15 de março de 2022

Uma Segunda Chance Para: Love on Top

Love on Top
Beyoncé

A escolhida para ser revistada hoje não é uma canção que teve uma recepção ruim ou mesmo morna no seu lançamento. Na verdade, desde o momento que a Beyoncé lançou Love on Top como single sempre elogiei a canção, mas devo admitir que o tempo fez a canção se revelar melhor que a recepção original. Na verdade, não apenas melhor, mas, especialmente, como um dos melhores momentos da carreira da Beyoncé, especialmente vocalmente.

Existe uma cresça que mostra potência vocal é apenas possível em grandes baladas que exigem alcance, versatilidade e controle. Em Love on Top, Beyoncé demonstra a capacidade de fazer uma canção dançante um tratado sobre poder vocal. Para aqueles que não sabem, a canção apresenta uma impressionante mudança de tom na sua parte final. Em apenas dois minutos, Love on Top muda de tom quatro vezes ao ir do Ré bemol maior ao Mi maior apenas durante a repetição do refrão. Essa mudança poderia facilmente se tornar irritante ou exagerada, mas é aqui que entra a força da voz da Beyoncé. A cantora faz essas transições de maneira tão fluida e natural que parece aos ouvidos de quem não entende muito bem que não aconteceu nenhuma mudança. E isso não apenas na versão de estúdio, pois a cantora repete exatamente a mesma façanha em qualquer apresentação ao vivo como fez na já lendária performance do MTV Video Music Awards de 2011 quando anunciou a sua gravidez da Blue Ivy. Sonoramente, a canção é outro imenso acerto ao ser uma volta ao R&B old school de maneira graciosa. Sem soar “datada”, mas, sim, repaginada em uma celebração, Love on Top é uma irresistível R&B up-tempo que envolve a gente de forma doce e cadenciada até explodir no seu grandioso clímax. Exaltando o amor de forma sincera, romântica e deliciosamente otimista, a canção continua a envelhecer como o melhor dos vinhos que vai ressaltando as suas qualidades de forma acentuado e se transformando em algo sublime.
nota: 9,5

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