A nova enquete para escolha do Single do Ano será entre dois sucessos surpreendentes de 2019: o arrasa quarteirão de Old Town Road do Lil Nas X com a participação do Billy Ray Cyrus contra a balada Someone You Loved do britânico Lewis Capaldi. Votem!
30 de dezembro de 2019
28 de dezembro de 2019
27 de dezembro de 2019
O Gato Subiu no Telhado
Beautiful Ghosts
Taylor Swift
Taylor Swift
Existem desastres. Existem tragédias. Existem cataclismas. E agora existe Cats. Adaptação filmográfica do popular e aclamado musical da Broadway vem recebendo as críticas mais negativas do anos, sendo já considerado como um dos piores filmes não só do ano, mas de toda a década. Grande parte das críticas aponta a direção e a escolha de transformar os atores em híbridos e gatos com ser humano em criaturas quase dantescas como os principais motivos do fiasco, mas isso não impede que respingue nos atores envolvidos. E uma das vítimas é a Taylor Swift que, apesar de uma participação pequena, viu as suas chances de concorrer ao Oscar com Beautiful Ghosts reduzida a nenhuma após a canção ser eliminada na última etapa antes das indicações. E olha que a canção nem é tão ruim.
Escrita pela própria Taylor ao lado de Andrew Lloyd Webber, lendário produtor da Broadway e criado do musical, Beautiful Ghosts é um triste balada sobre ser abandonada e viver só, lembrando que o musical é sobre gatos vivendo nas ruas de Londres. Muito bem escritas e com passagens realmente bonitas, a canção funciona bem como um equilibrado hibrido de canção para musical com uma boa canção pop. Acontece que a canção não tem o mesmo impacto que as principais canções do musical, especialmente a mundialmente conhecida Memory que na versão para o cinema é interpretada de maneira magistral pela Jennifer Hudson. Faltou uma força emocional que, apesar da boa performance, Taylor parece não conseguir alcançar de forma ideal, ficando nítido no agudo final que soa como se a cantora estivesse forçando todo que tem para chegar na nota. Isso é algo que não deveria acontecer, pois em um musical os atores precisam cantar de forma tão natural como se estivessem falando normalmente. Se o filme fosse ao menos mediano, Beautiful Ghosts teria alguma chance de concorrer ao Oscar, mas agora tudo foi apenas uma ilusão.
nota: 7
Dona Alanis
Reasons I Drink
Alanis Morissette
Alanis Morissette
Quando lançou o seu premiado e, agora, clássico Jagged Little Pill, Alanis Morissette tinha apenas vinte anos de idade. Quase vinte cinco anos depois, a canadense prepara para lançar o seu nono álbum e como primeiro single foi lançada a canção Reasons I Drink. A canção deixa claro que estamos lidando como uma "senhora" de quarenta e cinco anos, mas que mantem várias qualidades daquela jovem de anos atrás.
Reasons I Drink deixa claro que estamos diante de uma mulher madura que trocou parte da raiva dos seus vinte e poucos anos em uma versão contemplativa da sua personalidade artística. A canção é uma ácida e honesta visão de uma artista que chega a um ponto da vida que não precisa dar mais explicação sobre o que deixa de faz ou deixa fazer. Cansada e sem saco, Alanis discorre um pouco dos seus maus hábitos que ajudam a compensar os problemas da sua vida sem se lamentar ou fazer julgamentos. E aí que encontramos a antiga Alanis ao ter medo de expor sentimentos profundos sem ter medo do julgamento das outras pessoas, ajudando a identificação de quem está passando por isso. O tropeço de Reasons I Drink que não deixa a canção chegar muito perto da antiga Alanis é a produção da canção. Apesar de ser um bom pop/rock contemporâneo, a instrumentalização parece demais como um trabalho da Sara Bareilles, especialmente os primeiros segundos. Sinceramente, a semelhança parece beirar ao plágio, mas, felizmente, ao longo da sua execução Reasons I Drink a canção ganha uma outra pegada. Apesar disso, a canção é a melhor da cantora em anos e prova que a Dona Alanis ainda tem muito para dizer.
nota: 7,5
Reasons I Drink deixa claro que estamos diante de uma mulher madura que trocou parte da raiva dos seus vinte e poucos anos em uma versão contemplativa da sua personalidade artística. A canção é uma ácida e honesta visão de uma artista que chega a um ponto da vida que não precisa dar mais explicação sobre o que deixa de faz ou deixa fazer. Cansada e sem saco, Alanis discorre um pouco dos seus maus hábitos que ajudam a compensar os problemas da sua vida sem se lamentar ou fazer julgamentos. E aí que encontramos a antiga Alanis ao ter medo de expor sentimentos profundos sem ter medo do julgamento das outras pessoas, ajudando a identificação de quem está passando por isso. O tropeço de Reasons I Drink que não deixa a canção chegar muito perto da antiga Alanis é a produção da canção. Apesar de ser um bom pop/rock contemporâneo, a instrumentalização parece demais como um trabalho da Sara Bareilles, especialmente os primeiros segundos. Sinceramente, a semelhança parece beirar ao plágio, mas, felizmente, ao longo da sua execução Reasons I Drink a canção ganha uma outra pegada. Apesar disso, a canção é a melhor da cantora em anos e prova que a Dona Alanis ainda tem muito para dizer.
nota: 7,5
26 de dezembro de 2019
25 de dezembro de 2019
Single do Ano - Votação
Demorou, mas saiu! A tradicional lista de melhores do ano aqui no blog começa como sempre com a escolha dos principais sucessos do anos. Single do Ano é uma votação para escolher qual foi a maior música do ano. Independente da qualidade ou outra qualificador como aclamação pela crítica ou mesmo qual foi o ano de lançamento, mas, sim, qual a canção que realmente foi a cara de 2019. O primeiro duelo para escolha das finalista começa com a disputa entre o sucesso surpresa de bad guy da novata Billie Eilish contra o retorno triunfal da Lady GaGa ao lado do Bradley Cooper em Shallow. Votem!
23 de dezembro de 2019
22 de dezembro de 2019
O Raio Que Não Caiu no Mesmo Lugar
Fall On Me
A Great Big World & Christina Aguilera
A Great Big World & Christina Aguilera
Dono de um dos maiores sucesso surpresa da década com Say Something, A Great Big World ao lado da Christina Aguilera repete a parceria de forma menos sucedida com Fall On Me.
A canção repete basicamente a mesma canção, mas com algumas pequenas mudanças. A primeira e, felizmente, a melhor é o fato da Aguilera ter mais espaço do que teve na canção anterior já que era quase uma backvocal de extra luxo. Dessa vez, a cantora parece ser a protagonista ao entrega uma performance vocal ótima ao entoar alguns versos sozinha e dominando a parte do dueto. Outra mudança é a progressão da canção que vai crescendo mais rapidamente para o seu clímax. Do mais, Fall On Me repete o mesmo esquema ao ser uma balada pop ao piano romântica com uma letra emocionante. O grande problema da canção recaí sobre esse último, pois a composição aqui é, apesar de boa, bem menos impactante e um pouco forçada em alguns momentos. Uma pena o raio não ter caído no mesmo lugar mais uma vez.
2 Por 1 - The Weeknd
Blinding Lights
Heartless
The Weeknd
Heartless
The Weeknd
Um dos poucos artistas masculinos que ainda se preocupam com a forma e o conteúdo da sua carreira dentro do pop internacional, o The Weeknd começa uma nova era da sua com o lançamento de duas canções que anunciam o que pode ser outro trunfo na carreira do cantor: Blinding Lights e Heartless.
