Juliette
Juliette
Pensei seriamente em não fazer essa resenha devido a vários fatores, sendo os dois principais o fato de não gostar exatamente da Juliette (sim, foi time Gil do começo ao fim) e, principalmente, ter medo da possível repercussão dos intitulados cactos (o nome da imensa torcida da ex-BBB). Depois de toda a poeira baixada consigo raciocinar melhor é apontar que o EP de estreia da “cantora” não essa bomba atômica que muitos pintaram. Entretanto, o conjunto de seis canções é o poderia ser pior para as esperanças inicias da carreira musical da Juliette.
Apesar de ser bem produzido tecnicamente, o EP falta o principal para um álbum de uma novata: a total falta de alma. Capitaneado por uma equipe montada pela Anitta, as canções do álbum já estavam prontas antes mesmo da Juliette sair do BBB. E por isso que tudo aqui parece sem vida, personalidade e destituído do que fez a paraibana ser um fenômeno. Tenho minhas ressalvas a mesma, mas preciso admitir que a Juliette é carismática e tem uma personalidade bem definida. Nada no EP faz jus a essa força. Começa melódica e doce Bença que termina por ser a melhor do trabalho, pois parece adicionar certas pitadas da personalidade da jovem. Assim como as passáveis Diferença Mara e Doce. O problema também recai em uma visão meio pasteurizada sobre os gêneros e sonoridades nordestinas do Brasil. Na parece realmente natural, mas, sim, visões clichês sobre o que uma artista vinda do nordestino deve fazer. E isso fica mais nítido quando se compara com o ótimo Te Amo Lá Fora da Duda Beat. As três canções que encerram o EP (Sei Lá, Benzin e Vixe Que Gostoso) aprofundam todas as sensações que as canções anteriores levantam, mas com um resultado ainda pior. Acredito que a Juliette possa virar uma grande artista. Precisa, porém, de um bom tempo de preparação para realmente entregar um trabalho que seja vindo do seu processo criativo e, não, um caça níquel descartável.
notas
Bença: 6
Diferença Mara: 6
Doce: 6
Sei Lá: 5,5
Benzin: 5,5
Vixe Que Gostoso: 5,5
Média Geral: 5,7
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