Parte I
Parte II
Little Dragon & Moses Sumney
"Parceria da banda eletrônica Little Dragon com o cantor Moses Sumney, The Other Lover é uma climática mistura de trip hop com R&B/soul/alternativo que resulta em uma batida sensual, melódica e delicada que parece unir a duas pontas artísticas dos envolvidos de maneira elegante. Inspirada e com uma batida contida sem nunca perder o poder de envolvimento, a canção é o tipo de canção que vai lentamente conquistando quem ouve para depois grudar nos nossos ouvidos da melhor forma possível."
Years & Years & Elton John
"Versão apresentada durante a cerimônia do BRIT Awards, a nova versão de It's a Sin dá um verdadeiro upgrade na primeira versão gravada pelo Years & Years ao adicionar a eletrizante batida syhthpop misturada com uma construção que valoriza a canção com mudanças primorosas que apenas a agregam ao resultado final. Essa versão de It's a Sin tem uma introdução a base de piano com o primeiro verso entoado pelo Olly para explodir em uma explosiva synthpop que capta muito bem a essência da canção original, mas com uma instrumentalização que dá espaço de sobra para a presença do piano de Elton."
Julien Baker
"A construção instrumental é simplesmente espetacular com uma complexidade crescente que vai acrescentando camada de pura riqueza sonora. Todavia, Hardline mantem um verniz reluzente que a faz um trabalho acessível para um público bem maior que o esperado. Dona de uma composição acachapante dividida em dois blocos que não precisam em nada de um refrão para uni-las, o grande ponto alto da canção é a tocante performance de Julien ao colocar um peso descomunal na sua interpretação que se contrasta com o timbre doce que a mesma possui."
Kacey Musgraves
"star-crossed continua a explorar a visão de Kacey sobre o que pode ser o country ao ser uma atmosférica e tocante mistura de country pop com influência latina, indie pop e folk. Especialmente na sua primeira metade, o single cria uma construção realmente original e inesperada que dá o tom perfeito para toda a canção, entregando uma instrumentalização espetacular. Entretanto, o grande ponto alto da canção é a arrasadora performance de Kacey que sabe como usar o seu delicado timbre para dar vida a devastadora e, ao mesmo tempo, simples letra sobre o fim do seu casamento."
21. Nothing's Special
Oneohtrix Point Never & Rosalía
"Sonoramente, Nothing's Special tem uma tocante, contida e poderosa construção que cria toda uma atmosfera melancólica ao misturar ambient pop com art pop de maneira acachapante. Com um cuidado técnico impressionante, a canção se favorece ainda mais da adição dos vocais da cantora espanhola e a sua personalidade indiscutivelmente enriquecedora e deslumbrante. A performance de Rosalía coloca toda a emoção verdadeira e orgânica que a canção pede, complementando a atmosfera quase gélida com um sopro de calor sentimental ao declamar os delicados e poéticos versos em espanhol sobre a perde de alguém que se ama."
Radiohead
"If You Say The Word é uma soturna e densa indie/ambient rock e experimental que soa exatamente como uma obra feita no comecinho dos anos dois mil. Ao não soar datada, a canção também deixa claro a força da sonoridade da banda que consegue ser atemporal e, ao mesmo tempo, a frente do seu tempo em qualquer momento que se a escute."
Billie Eilish
"Começando com uma melancólica e contida pop soul/folk acústica com uma performance delicada de Billie para quase no seu meio se transforma em uma explosiva pop punk/indie rock em que a cantora mostra um lado amargo e agressivo, a produção consegue unir duas metades tão diferentes sem parecer canções diferentes de maneira fluida, mas também mostrando as claras diferenças entre as duas parte. Entretanto, essa decisão para a construção sonora de Happier Than Ever poderia não tanto impacto se não fosse a genial composição. Ao narrar de forma honesta, poética, honesta e desconcertante a sua descoberta de estar vivendo em um relacionamento tóxico, a cantora entrega a sua mais refinada e poderosa composição ao deixar o simples e efetivo de lado para construir uma longa, intrigada e profunda letra que leva o público em uma viagem inesquecível."
Lana Del Rey
"Arcadia é o encontro perfeito de todas as características da cantora, mas com pequenas e excitantes mudanças que ajudam a canção a alcançar outro patamar. O maior trunfo aqui é a avassaladora performance da cantora que sai daquele automático que em vários momentos deixava as canções como se fosse repetições de outras para entregar um momento tecnicamente perfeito e com uma ternura vivida que emociona de maneira orgânica e profunda. Especialmente no genial refrão que é um dos pontos altos da canção e um dos melhores momentos de toda 2021 dá para sentir essa entrega vocal. Outra qualidade de Arcadia é que, apesar de ser basicamente uma balada indie pop a base de piano, a produção dá uma atmosfera cinematográfica para a instrumentalização, terminando como se fosse o ápice de um musical sobre os anos 50/60 sobre os áureos tempos de Hollywood."
Angel Olsen
"A produção dessa versão cria uma densa, madura e realmente sombria indie rock com toque de arte rock e leves pinceladas do synthpop original, criando uma base perfeita para a composição melancólica. Mesmo que perca esse interessante atrito entre forma e conteúdo, Angel Olsen consegue preencher essa lacuna devido a espetacular instrumentalização que aposta na utilização de instrumentos como, por exemplo, violinos para dar força a construção da atmosfera. Enquanto isso, a tocante performance da cantora é aprimorada pelo uso sábio de efeitos vocais que auxiliam a cantora a dar ainda mais sentido para a sua belíssima interpretação que transita entre o contido para o épico no seu clímax."
Linn Da Quebrada
"Não espere nada mainstream no single, pois a produção de BADSISTA entrega o que mais se aproxima de uma canção art pop. Escolho dizer em proximidade no instante momento que I míssil é bem mais que apenas um gênero, terminando como uma fusão celestial de MPB, eletrônico, jazz, art pop e toques de ritmos brasileiros. A textura sonora da canção é de uma delicadeza reconfortante sem perder a pungência e a imensa dose de personalidade quase artesanal que é aplicada na construção do genial arranjo. Fugindo na contramão da tendência de rápido e rasteiro do atual pop nacional, I míssil é uma construção melódica e deliciosamente elegante de mais de cinco minutos que traz referencias de atmosferas de uma sonoridade dos anos oitenta da MPB como a Mariana Lima que remete também a trabalhos de nomes notórios do atual cenário indie/art pop como, por exemplo, FKA twigs. Envolvente desde a primeira nota, Linn entrega uma performance aveludada, sensual e cativante ao declamar uma fervilhante e poética composição primorosa sobre desejo e saudades que mostra ser inteligente, sucinta e com a dose certa de brincadeiras gramaticais."
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