Parte I
Parte IIParte IIIParte IVParte VParte VI
15. The Pink Phantom (feat. Elton John & 6LACK)
Gorillaz
“The Pink Phantom é uma inesperada, grandioso e poderosa mistura de pop rock com R&B, glam rock e indie rock que combina perfeitamente com a presença magnifica de Elton John. Em uma participação resplendorosa que emana da sua força lendária, o britânico encontra a estranhamente perfeita química com os vocais 2-D e da participação inesperada do rapper 6LACK.”
14. Simmer
Hayley Williams
“Logo nos primeiros acordes de Simmer já pode se perceber que a canção é algo que demanda a sua atenção, resultando em um experiência que transita do inspirador ao claustrofóbico. E isso, leitores, é algo extremamente positivo. Sonoramente, o single é um maduro e dark indie rock/pop que tem na sua batida discreta o ponto certo para criar uma canção poderosa. Sem nenhum arrombo sonoro, mas com uma batida contida e complexa, Hayley consegue envolver quem ouve em uma viagem poderosa ao criar uma sensação que estamos diante de uma verdadeira art pop. Falta um pouco ainda para tal feito, mas isso tem todas as possibilidades de acontecer se a cantora continuar nessa messa pegada. Ainda mais com uma composição tão impressionante como a de a Simmer: uma crônica adulta e inteligente sobre raiva que, nas entrelinhas, fala sobre relações de abuso e empoderamento.” Resenha
13. Are U gonna tell her? (feat. Mc Zaac)
Tove Lo
“Are U gonna tell her? é a surpreendente e imperdível electropop/funk carioca com a participação do brasileiro Mc Zaac. Como defini a canção na resenha do álbum, Are U gonna tell her? "é uma mistura de electropop com funk que fundi de forma refinada e inteligente os dois gêneros tão diferentes, conseguindo criar quase um novo sub-gênero sem perder a essência de cada um", mas o resultado é tão primoroso, excitante, envolvente e divertido que deixa claro que esse seria o caminho perfeito para levar o gênero brasileiro ao público mainstream ao redor do mundo. Além disso, apesar de ser estranho, a presença de Mc Zaac é cativante e dá o apelo sexual que a música precisa para equilibrar a performance sexy e delicada de Tove Lo.” Resenha
12. I Got So High That I Saw Jesus
Noah Cyrus
“Não sei qual foi a trajetória da cantora nos últimos até chegar aqui, mas I Got So High That I Saw Jesus é uma surpreendente country pop/folk que mostra uma maturidade impressionante. A canção consegue juntar de forma impressionante uma atmosfera mais tradicional com a sua produção old fashion sem soar datada com uma pegada modernosa devido a sua composição ousada. Misturando citações bíblicas com uma mensagem sobre o aquecimento global e o fim do mundo, Noah mostra ser uma artista bem mais interessante do que se pode imaginar. Além disso, a cantora entrega uma performance sólida, emocional e de uma beleza simples que ajuda I Got So High That I Saw Jesus elevar o seu resultado final.” Resenha
11. Idontknow
Jamie xx
“Idontknow é o tipo de canção que deixa claro que um DJ/produtor precisa em primeiro lugar saber como fazer uma música boa para depois ser considerado um bom DJ. Sem precisar de parceiros para assumir vocais e entoar letras rasas como pires, Jamie xx entrega uma sensacional faixa eletrônica que apresenta substância, nuances e uma construção que não parece que está reciclando/repetindo a mesma batida várias vezes. Idontknow tem personalidade suficiente para se sustentar como uma faixa completa e única, principalmente devido a leve, mas importante, de uma sonoridade do oriente médio.” Resenha
10. BLACK PARADE
Beyoncé
“A composição é um dos trabalhos mais complexos, substâncias e poderosos da carreira da Beyoncé em que o público é realmente levado em uma parada de citações, lembranças e louvor da história e da cultura negra passada, presente e futura. BLACK PARADE reflete não apenas a indignação, mas o orgulho da comunidade negra. É revigorante poder ouvir tamanha celebração ser capaz de vir a luz do dia em uma época tão difícil como vivemos. Provavelmente por ser essa uma comemoração acima de tudo que a produção decidiu fazer da canção uma dançante hip hop/trap que remete ao uma versão cadenciada de 7/11.” 9. Lost One
