31 de maio de 2015

Quem Será o Próximo?

Kiss Me Quick
Nathan Sykes

A partir de agora começou uma curiosa "corrida" no mundo pop: quem será o próximo Justin Timberlake? Com a saída do Zayn do One Direction e a possível saída de outros integrantes, a expectativa é para saber como serão as carreiras solos dos jovens cantores, ou seja, algum deles terá sucesso que se assimilha ao JT, ex-integrante do N'Sync. Porém, quem saiu na frente foi o ex-The Wanted Nathan Sykes que lançou recentemente o single Kiss Me Quick.

Para a surpresa, Kiss Me Quick é um ótimo começo de carreira solo para Nathan Sykes. O mais talentoso integrante do The Wanted, o cantor já tinha mostrado uma amostra disso ao participar da canção Almost Is Never Enough da Ariana Grande, mas é na sua música solo que o ele mostra que pode ser um artista interessante. Claro, Kiss Me Quick parece uma versão menos de uma música do Justin, porém, felizmente, as melhores qualidades são preservadas. Começa pelo próprio Nathan que mostra talento em uma sólida performance vocal inspirada em grandes cantores de soul moderno. Ainda falta identidade própria para o cantor marca a sua presença e não ser apenas uma versão bem feita. A produção também segue no mesmo caminho, mas o trabalho aqui é muito bem realizada entregando um divertido pop/soul com inspiração de "big band" que não recorre ao batidão para criar uma canção radiofônica. Pode Nathan Sykes até não vencer essa corrida, mas, por enquanto, ele está no frente com grande vantagem.
nota: 7,5

30 de maio de 2015

Feminismo Bonitinho

Dear Future Husband
Meghan Trainor


Mesmo sofrendo das mesmas criticas sobre ser sexista assim como All About That Bass, Dear Future Husband não é nada disso. Na verdade, o último single da Meghan Trainor é o que podemos chamar de nem lá, nem cá: tenta ser moderninha, mas ainda possui sonhos antigos.

Dear Future Husband é uma mensagem de Meghan para o seu "futuro marido" dando dicas de como ele deve se comportar para que o casamento dê certo. Existe uma romantização do que seria o casamento perfeito mostrando como o marido deve cuidar dela ou como ela vai retribui os acertos que é "adocicado" com declarações sobre o fato dela será independente. Não é sexista ou feminista, a composição é um feminismo bonitinho que se torna um sonho em mundo encantado e possível. Dear Future Husband também é fofinho em sua produção que mistura vintage com o moderno para criar um pop deliciosamente descartável, mas dessa vez com uma atmosfera romântica. Dispensável, mas cativante sem nenhuma dúvida.
nota: 6,5

28 de maio de 2015

Tenha Fé, Hilary!

Sparks
Hilary Duff

Não posso negar, mas tenho certo fascínio por pessoas que não desistem nunca de seus ideais. Esse é o caso da atriz/cantora Hilary Duff que está fazendo de tudo para reconquistar o sucesso do começo da carreira. Depois de ser escolhida como protagonista da série Younger (do mesmo criador de Sex and The City), Hilary voltou ao mundo da música com dois singles, mas, ao que parece, agora ela está realmente investindo na sua volta para a carreira musical com o lançamento da canção Sparks que virou o terceiro álbum do seu próximo álbum intitulado Breathe In. Breathe Out.

A divulgação do single começou quando a própria cantora confirmou que estava participando do aplicativo Tinder. Porém, ao que parece, isso foi apenas uma maneira de divulgação da música já que o clipe de Sparks tem cenas em que a cantora cria uma conta e começa a marcar encontro com alguns rapazes. Além disso, Hilary irá cantar a canção em vários programas nos Estados Unidos. Infelizmente, para a cantora, a canção ainda não decolou nas paradas e deve ficar com o título de "flop". Também pudera, pois Sparks é bem mais ou menos.

