25 de abril de 2013

Primeira Impressão

Girl Talk
Kate Nash

Um artista que muda drasticamente de estilo musical pode dar um grande tiro no pé resultando em um álbum simplesmente horrível. Claro, essa decisão mostra que, além de estar no controle de sua carreira, ele ou ela deseja crescer como artista. Quando dá errada essa manobra acontece algo com o My December da Kelly Clarkson, quando dá certo (ou quase) acontece algo como o terceiro álbum da britânica Kate Nash, Girl Talk.

Nash fez sua estreia em 2007 com o pop indie Made Of Bricks e com o sucesso Foundations tudo na esteira da conterrânea Lily Allen. Seis anos de passaram e ela deu uma guinada sonora em Girl Talk indo do pop indie para uma mistura de punk, grunge e pop. Quem conheceu Kate no começo deve estranhar bastante a nova "faceta" dela, mas de uma maneira estranha o álbum até funciona bem por alguns motivos. Um deles é que Kate não se leva muito a sério nunca tentando ir muito a fundo na sonoridade escolhida, algo como punk de butique só com substância. Não que a produção funcione em todas as faixas, mas o resultado geral é até legal. Assumindo essa figura mais roqueira, Nash até vai bem mesmo fazendo certas performances quase histéricas e uma ou outra bem sem graça. O que se mantém intacto em Nash é seu talento para compositora sempre ácida, inteligente e em Girl Talk ela mostra ainda mais o seu feminismo com letras honestas com na boa Rap For Rejection. Há também a melancólica Part Heart, Death Proof se destaque pela construção e a divertida Fri-end?. Contudo, a melhor do álbum é a ótima Sister. O álbum foi um fiasco na parada inglesa, mas é uma boa pedida para quem quer ouvir algo diferente. E no fim, Kate Nash provou que pode ser positivo mudar. Só basta saber o que se faz.

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