Jazmine Sullivan
“Dona de uma voz encorpada, rica e de uma elegância ímpar, Jazmine Sullivan dá para Lost One toda a força emocional para que a canção consiga exalar toda a sua dramaticidade sem precisar, porém, recorrer para exageros vocais. Entregando uma performance emocional com nuances perfeitas de tristeza, amargura e raiva na medida certa, a cantora encontra o ponto certo para expressar de forma honesta e humana a posição de alguém que acabou um relacionamento e, sem ter a capacidade de ver a outra pessoa seguir em frente, clama para que o outro não a esqueça, mesmo sabendo o quanto egoísta é esse pedido. E a composição acerta no tom confessional da composição que parece como um desabafo sincero e orgânico que ajuda a humanizar esses sentimentos tão "ruins".” Resenha
8. Garden Song
Phoebe Bridgers
“Apesar de ter apenas vinte e cinco anos, Phoebe Bridgers já é considerada como uma verdadeira força no meio indie, recebendo aclamação critica do seu primeiro álbum, Stranger in the Alps de 2017. Preparando o seu segundo álbum, a cantora lançou a melancólica Garden Song, mas não espere, porém, uma canção que seja facilmente emocionante. Dona de uma voz delicada e com um timbre angelical, a cantora entrega uma performance sutil que, em uma "ouvida" superficial. parece emanar uma felicidade contida. Todavia, a mesma escode uma coleção de sentimentos bem mais complexa que consegue exprimir o sentido profundo da sua composição. Garden Song é sobre a dor de crescer e deixar o que já conhecemos na nossa juventude para trás, sendo as coisas boas e as ruins. É um processo natural que todos passam, mas é visto de uma maneira adulta, crua e desconcertantemente honesta por Phoebe que exprime de maneira única todos esse sentimento tão comum e, ao mesmo tempo, tão complicado. Sem recorrer a uma produção que facilmente poderia gerar lágrimas, Phoebe Bridgers faz de Garden Song uma simpática e doce indie rock que soa como o mar calmo antes da tempestade.” Resenha
7. The First Time Ever I Saw Your Face
James Blake
"Nessa versão, o grande destaque é a performance vocal genial de James que transmite toda a emoção que a canção contem de forma sincera, melancólica e sabendo dosar efeitos vocais apenas para elevar a sua presença. Transformando a produção soul/jazz da versão de Roberta em uma balada contida e minimalista de indie pop, o artista consegue explorar o que a canção tem de melhor: a sua genial composição.” Resenha
6. exile (feat. Bon Iver)
Taylor Swift
“Melhor canção do álbum Folklore e, sem nenhuma dúvida, o grande ponto da carreira da cantora, exile é uma devastadora e triste crônica sobre o fim de relacionamento. A canção alcança um status tão alto devido as espetaculares performances da Taylor e do Bon Iver e, principalmente, a química avassaladora entre os dois. Em um dueto é esperado que os participantes tenham algum tipo de faísca que possam dar a liga para a canção, mas em exile é nítido que os dois cantores ultrapassam qualquer barreira ao unir a perfeição uma voz doce e contida com uma voz com um timbre áspero e poderoso para criar a contraposição ideal para expressar todos os sentimentos de dois personagens em pontas diferentes de uma história. Fazer Bon começar a canção ao invés da "dona" da canção dá para o single uma personalidade única que vai aumentando ao longo da sua duração até explodir em um turbilhão triste de emoções. A produção de Aaron Dessner cria uma simples e edificante balada indie pop/folk com uns toques gospel que poderia facilmente cair no lugar comum, mas devido a sua instrumentalização requintada garante a elevação da canção sonoramente. E a forte e melancólica composição é o que arremata tudo com louvor. O curioso, porém, é que a letra poderia ser completamente diferente que o resultado de exile se manteria basicamente a mesma devido a presença genial de Taylor e Bon Iver.” Resenha
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