara de se ouvir hoje em dia.
nota: 8
17 de novembro de 2013
Primeira Impressão
Loved Me Back to Life
Céline Dion
Céline Dion é uma das artistas que mais vendeu álbuns de todos os tempos. Os números giram em torno de 200 milhões de cópias ao longo de mais de 30 anos em atividade e com 25 álbuns lançados (sendo 14 em francês e 11 em inglês). No anos noventa, Céline alcançou o topo de sua popularidade com uma sequencia de mega sucessos culminando no arrasa universo My Heart Will Go On (1998) e os álbuns Falling into You (1996) e Let's Talk About Love (1997) venderam juntos 63 milhões de copias. Com o apelo tão popular a canadense se tornou um dos maiores nomes do mundo musical ao lado de nomes como Madonna, Mariah Carey, Michael Jackson, Whitney Houston, entre outros. Contudo, ela nunca alcançou um prestigio real com a critica principalmente com o pessoal mais "cabeça"que sempre a considerou datada e brega. Não que isso tenha a abalado, mas com a experiência vem sempre a sabedoria. Com o lançamento de seu mais novo trabalho, Loved Me Back to Life, Céline Dion procura modernizar sua sonoridade sem perder seu DNA.
Loved Me Back to Life é um álbum que varia do regular ao bom. Não espere nenhuma grande mudança na sonoridade básica da Céline, mas são nas pequenas alterações que fazem toda a diferença no resultado final. A principal e mais nítida é a dramaticidade empregada nas composições: longe dos dramalhões românticos e/ou tristes regados com quilos de açucar, Loved Me Back to Life tem uma coleção bem mais contida em sentimentos em composições menos melodramáticas. Contudo, não espere um avanço mais profundo no quesito racionalidade já que Céline continua sendo uma cantora de grandes baladas. Assim sendo a produção - contendo nomes famosos como Bayface, Tricky Stewart, Eg White e vários desconhecidos - apenas apara algumas pontas soltas para criar uma sonoridade que não fuja da base original que a cantora sempre mostrou, mas que também procura amenizar certos clichês, colocar um verniz mais atual e trabalhar a parte técnica com cuidado para expressar as nuances pretendidas para a nova "faceta" da cantora. O ponto mais controverso em Loved Me Back to Life é a performance vocal de Céline: apesar de ainda ser uma vocalista poderosa e muito acima da média podemos perceber que algo aqui está diferente na voz da cantora. Em muitos momentos percebemos que a sua voz está ficando com um tom bastante nasal e mais grave. Contudo, em outros momentos ela parece bem limpa sem essas mudanças. Seria uma opção para mostrar um outro lado vocal de Céline ou seria a voz dela que está mudando em especial nas partes graves. Não que isso atrapalhe o bom desempenho final. Quando tudo funciona direitinho temos bons momentos como Somebody Loves Somebody, Breakaway e Water And A Flame. Quando não funciona tem canções medianas como Incredible ao lado do Ne-Yo, Loved Me Back To Life e Unfinished Songs. Quando tudo sai errado resulta em uma canção como Save Your Soul. Contudo, Céline ainda consegue mostrar momentos inspirados nas canções que conseguem misturar novos ares com o melhor da old Céline como em Always Be Your Girl, Thankful e nas regravações At Seventeen de Janis Ian e Overjoyed do Stevie Wonder ao lado do próprio. Céline não pode ter mais a mesma relevância comercial dos áureos tempos, mas continua sua carreira sem importar com as criticas e sempre mostrando que ainda pode render bons frutos para a alegria de seus fãs.
Céline Dion
Céline Dion é uma das artistas que mais vendeu álbuns de todos os tempos. Os números giram em torno de 200 milhões de cópias ao longo de mais de 30 anos em atividade e com 25 álbuns lançados (sendo 14 em francês e 11 em inglês). No anos noventa, Céline alcançou o topo de sua popularidade com uma sequencia de mega sucessos culminando no arrasa universo My Heart Will Go On (1998) e os álbuns Falling into You (1996) e Let's Talk About Love (1997) venderam juntos 63 milhões de copias. Com o apelo tão popular a canadense se tornou um dos maiores nomes do mundo musical ao lado de nomes como Madonna, Mariah Carey, Michael Jackson, Whitney Houston, entre outros. Contudo, ela nunca alcançou um prestigio real com a critica principalmente com o pessoal mais "cabeça"que sempre a considerou datada e brega. Não que isso tenha a abalado, mas com a experiência vem sempre a sabedoria. Com o lançamento de seu mais novo trabalho, Loved Me Back to Life, Céline Dion procura modernizar sua sonoridade sem perder seu DNA.
