Maruja
Enquanto vão criando um imenso hype para o lançamento do primeiro álbum da carreira, a banda Maruja vai presenteando o seu público com incríveis aperitivos em forma de EPs. Agora é a vez do impressionante e incrível Tír na nÓg.
Com apenas quatro faixas e todas sendo canções instrumentais, o EP demonstra a brilhante, feroz, refinadíssima, grandiosa e única capacidade da construção instrumental da banda que consegue introduzir toda a inspirada sonoridade deles em um trabalho realmente impressionante. Na verdade, as quatro canções que compõe Tír na nÓg são basicamente uma única canção divida em quatro partes com diferenças nítidas, mas que possuem a mesma linha sonora desde os primeiros acordes da soturna e densa Aon que tem no conduzir de um sensacional sax a grande ponto de genialidade.
A faixa que começa pequena e contida vai se agigantando e ganhando novas texturas e nuances para se transformar uma épica viagem sonora que desagua diretamente em Dó, criando uma transição simplesmente genial. Na faixa, o instrumental se tornar mais errático e com uma atmosfera de suspensa e quase melancolia, criando uma narrativa sonora impressionante que leva quem escuta a embargar sem medo nessa viagem sensorial. A faixa dá espaço para o momento “menos” inspirado do EP com a chegada de Tri que parece funcionar com uma ligação entre a primeira do trabalho com seu apoteótico final devido a sua maneirada no ritmo, tornando-se um exercício interessante de música ambiental dentro da sonoridade post-rock/jazz rock do trabalho. E a canção que termina o EP é espetacular e sombria Ceathair que abre um novo caminho sonoro ao mesmo tempo que arrematar com louvor o que foi iniciado. Tír na nÓg deixa com mais vontade de finalmente experimentar em toda a sua completude o que o Maruja está preparando para o seu debut.
notas
Aon: 8,6
Dó: 8,7
Tri: 8,4
Ceathair: 8,6
Média Geral: 8,5
Dó: 8,7
Tri: 8,4
Ceathair: 8,6
Média Geral: 8,5
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