10 de julho de 2012

Primeira Impressão

Fortune
Chris Brown

Alguém já comprou um produto que te atraiu por um comercial onde apenas as qualidades eram ressaltadas? Assim como aqueles juicers que são lindos como enfeite? Então, é assim que eu me senti após terminar de ouvir o álbum Fortune do Chris Brown. Depois de quatro boas canções lançadas como single (Strip, Turn Up the Music, Till I Die e Sweet Love) eu comecei a acreditar que vinha coisa boa, mas me enganei profundamente.

Fortune tem como base um R&B datado e completamente sem graça na grande maioria das músicas. A concepção delas são de uma falta de habilidade inimaginável para um artista que deveria ser um "entendedor" do estilo. Grande produção fica do álbum fica a carga de grupos de produtores o que faz o álbum não ter nenhuma personalidade sólida. O maior e pior defeito são as composições: a maioria fala de sexo. Não falam, descrevem das maneiras mais sem criatividade que eu já vi. Se ele não está falando de sexo, ele está falando da Rihanna como na péssima Don't Judge Me, onde ele precisa reafirmar sua heterossexualidade (houve rumores que ele era bissexual). Como fosse mudar alguma coisa no pensamento das pessoas. Se nenhum dos assuntos está em voga na canção, as composições falam de amor da maneira mais genérica possível e imaginável. Se Chris não é exatamente um grande cantor, Fortune não vai alterar nada a percepção das pessoas sobre sua capacidade vocal. Como disse antes a maioria das canções são péssimas para baixo salvado apenas as já citadas e mais a interessante Bassline e o quarto single oficial Don't Wake Me Up (resenha a seguir). Curioso só as canções boas serem singles, né? Então, não se espante se Bassline virar também. Assim como aquele juicer queria saber se tem como devolver o para da onde veio: o lixão da Mãe Lucinda. E a Carminha, curtiu?

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