27 de novembro de 2016

Os 25 Melhores Álbuns de 2016




Aqui está a primeira parte dos vinte e cinco melhores álbuns de 2016, Espero que gostem!


25. Illuminate
Shawn Mendes


"Como eu já tinha apontado no primeiro álbum do jovem, Shawn já mostrava potencial aos dezesseis anos de idade e que só a experiência poderia ser o catalisador dessa evolução artística. Em Illuminate, o cantor, agora aos dezoito anos, mostra claramente um boa evolução em todos os sentidos, pois parece ter encontrado o caminho perfeito para a sua carreira. Claro, esse estilo pop/pop soul acústico/cantor-compositor com base de violão/guitarra não é novidade para ninguém, ainda mais usando quase a mesma atmosfera de Ed Sheeran, graças a mão de Gosling. Felizmente, tudo é tão bem feitinho e com uma dignidade tocante que fica difícil de não ser cativado pelas canções sobre corações quebrados e amores (quase) impossíveis. Eis que aqui reside a principal qualidade de Illuminate: escrevendo todas as canções ao lado de alguns colaboradores, o jovem revela seu amadurecimento não apenas como compositor, mas, também, como pessoa."


24. The Colour in Anything
James Blake


"Terceiro álbum da carreira do cantor, The Colour in Anything continua a mostrar a visão única e poderosa que o cantor tem sobre o R&B e a música eletrônica. Depois do ótimo e sombrio Overgrown, o artista parece buscar uma atmosfera mais leve e romântica. Todavia, quando se trata do cantor, não ache que essa sonoridade seja envernizada de sentimentos felizes e doces. Em sua sonoridade etérea que funde dezenas de influências do soul com outras dezenas de música eletrônica, especialmente as de origem underground, James tem o intuito de expressar um leque de emoções de uma maneira contemplativa, melancólica e com uma profundidade impressionante. Todas as inserções, nuances, ideias, texturas, batidas e qualquer som que o artista adiciona em cada faixa tem a função de expressarem esses sentimentos tão complexos e intricados."


23. Mahmundi
Mahmundi



"Mahmundi tem uma deliciosa e revigorante sonoridade MPB vintage que busca a sua principal fontes de inspiração no que foi feito na metade nos oitenta e começo dos anos noventa. Tanto é que as suas músicas foram comparadas com o da Marina Lima e do Guilherme Arantes, que tinham uma atmosfera que sempre parecia invocar um dia na praia que acaba com um luau regado a refrescantes bebidas envolta da lareira. A adição de sintetizadores é o principal direcionador para essa sensação, mas a cadencia lenta e as influências de New Wave, pop e música eletrônica colaboram para a construção dessa sonoridade. Nas mãos de Mahmundi o resultado é muito interessante, pois não soa como uma mera cópia mal ajambrada e, sim, uma revitalização decente desse estilo que marcou uma época. Além disso, o MPB de Mahmundi não sofre com o problema de ter parado no tempo. Na verdade, o álbum consegue ter esse toque old e manter uma atmosfera moderna e refrescante. Produzido pela própria cantora com supervisão do Miranda, conhecido por ser jurados de vários programas de música na TV, o álbum conta com uma ótima instrumentalização que resulta em um resultado extremamente profissional que se mostra bem superior à muitos artistas novos. Claro, isso tem haver com a falta de recursos e de apoio que esse outros artistas enfrentam, mas Mahmundi parece ser mais do que apenas "dinheiro": existe uma sensibilidade melódica impressionante que ajuda a pavimentar o talento da jovem."
Primeira Impressão


22. Back from the Edge
James Arthur


"Apesar de qualquer ser monotemático, Back from the Edge escapa de ficar monótono e repetitivo graças a talento de compositor de James e da sua equipe de colaboradores. Em cada faixa é possível notar que cada mensagem construída sobre arrependimento, perdão (de outra pessoa e para si próprio), recomeço e esperança vem de um lugar realmente verdadeiro e, muitas vezes, ainda envolto por muita dor e ressentimento. Não existem saídas fáceis para eliminar esses sentimentos, mas James encontrar o veículo perfeito em letras realmente inspiradas, principalmente devido ao escape que o álbum tem aqui e ali com canções com uma carga romântica como é caso do single número um em seis países Say You Won't Let Go ou a estilo Ed Sheeran Can I Be Him que tem uma das letras mais melancólicas do álbum. O cantor se mostra um ótimo contador de história em suas criações, pois elas possuem a qualidade rara de serem extremamente pessoais e, ao mesmo tempo, encontrar moradia nos sentimentos do público. Além disso, o trabalho mais técnico, isto é, a maneira como é elaborada cada verso, cada palavra, cada rima e cada refrão é de um artista em pleno amadurecimento artístico que, mesmo que precise aparar algumas arestas soltas, demonstra um poder de expressão singular, refinada e, surpreendentemente, bem popular."


21. Mind of Mine
Zayn


"Mind of Mine é uma surpreendente miscelânea de R&B e soul pop em uma embalagem bem estruturada, buscando uma identidade artística própria para Zayn, mesmo que esbarre na necessidade de criar algo que também seja comercial e nos ecos de outros artistas. A pegada do álbum é a busca por uma cadência suave e sensual em que seja possível mostrar o Zayn como uma música e, não apenas, como um cantor. A coesão do álbum é o que faz o resultado final ser realmente bom. Não há momentos desperdiçados, pois todas as faixas conversam umas com as outras. Claro, a produção ser encabeçada por apenas quatro nomes ajuda muito. Todavia, a ideia por trás do álbum é o alicerce perfeito para sustentar a transformação de Zayn. Apesar disso, o álbum não é livre de criticas negativas. Primeiro, a linearidade entre as batidas pode criar uma sensação que o álbum é arrastado e chato. Umas faixas mais animadinhas poderiam ter caído bem, mesmo correndo o risco de perder a sua essência. O segundo fator de critica é que o cantor ainda não encontrou o seu próprio caminho em relação a sua sonoridade, transitando em uma mistura de The Weeknd, Ed Sheeran e, até mesmo, Chris Brown. Nada, porém, que o tempo não resolve. O que não deixa Mind of Mine ser um trabalho realmente sensacional é o seu teor lírico."

Um comentário:

ninguendo disse...

Gostei muito do AIM da M.I.A. e do Dangerous Woman