Apesar de não ser uma bomba, o single é quase entediante mesmo sendo dançante. O grande erro da canção é seguir um caminho seguro e ao mesmo tempo tentar algo diferente. A batida pop dance é construída em uma base interessante mostrando uma influência européia, mas que não se consolidifica na produção final pela falta de criatividade em dar um acabamento tão genérico como visto em Sparks. Genérico também é a melhor definição para a composição de Sparks, mas tem uma pegada viciante que não tem como não guarda na cabeça. Mesmo não sendo sensacional, Sparks ganha pontos pela motivação da Hilary Duff  em fazer a canção dar certo. Vai, Hilary! Não desista, garota!
nota: 6

26 de maio de 2015

Sexo Para Todos

Yoga
Janelle Monáe & Jidenna

Para ser feminista é necessário ser assexuada? Acredito que muitas pessoas pensam assim, pois só assim explica as criticas relacionadas ao novo single da Yoga. 

Sempre com uma imagem "refinada" e classuda e músicas que glorificam a mulher, Janelle Monáe surpreendeu público e critica com o lançamento de Yoga, que abre os trabalhos de um EP colaborativo dela com os artistas da sua gravadora Wondaland Records (a cantora está se transformando em uma pequena titã da música), devido a uma imagem bastante sensual e explorando o seu lado sexual. O foco das criticas foram sobre a sexualização da cantora se aproximando de nomes como Beyoncé e Rihanna devido aos trabalhos anteriores dela. Porém, ao que parece, essas pessoas realmente não compreenderam a composição de Yoga que expõe, na verdade, o desejo de todas as mulheres serem donas da sua própria vida sexual sem precisar ser alvo do preconceito da sociedade. E mais: qual o problema em uma mulher, seja ela qual for, se mostrar sexy e falar de sexo? Só por que, normalmente, Janelle tem uma postura "comportada" ela não pode se expressar sobre sexo? Claro que pode! Outra critica em relação a música é que a produção é um tentativa de fazer Janelle soar comercial. E qual o problema nisso já que Yoga é uma canção sensacional?

Se Yoga é a canção mais comercial de Janelle e não tem o mesmo acabamento estético de outras canções dela, tudo é compensado pela excepcional produção e duas performances deliciosas. Apesar de seguir uma estrutura tradicional de "diva + rapper", a perfeita química entre Janelle e o rapper pouco conhecido Jidenna é a peça central para fazer Yoga funcionar: ambos carismáticos, revestidos de uma atmosfera "sexy sem ser vulgar" e com entregando ótimas performances. A participação ótima de Jidenna mostra que nem todos os versos de rappers em canções de cantoras são desnecessários, mas quando feitas de maneira correta viram partes realmente importantes da canção. A batida bastante cadenciada une o hip hop com o trap em uma atmosfera deliciosamente dançante, envolvente e, obviamente, sensual. Porém, ao contrário de muitas músicas com a alcunha de "comercial", Yoga é um trabalho com substancia de verdade e não apenas uma simples imitação. Alvo principal das criticas, a composição não é só extraordinária por colocar em evidência a defesa do "girl power", mas também por ser divertida e repleta de geniais referencias que vão de Tina Turner até ao Brasil. Yoga é uma obra despretensiosa que deveria ser encarada como a prova da artista completa e versátil que é Janelle Monáe e como a prova que todos tem o direto de serem sexuais.
nota: 8,5

25 de maio de 2015

O Fundador de uma Era

Déjà Vu (feat. Sia)
Giorgio Moroder

Existem grandes artistas. Existem artistas geniais. E existem artistas acima de tudo e todos. Esses artistas carregam consigo uma bagagem que os fazem uma mistura de pioneiros com gênios, ou seja, verdadeiras lendas. Porém, pouquíssimos desses artistas vivos podem levar a alcunha de também de fundadores. Isto quer dizer que, além da sua importância na música, foi ele quem "inaugurou" um gênero. Um deles é produtor lendário Giorgio Moroder que é o pai da música eletrônica.