Loved Me Back to Life é um álbum que varia do regular ao bom. Não espere nenhuma grande mudança na sonoridade básica da Céline, mas são nas pequenas alterações que fazem toda a diferença no resultado final. A principal e mais nítida é a dramaticidade empregada nas composições: longe dos dramalhões românticos e/ou tristes regados com quilos de açucar, Loved Me Back to Life tem uma coleção bem mais contida em sentimentos em composições menos melodramáticas. Contudo, não espere um avanço mais profundo no quesito racionalidade já que Céline continua sendo uma cantora de grandes baladas. Assim sendo a produção - contendo nomes famosos como Bayface, Tricky Stewart, Eg White e vários desconhecidos - apenas apara algumas pontas soltas para criar uma sonoridade que não fuja da base original que a cantora sempre mostrou, mas que também procura amenizar certos clichês, colocar um verniz mais atual e trabalhar a parte técnica com cuidado para expressar as nuances pretendidas para a nova "faceta" da cantora. O ponto mais controverso em Loved Me Back to Life é a performance vocal de Céline: apesar de ainda ser uma vocalista poderosa e muito acima da média podemos perceber que algo aqui está diferente na voz da cantora. Em muitos momentos percebemos que a sua voz está ficando com um tom bastante nasal e mais grave. Contudo, em outros momentos ela parece bem limpa sem essas mudanças. Seria uma opção para mostrar um outro lado vocal de Céline ou seria a voz dela que está mudando em especial nas partes graves. Não que isso atrapalhe o bom desempenho final. Quando tudo funciona direitinho temos bons momentos como Somebody Loves Somebody, Breakaway e Water And A Flame. Quando não funciona tem canções medianas como Incredible ao lado do Ne-Yo, Loved Me Back To Life e Unfinished Songs. Quando tudo sai errado resulta em uma canção como Save Your Soul. Contudo, Céline ainda consegue mostrar momentos inspirados nas canções que conseguem misturar novos ares com o melhor da old Céline como em Always Be Your Girl, Thankful e nas regravações At Seventeen de Janis Ian e Overjoyed do Stevie Wonder ao lado do próprio. Céline não pode ter mais a mesma relevância comercial dos áureos tempos, mas continua sua carreira sem importar com as criticas e sempre mostrando que ainda pode render bons frutos para a alegria de seus fãs.
16 de novembro de 2013
Num Entendi!!!!
Perfume
Britney Spears
Posso até criticar fortemente como a carreira da Britney Spears vendo sendo administrada no quesito
"musical", mas nunca fiquei sem saber o motivo de um movimento. Porém, isso foi até o dia de hoje.
Escolhido como segundo single de Britney Jean, Perfume é uma canção tão confusa que eu nem sei o que pensar direito. Depois do desempenho bem mediano de Work Bitch imaginei que o próximo single seria uma bomba dançante, mas modelado ao estilo "pop chiclete". Contudo, Perfume é uma baladinha pop/eletrônico. Seria uma boa jogada mostrando coragem e originalidade ou apenas uma tentativa de seguir os passos de Miley? Não sei dizer ao certo. O que sei é que até agora Perfume não deu os resultados esperados comercialmente. Talvez o público em geral esteja confuso com a produção linear que foi executada na canção que entrega uma canção com boa estrutura, mas que não se aprofunda nelas. A composição é uma montanha-russa: a intenção de mostrar um dilema de viver sendo traída e aceitar isso bate de frente com algumas decisões poéticas bastante duvidosas (I hide it well, hope you can't tell/But I hope she smells my perfume). Outro ponto negativo é que a canção termina de uma forma tão anticlímax que fica parecendo que ela apenas "passou". O ponto mais louvável da canção são os vocais da Britney. Bem mais natural e real que o costume podemos ouvir que Britoca ainda não perdeu sua voz por completo, mas ela não é capaz de segurar uma balada completamente e em certos momentos ela até parece que desafina, o que é uma coisa muito estranha para uma canção de estúdio (um exemplo é no final da frase "Sometimes it feels like there's three"). Sinceramente, Perfume é uma canção que eu "num entendi".
nota: 5,5
Britney Spears
Posso até criticar fortemente como a carreira da Britney Spears vendo sendo administrada no quesito
"musical", mas nunca fiquei sem saber o motivo de um movimento. Porém, isso foi até o dia de hoje.