A melhor das duas é sem nenhuma dúvida a deliciosa Blinding Lights. Claramente, um aceno vigoroso para os anos oitenta, a canção é uma fusão estilosa de synthpop com toques de electropop em atmosfera melancólica e levemente sombria. Pense na trilha de Strange Thing encontra as pistas de dança lá por volta de 1985, pois Blinding Lights é exatamente essa "cria" que nasce desse encontro. Um trabalho realmente sensacional. Menos inspirada está a produção de Heartless ao ser uma boa, mas comum mistura de hip hop com electrop e R&B. E mesmo tendo nuances que esse tipo de canção com outros artistas não possuem, o single ainda soa com um trabalho que poderia render muito mais ao ser trabalhado. Além disso, a composição não tem a mesma finesse que a de Blinding Lights, principalmente no seu duvidoso primeiro verso. O que realmente salva com louvar Heartless é a ótima performance de The Weeknd, criando personalidade para a canção. The Weeknd deixa claro mais um vez que é dos melhores nomes do pop masculino sem precisar ser perfeito.
notas
Blinding Lights: 8
20 de dezembro de 2019
19 de dezembro de 2019
2 Por 1 - Coldplay
Orphans
Arabesque
Coldplay
Arabesque
Coldplay
Coldplay é o tipo de banda que já deveria ter "acabado", mas que continua a esticar o derradeiro momento até a última gota de criatividade for sugada. Enquanto isso não acontece, a banda parece que ainda tem alguma coisa restando no tanque como demonstra os singles Orphans e Arabesque.
Orphans é, sem dúvida nenhuma, a melhor das duas canções lançadas como primeiros singles do álbum Everyday Life. Misturando de forma eficiente uma batida de rock alternativo com uma deliciosa pegada synthpop, o single deixa claro que a banda ainda é capaz de produzir canções realmente interessantes sem perder a sua essência. É muito dessa essência é vista na boa, inteligente e levemente pretensiosa composição que funciona melhor do que esperado ao equilibrar bem o lado inteligentão e o lado mais mundano da música pop. Apesar de aumentar o volume dos seus hábitos irritantes em Arabesque, a banda ainda consegue acerta ao entregar uma épica e muito bem instrumentalizada indie rock com leves toques de jazz aqui e ali para criar uma canção com personalidade bem definida. A composição quase minimalista e, ao mesmo tempo, pretensiosa é um erro que não afeta tanto no resultado final devido também ao curioso verso em francês. Agora é esperar e ver até quando o Coldplay irá segura o canto do cisne, mas, por enquanto, a banda ainda está rendendo.
notas
Orphans é, sem dúvida nenhuma, a melhor das duas canções lançadas como primeiros singles do álbum Everyday Life. Misturando de forma eficiente uma batida de rock alternativo com uma deliciosa pegada synthpop, o single deixa claro que a banda ainda é capaz de produzir canções realmente interessantes sem perder a sua essência. É muito dessa essência é vista na boa, inteligente e levemente pretensiosa composição que funciona melhor do que esperado ao equilibrar bem o lado inteligentão e o lado mais mundano da música pop. Apesar de aumentar o volume dos seus hábitos irritantes em Arabesque, a banda ainda consegue acerta ao entregar uma épica e muito bem instrumentalizada indie rock com leves toques de jazz aqui e ali para criar uma canção com personalidade bem definida. A composição quase minimalista e, ao mesmo tempo, pretensiosa é um erro que não afeta tanto no resultado final devido também ao curioso verso em francês. Agora é esperar e ver até quando o Coldplay irá segura o canto do cisne, mas, por enquanto, a banda ainda está rendendo.
notas
Orphans: 7,5
Arabesque: 6,5
La Pequeña Gran Revolución da Rosalía
A Palé
ROSALÍA
ROSALÍA
A história da música pop vive de grandes e pequenos marcos que a ajudam a modelar a sua trajetória. Acredito de verdade que um pequeno, mas importante, marco é o sucesso comercial e de crítica da ROSALÍA. Sem precisar gravar nenhuma música em inglês e construindo um estilo completamente seu, a espanhola vem galgando um espaço que normalmente é reservado para cantora que se deixam "corromper" pelo massificado. E a mesma vem colhendo frutos e, principalmente, continua a sua construção de sonoridade como mostra o lançamento de A Palé.
A canção deixa bem claro que a espanhola está cada vez mais se aprofundando no avant-pop/experimental pop para conseguir elevar a sua sonoridade de raízes espanholas. Não é um trabalho que possa se dizer de fácil assimilação para o público geral e, francamente, A Palé também é meio difícil até para quem curte a cantora, mas a canção é uma pequena pérola devido a pequenos detalhes como, por exemplo, a quebra de expectativa da sua introdução com o resto da canção e a sua construção de imagem com uma história complexa. Acredito que o principal fator do sucesso da cantora é não se preocupar em fazer algo que agrade a gregos e troianos, mas, sim, algo que agrade a própria cantora para depois fazer o público gravitar em torno. E essa é outra pequena grande revolução da Rosalía.
nota: 7
18 de dezembro de 2019
17 de dezembro de 2019
Prova de Fogo Precoce
everything i wanted
Billie Eilish
Billie Eilish
Apenas começando a sua carreira, Billie Eilish irá enfrentar um dos maiores desafios para uma estreante de forma precoce: o segundo álbum. Ainda colhendo frutos generosos de WHEN WE ALL FALL ASLEEP, WHERE DO WE GO?, a jovem lançou o primeiro e auspicioso single do novo trabalho: a delicada everything i wanted.
everything i wanted consegue mostrar uma nova faceta da cantora sem precisar, porém, mudar a sonoridade que está fazendo a Billie Eilish a nova sensação do pop. O que a cantora muda em relação aos seus singles anteriores é que podemos ver um lado bem vulneral e intimista da cantora ao relatar os seus problemas com depressão, a sua fama recém adquirida e o seu relacionamento com o seu irmão/produtor. Contida, emocionante do seu jeito e muito bem escrita, everything i wanted é um trabalho que dá para o público uma nova visão sobre o potencial da cantora. Sonoramente, a canção não muda muito do electropop low profile que aqui quase se torna uma baladinha. Não é ainda um trabalho para realmente agradar a todos, mas Billie Eilish está em um caminho acertado para a sua evolução como artista.
nota: 7
everything i wanted consegue mostrar uma nova faceta da cantora sem precisar, porém, mudar a sonoridade que está fazendo a Billie Eilish a nova sensação do pop. O que a cantora muda em relação aos seus singles anteriores é que podemos ver um lado bem vulneral e intimista da cantora ao relatar os seus problemas com depressão, a sua fama recém adquirida e o seu relacionamento com o seu irmão/produtor. Contida, emocionante do seu jeito e muito bem escrita, everything i wanted é um trabalho que dá para o público uma nova visão sobre o potencial da cantora. Sonoramente, a canção não muda muito do electropop low profile que aqui quase se torna uma baladinha. Não é ainda um trabalho para realmente agradar a todos, mas Billie Eilish está em um caminho acertado para a sua evolução como artista.
nota: 7
Uma Surpresa Não Tão Surpreendente
Faith (feat. Mr. Probz)
Galantis & Dolly Parton
Galantis & Dolly Parton
Quando esbarrei em uma parceria do duo eletrônico sueco Galantis com a lenda vida do country Dolly Parton fiquei bastante surpreendido. Após pensar um pouco sobre a carreira da Dolly, a minha surpresa foi diminuindo até quase não existir, pois, apesar de ser um dos nomes mais importantes do country da história, Dolly faz também parte da cultura pop devido a diversos fatores como, por exemplo, a sua participações em filmes de sucesso e o seu flerte com a música pop em diversos momentos. E, claro, a sua imagem que se tornou algo icônico. Apesar disso, ainda restou certa surpresa devido ao teor sonoro que ouvido em Faith.
Faith é uma boa dance-pop/EDM que ganha pontos positivos e consegue se sobressair devido a participação da Dolly. Mesmo com uma produção vocal que quase utiliza efeitos demais, Dolly esbanja carisma em doses cavalares, elevando a canção de forma elegante e original. Claro, ainda é estranho ver a cantora em canção como Faith, mas a esquisitice parece funcionar a favor da canção ao injetar um sopro de ar fresco. O outro vocalista, Mr Probz, cumpre bem o seu papel, mas meio que desaparece no resultado final. Outro acerto foi fazer de Faith uma versão remix/reconstrução/nova versão de Have a Little Faith in Me de 1987 do roqueiro John Hiatt que atualiza a canção sem perder a sua essência original. Poderia ser melhor? Sim, mas Faith é um trabalho surpreendente divertido, carismática e bem vindo para mostrar para um novo público quem é a lenda da Dolly Parton.
nota: 7
16 de dezembro de 2019
Brasil Exportação
Ela É do Tipo (feat. Drake) [Remix]
Kevin O Chris
Kevin O Chris
Não sou o maior fã do funk brasileira, mas não posso negar o espaço que o mesmo tem na nossa cultura e na vida de milhares de pessoas ao redor de todo o país. E é por isso que saber que o mesmo está voltando a ter alguma importância com artistas internacionais. O caso mais recente é a parceria do funkeiro Kevin O Chris com o rapper Drake para o remix de Ela É do Tipo.
