23 de abril de 2023

Primeira Impressão

TRUSTFALL
P!nk



Tenho que admitir que sempre foi fã da P!nk. E isso não impede de apontar que o seu último álbum, TRUSTFALL, é o pior da sua carreira. Não que seja ruim, mas, sim, completamente sem inspiração natural da cantora.

A cantora nunca foi unanimidade, mas a mesma sempre conseguiu se manter firme no seu pop/pop rock contemporâneo ao entregar bons trabalhos que mantinham a sua cara do começo ao fim. TRUSTFALL, porém, parece que as melhores qualidades foram diluídas e a cantora entrega algo como se fosse no automático. Não há vibração, cor vibrante ou a personalidade ácida e tumultuosa da cantora aqui. Existe canções apagadas que não chegam a ser algo ruim, mas passam longe de serem boas. A produção parece meio sem direção, mesmo sabendo o que exatamente a P!nk sabe fazer bem ao entregar um mediano trabalho pop, pop rock, indie pop e eletropop. Nada parece ter muito proposito verdadeiro ao parecer rascunhos de boas canções que faltou a personalidade sonora da cantora. O que realmente salva o álbum de não ser pior é a sempre presença potente da cantora que entrega performances seguras e com boas pitadas da sua personalidade. E até aqui existe danos, pois sem o material de qualidade que sempre trabalho, algumas interpretações da cantora perdem brilho. E o pior é que o começo é até promissor com a boa sequência da emocional balada dedica ao seu pai falecido em When I Get There, o interessante single Trustfall que é “uma clean, elegante e bem construído synth-pop/electropop com toques de EDM que funciona melhor que o esperado” e, por fim, a boa pop rock Turbulence. Depois disso, o álbum se torna um borrão sem graça uma seguida da outra. Espero que TRUSTFALL tenha sido apenas um grande tropeço e que a P!nk possa voltar a ser a P!nk no seu próximo álbum.


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