16 de dezembro de 2022

Primeira Impressão

Cool It Down
Yeah Yeah Yeahs




Ao escutar o álbum Cool It Down, quinto álbum da banda Yeah Yeah Yeahs, é o tipo de experiência que a gente tem certeza que vai ser arrebatado. Quando isso não acontece exatamente, a reação é frustrante, mas, sinceramente, e até bem mais positiva que o esperado.

O problema aqui é o trabalho tem alguns momentos espetaculares que, infelizmente, são rodeados por momentos que são apenas bons. Essa diferença cria uma espécie de vácuo entre na experiência de escutar o trabalho que é arrastado para o resultado final. Tirando isso, Cool It Down é um interessante, denso, adulto, cheia de personalidade e um pouco rápido demais (oito faixas e menos de trinta e cinco minutos) trabalho de indie rock, dance-rock, art rock e alternativo que não exatamente revoluciona, mas é elaborado a se basear nas qualidades bases da banda. Em especial, a presença marcante da vocalista Karen Orzolek. Os melhores momentos e que realmente valem a penas escutar o álbum são o single Spitting Off the Edge of the World que é como “aquele calafrio que vem do nada e deixa uma marca na gente sem ao menos sabermos sobre o que é de verdade. Densa, elegante e misteriosa, a performance da Karen O é perfeita para a atmosfera da canção, conseguindo passar toda a forma da enigmática e madura composição”, a sensacional e enigmática Wolf e a sua batida que faz jus a alcunha de “dark dance” e, por fim, a cinematográfica Burning. O Yeah Yeah Yeahs poderia entregar o álbum do ano se não fosse pelos tropeços, mas Cool It Down ainda vale ser ouvido.


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