Pouco conhecido por uma grande parte do público, Giorgio foi responsável por inaugurar a era da música eletrônica quando começou a trabalhar com a cantora Donna Summer nos anos setenta. Dessa parceria, Giorgio produziu hits eternos como Love to Love You Baby, Macarthur Park, Last Dance, Hot Stuff, Bad Girls, entre outras. Porém, foi com a canção I Feel Love de 1975 que a música eletrônica de hoje começou a ganhar raízes e impactando diretamente na direção nos caminhos de outros gêneros. Além disso, Giorgio trabalhou com dezenas de lendas da música nesse tempo como David Bowie, Blodie (a canção Call Me é de sua produção), Freddie Mercury, Pat Benatar e, mais recentemente, o Daft Punk, entre outros. Giorgio na sua carreira já ganhou quatro Grammys e três Oscars (um de trilha sonora pelo filme O Expresso da Meia Noite e dois por canção pelas músicas Flashdance...What a Feeling da Irene Carla do filme FlashdanceTake My Breath Away do grupo Berlin do filme Top Gun). Aos 75 anos de idade e depois de um hiato de trinta anos, Giorgio vai lançar um álbum "só" seu: Déjà Vu será lançado em Junho e terá a participação de nomes como Britney Spears, Kelis, Kylie Minougue, Foxes, Charli XCX e Sia. Com essa última vem a canção homônima do álbum, Déjà Vu.

A canção é uma bem vinda a volta ao passado em que o pop tinha uma cadencia menos "eletrizante" e a produção era bem mais pomposa, mesmo usando a tecnologia para a construção do arranjo. Giorgio mostra que não perdeu o seu toque ao produzir para Déjà Vu uma atmosfera elegante, dançante e deliciosamente vintage que remete aos tempos da disco musica, mas sem perder o toque moderno. Uma pena, porém, Déjà Vu, que começa bem, fica morna bem na sua metade e só volta a empolgar na parte final. A composição da Sia e do próprio Giorgio é o ponto realmente fraco da canção: uma boa ideia que não se cumpre devido a falta de força emocional. Felizmente, Sia segura a canção perfeitamente com a sua interpretação sempre marcante. Defeitos à parte, a volta de Giorgio Moroder é para ser acompanhada de perto, pois não é todo o dia que um dos "fundadores" da música ainda está em plena atividade para ensinar as novas gerações.
nota: 7

24 de maio de 2015

O Terceiro

Hole In My Heart
Luke Friend

Sorte pode ser um fato decisivo para um artista fazer sucesso. Sorte para lançar um single no tempo certo. Sorte para lançar um álbum no momento apropriado. Sorte de conhecer o produtor certo. Sorte para, até mesmo, ganhar um reality musical.

Luke Friend foi o participante da décima temporada do The X Factor UK, mas, apesar do talento, ficou apenas no terceiro lugar. O principal problema do cantor foi enfrentar dois candidatos com apelo popular bem maior já que Luke segue um estilo alternativo. Caso tivesse sido selecionado em uma outra temporada, possivelmente, Luke poderia ter tido muito mais chances. Porém, o jovem de 19 anos está conseguindo continuar a carreira fora do reality. Seu primeiro single foi lançado no final de Março na Inglaterra. 

Hole In My Heart é uma boa canção, apesar de parecer um cover pop de uma banda alternativa. O que faz do single ganhar destaque é a presença marcante de Luke com e a sua voz poderosa de timbre "cru" e , digamos, áspero. Claro, ainda falta experiência, mas o cantor consegue entregar uma performance elogiável pelo sentimento coloca na interpretação. Como escrito anteriormente, Hole In My Heart não prima exatamente pela originalidade da sua sonoridade pop rock/indie, mas é tem uma produção amarradinha e uma composição fofo. Se faltou sorte para Luke estourar no mundo da música, não falta talento para ele continuar tentando.
nota: 6,5

23 de maio de 2015

Taylor: A Nova Princesa do Pop

Bad Blood (feat. Kendrick Lamar)
Taylor Swift

Você pode ou não gostar da Taylor Swift, mas é impossível negar que a cantora é a atual Princesa do Pop. Depois de fazer a total transição do country para o pop com o álbum 1989, Taylor vem provando o seu poder de fogo no quesito sucesso comercial com as vendagens do álbum (cerca de 8 milhões ao redor do mundo) e o lançamento dos seus singles. O último, Bad Blood, foi envolvido com uma das maiores campanhas promocionais para o lançamento do "clipe evento" da canção com a participação de dezenas de artistas do mundo da música, da moda, da TV e do cinema. Todo esse "buzz" está ajudando a canção que tem muitas chances de chegar ao primeiro lugar da Billboard e em outros mercados. E, surpreendente,o sucesso de Bad Blood será até merecido.