É preciso dizer que a canção não irá ser o trabalho que mudará a percepção do atual funk como gênero musical, mas é trabalho surpreendentemente mediano. O grande mérito da canção é unir de forma bem feita o estilo do Drake com o funk do Kevin O Chris sem comprometer nenhum dos dois, criando em Ela É do Tipo um protótipo que poderia funcionar em plena força com uma produção melhor. Claro, a canção ainda sofre da mediocridade temática e lirica que o funk passa, mas, felizmente, o verso do Drake é razoável. Ainda é cedo para afirmar cem por cento que esse pode ser o começo de uma exportação sonora, mas é bom ver que de alguma forma o Brasil ainda está relevante para a música pop lá fora. Poderia só ser bem melhor.
nota: 6,5
Estranho Miguel
Funeral
Miguel
Miguel
Acredito que o Miguel seja um dos cantores de R&B mais subestimados e que deveria ter o mesmo sucesso comercial que nomes como Bruno Mars e Ed Sheeran. Apesar dessa minha crença não consigo entender o que deu na cabeça do Miguel para entregar uma canção como Funeral.
Uma funesta mistura de eletrônico com R&B que resulta em uma canção estranha (no mal sentido), mal trabalhada, sem graça e quase irritante com a sua batida metalizada. Sinceramente, não consigo ter a noção exata sobre qual o motivo que um artista que já entregou canções como Adorn tem a capacidade de entregar algo tão ruim como Funeral. E a ruindade não para na produção, pois a composição é vulgar e, em certos momentos, vergonhosa. Apenas a performance de Miguel se pode elogiar de fato, mas com cautela já que algumas escolhas de produção vocal são questionáveis. Espero que isso não continua a ser uma constante na carreira do cantor.
nota: 4,5
Uma funesta mistura de eletrônico com R&B que resulta em uma canção estranha (no mal sentido), mal trabalhada, sem graça e quase irritante com a sua batida metalizada. Sinceramente, não consigo ter a noção exata sobre qual o motivo que um artista que já entregou canções como Adorn tem a capacidade de entregar algo tão ruim como Funeral. E a ruindade não para na produção, pois a composição é vulgar e, em certos momentos, vergonhosa. Apenas a performance de Miguel se pode elogiar de fato, mas com cautela já que algumas escolhas de produção vocal são questionáveis. Espero que isso não continua a ser uma constante na carreira do cantor.
nota: 4,5
24 de novembro de 2019
22 de novembro de 2019
Bem Na Sua Cara
Evapora
IZA & Ciara & Major Lazer
IZA & Ciara & Major Lazer
Começando a sua carreira internacional, a Iza parte para o lugar seguro ao se alinhar com o Major Lazer para lançar a canção Evapora, seguindo os passos de Sua Cara. Felizmente, a canção consegue se sustentar sobre os seus próprios devido as suas auspiciosas qualidades individuais.
Sonoramente, Evapora é quase uma continuação de Sua Cara, pois é uma mistura de dance-pop com world music e toques de música brasileira que cria uma batida dançante, nada original e comercial. Um problema que acontece aqui é que a canção não tem um clímax para elevar o seu final que poderia ajudar a fazer a canção a não soar tão linear. O que realmente salva a canção são as presenças energéticas e com química da IZA e da Ciara. Ambas carregam a canção com uma força bem maior que a própria canção precisa, exalando sensualidade, carisma e empoderamento que no final a gente fica bem triste pelas duas não terem em mãos uma canção melhor pensada e realizada. E mais: ao contrário da maioria dos artistas que fazem parcerias com artistas brasileiros, Ciara canta em português o refrão. E isso é algo realmente notável. De qualquer forma, acredito que a IZA tenha um futuro brilhante na sua carreira internacional se a mesma começar a escolher melhores projetos. Por enquanto, o resultado está satisfatório.
nota: 6,5
20 de novembro de 2019
A Desaparecida
International Woman of Leisure
La Roux
La Roux
No final da década passada e começo dessa que está se findando parecia que havia surgido um novo grande nome do indie pop: o duo La Roux. O sucesso do duo britânico com canções como Bulletproof e In for the Kill ajudou a conquistar um Grammy (para o primeiro trabalho deles intitulado apenas La Roux) e a atenção de uma parte do público. Mesmo sem repetir o mesmo sucesso no segundo álbum (Trouble in Paradise) e agora sendo apenas capitaneado pela vocalista Elly Jackson, o La Roux continuou a despertar a atenção do público e da crítica. Todavia, a artista sumiu completamente desde 2014 sem dar muitos indícios que poderia fazer uma volta em breve.
Ao contrário de outros artistas que perderam o trem da relevância, o grande problema foi uma condição misteriosa que fez Elly perder a voz completamente, precisando que a mesma reaprendesse a cantar em outros tons e mudar seu timbre. Depois de quase cinco anos, o La Roux está de volta de forma mais do que auspiciosa com o lançamento da boa International Woman of Leisure.
International Woman of Leisure é uma eficiente, divertida e madura electropop que consegue ter em equilíbrio o lado comercial com o lado "weird" que a cantora sempre demonstrou. Na verdade, a canção é uma das melhores que a artista já lançou, pois azeita as suas principais qualidades e eleva os seus defeitos. Leve e despretensiosa, a canção tem como defeito ser um pouco longo demais, mas o resultado geral consegue superar esse problema de forma satisfatória. Com uma composição afiada, La Roux entrega uma performance contida e bem trabalhada, mostrando que a perda de voz a fez repensar a maneira de cantar e encontrar uma nova voz que se adapte ao sua nova fase. Não é um trabalho revolucionário, mas que cumpre bem a sua missão de reapresentar a La Roux para o público.
nota: 7, 5
Ao contrário de outros artistas que perderam o trem da relevância, o grande problema foi uma condição misteriosa que fez Elly perder a voz completamente, precisando que a mesma reaprendesse a cantar em outros tons e mudar seu timbre. Depois de quase cinco anos, o La Roux está de volta de forma mais do que auspiciosa com o lançamento da boa International Woman of Leisure.
International Woman of Leisure é uma eficiente, divertida e madura electropop que consegue ter em equilíbrio o lado comercial com o lado "weird" que a cantora sempre demonstrou. Na verdade, a canção é uma das melhores que a artista já lançou, pois azeita as suas principais qualidades e eleva os seus defeitos. Leve e despretensiosa, a canção tem como defeito ser um pouco longo demais, mas o resultado geral consegue superar esse problema de forma satisfatória. Com uma composição afiada, La Roux entrega uma performance contida e bem trabalhada, mostrando que a perda de voz a fez repensar a maneira de cantar e encontrar uma nova voz que se adapte ao sua nova fase. Não é um trabalho revolucionário, mas que cumpre bem a sua missão de reapresentar a La Roux para o público.
nota: 7, 5
17 de novembro de 2019
16 de novembro de 2019
Imperfeitamente Bom
Imperfections
Céline Dion
Céline Dion
Com uma carreira que pode ser denominada como lendária, a Céline Dion não precisa apresentar mais nada de novo em relação a sua carreira. Apesar disso, a mesma ainda parece disposta a dar alguns passos novos como é possível ouvir no single Imperfections.
Conhecida por muitas como dona de grandes baladas que beiram o cafona ou e/datado, Céline Dion nunca teve medo de tentar se modernizar sem perder a sua personalidade que a fez a lenda que é. Imperfections é exatamente isso. Uma mid-tempo pop que tenta dar um ar moderninho para a velha balada pop. Bem feitinha, simpática e com uma composição na medida certa ao não ser brega/exagera ou bland/mediana. Apesar de performance de forma competente e deixar o seu timbre ser a estrela, Céline não entrega uma atuação que remete aos seus grandes momentos, deixando a canção menos inspirada. De qualquer forma, a presença da cantora é sempre bom para lembrar o seu imenso talento ainda tem brilho até hoje.
