21 de setembro de 2017

A Garota Que Veio De Outro Mundo

The Gate
Björk

Nos quase vinte e cinco anos de carreira a Björk conseguiu cravar o seu nome no mundo pop ao ser uma verdadeira antítese de tudo que o pop representa. Seja a sua sonoridade, seja a sua estética e de seus clipes e até mesmo sua aparência. E mesmo para aqueles que não são fãs da cantora finlandesa é necessário de qualquer um respeito pelo o que ela fez e ainda faz com o single do seu nono álbum (Utopia), a incrível The Gate.

Com um pouco mais de seis minutos e meio, The Gate é um verdadeiro musicão da porra em todos os sentidos e, como a maioria das canções da Björk, não é um trabalho para todos os públicos. The Gate é uma longa, soturna, melancólica, minimalista e de esquisitice melódica acachapante. Björk novamente nos convida para uma jornada sem volta para o seu mundo e não pede licença para fazer isso, mas muito mais que uma jornada, The Gate revela um novo ciclo na sonoridade da cantora. Mesmo que tenha já brincado com esse tipo de música eletrônica experimental/industrial, a cantora mergulha em um bolsão completamente novo e revigorante com The Gate que tem a sua própria produção ao lado de um dos nomes mais quente da atual música eletrônica indie, o venezuelano Arca. Se não bastasse a complexidade da produção existe também a bela composição que usa de maneira magnifica o conceito de menos é mais. Simples, sucinta e de uma beleza poética impressionante, a letra de The Gate é uma reflexão sincera e um pouco aterrorizante na atual situação de vida de Björk que parece curada das feridas do fim do casamento refletidas no seu último álbum Vulnicura de 2015. Como disse antes, The Gate não é para todos os gostos, mas para aqueles que apreciam verdadeiramente a Björk irá encontrar a finlandesa em dos seus melhores momentos em anos.
nota: 9

Um comentário:

Clayton disse...

Tudo que você disse nessa postagem é verdade, só que a cantora e islandesa.