A versão original de Bad Blood já era uma das melhores do álbum devido a sua batida demarcada e a composição "bad-ass", mas a nova versão deixou a canção bem mais interessante. Boa parte vem da participação inusitada de Kendrick Lamar: inspiradíssimo e disposto de uma maneira original, o rapper dá um upgrade na canção com sua atitude e presença marcante. Bad Blood acaba, na verdade, quase sendo roubada por Kendrick, mas Taylor ainda consegue ter uma boa participação em uma das suas melhores canções da sua carreira. A batida ganha uma envernizada com um batida ainda mais forte para se encaixar no estilo do rapper e também para dar o efeito radiofônica para a canção. Se eu voltasse uns quatro anos atrás e alguém me falasse que a Taylor Swift iria dominar o pop em 2015, eu teria dado a maior gargalhada da minha vida. Como o mundo dá voltas!
nota: 7

22 de maio de 2015

Faixa Por Faixa - Grandes Álbuns

CD: The Electric Lady
Artista: Janelle Monáe
Gênero: Neo Soul/ R&B
Vendagem: cerca de 200 mil cópias
Singles: Q.U.E.E.N., Dance Apocalyptic, Primetime, Electric Lady
Ano: 2013








21 de maio de 2015

O Desaparecimento de Vanessa Carlton

Young Heart
Vanessa Carlton

Fazem cerca de treze anos que o mundo conheceu umas das canções denominada "one hit wonder" mais adoráveis de todos os tempos: A Thousand Miles da Vanessa Carlton. A cantora, uma espécie de versão pop da Norah Jones, nunca mais teve qualquer destaque parecido desde então mesmo com uma carreira produtiva até os dias de hoje. Por andou Vanessa Carlton? Boa pergunta, mas o certo é que a cantora está de volta e já divulgou o seu novo single: Young Heart.

Lançada como forma de promoção do seu quarto álbum intitulado Liberman, Young Heart está bem distante do apelo pop juvenil de A Thousand Miles: o que ouvimos é um sólido e bem produzido indie folk que distancia a cantora do que o grande público conhece. Young Heart é tocante em sua essência e bastante maduro em sua realização mostrando que, felizmente, os anos foram felizes para a Vanessa que parece que evoluiu bastante com cantora/instrumentalista. Young Heart não foge, porém, de passar a impressão de ser tema de filme "indie/hipster" americano. A produção vocal altera a voz de Vanessa para dar uma impressão de vocais acústicos que combina com o estilo da canção, mas que não dá para perceber de fato a voz dela. Não acredito muito que Vanessa vai obter o mesmo sucesso de antes, mas é sempre bom ver que há vida inteligente para artistas depois da passagem no mainstream.
nota: 7,5

18 de maio de 2015

Nicki, A Salvadora

Hey Mama (feat. Nicki Minaj & Afrojack)
David Guetta

Parece o que está salvando a carreira do David Gueta em relação a divulgação do seu último álbum é a mais nova reunião com a Nicki Minaj. O single Hey Mama é o maior sucesso na Bilbord de Guetta desde Turn Me On de (adivinhem!) com a própria rapper de 2011. Além disso, Hey Mama é uma canção boa para a surpresa de muitos.

Hey Mama é uma aposta arriscada para o DJ francês, mas que se paga pelo bom resultado. Menos eletrônica que de costume, Hey Mama tem uma batida marcadíssima misturando trap com influências caribenhas (devido a presença do outro DJ Afrojack) que resulta em uma canção interessante, mesmo que descartável. Boa parte da sua qualidade vem da Nicki Minja que domina perfeitamente a canção com a sua mistura de rap e "cantar". Não que ainda há tempo para a canção se tornar um sucesso arrasta quarteirão, mas já é um "alivio" para o David.
nota: 7

14 de maio de 2015

Titã do Country

Going Out Like That
Reba McEntire


Considerado com uma lenda viva do country, Reba McEntire é, talvez, uma das cantoras com a carreira mais sólida do gênero. Provando isso está a canção Going Out Like That, primeiro single do seu 27° álbum intitulado Love Somebody.