Escolhido como segundo single de Britney Jean, Perfume é uma canção tão confusa que eu nem sei o que pensar direito. Depois do desempenho bem mediano de Work Bitch imaginei que o próximo single seria uma bomba dançante, mas modelado ao estilo "pop chiclete". Contudo, Perfume é uma baladinha pop/eletrônico. Seria uma boa jogada mostrando coragem e originalidade ou apenas uma tentativa de seguir os passos de Miley? Não sei dizer ao certo. O que sei é que até agora Perfume não deu os resultados esperados comercialmente. Talvez o público em geral esteja confuso com a produção linear que foi executada na canção que entrega uma canção com boa estrutura, mas que não se aprofunda nelas. A composição é uma montanha-russa: a intenção de mostrar um dilema de viver sendo traída e aceitar isso bate de frente com algumas decisões poéticas bastante duvidosas (I hide it well, hope you can't tell/But I hope she smells my perfume). Outro ponto negativo é que a canção termina de uma forma tão anticlímax que fica parecendo que ela apenas "passou". O ponto mais louvável da canção são os vocais da Britney. Bem mais natural e real que o costume podemos ouvir que Britoca ainda não perdeu sua voz por completo, mas ela não é capaz de segurar uma balada completamente e em certos momentos ela até parece que desafina, o que é uma coisa muito estranha para uma canção de estúdio (um exemplo é no final da frase "Sometimes it feels like there's three"). Sinceramente, Perfume é uma canção que eu "num entendi".
nota: 5,5
15 de novembro de 2013
O Ciclo
The Art of Letting Go
Mariah Carey
A vida é um movimento pulsatório dividido em fases. Há fases boas. Há fases ruins. Há fases piores ainda. Há fases neutras. E há fases para recomeçar. Acredito que é por essa última fase que a Mariah Carey deve estar passando na sua carreira profissional. Ela que já experimentou de tudo um pouco, desde o Olimpo passando pelo fundo do poço até o retorno triunfante, está preparando para lançar seu décimo quarto álbum (The Art of Letting Go) e vem mostrando sinais que esse será um novo começo. Depois de lançar a surpreendente #Beautiful, ela continua a mostrar claros sinais de o que está vindo por aí poderá ser o mais profundo e significativo renascimento musical de sua carreira ao simplesmente voltar para o básico.
The Art of Letting Go (a canção) foi lançada através do Facebook no último 11. Um dos grandes méritos da canção produzida por Mimi e Darkchild é que ela vai diretamente contra qualquer modismo que está em alta: The Art of Letting Go é uma balada R&B/gospel sem firulas para transformá-la em um produto mais comercial e radiofônico. Uma simples balada, mas produzida com esmero e talento incomparável. A linda construção delicada e minimalista do arranjo ao longe de quase toda a duração faz o caminho perfeito para o final apoteótico e base perfeita para a performance de Mariah. Poucas vezes a cantora esteve tão contida em uma balada, mas isso é outro ponto extremamente positivo. O peso da experiência faz com que ela saiba como colocar cada nota no seu lugar certo tanto nas parte mais contidas como no final grandioso provando que ela ainda tem "a Voz" (não aquela dos tempos áureos, mas ainda "dá um pau" em várias cantora novatas). A sua interpretação é perfeita para a composição sobre "desapegar" de quem não te quer mais. Apesar de ser uma letra dramática, ela é um trabalho sem dramalhão excessivo e toques modernos e até divertidos (Go to Mimi on your contacts, press delete). Não que The Art of Letting Go seja um potencial hit para Mariah, mas só de ver ela mostrar que ainda é relevante no que sabe fazer ao iniciar uma nova etapa é impagável.
