6 de maio de 2013

Primeira Impressão

Pioneer
The Band Perry

O segundo álbum do trio de irmãos The Band Perry é o desejo de qualquer artista country contemporâneo gostaria de produzir: um bom álbum de country contemporâneo. O grande defeito do álbum é o próprio The Band Perry já que a banda ainda mostra sinais de inexperiência para carregar um álbum como Pioneer do começo ao fim.

O grande trunfo de Pioneer é Dann Huff, produtor e músico experiente que tem no seu currículo nada mais que tocar guitarra nas canções Man In The Mirror e I Just Can't Stop Loving You do Michael Jackson e produzir para nomes como Faith Hill e Rascal Flatts, que com sua visão sólida faz o álbum seguir um caminho seguro sabendo aonde o levar desde o começo. Não há arrombos de criatividade, mas há um trabalho bem feito desde a criação das faixas que reflete no trabalho instrumental até na atmosfera country moderna que não descaracteríza o estilo com massivas doses de outros estilos. Infelizmente, o trio não consegue chegar à altura exata da produção do próprio álbum. Talentosos eles são como já comprovaram em singles com If I Die Young e o próprio single de Pioneer, Better Dig Two. Contudo, ainda falta para que eles sejam capazes de manter o mesmo nível durante as 16 faixas e em vários momentos eles são "engolidos" pela produção deixando lacunas que deveriam ser preenchidos pela personalidade do trio. As composições sofrem com a inexperiência deles já que ficam em uma montanha-russa de boas intenções, boas ideias e poucas execuções boas de verdade. Falta ainda muito caminho para eles conseguirem acertar as pontas soltas e saber como articular tudo de maneira inteligente. A principal falha do grupo é que ainda faltam "culhões" de verdade para vocalista Kimberly Perry realmente entregar performances realmente seguras em toda música. Ela é dona de uma voz que tem futuro só que ainda não se descobriu como interprete já que fica ressoando em vários momentos outras artistas. Mesmo com esses problemas, The Band Perry consegue bons momentos com no já citado Better Dig Two, em Done (resenha a seguir), Night Gone Wasted e Chainsaw. O mais curioso é que a melhor parte de Pioneer vem das canções incluídas na versão "deluxe" Once Upon a Time, Lucky Ones e Peaches and Caroline que misteriosamente tem uma pegada blues/soul/country seguindo um direção completamente diferente de todo o resto do álbum. Seria um teste para futuro projetos? Não sei. O que eu sei é que o The Band Perry está no caminho certo só falta achar o melhor caminhar para seguir em frente.

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