Chegou o momento de decidir que foi o novato que deu o nome em 2022. Os indicados são: a nova sensação indie Ethel Cain, a versátil rapper britânica Shygirl, a promessa pop Isaac Dunbar, a poderosa Doechii e, por fim, a girl group FLO. Votem!
30 de dezembro de 2022
27 de dezembro de 2022
Artista do Ano - Votação
Chegou a hora de definir quem foi o Artista do Ano. Os indicados foram, na minha visão, os principais nomes que dominaram de várias formas o ano 2022, artisticamente e comercialmente. E eles são: o novo comeback legendário da Beyoncé, a dominação global do Bad Bunny, a construção do novo testamento do rap pelas mãos do Kendrick Lamar, a consolidação triunfal da Rosalía e, não menos importante, a força madura da natureza da Björk. Votem!
Itália Mia
LA FINE
Måneskin
Måneskin
Dividindo opiniões desde o seu estouro inicial com o virial de Beggin’, o Måneskin é precisa ser elogiada pela capacidade de entregar canções com a sua personalidade em italiano e em inglês. E isso é visto em LA FINE.
Uma das canções mais diretas que a banda já lançou, o single que marca o começo dos trabalhos do novo álbum é uma austera e classuda indie rock com toques de dance rock que não deixa muito espaço para firulas pop. Apesar de menos viciante que outros trabalhos, LA FINE é um trabalho revigorante com a seu instrumental rápido e a força contida da interpretação de Damiano David. O grande trufo da canção, porém, é a composição em italiano que deixa bem claro que o Måneskin consegue transitar entre idiomas de maneira a não privilegiar um lado com a sua lírica acida. E isso é algo que nem todos artista não estadunidenses conseguem dizer que fazem.
nota: 7,5
Pra Quê?
DESPECHÁ RMX
ROSALÍA & Cardi B
ROSALÍA & Cardi B
Estamos no fim de 2022 e ainda a pergunta que paira no atual cenário musical: qual a finalidade real de remixes de canções como DESPECHÁ da Rosalía?
Uma das músicas de maior sucesso da carreira da cantora, a canção ganha um remix que não é um remix com a presença da Cardi B. Apesar de muitos não gostarem da rapper, mas, sinceramente, eu a acho talentosa dentro do seu nicho tão especifico. Entretanto, a sua presença aqui é completamente equivocada. E o principal motivo é o fato que as suas partes tem uma qualidade técnica questionável, mostrando claramente que foi uma adição tardia e que não faz sentido artístico e técnico. Outro problema, Cardi entrega uma boa performance, mas seus versos não tem força para dar mais personalidade para DESPECHÁ. O que salva a canção é que a original sozinha já uma explosão de carisma. E acho que em 2023 ainda teremos vários exemplos desse tipo de canção que não tem razão para existir.
nota: 6
O Atrasado Para o Oscar
Nothing Is Lost (You Give Me Strength)
The Weeknd
The Weeknd
Em um ano que deveremos ter uma disputa para o Oscar de canção entre a GaGa e a Rihanna com a Taylor correndo por fora, o último a chegar a corrida é o The Weeknd com Nothing Is Lost (You Give Me Strength) para o filme Avatar: The Way of Water.
A canção é perfeita para ser tema de um filme como o trabalho do James Cameron ao mesmo tempo que parece que tem algo estranho e/ou faltando na sua construção. Instrumentalmente, a canção é a mais forte entre as principais canções na corrida atualmente ao ser uma épica balada pop com elementos que interagem perfeitamente com o filme, especialmente nas batidas tribais e o no coral do começo. Todavia, o resto da canção parece estar descolada desse incrível trabalho de arranjo. The Weeknd entrega uma boa performance, especialmente nos versos iniciais, mas o caminho que a canção toma de grandiosidade não combina perfeitamente com a presença do cantor. Em Earned It de 2014, a primeira indicação do artista ao Oscar, por exemplo, funcionava bem melhor já que realmente combinava com o estilo do cantor. O problema maior, porém, é a sólida, mas esquecível composição que tentar ser inteligente a todo custo e acaba sendo apenas clichê. De qualquer forma, Nothing Is Lost (You Give Me Strength) tem boas chances de ser uma das escolhidas para disputar a estatueta de ouro em alguns messes.