14 de novembro de 2019
Coragem
I Feel Love
Sam Smith
Sam Smith
Ao resenhar o álbum de covers do Weezer proclamei que "existe uma constante em fazer o cover de uma canção clássica: respeitar a versão original ao alterar o mínimo possível e dando a melhor na parte técnica possível ou reverter tudo em um trabalho completamente desconstruído e surpreendente, dando o seu toque pessoal." E é claro que para toda a regra exista uma exceção. Nesse caso é o fato de existirem canções que não importa qual o caminho que deve ser seguido, a regra é que a mesma não deve ser regravada. Quase nunca essa regra é seguida, pois caso fosse não teríamos versões de I Feel Love como a que foi lançada pela Sam Smith.
Lançada em 1977 no auge da disco pela lendária Donna Summer, I Feel Love não é simplesmente uma ótima música que conseguiu sobreviver ao tempo, mas, sim, uma das mais importantes canções de todos os tempos. Isso se deve ao fato que os produtores Giorgio Moroder e Pete Bellotte criaram o que basicamente seria a primeira canção eletrônica de todos os tempos, originando todo um gênero que se tornaria um dos principais para a música pop como um todo. Se não bastasse isso, I Feel Love é, tecnicamente, uma canção de uma complexidade monstruosa para ser feito um cover. Além da sua instrumentalização atemporal e a frente do seu tempo, a canção apresenta uma composição minimalista, vocais em um tom tão alto como o Everest e, claro, a presença luminosa de Donna Summer. Então, recriar uma canção como I Feel Love é algo impossível, mas, ao menos, Sam Smitth entrega algo decente, principalmente, respeitando o original.
A versão de Sam é um trabalho rápido, rasteiro e bem intencionado que não chega a envergonhar como poderia acontecer devido ao talento envolvido na sua produção. Começando pelo próprio Sam que entrega uma performance adequada e bastante esforçada para tentar emoldurar o tom e a dinâmica vocal de Donna para a canção. Não tem o mesmo brilho, mas mostra a paixão que o cantor tem pela canção e, também, o seu talento vocal. A produção consegue tirar algum água de pedra ao fazer um produção respeitosa, bem amarrada e até moderninha para a canção. Todavia, o poder de I Feel Love é tão massivo que tudo na nova versão parece soar "achado" e sem graça. De qualquer forma, a canção ganha pontos pela coragem de tentar reproduzir uma obra impossível de se reproduzir, mas espero que o Sam pare por aqui mesmo.
nota: 6
Representatividade Brasileira
Alavancô
Karol Conká & Gloria Groove & Linn da Quebrada
É nos tempos difíceis que passa uma sociedade que o brilho no final do túnel fica ainda mais forte. No Brasil, um desses brilhos que estão aumentando a sua força são aqueles vindos de artistas com as origens mais diversas possíveis. Um encontro de três vozes importantes dessa geração acontece na canção Alavancô.
Unindo uma mulher negra, uma drag queen e uma mulher trans negra, Alavancô é um deleite para aqueles que acreditam que a música seja um dos mais importantes espaços de representação em uma sociedade. E, felizmente, esse não é o único motivo para ficar feliz em relação a Alavancô, pois canção é de fato uma boa canção. Uma mistura bem azeitada de rap/hip hop com a sonoridade brasileira e um toque de tango, a canção é um trabalho divertido, forte e com personalidade suficiente para carregar as três artistas. Com boas performances e uma composição que sabe passar a sua mensagem de forma elegante e poderosa, especialmente o sensacional verso da Linn, Alavancô é o tipo de canção que ajuda a gente acreditar que uma nova era musical está chegando ao Brasil. Pena que precisa da sociedade se afundar mais lama para tal movimento acontecer.
nota: 8
Unindo uma mulher negra, uma drag queen e uma mulher trans negra, Alavancô é um deleite para aqueles que acreditam que a música seja um dos mais importantes espaços de representação em uma sociedade. E, felizmente, esse não é o único motivo para ficar feliz em relação a Alavancô, pois canção é de fato uma boa canção. Uma mistura bem azeitada de rap/hip hop com a sonoridade brasileira e um toque de tango, a canção é um trabalho divertido, forte e com personalidade suficiente para carregar as três artistas. Com boas performances e uma composição que sabe passar a sua mensagem de forma elegante e poderosa, especialmente o sensacional verso da Linn, Alavancô é o tipo de canção que ajuda a gente acreditar que uma nova era musical está chegando ao Brasil. Pena que precisa da sociedade se afundar mais lama para tal movimento acontecer.
nota: 8
12 de novembro de 2019
O Poder Do Show
Good as Hell
Lizzo
Lizzo
A Lizzo vem construindo uma carreira em que os seus maiores sucessos vem de canções com já alguns aniversários de lançamento. Depois de Truth Hurts de 2017, a vez agora é de Good as Hell, lançada em 2016, chegar ao topos das paradas. Ajuda pelo sucesso já alcançado pela canção anterior, Good as Hell teve o seu e grande boom inicial devido a explosiva apresentação da Lizzo no último MTV Awards, provando que apresentações ainda repercutem após a revolução dos streamings. E, claro, a canção também tem as suas qualidades.
Good as Hell é, assim como Truth Hurts, uma canção sobre empoderar a si próprio sem ter medo do que os outros irão falar. Dessa vez, porém, o foco é menos dramático e com uma pegada de "sorrir" para a vida, indo em direção ao famoso "hakuna matata". Divertida, dona de um refrão certeiro e rápida, Good as Hell também se diferencia pela produção mais R&B/soul com toques de pop, criando uma deliciosa batida que poderia ter mais nuances, mas, felizmente, é o exemplo perfeito que não é preciso recriar a roda para fazer uma boa canção. Além disso, Lizzo entrega uma performance maior que a própria canção e coloca cada segunda a sua personalidade ímpar. E a versão "remix" com a Ariana Grande é a mesma coisa que a versão original, mas com a presença de um verso da cantora com rabo de cavalo. Nada de mais. O destaque aqui é a canção original e a força da Lizzo. Espero que se a mesma continuar com a mesma pegada de sucesso, os seus próximos sucessos comercias sejam as canções que a mesma lançou esse ano.
nota: 7,5
10 de novembro de 2019
A Segunda Vida da Kesha
Raising Hell (feat. Big Freedia)
Kesha
Kesha
Depois da difícil jornada para a cura chegou a hora da Kesha finalmente pode curtir a sua vida e a carreira com o lançamento do primeiro single da seu próximo álbum, a divertida Raising Hell.
Raising Hell é uma volta ao lado dançante da cantora, mas, felizmente, está bem longe do electropop/dance-pop massificado que a mesma começou a carreira. Mais madura e com um identidade sonora bem trabalhada, Kesha entrega uma divertida, única e inspirada mistura de dance-pop com funk e, acreditem, gospel que poderia ser uma grande bagunça, mas, felizmente, encontra na cantora a sua perfeita interprete. Falando sobre viver a vida ao máximo, mas com uma composição inteligente e com passagens realmente engraçadas, Kesha mostra que está em um lugar bem melhor que a que a mesma se encontrou anos atrás, mostrando que existe vida após a tragédia. O problema da canção é que a mesma não usa de forma adequada a participação da lenda do rapper Big Freedia, deixando o mesmo quase como uma back vocal de luxo. E mesmo com esse erro grave, Raising Hell é um trabalho eficiente em ser o primeiro passo para a segunda vida da Kesha. E isso é algo louvável.
nota: 7,5
Raising Hell é uma volta ao lado dançante da cantora, mas, felizmente, está bem longe do electropop/dance-pop massificado que a mesma começou a carreira. Mais madura e com um identidade sonora bem trabalhada, Kesha entrega uma divertida, única e inspirada mistura de dance-pop com funk e, acreditem, gospel que poderia ser uma grande bagunça, mas, felizmente, encontra na cantora a sua perfeita interprete. Falando sobre viver a vida ao máximo, mas com uma composição inteligente e com passagens realmente engraçadas, Kesha mostra que está em um lugar bem melhor que a que a mesma se encontrou anos atrás, mostrando que existe vida após a tragédia. O problema da canção é que a mesma não usa de forma adequada a participação da lenda do rapper Big Freedia, deixando o mesmo quase como uma back vocal de luxo. E mesmo com esse erro grave, Raising Hell é um trabalho eficiente em ser o primeiro passo para a segunda vida da Kesha. E isso é algo louvável.
nota: 7,5
Le Missy Freak
DripDemeanor (feat. Sum1)
Missy Elliott
Missy Elliott
Tentando fazer o seu retorno definitivo, Missy Elliott, um dos maiores no do rap/hip hop, pode não estar no seu ápice de sucesso, mas, felizmente, ainda estrega canções como DripDemeanor.