nota: 8
Mariah Carey
A vida é um movimento pulsatório dividido em fases. Há fases boas. Há fases ruins. Há fases piores ainda. Há fases neutras. E há fases para recomeçar. Acredito que é por essa última fase que a Mariah Carey deve estar passando na sua carreira profissional. Ela que já experimentou de tudo um pouco, desde o Olimpo passando pelo fundo do poço até o retorno triunfante, está preparando para lançar seu décimo quarto álbum (The Art of Letting Go) e vem mostrando sinais que esse será um novo começo. Depois de lançar a surpreendente #Beautiful, ela continua a mostrar claros sinais de o que está vindo por aí poderá ser o mais profundo e significativo renascimento musical de sua carreira ao simplesmente voltar para o básico.
The Art of Letting Go (a canção) foi lançada através do Facebook no último 11. Um dos grandes méritos da canção produzida por Mimi e Darkchild é que ela vai diretamente contra qualquer modismo que está em alta: The Art of Letting Go é uma balada R&B/gospel sem firulas para transformá-la em um produto mais comercial e radiofônico. Uma simples balada, mas produzida com esmero e talento incomparável. A linda construção delicada e minimalista do arranjo ao longe de quase toda a duração faz o caminho perfeito para o final apoteótico e base perfeita para a performance de Mariah. Poucas vezes a cantora esteve tão contida em uma balada, mas isso é outro ponto extremamente positivo. O peso da experiência faz com que ela saiba como colocar cada nota no seu lugar certo tanto nas parte mais contidas como no final grandioso provando que ela ainda tem "a Voz" (não aquela dos tempos áureos, mas ainda "dá um pau" em várias cantora novatas). A sua interpretação é perfeita para a composição sobre "desapegar" de quem não te quer mais. Apesar de ser uma letra dramática, ela é um trabalho sem dramalhão excessivo e toques modernos e até divertidos (Go to Mimi on your contacts, press delete). Não que The Art of Letting Go seja um potencial hit para Mariah, mas só de ver ela mostrar que ainda é relevante no que sabe fazer ao iniciar uma nova etapa é impagável.
nota: 8
14 de novembro de 2013
Primeira Impressão
The Marshall Mathers LP 2
Eminem
O que faz um rapper ser um bom rapper? É o fato de ele dominar a arte do rap? É o fato dele saber como escrever seus versos sabendo como usar a linguagem da melhor maneira possível para representar os seus pensamentos sobre um assunto em questão? É o fato dele (ao lado de colaboradores) saber como criar a melhor sonoridade para acompanhar suas poesias? Ou é tudo isso junto? Ao longo dos anos comecei a perceber que é muito mais que "apenas" tudo isso. Para ser um bom rapper é preciso ir muito além de qualquer expectativa. É necessário quebrar fronteiras. Se não é do próprio estilo, seja ao menos as próprias fronteiras. Para ser um bom rapper é preciso deixar os próprios pré conceitos de lado e se abrir para novas experiências sem deixar de lado as suas origens. Para ser considerado um bom rapper é necessário ser considerado um bom artista. É ser artista é uma complexa construção que só se consegue alcançar com talento, trabalho e uma dose de sabedoria para saber de tudo isso que eu citei anteriormente é necessário.
Depois de três anos do lançamento do seu último trabalho (Recovery) em 2010, Eminem lançou seu oitavo álbum de estúdio no último dia 5. O que faz desse lançamento o grande momento da carreira dele nos últimos dez anos é o fato dele ser a continuação de um de seus trabalhos mais lembrados e elogiados: The Marshall Mathers LP de 2000. Esse foi o trabalho que consolidou Eminem como um dos mais promissores rappers da nova geração com a ajuda de sucessos como Stan e The Real Slim Shady. Depois de mais de 13 anos e muita estrada já percorrida tanto na vida pessoal como na carreira, Eminem lança The Marshall Mathers LP 2. Contudo, não ache que o trabalho é apenas um caça níquel feito para atrair o público para comprar o CD. The Marshall Mathers LP 2 é a comprovação definitiva da grandiosidade artística de Eminem em todos os sentidos caso alguém tivesse alguma dúvida sobre isso.
