10 de setembro de 2023

Primeira Impressão

CICLONE
Juliette





Acredito que o resultado do primeiro álbum da Juliette mostra que a mesma realmente tem futuro na música e não foi apenas fogo de palha impulsionado pela sua vitória no BBB. E se CICLONE não é algo que soe forçado, o álbum termina parecendo imposta.

Com nove faixas e apenas vinte e dois minutos, o álbum não tem exatamente uma identidade própria, atirando para toso os lados sem saber fixar em um lugar e também errando os alvos. E isso mostra o que digo de sentir uma sensação de imposto, pois o álbum parece mais o que a produção acha que o publico vai esperar da sonoridade da Juliette e, não, algo que seja naturalmente original. Entretanto, para fazer ainda mais a sonoridade soar comercial é adicionado um verniz sobre o que está fazendo sucesso atualmente no mainstream pop nacional que deixa tudo ainda mais artificial e sem realmente personalidade. O grande trunfo do álbum é poder ouvir que vocalmente Juliette se mostra bem mais confiante e confortável com seu papel de interprete que nas primeiras canções, mostrando que evolui como cantora e deixando espaço para mais crescimento. Bem produzido, CICLONE tem momentos de destaque que dá para ver realmente o potencial de Juliette e o melhor deles é no single Quase Não Namoro ao lado da Marina Senna, mesmo que a canção parece mais com um trabalho da segunda. Outro bom momento é a bonitinha Nós Dois Depois com a presença de Dilsinho que tem toques de R&B com pagode e forro que funciona melhor que o esperado, mas não tem força criativa suficiente para explorar todas as possibilidades da ideia. Também pode ganhar destaque o abre-alas em Sai Da Frente e a que dá nome ao trabalho Ciclone. No máximo um ventinho, o álbum traz no ar um aroma que existe realmente futuro para a cantora Juliette.


Nenhum comentário: