5 de junho de 2016

A Materialização da Vergonha Alheia

Me Too
Meghan Trainor

Ouvir Me Too, segundo single do álbum Thank You da Meghan Trainor, é extremamente divertido, mas não pelos motivos certos. 

A canção é uma verdadeira pérola da vergonha alheia em todos os níveis, principalmente o da sua ridiculamente engraçada e egocêntrica sobre amar quem você é. A ideia é até boa e bem intencionada, não há como mentir. Entretanto, fica muito complicado em ouvir "Se eu fosse você, eu também ia querer ser eu / Eu também ia querer ser eu / Eu também ia querer ser eu" e não ficar vermelho de vergonha alheia pelo nível de "poesia" na canção. Não que era esperado algo genial, mas era para ser algo tão ruim como apresentado aqui. A produção também é um desastre com a tentativa de misturar pop com rap que resulta em uma mistureba clichê, mas que, de alguma forma, funciona para virar single. Meghan Trainor fica perdida nessa loucura em performance esquizofrênica e pouco inspirada que tem como ponto baixo a sua tentativa de ser uma rapper no refrão. Se Me Too não for a materialização da expressão de vergonha alheia, não sei o que é de verdade.
nota: 4

Um comentário:

G. RLS disse...

Eu gosto da "sacada" do refrão, mas como um todo, a letra é fraca mesmo. Gosto da vibe eletro, acho a música divertida.