nota: 7,5
25 de dezembro de 2022
Especial
Como faço esse blog a mais de dez anos sozinho nem sempre consigo acompanhar a demanda que eu mesmo projeto. E, novamente, não consegue resenhar todos os álbuns que queria para fechar o ano e escolher Os Melhores do Ano. Por isso, decido criar uma regra que o meu período de elegibilidade para álbuns e, também, singles será de 1 de Dezembro até 30 de Novembro. Dessa maneira, os álbuns que poderão fazer parte da lista de 2023 começaram a valer desde o começo do mês. Entretanto, existem três trabalhos de 2022 que preciso fazer a resenha, mas não deu para fazer uma “completa” e irei publicar mini resenhas desses escolhidos agora. Espero que gostem!
18 de dezembro de 2022
Single do Ano - Votação 5
O último duelo para Single do Ano é com a continuidade da consolidação do sucesso do Harry Styles com As It Was ou o primeiro grande sucesso de Steve Lacy com Bad Habit! Votem!
16 de dezembro de 2022
Single do Ano - Votação 4
A quarta disputa para Single do Ano será entre dois sucessos virais: CUFF IT da Beyoncé contra I'm Good (Blue) do David Guetta e a Bebe Rexha. Votem!
O Mundo De Caroline
Welcome To My Island
Caroline Polachek“Alimentando” os seus fãs de grão em grão com os lançamentos de singles desde o meio de 2021, a Caroline Polachek finalmente confirmou o lançamento de se novo álbum intitulado Desire, I Want To Turn Into You para fevereiro próximo. E como maus um agrado lançou a interessante Welcome To My Island.
Não tão inspirada como as canções anteriores, mas ainda assim sendo uma canção bem acima da média, Welcome To My Island é uma estranha, inusitada e madura synth-pop com toques de eletrônico e pop rock que apenas uma artista tão única como Polachek poderia pensar em entregar. Com uma estrutura bem marcada e diferente, a canção mostra o quanto único é a visão da artista sobre o que é o seu pop e isso é maravilhoso. Apesar de completamente distinta, a canção tem um tropeço que para mim atrapalha o resultado final: o verso falado com uma camada de auto-tune pesado. Até entendo o motivo da escolha já que adiciona textura para a canção, mas comparada com o resto da canção que a cantora entrega uma performance sensacional sem esse efeito é fácil perceber que a decisão se perde no conceito. Felizmente, Welcome To My Island é mais um tijolo na construção de Caroline Polachek para um dos mais esperados álbuns dos últimos tempos.
nota: 7,5
Coisas Estranhas e Deliciosas
Change
Djo
Djo
Uma das gratas surpresas de 2022 foi descobrir a carreira musical do ator Joe Keery. Com o pseudônimo de Djo, o artista lançou o ótimo Decide, sendo uma das canções de destaque o single Change.
Uma das principais qualidades da canção é a sensação de estranhamento inicial sobre quem é o dono da canção que vai se transformando em uma deliciosa percepção da qualidade da canção. Uma divertida, madura e elétrica synth-pop fundido com psicodelia e toques de new wave, Change é o famoso banger sem ser dispensável devido ao imenso cuidado da produção com a construção da canção. Outro ponto de qualidade da canção é a sua ótima letra que narras as reflexões de Djo sobre amadurecer sem ainda um trabalho pop redondo e com um refrão na medida certa. E por causa disso, Djo, ou Joe Keery, se tornou um queridinho de 2022 para quem soube onde procurar boa música.
nota: 8
11 de dezembro de 2022
Os Melhores Singles de 2022
E com os primeiros nomes da lista de Melhores Singles que começo a minha tradição de escolher os maiores destaques de 2022. Espero que gostem!
Uma Canção Simples de Amor
All I Need To Hear
The 1975
The 1975
A mudança na sonoridade do The 1975 foi responsável para que a banda entregasse a sua mais simples canção romântica até o momento: All I Need To Hear. E isso não é nenhum problema.
