30 de setembro de 2013

Primeira Impressão

Closer to the Truth
Cher



São 67 anos de vida. Uma carreira de quase 50 anos. Mais de 100 milhões de álbuns vendidos. Única artista a colocar uma música no topo da Billboard nas últimas cinco décadas. Vencedora de dois Grammy. Atriz renomada e reconhecida com quinze filmes feitos. Ganhadora de um Oscar de Melhor Atriz, três Globos de Ouro, um Emmy e escolhida como melhor atriz em Cannes. Uma Fênix em forma de artista renascendo dezenas vezes das cinzas. Um ícone na moda, na cultura e na política. Ativista pelos direitos das minorias. A artista mais imitada pelas drags pelo mundo afora. Ela já encerrou a carreira uns vinte vezes, mas sempre voltou para o ódio das recalcadas. Melhorando ainda mais esse currículo, ela lança seu vigésimo sexto álbum da carreira apenas para falar para as novatas quem é que ainda manda nessa "bagaça".

Não que Closer to the Truth seja a obra definitiva do pop, mas Cher entrega o que ela sabe de fazer melhor: um ótimo álbum da Cher, a Deusa do Pop. O mais legal aqui é que Cher sabe quem é seu público e ele faz um CD para ele sem medo de ser feliz. Só que ainda mais ciente ela se mostra quando percebemos que ela fez de Closer to the Truth para agradar as duas "faces" de seus fãs: os pré era Believe e os pós era Believe. Nas primeiras seis faixas temos a Cher pop dance/eletrônico usando e abusando do auto tune (só lembrando que foi ela que usou primeiro o tão famigerado efeito vocal). Aqui as canções são feitas para fazer dançar como se não houvesse amanhã, bater cabelo na "buate" cantando aos plenos pulmões sobre aquele amor conquistado/perdido e se deixar levar nas batidas sem medo. E, meu Deus, como ela ainda sabe fazer isso como poucas. O destaque aqui vai para o single Woman's World que é bem superior a todas canções atuais das cantoras pop "novatas" como a GaGa, a Katy e, principalmente, a Britney. Chegando na faixa seis, o álbum muda de tom se transformando em uma coleção primorosa de pop rock em que vemos Cher brilhar como a cantora/interprete que sempre foi. Aqui estão as canções mais carregas de emoção, baladas românticas variando entre o contido e o épico, faixas perfeitas para as drags dublarem e mais perfeitas para a gente se acabar de chorar com nosso corações quebrado ou/e para nos erguemos depois da queda. Mesmo com uma nítida mudança no seu tom devido aos anos deixando sua voz mais grave, Cher ainda canta como poucas usando todo o peso da experiência para entregar o melhor em performances perfeitas que em vários momentos emociona de verdade. Tudo esses elogios não seriam possíveis se Cher não se cercasse de gente de talento: além do colaborador de longa data Mark Taylor, Closer to the Truth tem colaborações de Paul Oakenfold, o grupo de produtores TMS, o cantor Jake Shears do Scissor Sisters, Billy Mann, P!nk e outros. Dessa segunda parte destaco a regravação de uma canção da Miley Cyrus (!!?!!?!) a linda I Hope You Find It e as com composição da P!nk: a dramática Lie To Me e a ótima I Walk Alone. Essa é a Cher: desde 1946 ensinando como se faz e sambando na cara da sociedade. Viva a Deusa do Pop!

Um comentário:

lucas lopes disse...

Eu achei incrível mesmo. Boa resenha, como sempre. Comenta a minha? http://benditodrinkpop.blogspot.com.br/2013/09/cher-lancou-closer-to-truth-e-qual-e-boa.html

se não for incômodo, aproveite e comente o da Jessie J também.

http://benditodrinkpop.blogspot.com.br/2013/09/jessie-j-lancou-alive-e-qual-e-boa.html