Apesar de não ser o melhor trabalho da cantora, Going Out Like That prova o quanto de talento a cantora possui por conseguir carregar a canção em seus ombros resultando em uma canção na medida. Não é novidade nenhuma que Reba cante sobre o amor, mas, como já fez várias vezes, ela exalta o "girl power" ao narrar sobre uma mulher forte que está superando o fim de um relacionamento dando a volta por cima fabulosamente. A produção entrega um bom country com influência de rock, mas nada espetacular. Going Out Like That pode até ser genérica na essência, mas Reba a transforma em uma canção acima da média apenas pela sua presença.
nota: 7 

10 de maio de 2015

Para "Macho" Chorar

See You Again (feat. Charlie Puth)
Wiz Khalifa

Quem disse que "macho" não chora? Claro, para tirar lágrimas dos homens mais fundamentalistas no que tange as diferenças entre sexos é uma missão quase impossível, pois quebraria estereótipos mais enraizados na sociedade. As vezes, porém, há uma quebra nesse ciclo e podemos observar o "homem de verdade" chorar. 

Tema do último filme da franquia Velozes e Furiosos, a canção See You Again é uma homenagem ao
ator morto Paul Walker, morto em 2013 em um acidente de carro, e que se tornou um imenso sucesso surpresa mundialmente chegando ao primeiro lugar na parada de música em vários lugares, inclusive na Billboard. Apesar de ser uma canção de "adeus", See You Again não é exatamente uma canção com uma tradicional estrutura desse tipo de tema musical, pois, como vocês devem ter notado, o rapper Wiz Khalifa é o artista principal. Sem ser o melhor rapper que poderia ter sido escolhido para esse bom hip hop com toque de soul, a sua presença não é desastrosa sem comprometer o resultado final. O que faz da canção relativamente legal é a presença do desconhecido Charlie Puth em bom momento, lembrando uma versão menos carismática do Sam Smith, entoando o emocional refrão. A combinação do contexto da canção ao lado dela não ser exatamente uma canção sentimentalóide é a brecha perfeita para fazerem "homens de verdade" caírem em prantos. E, possivelmente, esse é um dos motivos do sucesso da canção.
nota: 6,5

9 de maio de 2015

A Busca do 19° (ou Não)

Infinity
Mariah Carey

Com a grande carreira que Mariah Carey conquistou em mais de vinte anos, eu acredito que a pressão para a cantora ter sucesso comercial que ela recebe seja extremamente desmedida. Porém, não há como negar que, caso MC esteja a busca do seu décimo nono primeiro lugar na Billboard, o lançamento do single Infinity não vai ajudar em nada.

O single que ajuda a promover o seu segundo álbum de grandes hits que contem apenas as canções que foram topo da parada americana e a sua residência de shows em Las Vegas é o que podemos chamar de "montanha russa". Infinity tem, na mesma medida, qualidades e defeitos. Começo com a principal qualidade: a boa composição. Apesar de falar sobre uma separação (seria um reflexo do fim do casamento com Nick Cannon?), Infinity traz em sua letra uma leveza dada pelas "brincadeiras" e as sacadas divertidas. Porém, o refrão é anticlimático o que faz a canção perder brilho. Apesar de uma performance sólida durante quase toda a canção, Mariah e a produção vocal decidem mostrar que a cantora ainda dá os seus famosos agudos em uma momentos desnecessário no final da música. O grande problema, porém, é a produção de Infinity que construí um arranjo confuso e genérico. Saudades de quando Mariah laçava uma compilação incluindo novas músicas como Sweetheart ou o remix de Fantasy.
nota: 6

8 de maio de 2015

Tenham Fé, Meninas!

Worth It (feat. Kid Ink)
Fifth Harmony

Se existe uma coisa é elogiável em relação a quem administra a carreira da girl band Fifth Harmony é que não haverá desistência em fazer delas um sucesso de verdadeiro. Nem que demore um bom tempo para tanto.