DripDemeanor é um envolvente, refinada e sensual mistura de trap com R&B, criando uma canção que não foge muito do que é possível ouvir nas rádios no momento em relação ao hip hop, mas que tem a marca da qualidade de Missy Elliott. Saído do EP Iconology, lançado em Agosto, o single tem a personalidade única da rapper do começo ao fim que faz o público se lembrar da sua era de ouro. Com uma batida sexy, DripDemeanor fala sobre sexo de forma madura, sensual e safadinha sem precisar recorrer para baixaria explicita e nem precisando não esconder o que realmente quer dizer. Entregando uma performance sensacional, Missy aproveita de forma correta da presença da cantora Sum1 para dar vida ao bom refrão. Apesar da qualidade, DripDemeanor ainda não é a música que o público que ouvir da Missy Elliott, pois a mesma já entregou verdadeiras pérolas. Por enquanto, a canção dá para se satisfazer.
nota: 7,5
DripDemeanor é um envolvente, refinada e sensual mistura de trap com R&B, criando uma canção que não foge muito do que é possível ouvir nas rádios no momento em relação ao hip hop, mas que tem a marca da qualidade de Missy Elliott. Saído do EP Iconology, lançado em Agosto, o single tem a personalidade única da rapper do começo ao fim que faz o público se lembrar da sua era de ouro. Com uma batida sexy, DripDemeanor fala sobre sexo de forma madura, sensual e safadinha sem precisar recorrer para baixaria explicita e nem precisando não esconder o que realmente quer dizer. Entregando uma performance sensacional, Missy aproveita de forma correta da presença da cantora Sum1 para dar vida ao bom refrão. Apesar da qualidade, DripDemeanor ainda não é a música que o público que ouvir da Missy Elliott, pois a mesma já entregou verdadeiras pérolas. Por enquanto, a canção dá para se satisfazer.
nota: 7,5
7 de novembro de 2019
Uma Nova Era Para Dua
Don't Start Now
Dua Lipa
Dua Lipa
Desde que implantou as suas novas regras, a Dua Lipa vem criando uma atmosfera a sua volta de poder ser a próxima grande diva pop. Agora é chegada a hora da britânica provar que pode carregar o pop nas costas com o lançamento do seu aguardado segundo álbum. E a primeira amostra dá a entender que a mesma será capaz de carregar o legado de forma graciosa com o lançamento de Don't Start Now.
Assim como quase toda a sonoridade que a jovem apresentou no seu primeiro álbum, Don't Start Now quebra as expectativas ao ser apenas mais que um bom e feito pop. Dessa vez, a produção resolveu adicionar ao dance-pop base uma mistura energética, elegante e vintage de post-disco com toques de funk que cria uma batida clean, original, carismática e com personalidade suficiente para dar continuidade a carreira da Dua Lipa e, ao mesmo tempo, continuar a mostrar que a cantora não é uma diva pop descartável. Don't Start Now é o tipo de canção que vai entrando na nossa mente aos poucos para depois virar aquela que fica tocando em loop sem parar nos nossos ouvidos de gostosa e muito bem construída, principalmente a sua metade final. Com uma composição que parece ser uma continuação temática de New Rules em que, depois de finalmente colocar algum tipo de limite na relação tóxica com o boy lixo, Dua apenas quer se divertir e os que lutem, Don't Start Now deixa clara que a cantora apresenta o timbre mais interessante surgido nos últimos tempos, pois a mesma não precisa de muito esforço ou truques vocais para impor a sua personalidade. Claro, ainda é necessário mais provas sobre o papel da cantora no futuro do pop, mas Dua Lipa está fazendo o seu dever de casa bem feito ao entrar em um nova era.
nota: 8
Assim como quase toda a sonoridade que a jovem apresentou no seu primeiro álbum, Don't Start Now quebra as expectativas ao ser apenas mais que um bom e feito pop. Dessa vez, a produção resolveu adicionar ao dance-pop base uma mistura energética, elegante e vintage de post-disco com toques de funk que cria uma batida clean, original, carismática e com personalidade suficiente para dar continuidade a carreira da Dua Lipa e, ao mesmo tempo, continuar a mostrar que a cantora não é uma diva pop descartável. Don't Start Now é o tipo de canção que vai entrando na nossa mente aos poucos para depois virar aquela que fica tocando em loop sem parar nos nossos ouvidos de gostosa e muito bem construída, principalmente a sua metade final. Com uma composição que parece ser uma continuação temática de New Rules em que, depois de finalmente colocar algum tipo de limite na relação tóxica com o boy lixo, Dua apenas quer se divertir e os que lutem, Don't Start Now deixa clara que a cantora apresenta o timbre mais interessante surgido nos últimos tempos, pois a mesma não precisa de muito esforço ou truques vocais para impor a sua personalidade. Claro, ainda é necessário mais provas sobre o papel da cantora no futuro do pop, mas Dua Lipa está fazendo o seu dever de casa bem feito ao entrar em um nova era.
nota: 8
Horror
Haunted Heart
Christina Aguilera
Christina Aguilera
Se existe uma coisa que, na minha opinião, é um dos piores "atos" que um artista pode cometer é perder uma boa oportunidade. Ainda mais quando essa oportunidade é algo que poderia render muito mais que apenas uma boa música. Esse é caso de Haunted Heart da Christina Aguilera.
Tema da animação da Família Addams, Haunted Heart é o tipo de canção que poderia funcionar em vários níveis, mas a realidade é que um amontoado de erros. O principal é a sua equivocada produção que tenta criar uma sonoridade que mistura algo feito nos anos cinquenta com pop, mas acaba errando a mão e criando uma instrumentalização irritante. Além disso, o clichê de tentar criar uma atmosfera sombria/descolada para acompanhar o filme é algo simplesmente sem nenhuma criatividade. A composição é até boa, apresentando boas ideias e um refrão redondinho. Isso é eclipsado pela performance equivocada de Aguilera, mesmo com algumas boas e divertidas sacadas. Se Haunted Heart era para apresentar o horror não tenha dúvida que chegou bem perto.
nota: 5
Tema da animação da Família Addams, Haunted Heart é o tipo de canção que poderia funcionar em vários níveis, mas a realidade é que um amontoado de erros. O principal é a sua equivocada produção que tenta criar uma sonoridade que mistura algo feito nos anos cinquenta com pop, mas acaba errando a mão e criando uma instrumentalização irritante. Além disso, o clichê de tentar criar uma atmosfera sombria/descolada para acompanhar o filme é algo simplesmente sem nenhuma criatividade. A composição é até boa, apresentando boas ideias e um refrão redondinho. Isso é eclipsado pela performance equivocada de Aguilera, mesmo com algumas boas e divertidas sacadas. Se Haunted Heart era para apresentar o horror não tenha dúvida que chegou bem perto.
nota: 5
5 de novembro de 2019
2 Por 1 - Selena Gomez
Look At Her Now
Lose You to Love Me
Selena Gomez
Lose You to Love Me
Selena Gomez
Selena Gomez tem uma carreira um pouco estranha de entender. Mesmo sem alcançar nenhum sucesso realmente retumbante em sua carreira, a jovem já tem um lugar garantido no mundo pop da atualidade, sendo ajudada pelos seus anos de estrela Disney e a sua vida amorosa, especialmente o seu namoro com o Justin Bieber. E, ao que parece, esse último ainda reflete nas suas canções como fica bem claro em Look At Her Now e Lose You to Love Me. Outra coisa que fica claro é que a cantora ainda não se encontrou artisticamente.