A base de piano e instrumentalmente contido, All I Need To Hear é de uma simplicidade comovente que toca fundo de maneira natural e genuína. Com toques de soul, o single é uma delicada indie pop/pop rock que deixa bem clara que por trás de toda a fumaça e espelho existe uma banda classuda e capaz de sustentar de forma competente uma canção que poderia deixar exposto seus defeitos facilmente. A performance sensível de Matty Healy é cereja em cima do bolo, mas não pense que All I Need To Hear ainda não tenha o toque divisível da banda, se mostrando-se em vários momentos na ótima composição. E assim o The 1975 fez a canção romântica que a gente nunca esperaria que seriam capaz.
nota: 8
9 de dezembro de 2022
Single do Ano - Votação 3
A terceira votação para Single do Ano será a disputa de dois comebacks: o surpreendente sucesso de Unholy do Sam Smith e da Kim Petras contra o delicioso sucesso de About Damn Time da Lizzo. Votem!
Lana Orquestrada
Did you know that there's a tunnel under Ocean Blvd
Lana Del Rey
Depois de um hiato de mais um ano que para os parâmetros atuais da sua carreira é uma eternidade, a Lana Del Rey voltou com o lançamento da ótima Did you know that there's a tunnel under Ocean Blvd.
Novamente, a cantora tem a produção de Jack Antonoff, mas que, felizmente, não se mostra como ponto de discussão da canção, deixando de a sua marca de forma mais palatável. Na verdade, o single que abre os trabalhos do álbum do mesmo nome acerta perfeitamente na construção da instrumentalização que começa como uma simples balada pop para se desdobrar em uma lindíssima e épica balada orquestrada que apresenta um instrumental épico e espetacular na sua parte final. Queria que a canção fosse toda nessa segunda pegada, mas isso não impede da cantora entregar uma música bem acima da sua própria média recente. Liricamente, a canção entre um bom trabalho dentro da personalidade já conhecida da Lana, sabendo como transformar essa mistura de melancólica e pretensão em algo realmente poético. Did you know that there's a tunnel under Ocean Blvd é um começo auspicioso para a nova era da Lana Del Rey.
nota: 8
Paramore Progressivo
The News
Paramore
Paramore
Com o segundo single lançado do álbum This Is Why, a eletrizante The News, o Paramore mostra que está pendendo pesadamente para o progressivo do que para o pop. E isto não é problema nenhum.
The News é uma mistura espetacular de post-punk e rock progressivo que entrega um instrumental poderoso, agressivo e impressionante. Não existe uma sensação de forçamento de barra pela banda, mas, sim, uma fluidez natural já que a canção soa como algo que amadurecido do que a banda fazia no começo da carreira. Maduros e completamente seguros, a banda consegue fazer da faixa também um manifesto sobre as reflexões sobre a atual situação da sociedade ao usar a ansiedade com a guerra na Ucrânia como o catalizador. Apesar de ótima, a letra dá uma escorregada no refrão que não explode como poderia para o peso da composição. Defendo com vigor The News, Hayley Williams continua a sua colocar com uma força da natureza imperdível de ser admirada. E que a banda continua nessa mesma toada.
nota: 8
It's Meghan, Bitches!
Made You Look
Meghan Trainor
Meghan Trainor
E eis que no final de 2022 ainda preparou uma nova surpresa: o sucesso de Made You Look da Meghan Trainor.
Sumida das paradas de sucesso desde o começo da carreira com o arrasa-quarteirão All About That Bass e todas as canções seguintes que forma impulsadas, a cantora volta a ter espaço ao Sol com essa canção que nada mais que o repeteco que a mesma fazia na época de ouro. Uma doo-wop rasa, comercial, fofinha, bem intencionada e irritante que repete todos os clichês e cacoetes. Então, se você sabe o que esperar de uma canção da Meghan Trainor, Made You Look é exatamente o que isso sem tirar nem por nada. Tenho que admitir que realmente gosto do refrão, mas isso não ajuda muito, pois o resultado é bem o que a Meghan sabe fazer. E que bom que a cantora voltou a fazer sucesso sem perder a sua essência.
nota: 5,5
6 de dezembro de 2022
O Boom do Coelhão
Tití Me Preguntó
Bad Bunny
Bad Bunny
Não há como duvidar que o Bad Bunny é o maior nome do momento da música. E isso precisa ser celebrado, pois o ápice que o artista chegou poucos latinos tiveram o mesmo privilegio. E isso é impulsionado pelo sucesso de basicamente qualquer single de Un Verano Sin Ti, sendo um dos melhores a canção Tití Me Preguntó.