O trabalho logo de cara é aberto por uma das canções mais geniais da carreira do rapper: Bad Guy é uma avassaladora continuação de Stan. Aqui é mostrada a vingança do irmão do fã que se matou, matou a namorada e o filho na história da música original. Por essa abertura podemos ter a noção perfeita do que é The Marshall Mathers LP 2: uma porrada sonora em que Eminem está apenas no topo de suas habilidades. O rapper está no seu melhor momento da carreira ao entregar performances que eu apenas posso considerar como fora desse mundo. Se não bastasse toda a monstruosidade que é a capacidade dele de mostrar uma gama de estilos completamente diferentes dentro de uma mesma linha de raciocínio e simplesmente arrasar em cada uma delas, Eminem mostra uma força gigantesca em cada música dando uma atmosfera de urgência para cada palavra que ele fala como se a vida dele estivesse em perigo e só por pronunciar esses versos seria sinonimo de salvação mão apenas de seu corpo, mas também de sua alma. Devo admitir que demorei para escrever essas linhas para tentar representar minha visão sobre a performance do Eminem, pois tudo é tão genial que fica difícil achar as palavras certas para descrever da melhor maneira. Mesmo sendo estranho comparar com cantores, mas acredito que The Marshall Mathers LP 2 tem a produção vocal do ano.
Menos polêmico e voltado para seus problemas pessoais Eminem e seus colaboradores estão afiadíssimos e inspiradíssimos fazendo trabalhos sensacionais em cada música. Um ponto extremamente positivo é que Eminem nunca se mostra limitado em escolhas temáticas sempre indo além dos clichês vomitados por outros rappers. The Marshall Mathers LP 2 está recheado de trabalhos perfeitos tanto na parte técnica (rimas, construção dos versos, construção sonora das palavras, refrões, referencias) e na parte artística (como ele lida com os assuntos que vão desde o amor até sua relação com a fama passando pelos seus demônios pessoais como a falta do pai e sua relação conturbada com a sua mãe). Em questão da produção, The Marshall Mathers LP 2 é a demonstração que há vida inteligente no mundo. Mesmo seguindo um caminho mais tradicional em sua base, o álbum é envernizado por uma camada de nuances, influências, batidas, texturas e ideias que transforma seus mais de 100 minutos de duração (contando a versão deluxe) em uma viagem quase transcendental. Além da já citada Bad Guy outros momentos geniais são: a acachapante Rhyme Or Reason sobre seus problemas com seu pai que nunca conheceu, o single Berzerk, a devassadora Rap God, a hilária So Far..., a parceira com o Kendrick Lamar na inusitada Love Game, a "evolução" de Cleanin' Out My Closet em Headlights com o Nate Ruess e a ótima Desperation incluída na versão deluxe. O mais curioso que a maioria das canções citadas foram produzida pelo produtor Rick Rubin (para quem posso achar estranho, Dr. Dre funciona como produtor executivo do álbum). Apesar de algumas faixas não serem tão boas com as já citadas (principalmente as mais "comerciais), The Marshall Mathers LP 2 é um álbum para ficar na história como um dos CD's de hip hop mais geniais de todos os tempos. E novamente o Eminem entrega o que se espera dele e bem mais.
Eminem
O que faz um rapper ser um bom rapper? É o fato de ele dominar a arte do rap? É o fato dele saber como escrever seus versos sabendo como usar a linguagem da melhor maneira possível para representar os seus pensamentos sobre um assunto em questão? É o fato dele (ao lado de colaboradores) saber como criar a melhor sonoridade para acompanhar suas poesias? Ou é tudo isso junto? Ao longo dos anos comecei a perceber que é muito mais que "apenas" tudo isso. Para ser um bom rapper é preciso ir muito além de qualquer expectativa. É necessário quebrar fronteiras. Se não é do próprio estilo, seja ao menos as próprias fronteiras. Para ser um bom rapper é preciso deixar os próprios pré conceitos de lado e se abrir para novas experiências sem deixar de lado as suas origens. Para ser considerado um bom rapper é necessário ser considerado um bom artista. É ser artista é uma complexa construção que só se consegue alcançar com talento, trabalho e uma dose de sabedoria para saber de tudo isso que eu citei anteriormente é necessário.