Worth It, terceiro single do álbum Reflection, é até agora a canção de melhor desempenho do grupo chegando ao 21° da Billboard. Não que seja sensacional, mas mostra que aos poucos o grupo vai ganhando destaque com o grande público. A canção é si é razoável aparecendo entre as melhores do álbum. Apesar disso, Worth It não chega a ser um trabalho sensacional já que parece uma versão feminina de Wiggle do Jason Derulo usando uma batida funk pop para dar a base principal. O acerto da produção é fazer a canção o que o grupo realmente precisa: comercial. Quem sabe nas próximas tentativas o grupo não consegue um hit de verdade?
nota: 6

7 de maio de 2015

I Kissed A Girl! (Mas Nem Tanto)

Girl Crush
Little Big Town

Ler qualquer pode, mas interpretar um texto é para poucos. Entender o verdadeiro sentidos das palavras é bem mais complicado do que compreender o processo de identificar palavras para juntas e forma frases. Na sociedade de hoje, interpretar parece ter virado um "dom".

Segundo single do álbum Pain Killer, a canção Girl Crush da banda country Little Big Town esteve envolvida por uma polêmica por falta de "interpretação" de certas pessoas: a canção foi compreendida como uma declaração de amor de uma mulher para outra. Na verdade, Girl Crush é uma canção sobre desejar ser o outro, neste caso, a atual namorado do ex-namorada da "narradora" da canção. A forma como foi colocado essa visão, em alguns momentos, parece que há um desejo realmente sexual e isso resultou que algumas rádios tirasse a músicas de suas programação nos Estados Unidos. Um ato completamente estúpido e preconceituoso, pois, se fosse mesmo uma canção "gay", Girl Crush é digna de ser ouvida por todo já que é uma ótima canção.

Girl Crush é uma delicada e sensível mistura de country com soul music que funciona perfeitamente, pois a produção soube como dar a atmosfera perfeita para tocar dessa forma em um assunto tão espinhoso. Despedido de grande pretensão, Girl Crush tem uma instrumentalização simples, mas lindamente conduzida e bem produzida. Talvez se o final fossem um pouco mais pomposo para fechar a canção com chave de ouro. Motivo de polêmica, a composição é um trabalho inteligente e de uma sensibilidade incrível mostrando que se pode fazer uma canção de amor longe de velhos clichês. Felizmente, o público, não importando o seu significado real, está dando o sucesso que Girl Crush merece. Pelo jeito, então, acho que as pessoas estão sabendo interpretar e não apenas ler.
nota: 7,5

5 de maio de 2015

Sucesso Atrasado

Chains
Nick Jonas

Comprovando a sua boa fase na carreira, Nick Jonas conseguiu emplacar nas paradas americanas uma
canção lançada há quase oito meses atrás. A canção em questão é Chains, o primeiro single do seu álbum homônimo lançado ano passado.

Chains mostrou na época a imensa mudança de sonoridade o irmão mais novos dos Jonas Brothers: sai aquele pop rock farofa teen e entra algo substancial apostando no pop/soul e na figura adulta do cantor. A sensualidade na construção da batida é o ponto principal de Chains, pois dá o equilibro perfeito para a composição sobre a devoção cega por uma pessoa não soar apenas como lamentação. Na verdade, a dualidade criada é que faz de Chains um marco na carreira do Nicki: somos apresentados ao um artista em pleno estado de maturação e ao um homem sexy e desejável. Mesmo atrasado é bom que o público reconheça essa canção que pode ter sido o começa de uma carreira grandiosa para o Nick Jonas,
nota: 7

4 de maio de 2015

O Fancy da Neide

Pretty Girls (feat.Iggy Azalea)
Britney Spears

Em sua vida pessoal, Britney Spears já esteve no lugar que vai além do fundo do poço e, mesmo assim, conseguiu dar a volta cima graciosamente. Agora chegou a hora da cantora mostrar que tem condições de dar volta por cima na sua vida artística. Depois do fiasco de venda que foi o pavoroso Britney Jean, a princesinha do pop precisa provar que ainda é relevante no atual cenário pop sendo capaz de ainda ser o centro das atenções com suas músicas e ainda conseguir de volta o seu prestigio entre os críticos. Para tanto, Brit vai começar o seu comeback fazendo a tática mais comum das divas pop nessa situação: unir-se à quem está fazendo sucesso. Pretty Girls é o primeiro passo para o processo de comeback de Britney.