A canção é um dos ápices criativos do álbum, mostrando o potencial artístico que o rapper é possível alcançar. Uma explosão que mistura latin trap, eletrônico, dembow (ritmo dominicano) e toques de psychedelia que consegue ser extremamente comercial e, ao mesmo tempo, adicionar toques experimentais para a sonoridade do Bad Bunny. E isso parece ser o caminho que o mesmo vem tomando e que o diferencia dos seus contemporâneos de forma distinta e atrativa. Outro ponto que ajuda Tití Me Preguntó é sensacional performance do artista que consegue entregar algo tão energético e único igual a canção, exalando uma mistura de sexualidade, masculinidade e safadeza na medida certa sem soar exagerado ou machista. Goste ou não, Bad Bunny é o cara de 2022.
nota: 7,5
Estranhamente Deliciosa
The Loneliest Time (feat. Rufus Wainwright)
Carly Rae Jepsen
Carly Rae Jepsen
Entre todas as canções do seu novo álbum é a que dá nome ao trabalho tem a distinção de ser uma das mais interessantes: The Loneliest Time é estranhamente deliciosa.
Uma mistura refinada, mas cheia de uma personalidade bem distinta, de synth-pop com post-disco que é construída de maneira a ter adições de grandes e pequenas quebras de expectativas. Acredito que a principal é a participação do excêntrico Rufus Wainwright que pode não funcionar para muitos e para outros ser o que faz da canção ser tão especial. Nesse segundo grupo é que me encontro, pois as personalidades conflitantes entre os dois que geram uma química que na teoria na funcionaria e que acaba sendo o ponto alto. Além disso, a ótima produção apresenta um raciocínio sonora que é coeso quando a gente termina de ouvir a canção. E depois de ouvir mais de uma vez, The Loneliest Time se torna extremamente viciante como uma boa canção pop deve ser.
nota: 8
Ava's Reborn
Weapons
Ava Max
Ava Max
Depois de um começo de altos e baixos, a Ava Max parece que encontrou o caminho ideal para o seu pop comercial ao ter também qualidade artística. Apesar de ser o mais fraco single dessa nova fase, Weapons continua a mostrar o melhor da cantora.
Rápida, divertida e bem produzida, a canção é um exemplo de um bom dance-pop feito na medida com um cuidado especial de construção. Comercial, sim, mas também de uma qualidade estética impecável e que passa uma sensação de completude que poderia ser facilmente o ponto negativo da canção. Com uma performance segura e com personalidade, Ava erra apenas na sólida, mas clichê composição. Isso, porém, não tira o fato de Weapons ser uma canção perfeita para Ava Max ser a diva pop que pretende ser desde o começo.
nota: 7,5
Um Oscar Para Jazmine Sullivan
Stand Up
Jazmine Sullivan
Jazmine Sullivan
Em um ano que provavelmente dever uma disputa entre a Rihanna e a Lady GaGa pelo Oscar de Melhor Canção, a Jazmine Sullivan por correr por fora pela canção Stand Up.
Tema do filme Till que conta a história do linchamento do jovem negro Emmett Till nos anos cinquenta e a busca da sua mãe Mamie Till que foi um dos estopins para o movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, a canção é emocionante balada R&B defendida com força e maestria pela Jazmine Sullivan. A cantora adiciona emoção genuína na sólida composição que reflete a jornada de luta de Mamie. O problema da canção é que a mesma é construída de maneira mais leve em relação ao que espera de um tema de um filme com uma base tão forte, deixando a canção com mais cara de uma das faixas do Heaux Tales. De qualquer forma, Stand Up é uma boa candidata para entrar no meio da briga de “cachorro grande” que vai se estabelecendo para o Oscar.
nota: 7,5
4 de dezembro de 2022
2 de dezembro de 2022
Single Do Ano - Votação 2
A segunda batalha para Single do Ano será entre dois divas pop de diferentes épocas: de um lado o redescobrimento por parte do novo público da Kate Bush com o sucesso de Running Up That Hill (A Deal with God) ou a continuação do domínio da Taylor Swift com o sucesso atual de Anti-Hero. Votem!
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