Look At Her Now é, sem dúvida nenhuma, a pior das duas canções lançadas. A mesma volta a entregar esse dance-pop low-profile que não apresenta nada de realmente excitante quando as suas regras não são quebradas para dar vida a batida quase sempre linear. Sem carisma e com um refrão que apresenta a vergonhosa linha "mm-mm-mm, mm-mm-mm, mm-mm". Claramente, as duas canções falam sobre algum relacionamento passado da cantora que não deu certo e, grande parte da impressa e o público, acredita que seja para o Justin. Não tenho problema em um artista revisitar suas velhas feridas para ter inspiração, mas Selena não aproveita a chance para entregar algo realmente marcante ou mesmo emocionante. Lose You to Love Me tem até uma boa composição com alguns momentos inspirados e uma sensação da maturidade bem vinda, mas a performance contida e sem força de Selena dá um banho de água para aqueles que esperavam algo mais tocante. Além disso, a canção é uma baladinha pop sonífera sonoramente que só tem algum realmente excitante no seu final com a adição de um coro. Ainda tento realmente entender o motivo que a cantora ainda mexe com tantas pessoas a ponto de seus singles virarem hits moderados. Mistérios.
notas
Look At Her Now é, sem dúvida nenhuma, a pior das duas canções lançadas. A mesma volta a entregar esse dance-pop low-profile que não apresenta nada de realmente excitante quando as suas regras não são quebradas para dar vida a batida quase sempre linear. Sem carisma e com um refrão que apresenta a vergonhosa linha "mm-mm-mm, mm-mm-mm, mm-mm". Claramente, as duas canções falam sobre algum relacionamento passado da cantora que não deu certo e, grande parte da impressa e o público, acredita que seja para o Justin. Não tenho problema em um artista revisitar suas velhas feridas para ter inspiração, mas Selena não aproveita a chance para entregar algo realmente marcante ou mesmo emocionante. Lose You to Love Me tem até uma boa composição com alguns momentos inspirados e uma sensação da maturidade bem vinda, mas a performance contida e sem força de Selena dá um banho de água para aqueles que esperavam algo mais tocante. Além disso, a canção é uma baladinha pop sonífera sonoramente que só tem algum realmente excitante no seu final com a adição de um coro. Ainda tento realmente entender o motivo que a cantora ainda mexe com tantas pessoas a ponto de seus singles virarem hits moderados. Mistérios.
notas
Look At Her Now: 5,5
4 de novembro de 2019
3 de novembro de 2019
2 de novembro de 2019
Frank Is Back
DHL
Frank Ocean
Frank Ocean
Sem precisar necessariamente alcançar grandes vendagens ou hits mundiais, Frank Ocean alcançou um posto dentro da indústria fonográfica que é reservado para poucos, pois qualquer lançamento de alguma música ou mesmo a possibilidade de um álbum já cria um burburinho imenso. E não poderia ser diferente com o lançamento surpresa de DHL.
Provavelmente uma canção "solta" como o cantor tem lançado nos últimos tempos, DHL é um indie R&B/hip hop que não tem a mesma sensibilidade que Frank normalmente demonstra, mas ainda é um trabalho inspirado e de uma construção sonora impressionante. Com uma estrutura nada linear que muda de cadência no meio, DHL parece duas canções que foram fundidas em apenas uma de forma bem equilibrada. Meio áspera nas beiradas e com uma performance de Frank forte e estilizada, a canção é dona de uma composição sobre a sua sexualidade de maneira sóbria e natural. Não é a melhor das suas composições, mas é um trabalho com personalidade e com uma estrutura bem pensada. Ao que parece, DHL é apenas uma das canções que o artista está preparando para ser lançadas. Agora é aguardar ansiosamente.
nota: 8
30 de outubro de 2019
27 de outubro de 2019
O Fundo do Poço
10,000 Hours
Dan + Shay & Justin Bieber
Dan + Shay & Justin Bieber
O country americano vive uma profunda crise criativa. Tirando a ala feminina e alguns poucos nomes masculinos, o gênero vem sendo transformado em uma pastiche massificada e sem nenhum tipo de brilho que deixaria os pioneiros do mesmo envergonhados. Um dos nomes mais "influentes" nessa derrocada é a dupla Dan + Shay que, para pior toda a situação, convidou o Justin Bieber para cometer a bomba 10,000 Hours.
10,000 Hours é exemplificação exata dessa massificação. Um country pop sem força, graça e com uma produção tão fraca e preguiçosa que a canção poderia ter qualquer tipo de letra que não faria a menor diferença. É triste ver um gênero que tem tanta história e uma bagagem rica ser reduzido em canções rasas e superficiais como 10,000 Hours. Mesmo com um refrão redondo, a composição é de uma falta de criatividade que chega a ser irritante de tão tosca. E tudo piora com as performances de todos os envolvidos, pois, além de não terem nenhuma química, parecem que estão sob efeito de soníferos. Acredito que pior que isso não fica, mas, ás vezes, o fundo do poço é apenas o começo. Oremos.
nota: 4,5
10,000 Hours é exemplificação exata dessa massificação. Um country pop sem força, graça e com uma produção tão fraca e preguiçosa que a canção poderia ter qualquer tipo de letra que não faria a menor diferença. É triste ver um gênero que tem tanta história e uma bagagem rica ser reduzido em canções rasas e superficiais como 10,000 Hours. Mesmo com um refrão redondo, a composição é de uma falta de criatividade que chega a ser irritante de tão tosca. E tudo piora com as performances de todos os envolvidos, pois, além de não terem nenhuma química, parecem que estão sob efeito de soníferos. Acredito que pior que isso não fica, mas, ás vezes, o fundo do poço é apenas o começo. Oremos.
nota: 4,5
Em Outras Épocas
Harley's In Hawaii
Katy Perry
Katy Perry
Katy Perry tem lançando canções que em uma outra época teriam estreado no número um da Billboard. E o pior é que as mesmas têm a qualidade que uma boa música pop merece como é o caso da legal Harley's In Hawaii.
Harley's In Hawaii é uma música, no mínimo, curiosa, pois consegue se encaixar em várias "caixas". É uma aposta sonora ao ser uma descontraída pop/R&B que parece brincar de forma inteligente com a percepção do público em relação ao que a cantora sempre entregou. Ao mesmo tempo, porém, a canção também não vai além de um trabalho apenas bem feito e não apresenta nada de realmente de novo para a cantora. É comercial, mas não tem o mesmo apelo que a ótima Never Really Over. Com uma composição redonda e romântica na medida certa, Harley's In Hawaii é, sim, uma boa canção pop que não sucumbe aos seus erros. Em outras épocas, a canção seria o terceiro número do próximo álbum da Katy Perry, mas atualmente deve amargar o flop.
25 de outubro de 2019
As 100 Melhores Músicas Que Você Não Deve Conhecer
Grandes encontros entre dois ídolos que se transformam em um evento é algo que já vem de muito tempos atrás. Todavia, antigamente havia uma certa raridade nesses momentos que os ajudavam a criar uma atmosfera de quase lendária nessas colaborações. Só para citar alguns nomes que fizeram histórias: David Bowie e o Queen em Under Pressure, Paul McCartney e Michael Jackson em Say, Say, Say, Mariah Carey e Whitney Houston em When You Believe, Aerosmith e Run-D.M.C em Walk This Way, entre outros. Claro, hoje em dia esses tipos de encontros são bem mais comuns e, na maioria das vezes, desinteressantes. Hoje em As 100 Melhores Músicas Que Você Não Deve Conhecer irá lembrar de dois grandes encontros que, infelizmente, acabaram meio que esquecidos pelo grande público. E, queridos leitores, as duas canções não poderiam ser mais diferentes entre si, mas que apresentam razões similares para existirem. Então, citando o Faustão, está na hora dos...
23 de outubro de 2019
Resistência
Freedom Rings
Brandy
Brandy
Antes de qualquer coisa, o fazer música é algo que precisa de, primordialmente, amor pela arte. E quem continua nessa área precisa de um amor ainda maior depois de ter feito sucesso comercial para continuar a sua arte. É assim que muitos artistas continuam o seu oficio em um cenário em que parte do público está mais ligado para quem está alta. Esse é o caso da cantora Brandy.
