Tiago Iorc
Envolto a polêmicas que não necessariamente impossíveis de serem resolvidas, o Tiago Iorc faz o seu retorno depois de mais uma sumida para entregar a canção nacional mais interessante do ano: Masculinidade.
Masculinidade é uma faixa que tem dois polos diferentes: de um lado, a espetacular e incrível produção/instrumentaliza e, do outro, a constrangedora composição. Ao fazer uma crônica longa e verborrágica sobre masculinidade tóxica, Tiago toca no assunto que preciso ser discutido ainda mais nos dias de hoje, mas soa exatamente como um dos outros aspectos da masculinidade tóxica: o esquerdo macho. Existe bons momentos como, por exemplo, o verso “Minha alma é profunda e se afoga no raso”, mas a pretensiosidade que atinge todo o resto é realmente irritante e cansativa. Todavia, como já tido, a produção/instrumental é de um cuidado e criatividade impressionante que consegue ser poética, delicada, cheia de nuances bem vidas e bem acima da média que o esperado para uma canção do cantor. Masculinidade é o tipo de canção que tem que vai odiar e quem vai amar. E acho que talvez isso seja o que queria o Tiago.
nota: 6,5
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