Faixa Por Faixa - Grandes Álbuns

CD: The Electric Lady

Artista: Janelle Monáe

Gênero: Neo Soul/ R&B

Vendagem: cerca de 200 mil cópias

Singles: Q.U.E.E.N., Dance Apocalyptic, Primetime, Electric Lady

Ano: 2013

Segundo álbum da Janelle Monáe, The Electric Lady é a junção da quarta e da quinta parte do projeto da cantora intitulado Metropolis que começou em 2007. O álbum foi cercado de uma grande expectativa, pois o álbum seria o sucessor do extremamente aclamado The ArchAndroid de 2010. Indo em direção bem mais tradicional do que poderia-se-ia esperar, The Electric Lady é um luxuoso, delicioso e sensacionalmente CD de R&B contemporâneo com generosos toques da imensa personalidade de Janelle cercado de um produção refinadíssima, letras inspiradas e participações especiais extraordinárias.

Faixas

1.Suite IV Electric Overture: Não há melhor abertura para o álbum do que essa épica, avassaladora, contundente e apoteótica introdução em que Janelle abre os portões do seu inacreditável mundo da sua música.
nota: 8,5

2.Givin Em What They Love (Feat. Prince): A primeira faixa do álbum é simplesmente uma explosão com a capacidade destrutiva de uma bomba atômica: uma mistura de blues, soul e rock com uma atmosfera psicodélica/sexy dada pela poderosa presença da lenda Prince e pela performance arrebatadora de Janelle.
nota: 10 

3.Q.U.E.E.N. (Feat. Erykah Badu): "Q.U.E.E.N. tem uma das produções mais inspiradas que eu ouvi desde que comecei esse blog: a produção pega uma "imensidade" de influências e desconstrói de uma maneira inovadora, apoteótica, grandiosa e sem comparações. Apresenta em "camadas" ao longo de seus mais de cinco minutos, Q.U.E.E.N. tem a sua parte instrumental em estado de graça. Claro, boas ideias não sobrevivem sem uma execução a altura, mas aqui até acredito que essa parte até superou a concepção original, pois é muita perfeição para uma música só. E que podemos falar da composição? Um manifesto sobre a liberdade de expressão sem usar de melodrama, pieguismos e bobeiras. Janelle é "fierce" da sua maneira e quer que todos saibam disso da melhor maneira: sendo "fierce" elevado a décima potência. Por fim, Monáe domina a canção com o poder de uma diva do soul music sabendo que cantar é um arte de muitas facetas e não apenas alcançar notas altas ou coisa parecida. Já Erykah Badu nos presenteia com uma participação inusitada e deliciosa."

nota: 10

4.Electric Lady (Feat. Solange): Para celebrar todas as mulheres poderosas do mundo, Janelle entrega essa deliciosamente cativante, contagiante, poderosa obra que ressalta o girl power de uma maneira magistral. A batida old school é desenvolvida a perfeita e a marcante participação de Solange mostra que essa Knowles tem muito a mostrar.

nota: 10

5.Good Morning Midnight (Interlude): O álbum "constrói" uma especie de programa de rádio para essa faixa que se encaixa perfeitamente com a experiência inusitada e surpreendente que é o ouvir o álbum.

nota: 8,5

6.Primetime (Feat. Miguel): Sexy, hipnótica e vibrante são os adjetivos que melhor definem a parceria da artista com o cantor Miguel nessa balada R&B magistral.

nota: 10

7. We Were Rock & Roll: A mistura de funk, rock e R&B funciona perfeitamente nesse mid-tempo faixas pela produção escolhe por dar uma atmosfera delicada e com toques de gospel. A performance "alto astral" da cantora contribui com brilhantismo para a proposta.

nota: 8,5

8.The Chrome Shoppe (Interlude): Outro interlude no mesmo estilo que o anterior, porém com uma pegada ainda mais divertida e psicodélica.

nota: 9

9.Dance Apocalyptic: "Dance Apocalyptic é uma das canções mais divertidas e dançantes desse ano sem precisar de DJ produzindo ou fazer pop farofa. Criando uma batida poderosa e deliciosa de soul, funk e pop tão perfeitamente bem executada que transforma a canção a canção em algo quase atemporal. Mirando em uma mistura de James Brown com Chaka Khan, Monáe entrega uma performance acachapante e de um brilho único. A composição é o grande ponto da canção: despretensiosa, divertida, inteligente e viciante. Não há como ficar rendido com o genial refrão e fica repetindo até o fim. Sem dúvidas essa será a música que eu vou dançar no dia do juízo final sem medo de ser feliz."

nota: 9,5

10.Look Into My Eyes: Fechando essa parte do álbum, a faixa é uma espécie "conclusão" da primeira faixa fazendo uma magistral canção "big band" bastante intimista e com voais sensacionais de Janelle.
nota: 9,5

11.Suite V Electric Overture: Outro interlude, mas dessa vez apenas um instrumental. Não pense, porém, que a faixa perde algo em relação as outras. Pelo contrário: a faixa consegue unir toda a atmosfera da parte anterior e abre caminhos para a nova parte de uma maneira genial.
nota: 10

12.It's Code: Saído do psicodélico/rock soul entramos para o soul dos anos setenta com essa baladinha gostosa, mas que acaba parecendo apenas um "esquenta" para o que está por vim.
nota: 8

13.Ghetto Woman: Uma ode as mulheres das "comunidades" de todo o mundo, a faixa mostra forte influência do soul e funk dos anos setenta como feito Isaac Hayes na trilha do filme de Shaft.
nota: 9

14.Our Favorite Fugitive (Interlude): Outro interlude que encerra o ciclo retomando a segunda canção do álbum como fundo do programa de rádio do DH Crash Crash.
nota: 8

15.Victory: Deliciosa balada R&B em que a cantora mostra boa parte da beleza da sua voz sem precisar de grandes contorcionismos vocais.
nota: 8,5

16.Can't Live Without Your Love: Seguindo uma linha intimista, a cantora entrega essa bela faixa em cadencia mais leve e influência da Motown da década de sessenta.
nota: 8

17.Sally Ride: Com inspiração gospel, a faixa dá um ar de grandiosidade para o álbum com a sua instrumentalização poderosa e os vocais sensacionais de Janelle.
nota: 8,5

18.Dorothy Dandridge Eyes (Feat. Esperanza Spalding): Em clara referência a canção Bette Davis Eyes, a faixa é um sensual e deliciosa mistura de soul com jazz com uma produção refinadíssima.
nota: 9

19.What An Experience: O álbum termina com essa delicia de faixa que retrata exatamente a experiência de ouvir o álbum inteiro: uma viagem inesquecível.
nota: 9