Depois de três anos do lançamento do seu último trabalho (Recovery) em 2010, Eminem lançou seu oitavo álbum de estúdio no último dia 5. O que faz desse lançamento o grande momento da carreira dele nos últimos dez anos é o fato dele ser a continuação de um de seus trabalhos mais lembrados e elogiados: The Marshall Mathers LP de 2000. Esse foi o trabalho que consolidou Eminem como um dos mais promissores rappers da nova geração com a ajuda de sucessos como Stan e The Real Slim Shady. Depois de mais de 13 anos e muita estrada já percorrida tanto na vida pessoal como na carreira, Eminem lança The Marshall Mathers LP 2. Contudo, não ache que o trabalho é apenas um caça níquel feito para atrair o público para comprar o CD. The Marshall Mathers LP 2 é a comprovação definitiva da grandiosidade artística de Eminem em todos os sentidos caso alguém tivesse alguma dúvida sobre isso.
O trabalho logo de cara é aberto por uma das canções mais geniais da carreira do rapper: Bad Guy é uma avassaladora continuação de Stan. Aqui é mostrada a vingança do irmão do fã que se matou, matou a namorada e o filho na história da música original. Por essa abertura podemos ter a noção perfeita do que é The Marshall Mathers LP 2: uma porrada sonora em que Eminem está apenas no topo de suas habilidades. O rapper está no seu melhor momento da carreira ao entregar performances que eu apenas posso considerar como fora desse mundo. Se não bastasse toda a monstruosidade que é a capacidade dele de mostrar uma gama de estilos completamente diferentes dentro de uma mesma linha de raciocínio e simplesmente arrasar em cada uma delas, Eminem mostra uma força gigantesca em cada música dando uma atmosfera de urgência para cada palavra que ele fala como se a vida dele estivesse em perigo e só por pronunciar esses versos seria sinonimo de salvação mão apenas de seu corpo, mas também de sua alma. Devo admitir que demorei para escrever essas linhas para tentar representar minha visão sobre a performance do Eminem, pois tudo é tão genial que fica difícil achar as palavras certas para descrever da melhor maneira. Mesmo sendo estranho comparar com cantores, mas acredito que The Marshall Mathers LP 2 tem a produção vocal do ano.
Menos polêmico e voltado para seus problemas pessoais Eminem e seus colaboradores estão afiadíssimos e inspiradíssimos fazendo trabalhos sensacionais em cada música. Um ponto extremamente positivo é que Eminem nunca se mostra limitado em escolhas temáticas sempre indo além dos clichês vomitados por outros rappers. The Marshall Mathers LP 2 está recheado de trabalhos perfeitos tanto na parte técnica (rimas, construção dos versos, construção sonora das palavras, refrões, referencias) e na parte artística (como ele lida com os assuntos que vão desde o amor até sua relação com a fama passando pelos seus demônios pessoais como a falta do pai e sua relação conturbada com a sua mãe). Em questão da produção, The Marshall Mathers LP 2 é a demonstração que há vida inteligente no mundo. Mesmo seguindo um caminho mais tradicional em sua base, o álbum é envernizado por uma camada de nuances, influências, batidas, texturas e ideias que transforma seus mais de 100 minutos de duração (contando a versão deluxe) em uma viagem quase transcendental. Além da já citada Bad Guy outros momentos geniais são: a acachapante Rhyme Or Reason sobre seus problemas com seu pai que nunca conheceu, o single Berzerk, a devassadora Rap God, a hilária So Far..., a parceira com o Kendrick Lamar na inusitada Love Game, a "evolução" de Cleanin' Out My Closet em Headlights com o Nate Ruess e a ótima Desperation incluída na versão deluxe. O mais curioso que a maioria das canções citadas foram produzida pelo produtor Rick Rubin (para quem posso achar estranho, Dr. Dre funciona como produtor executivo do álbum). Apesar de algumas faixas não serem tão boas com as já citadas (principalmente as mais "comerciais), The Marshall Mathers LP 2 é um álbum para ficar na história como um dos CD's de hip hop mais geniais de todos os tempos. E novamente o Eminem entrega o que se espera dele e bem mais.
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