Little Simz
Sempre é interessante notar que artistas procuram experimentar com a sua sonoridade para evoluir/apurar/amadurecer a sua arte. Nem sempre, porém, é um acerto no seu resultado final como é o caso do EP Drop 7 da rapper Little Simz. O que é importante aqui é ver uma artista tão talentosa procurando novos caminhos para a sua já rica e espetacular sonoridade.
Comparado aos trabalhos anteriores da rapper, o EP é como se fosse uma gota de água em um lago, ficando incrivelmente distante da qualidade entrega em seus momentos que simplesmente posso descrever como geniais. Todavia, como escrevi no primeiro parágrafo, Drop 7 é um experimento em que Simz parece apenas como vontade de testar o que pode fazer se incluir elementos novos e alguns surpreendentes. E a maior surpresa aqui é o uso do funk brasileiro na excitante Fever, mas não é apenas na sonoridade já que a rapper entoa um verso todo em português. Ao escutar pela primeira vez foi um verdadeiro susto para depois descobrir que a artista já esteve no Brasil e é fã do Jorge Ben. Mesmo que sendo mais uma ideia bem feita do um produto completo, a canção é um acerto ao criar uma versão bem pessoal do gênero brasileiro misturado com rap e hip hop e se torna o melhor do EP. O resto do trabalho mostra a rapper flertando com eletrônico, criando canções com faíscas de grandiosidades que são cortadas devido ao não aprofundamento que reflete das durações vapt-vupt das faixas. Outros momentos que valem a pena escutar é abertura na metálica e ruidosa Mood Swings e a explosiva e vibrante S.O.S. Se esse for o caminho da Little Simz é possível esperar que desse canapé chic venha por aí um banquete dos deuses. Aguardemos.
notas
Mood Swings: 7,5
Fever: 7,7
Torch: 7,3
S.O.S: 7,4
I Ain’t Feelin It: 7,3
Power: 7
Far Away: 7,2
Média Geral: 7,3
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