Apesar de não ter o mesmo destaque dos áureos tempos dos anos noventa, a cantora continua a sua carreira demonstrando que ainda tem muita "lenha para queimar". Além das participações especiais para vários artistas, Brandy ainda lança trabalhos solos como a boa Freedom Rings. Uma mistura madura e bem finalizada de R&B e soul music com influência dos anos setenta, a canção é um trabalho que apenas uma artista sem as amarras do sucesso e com a experiência de Brandy poderia fazer: nada comercial para os parâmetros atuais e com uma profundidade acima da média. A produção erra ao deixar a parte instrumental um pouco arrastada na sua parte intermediaria, mas isso não chega a atrapalhar de forma severa o resultado final. Entregando uma performance sensacional do começo ao fim, Brandy entoa uma forte, empoderada e emocionante sobre o desgaste e a difícil volta por cima de quem vive a sua vida sobre o peso das luzes dos holofotes. E a composição é perfeita para ilustrar exatamente sobre o atual momento da carreira da cantora que não precisa mais de aprovação para fazer a sua arte. E isso é algo que não pode superar.
nota: 7,5
Apesar de não ter o mesmo destaque dos áureos tempos dos anos noventa, a cantora continua a sua carreira demonstrando que ainda tem muita "lenha para queimar". Além das participações especiais para vários artistas, Brandy ainda lança trabalhos solos como a boa Freedom Rings. Uma mistura madura e bem finalizada de R&B e soul music com influência dos anos setenta, a canção é um trabalho que apenas uma artista sem as amarras do sucesso e com a experiência de Brandy poderia fazer: nada comercial para os parâmetros atuais e com uma profundidade acima da média. A produção erra ao deixar a parte instrumental um pouco arrastada na sua parte intermediaria, mas isso não chega a atrapalhar de forma severa o resultado final. Entregando uma performance sensacional do começo ao fim, Brandy entoa uma forte, empoderada e emocionante sobre o desgaste e a difícil volta por cima de quem vive a sua vida sobre o peso das luzes dos holofotes. E a composição é perfeita para ilustrar exatamente sobre o atual momento da carreira da cantora que não precisa mais de aprovação para fazer a sua arte. E isso é algo que não pode superar.
nota: 7,5
21 de outubro de 2019
A Grande Falta
Show Me Love (feat. Miguel)
Alicia Keys
Alicia Keys
Alicia Keys é uma das artistas que mais fazem faltam dentro do mainstream americano não apenas devido a sua presença, mas, principalmente, devido a qualidade que a mesma sempre trouxe em seus trabalhos. Se a mesma não consegue alcançar os topos das paradas atualmente, ao menos Alicia ainda lança boas canções como é caso de Show Me Love.
A canção é uma elegante, refinada e carismática R&B com uma vibe low profile e uma instrumentalização quase minimalista. Nas mãos de alguém com menos apuro artístico, Show Me Love poderia cair no simplismo, mas com a Alicia como a "capitã" o resultado é bem mais interessante. Não é um dos melhores trabalhos da cantora, mas funciona de maneira devido a beleza artística que a cantora sempre coloca em suas canções. Além disso, Show Me Love lembra dos trabalhos iniciais da cantora como aqueles ouvidos em álbuns como The Diary of Alicia Keys e Songs In a Minor. O erro da produção é fazer do sempre ótimo Miguel um coadjuvante de luxo, dando apenas alguns versos soltos para o cantor. Tirando isso, a canção é uma prova da grande falta que talentos como o da Alicia Keys fazem no mainstream.
nota: 7,5
20 de outubro de 2019
As 100 Melhores Canções da Década
Senhoras e senhores,
É com muito prazer que hoje inicio uma lista muito especial aqui no blog: As 100 Melhores Canções da Década. A importância não é apenas devido a ser a escolha daquelas canções que na minha opinião foram as melhores dessa década que está se findando, mas, principalmente, porque o SóSingles "viveu" essa década de cabo a rabo. Iniciado em 2008, meu pequeno projeto viveu plenamente a década com seus altos e baixos da música e, claro, da minha vida pessoal. Entretanto, nunca comprometendo a minha visão, sempre mantendo a minha paixão pela música e por todos os meus leitores que ainda dão uma passadinha por aqui. Quero agradecer de coração a todos que leem o blog de forma esporádica ou mais assídua por fazerem parte dessa história. Sem mais delongas, aqui está a primeira parte de...
18 de outubro de 2019
17 de outubro de 2019
Um Futuro de Respeito
Lights Up
Harry Styles
Harry Styles
Parece que vai caber ao Harry Styles se tornar o ex-1D de maior sucesso após o fim do grupo. Não apenas comercialmente, mas, primordialmente, artisticamente. E o lançamento de Lights Up ajuda a confirmar essa constatação.
Continuando a mostrar que o seu rumo é mesmo o de ser um rockstar, Harry entrega em Lights Up uma sensual, envolvente e madura indie pop/rock que bebe claramente de uma atmosfera dos anos setenta. Não é a algo que podemos definir como genial, mas é um trabalho de uma solidez artística que a gente não imaginava na época que o cantor fazia tipo na boy band. Além disso, a canção deixa bem claro o talento vocal e carisma magnético que o coloca como um dos poucos astros do pop masculinos que podem levar essa alcunha sem restrições. A composição poderia ser melhor refinada para criar um trabalho realmente memorável do começo ao fim, mas isso não apaga o fato de Harry Styles tem um futuro brilhante pela frente.
14 de outubro de 2019
A Garota Que Ressurgiu das Cinzas
Glorious
Ella Henderson
Ella Henderson
Ella Henderson tinha um destino quase certos depois de ter sido eliminada do The X Factor em 2012, apesar de ser uma das favoritas: o ostracismo. Entretanto, a jovem teve o seu talento reconhecido e assinou um contrato com a gravadora Syco e, ao contrário de vários artistas com o mesmo potencial e origem, alcançou os topo das paradas britânicas com o sucesso Ghost. Apesar dos bons resultados do álbum, a jovem foi amigavelmente dispensada da gravadora depois de ter já pronto o seu segundo álbum. Felizmente, Ella assinou um novo contrato com uma nova gravadora e está reiniciando a sua carreira com o lançamento de Glorious.
Glorious é uma canção que poderia ser melhor, mas, felizmente, mostra um pedaço da capacidade criativa da cantora e, também, algumas boas ideias. Um fofo e bem intencionado pop com toques de R&B e gospel que conquista devido ao carisma natural de Ella. A produção trabalha em uma pegada indo para o minimalismo em quase toda a sua extensão, deixando para o final a introdução de mais instrumentos que adiciona personalidade para a canção. Apesar dessa falha, a canção é um trabalho sonoramente original que ganha melhores contornos devido a presença vocal inspirada de Ella e a sua boa e inspiradora composição sobre amor próprio. Espero que esse novo recomeço para Ella possa ser aquele que irá dar para a jovem uma posição definitiva entre os grandes nomes do mercando britânico.
nota: 7,5
Glorious é uma canção que poderia ser melhor, mas, felizmente, mostra um pedaço da capacidade criativa da cantora e, também, algumas boas ideias. Um fofo e bem intencionado pop com toques de R&B e gospel que conquista devido ao carisma natural de Ella. A produção trabalha em uma pegada indo para o minimalismo em quase toda a sua extensão, deixando para o final a introdução de mais instrumentos que adiciona personalidade para a canção. Apesar dessa falha, a canção é um trabalho sonoramente original que ganha melhores contornos devido a presença vocal inspirada de Ella e a sua boa e inspiradora composição sobre amor próprio. Espero que esse novo recomeço para Ella possa ser aquele que irá dar para a jovem uma posição definitiva entre os grandes nomes do mercando britânico.
nota: 7,5
13 de outubro de 2019
Apocalipse Now
eXplosion
Black Eyed Peas & Anitta
Black Eyed Peas & Anitta
Nunca tive medo de mudar de ideia sobre um artista aqui no blog. Posso citar dois nomes que mudei minha opinião drasticamente ao longo dos anos: Paramore e Demi Lovato. Se no começo, as críticas a banda e a cantora eram duras e extremante negativas, o tempo trouxe a minha aclamação nos seus últimos trabalhos e o meu reconhecimento verdadeiro dos seus talentos. Todavia, para isso acontecer é necessário que os mesmos possam mostrar de verdadeiro amadurecimento artístico em trabalhos merecedores de elogios. Infelizmente, esse não é o caso da Anitta que a cada novo trabalho alcança mais e mais o fundo do poço. Dessa vez, porém, a mesma não é de toda culpada, pois a brasileira é apenas um featuring na horrenda eXplosion do Black Eyed Peas.
eXplosion é, queridos leitores, o fundo do poço musical do Black Eyed Peas. E olha que o grupo vem flertando com esse momento desde os tempos finais da Fergie no grupo ao decidirem mudar a sonoridade de um bom R&B/hip hop para um temeroso electropop/eletrônico. Só que eXplosion consegue ser ainda pior que o que foi apresentado na era de I Gotta Felling. Repetitiva, sem criatividade, linear e pretensiosa, eXplosion é o tipo de canção que soa mais como um desastre musical do que uma verdadeira tentativa de se fazer uma música de verdade. Dona de uma das composições mais ridículas que já tive o desprazer de ouvir, a canção ainda deixa claro que o talento da Anitta é de marqueteira e, não, de cantora. E mesmo assim, a cantora deveria saber melhor e evitar esses tipos de bombas sonoras que não acrescentam em nada na sua carreira, artisticamente e comercialmente. Sinceramente, eXplosion é o tipo de canção que deve ser tocada no começo do apocalipse. E, querida Anitta, ainda estou aberto para uma redenção, mas está cada vez mais difícil deixar essa porta aberta.
nota: 1
eXplosion é, queridos leitores, o fundo do poço musical do Black Eyed Peas. E olha que o grupo vem flertando com esse momento desde os tempos finais da Fergie no grupo ao decidirem mudar a sonoridade de um bom R&B/hip hop para um temeroso electropop/eletrônico. Só que eXplosion consegue ser ainda pior que o que foi apresentado na era de I Gotta Felling. Repetitiva, sem criatividade, linear e pretensiosa, eXplosion é o tipo de canção que soa mais como um desastre musical do que uma verdadeira tentativa de se fazer uma música de verdade. Dona de uma das composições mais ridículas que já tive o desprazer de ouvir, a canção ainda deixa claro que o talento da Anitta é de marqueteira e, não, de cantora. E mesmo assim, a cantora deveria saber melhor e evitar esses tipos de bombas sonoras que não acrescentam em nada na sua carreira, artisticamente e comercialmente. Sinceramente, eXplosion é o tipo de canção que deve ser tocada no começo do apocalipse. E, querida Anitta, ainda estou aberto para uma redenção, mas está cada vez mais difícil deixar essa porta aberta.
nota: 1
12 de outubro de 2019
7 de outubro de 2019
Antes Tarde do Que Nunca - Versão Single
Yeah! (feat. Lil Jon & Ludacris)
Usher
Usher
Infelizmente, nem todos os artistas conseguem manter o seu ápice criativo por muito anos após alcança-lo, deixando um legado de um ou dois grandes momentos e os outros acabando sombra do seu momento de glória. Um desses artistas é o Usher que, apesar de carreira longeva, alcançou o seu maior e melhor momento nos meados dos anos dois mil com o lançamento do arrasa quarteirão Confessions. E o seu principal momento foi o lançamento da genial Yeah!, canção que praticamente ajudou a iniciar um novo subgênero dentro do R&B/hip hop.
Em 2004, Usher era um nome em ascensão dentro do mainstream americano com três álbuns lançados, alguns milhões de cópias e alguns hits (três números um). Todavia, Usher ainda não tinha estourado mundialmente, mas isso mudaria com o lançamento Yeah! que também ajudou a mudar a imagem do cantor. Até então conhecido mais pelo seu sexy e/ou romântico R&B, o cantor adicionou uma pesada influência do hip hop e pop devido ao fato de ter mudado o seu time de produtores. E o resultado disso foi o gigantesco sucesso comercial ao ser número um no mundo inteiro e ter um dos clipes mais importantes dos anos dois mil, ajudando o álbum Confessions a vender cerca de 20 milhões de cópias mundialmente. Tudo isso devido ao dinamismo sonoro de Yeah!.
Em 2004, Usher era um nome em ascensão dentro do mainstream americano com três álbuns lançados, alguns milhões de cópias e alguns hits (três números um). Todavia, Usher ainda não tinha estourado mundialmente, mas isso mudaria com o lançamento Yeah! que também ajudou a mudar a imagem do cantor. Até então conhecido mais pelo seu sexy e/ou romântico R&B, o cantor adicionou uma pesada influência do hip hop e pop devido ao fato de ter mudado o seu time de produtores. E o resultado disso foi o gigantesco sucesso comercial ao ser número um no mundo inteiro e ter um dos clipes mais importantes dos anos dois mil, ajudando o álbum Confessions a vender cerca de 20 milhões de cópias mundialmente. Tudo isso devido ao dinamismo sonoro de Yeah!.
Produzido pelo Lil' Jon, o DJ Khaled do começo dos anos dois mil, Yeah! é um trabalho eletrizante, explosivo e grandioso que à cada momento consegue criar uma atmosfera tão épica que fica fácil de entender o motivo da canção não apenas ter feito sucesso, mas, principalmente, ainda estar na memória de boa parte do público. Começa pela batida que une perfeitamente a energia do crunk (subgênero do hip hop que a canção ajudou a popularizar) e a sensualidade do R&B, salpicado pelo apelo comercial do dance pop. O resultado é um trabalho único e completamente diferente que era ouvido no ano do lançamento e, sejamos sinceros, nem anos depois foi lançado algo com a mesma pegada. Yeah! é o tipo de canção que não quer que você dance durante a sua execução, mas, sim, a mesma demanda esse tipo de reação ao primeiro acorde. E a canção se torna tão hipnótica que nem interessa que a mesma esteja falando sobre um encontro sexual em uma boate, pois no final das contas só os yeahs repetidos irão ficar marcados na nossa memória. Felizmente, isso não é um problema já que a composição é um trabalho refinadamente pop, divertido e despretensioso. Até mesmo as inserções vocais do Lil Jon funcionam de forma quase mágica, adicionando elementos icônicos para a canção. No ápice da sua carreira, Usher entrega uma performance avassaladora que o colocou na época como um dos maiores astros pop da geração dois mil. E, claro, o sumido Ludacris também entrega um verso sensacional que fecha com chave de ouro a canção. Como já é sabido, Yeah! foi o ápice criativo e de sucesso do Usher, apesar de ter bons momentos depois, nunca alcançou o mesmo desempenho. E também pudera, pois a canção é um dos ápices do pop.
nota: 9,5
6 de outubro de 2019
Hype Encontrado
Dirty Laundry
Danny Brown
Danny Brown
Já faz algum tempo que rap masculino está em um marasmo entediante em que os principais nomes estão passando por hiatos e os novatos estão longe de entregarem coisas realmente boas, tirando, claro, as artistas mulheres. Felizmente, o gênero está longe de morrer e nomes como Danny Brown ainda está aí para provar.
Apesar de uma carreira já consolidada e aclamada, Danny Brown ainda não alcançou o mesmo sucesso comercial que alguns de seus contemporâneos como o Drake e o Kendrick Lamar. Isso não quer dizer, obviamente, que o seu trabalho valha menos que os dos rappers citados, pois como deixa claro, Dirty Laundry precisa ser ouvido por muito mais pessoas. Longe do minimalismo que pode se transformar em pobreza sonora do trap, o single é um voluptuoso, rico e original hip hop que brinca e flerta pesadamente com indie e o experimental para criar uma batida única, original, refrescante, divertida e audaciosa. Se a sua sonoridade já não fosse suficiente para se destacar, Dirty Laundry também brilha em outras áreas ao ser uma engraçada e honesta "crônica" de Danny sobre as suas experiências sexuais das mais diversas. O interessante é que o rapper não cai no vulgar ou desrespeitoso para falar sobre o assunto, mas prefere o humor com tiradas e referências para construir a letra. Depois de ouvir Dirty Laundry, o hype para o lançamento do álbum uknowhatimsayin¿ está nas alturas. E é isso que estava faltando no rap em 2019.
nota: 8
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