27 de setembro de 2013

Primeira Impressão

The Electric Lady
Janelle Monáe




1. Kanye West
2. Adele
3. Florence + The Machine
4. Frank Ocean
5. Kendrick Lamar

Essa seleta lista (em ordem cronológica) são os nomes dos artistas que ao longo dos cinco anos de blog lançaram um álbum que eu classifico como "acima do bem e do mal". Um trabalho tão genialmente perfeito e está tão acima do resto do meros mortais que eu só posso descrever como pertencente ao Olimpo do mundo musical. E, claro, merece entrar para a história se tornando "eterno". Essa lista acaba de entrar o seu sexto integrante. Ou melhor, a sua sexta integrante. Estou falando da cantora Janelle Monáe e o seu segundo álbum, o eletrizante gracioso The Electric Lady.

O trabalho faz parte do seu "projeto" intitulado Metropolis que começou com o EP Metropolis: Suite I (The Chase) de 2007 e que teve continuidade no seu debut The ArchAndroid de 2010 (dele saiu os singles Tightrope e Cold War). The Electric Lady  marca a quarta e quinta parte do projeto que tem ainda mais duas partes para serem lançadas. Considerada por muitos como uma das melhores artistas surgidas nos últimos anos, Monáe não decepciona em nenhum segundo durante toda a (longa) duração do álbum. Bem mais que não decepcionar ela vai bem além do que poderia ser esperado: Monáe entrega a mais exata definição de perfeição.

O grande diferencial de The Electric Lady para os outros trabalho de Monáe é que a produção está bem menos psicodélica voltado-se para uma sonoridade mais "certinha". Não entenda como "certinho" algo careta ou datado, mas a cantora decidiu voltar ao "inicio" para "olhar para o futuro". Claramente uma diva soul, Monáe e seu equipe de produtores pegam soul, rock soul e R&B contemporâneo e misturam tudo graciosamente em uma perspectiva única, moderna e de um poder tão forte que entra no nossos ossos com uma onda de energia. É impossível e improvável alguém ouvir a parceria dela com a lenda Prince em Givin Em What They Love e ficar impassível com essa magnética, poderosa e avassaladora canção. E para melhorar, Prince ainda toca guitarra para colocar o creme em cima do bolo. Cada faixa é de uma excelência em qualidade em todos os sentidos que apenas comprova a capacidade técnica de Monáe e da equipe que a cerca. Além da parte de instrumentalização ser um trabalho impressionante, podemos sentir toda a sensibilidade criativa que emana de The Electric Lady como se fosse quase uma força vital que une a cantora com a música. Na linda Dorothy Dandridge Eyes com participação de Esperanza Spalding podemos sentir essa áurea assim como na delicada old fashion Look Into My Eyes. Como a diva que é, Janelle Monáe domina cada segundo de The Electric Lady com uma classe, uma força, um domínio vocal inigualável tanto na parte técnica como na arte da interpretação que faz com que entremos em uma jornada quase transcendental. A facilidade que ela vai de uma cantora Motown rejuvenescida na maravilhosa Victory ou uma jazz singer moderna em Can't Live Without Your Love ou mesmo uma cantora pop/dance/R&B/funk na gloriosa Dance Apocalyptic (resenha a seguir) é de fazer muitas cantoras que se acham "fodonas" corarem de vergonha! As composições são perfeitas. Para cada faixa, cada concepção, cada mensagem, Monáe consegue entregar apenas a perfeição em todos os sentidos seja na sassy e classy Q.U.E.E.N. (resenha a seguir) com a ótima Erykah Badu, na romanticamente sexy Primetime ao lado do cantor Miguel, ao lado de Esperanza Spalding na linda Dorothy Dandridge Eyesou seja homenageando sua mãe na inspiradora Ghetto Woman. Contudo, apesar de ser difícil de ficar apontando apenas uma ou duas como as melhores em um álbum tão genial como esse, tenho que ressaltar que a canção Electric Lady com a participação sensacional da Solange (irmã da Beyoncé) é algo fora de sério. Como eu fiz com os outros: Janelle Monáe bem vinda a eternidade. E muito obrigado por The Electric Lady.

Um comentário:

Wil dos Reis disse...

Adorei esse álbum. Minhas preferidas são "What An Experience" e "Eletric Lady".