18 de dezembro de 2022

Primeira Impressão

<COPINGMECHANISM>
Willow




É exatamente satisfatório pode acompanhar a evolução da carreira da Willow e presenciar o seu atual momento ao ser estar consolidada como uma artista completa e com uma personalidade única, distinta e que se sustentar por si só. E com <COPINGMECHANISM>, a jovem chega no seu melhor momento até o momento em que a sua persona roqueira está em pleno estado de graça.

Completamente confortável com a sua persona roqueira, a cantora consegue explorar as possibilidades ao buscar inspiração em diferentes lugares do rock como, por exemplo, hard rock, grunge, rock alternativo e indie rock que adiciona camadas para o já interessante pop/rock emo/punk que a mesma já tinha mostrado com o bom lately i feel EVERYTHING. E o que faz realmente a sonoridade do álbum funcionar é o quanto natural e fluido a Willow roqueira transparece do começo ao fim. Em nenhum momento, a produção parece ser algo que chega perto de um caça níquel barato, mas, sim, a sonoridade ouvida é a visão da artista sobre a música. Ainda falta certo refinamento? Sim, mas o que é entregue em <COPINGMECHANISM> é perfeito para ser pedra fundamental na construção da carreira da cantora. Um dos melhores momentos do álbum reflete bem essa sensação em <maybe> it's my fault: “mesmo que não seja a melhor da sua carreira até o momento, o single é sem nenhuma dúvida o seu mais maduro até o momento. Um sóbrio e seguro justaposição de pop rock, hard rock e pincelada de emo, <maybe> it's my fault apresenta uma produção que ainda não está cem por cento confiante no território que caminha, mas tem toda as ferramentas ideias para desbravar o novo caminho”. E o quanto metamórfica Willow se apresenta no álbum é algo impressionante.

De lado, a cantora entrega a sóbria e classuda indie rock em Split. Do outro, a mesma flertar pesadamente com o hard core com toques de alternativo na áspera ur a <stranger>. E ambas facetas da cantora são excepcionais, revigorantes e de uma elegância tímida que consegue que a estabelece facilmente como uma das melhores vocalista do rock da atualidade. Devo admitir que liricamente, <COPINGMECHANISM> ainda remete aos mesmos círculos temáticos de assuntos da geração Z como está em voga nos últimos tempos, mas, felizmente, Willow apresenta uma estética apurada que presença de apenas alguns anos de experiência para elevar o seu material para os próximos níveis. Outros bons momentos do álbum ficam para a pop rock/emo curious/furious, a pesada pop punk Falling Endlessly, o grunge elétrico Coping Mechanism, a pegada anos oitenta de No Control e, por fim, o bom fechamento do álbum em BATSHIT!. Espero que dentro de alguns anos possamos olhar <COPINGMECHANISM> como o álbum de transição da Willow em que o seu próximo passo será a sua consagração definitiva.


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