13 de novembro de 2012

Primeira Impressão

Lotus
Christina Aguilera



Se eu tinha muita expectativa para o sétimo álbum da Christina Aguilera? Tinha, mas baixas. Depois de quebrar a cara com Bionic (nem vou falar de Burlesque) qualquer um teria o pé atrás. Tinha esperanças? Sim, mas poucas. Depois do lançamento de Your Body tive que abaixar qualquer esperança de um grande álbum. Então, no frigir dos ovos Lotus é um álbum bom? Não, mas está longe de um desastre. Está mais para uma "página em branco".


Lotus não tem uma cara definida ou muito menos um rascunho. Com a distribuição basicamente das canções entre os produtores Alex da Kid e a dupla Shellback e Max Martin, Lotus não sai do lugar musicalmente. Tem pop, tem pop rock, tem R&B, tem dance pop e tem outras coisinhas onde nenhuma consegue ter força suficiente para tomar a dianteira e mandar na "parada". Tudo soa pasteurizado demais com ideias reaproveitadas com camadas de verniz para modificar, mas que só as deixa "opacas".  Tudo parece simples demais, frio demais, "bland" demais. Liricamente, o álbum é apenas correto. Quando as canções pedem algo mais pop ela entrega formulas prontas com alguma personalidade própria, mas que nunca chega a ser empolgante de fato. Quando ela abre o coração vem melhores momentos com lembranças de momentos como Hurt, Fighter e Beautiful. Mesmo assim nenhum momento cria-se aquela mágica e só dá vontade de dizer: "Querida, X-tina já entendemos sua magoa de cabloca já faz tempo, que tal evoluir um pouco?". O grande destaque positivo do álbum é que a voz dela continua a mesma e ela está mais cada vez mais sabia de como usa-lá em alguns momentos o controle dela está quase perfeito. Contudo, na maioria das canções o excesso de produção mata uma boa parte do brilho que ela tem. Desnecessário o uso de auto-tune e outras coisas com uma pessoa com uma voz igual a dela. O mais curioso de tudo isso é verificar que as melhores canções são obras de produtores diferentes do trio que comanda. Começa pela Fighter 2 sendo que ela própria definiu Army of Me, a melhor composição do álbum com a produção da dupla britânica Tracklacers, passa pela balada Blank Page onde Aguilera mostra os melhores vocais do álbum em uma atuação contida e cheia de emoção sendo de produção de Chris Braide e co-autoria da cantora Sia, chega na balada pop/country Just A Fool com o colega de The Voice Blake Shelton e produção de Steve Robson e termina em Empty Words uma versão melhorada de Skyscraper com produção de Busbee. Enquanto isso, Your Body continua uma canção fraca, Make The World Move decepciona devido a parceria com Cee Lo Green, Sing For Me tem Aguilera gritando mais que deveria e dando gritinhos estilo Mariah Carey e, por fim, Let There Be Love é a pior do álbum sendo um eletropop chato e totalmente desnecessário. Aguilera procurou sair da moda atual só que se esqueceu de saber exatamente para onde ia e ficou no meio o caminho perdida. Pena.

2 comentários:

Caio Matias disse...

voce nao se contenta com nad Jota, o album ta bacaninha e o Bionic eh masterpiece

Guilherme disse...

Cara como assim? Respeito a sua opnião, mas poxa o álbum tá ótimo ! Concordo em algumas partes ( como a das melhores músicas serem de produtores secundários), mas mesmo assim, comparando com a grande farofa pop/eletrodance que existe hoje, ele pode ser considerado até atemporal.Mesmo não sendo um "Stripped",ele consegue se destacar.