Longe de tentar qualquer "inovação", Britoca se une ao produtor The Invisible Men do mega sucesso Fancy para retomar ao que ela faz de melhor: pop chiclete comercial. Para dar ainda mais gás nessa reconstrução da carreira foi chamada a rapper Iggy Azalea. E mais: Pretty Girls é co-escrita pela girl group inglesa Little Mix. Resumidamente: Britney está definitivamente em busca do sucesso comercial perdido. Isso é ruim? Claro que não, mas tudo tem o seu preço. O primeiro é o mais perigoso: tudo pode dar errado. Se Pretty Girls "flopar" vai ser uma mancha enorme na carreira dela. Caso seja um sucesso, Britney pode voltar ao topo. O outro é que a bagagem desses nomes trazem para a sonoridade de Britney pode resultar em algo batido.

Antes de qualquer palavra sobre Pretty Girls, eu preciso sentenciar: a canção é legal sendo dez vezes melhor que todo o Britney Jean inteiro. Divertido, chiclete e extremamente despretensioso, mas com um problema de identidade: Pretty Girls é mais Azalea do que Britney, ou seja, a canção é praticamente uma nova versão de Fancy. Não teria como ser muito diferente, pois todos os elementos de Fancy estão aqui: a batida, a composição "girl power" e a presença de Iggy. Felizmente, o resultado final é acima da média para uma "cópia" e a canção consegue ficar acima da média. Ajudada por um viciante refrão, Britney está até bem em vocais menos esquizofrênicos com menos produção vocal, mas quem brilha de fato é a rapper australiana que dá a liga para a canção funcionar. Agora é esperar é ver se essa música será suficiente para a volta por cima de Britney Spears. Façam as suas apostas!
nota: 6,5

3 de maio de 2015

Segundas Chances São Reais

Say Something
Karen Harding

Vocês já reparam que o blog volte e meia fala sobre ex-participantes de realities musicais seja qual a sua origem ou estilo deles. Um dos assuntos recorrentes são sobre as chances que participantes que não venceram recebem para continuar a suas carreiras fora do reality. Hoje não vai ser diferente, mas com uma grande diferença: Karen Harding, participante da décima temporada do The X Factor UK, nunca teve uma chance no programa. Explico: Karen foi eliminada muito antes de chegar no lives, ou seja, não recebeu quase nenhum destaque no programa. Apesar disso, Karen chamou a atenção do produtor/cantor MNEK que a procurou e ajudou a moça a assinar um contrato com uma gravadora. O seu primeiro single é a canção Say Something.

A canção segue a tendencia desse eletrônico pop/house inglês da atualidade, mas que ganha pontos positivos devido a voz marcante de Karen. Claramente influenciada por divas do soul moderno, Karen dá para a canção uma atmosfera bem mais rica e pomposa para a canção. Infelizmente, a produção não ajuda deixando a voz de Karen em segundo plano em uma decisão equivocada tirando brilho de Say Something. A canção poderia ser bem mais interessante se a produção não deixasse levar por clichês e ideias fáceis de como fazer uma canção de eletropop. Se apoiar mais no talento de Karen seria o ideal para Say Something resultasse em uma canção bem melhor. Chegando a sétima posição da parada inglesa, Karen é a prova viva que aonde há talento, existe esperança.
nota: 6

1 de maio de 2015

Aquele DJ Que Era "de Menor"

Don't Look Down (feat. Usher)
Martin Garrix


Quando ele obteve o primeiro sucesso, o DJ Martin Garrix ainda não tinha chegado aos dezoito anos
de idade. Agora, já maior de idade, o DJ parece estar planejando ser o próximo grande nome do eletrônico. Começando com o single Don't Look Down.

A canção mostra que o jovem DJ, apesar de não ir contra o que os seus contemporâneos estão fazendo, consegue entregar, ao menos nessa canção, algo acima da média. Don't Look Down se beneficia da presença sólida e experiente de Usher que consegue carregar músicas como esse de maneira espetacular dando bastante vigor e personalidade. A composição segue um modelo de expressar algum sentimento em canções eletrônicas, mas sem se aprofundar muito sem comprometer seu potencial comercial. O que faltou para a canção foi mais experiência de Martin para conseguir unir os estilo dele com o do Usher que co-produz a canção. O "batidão" logo após o refrão é, sem trocadilhos, batido. Infelizmente, a canção não teve o sucesso que poderia conseguir ao redor do mundo. Quem sabe Don't Look Down ainda não vira um sleeper hit?
nota: 6,5