15 de novembro de 2011

Primeira Impressão

Talk That Talk
Rihanna

A pergunta do ano é: para que serve o Talk That Talk? Para responder essa pergunta temos que contextualizar o atual momento dela. O sexto álbum da Rihanna (terceiro em três anos) é a prova que ela o nome mais importante da nova geração que surgiu nos anos '00. Desde que estourou de vez com Good Girl Gone Bad, Rihanna ganhou admiração do grande público, fãs aos milhares e elogios da critica. Então, quando estava se preparando para lançar o álbum que sucederia GGGB, houve o episódio de agressão que ela sofreu do ex-namorado, Chris Brown. Isso pesou na criação de Rated R. Rihanna mostrou um trabalho mais maduro, mais denso e expressivo. Rated R foi o momento em que ela me conquistou. Vi nela mais do que apenas uma cantora afilhada do Jay-Z, vi uma artista. No ano seguinte, ela lança o quinto álbum com o nome de Loud. Indo na direção contraria ao Rated R, o novo CD era divertido, animado, descontraído e pop. E mais uma vez ela acertou. De uma maneira estranha os dois álbuns se completam. Em Rated R, ela quis expressar sentimentos mais profundos e exorcizar seus demônios. Em Loud, ela queria se livrar disso e se divertir se preocupar com nada. O grande problema é que Loud fez sucesso demais. Isso mesmo: sucesso demais. Então, respondendo a questão no começo: Talk That Talk serve apenas para Rihanna fazer mais sucesso. E só.

Talk That Talk têm hits do começo ao fim. Porém, infelizmente, não tem alma. As músicas foram jogadas ali apenas para quando forem lançadas como single serem sucesso. Não há uma história por trás de Talk That Talk. Não há uma motivação sólida ou mesmo uma linha de raciocínio. Tudo é produzido friamente para ser vendável e comercial ao extremo. Mesmo com certa erotização quase de mal gosto em vários momentos, Talk That Talk é um álbum passável. Não de envergonhar, mas nada de ser realmente memorável. A produção foi espalhada para vários produtores fazendo cada música ter sua personalidade própria, mas nunca uma unidade única. O pop dance é o carro chefe do CD. Ele é que dá um pouco de personalidade para Talk That Talk. Mais há um pouco de R&B, pop clássico e hip hop. Tudo diluído no meio das faixas. Olhando o lado técnico, a produção do CD é perfeita. Do lado artistíco, faltou criatividade para trabalhar com a RiRi. Ela por sua vez, passa música por música sem deslizes e entrega um trabalho vocal competente. Ela encarnou a figura de cantora pop de maneira exemplar mostrando que cresceu como interprete mesmo com um material não tão bom. Liricamente, Talk That Talk é o trabalho mais pobre dela. Letras bobinhas, rasas e sem criatividade. Claro, tudo muito "chiclete". Como disse antes, em alguns momentos certas composições quase descambam para o vulgar. Como não se aprofundam ficam na linha que separa o sexy e o vulgar. Apesar disso, o álbum tem um ótimo momento em Roc Me Out. RiRi volta para a sonoridade de Rude Boy, mas conseguindo um resultado mais forte. Where Have You Been parece demais com Sexy and I Know It do LMFAO, mas rende um bom momento. Assim como em You Da One (resenha a seguir). O álbum ganha mais quando ela vai para o R&B/pop lembrabndo trabalhos anteriores como em Drunk On Love, Watch N' Learn (que tenho quase certeza que fala de sexo oral), Cockiness (Love It) (que fala realmente de sexo de todos os tipos) e na balada Farewell. A nova parceria com o padrinho Jay-Z na música que dá nome ao álbum decepciona. O hit We Found Love e We All Want Love são completamente dispensáveis e Birthday Cake é o fundo do poço (apesar de se ganhar uma versão inteira, pode salvar um pouco). Talk That Talk vai fazer sucesso? Sim. Eu vou ouvir? Sim, ás vezes. Era necessário? Não. O sucesso pelo sucesso apenas é apelativo.

2 comentários:

Lambert FC disse...

Esse é o pior álbum da Rihanna e.

Só estou esperando a Review de Marry Tha Night, que por sinal está demorando! E eu amo esse blog, sem mais.

SIDCLEY RODRIGUES disse...

amei o álbum, achei desnecessário tmb, mas emfim ela pode.