7 de março de 2014

Primeira Impressão

G I R L
Pharrell Williams

Quem acompanha o blog deve já ter percebido, mas não custa nada deixar bem: eu sou fã do Pharrell Williams. Faz tempo que eu acompanhado a sua trajetória como produtor solo e no grupo The Neptunes que conta com praticamente quase todo o grande mainstream pop/R&B/hip hop e até mesmo rock. Além disso, acompanhei a carreira solo dele com o álbum In My Mind e todas os seus featuring ao longo dos anos. sempre fiquei intrigado com a má vontade de parte da impressa especializada com o trabalho do cantor/produtor, pois sempre considerei ele um dos melhores artistas com uma sonoridade única e a frente do seu tempo. Então, vocês podem imaginar o quanto "feliz" estou com o sucesso comercial (solo) que Pharrell está tendo nos últimos tempos impulsionado com o hit Happy e o quanto animado fiquei ao saber que ele iria lançar seu segundo álbum. O problemas é que G I R L não corresponde as minhas expectativas mesmo sendo um bom álbum.

G I R L é um álbum quase conceitual feito para celebrar o amor que Pharrell tem pelas mulheres. Isso é bom, pois ele consegue fazer isso de uma maneira elegante e respeitosa ao longo das 11 faixas. Só que a qualidade das canções fica exatamente entre o bom e o médio quase caindo para o fraco. Há vários momentos bobos ou de pouca inspiração em que Pharrell parece deixar exposta certa urgência na criação das letras o que parece ser resultado do fato do álbum ter sido lançado para aproveitar o sucesso dele. Mesmo assim o álbum tem bons momentos em que o artista mostra que sabe fazer letras para grudar na cabeça, mas com qualidade de primeira. As participações são de peso (Alicia Keys, Justin Timberlake, Miley Cyrus, Daft Punk, Timbaland e até mesmo do maestro Hans Zimmer), mas nenhuma delas fala para o que veio de verdade sendo apenas nomes nos créditos do álbum (talvez Alicia seja a mais relevante). Com produção exclusiva do próprio Pharrell, G I R L é um bom álbum neo soul/pop soul em que o artista mostra a sua personalidade a todo o tempo. Infelizmente, G I R L está preso em uma caixa sonora em que o produtor se colocou e não vai mais além do que ele já fez. Bom, mas faltou ousadia. Outro problema no álbum é a inclusão da ótima Happy: colocada aqui pelo fato do sucesso conseguido, a faixa é uma quebra da linearidade temática do trabalho resultando em um deslocamento da mesma. Mesmo assim, Happy é a melhor faixa de G I R L. Outros ótimos momentos são a canção Hunter em que Pharrell mostra sua influência do Prince e a faixa que abre o álbum, Marilyn Monroe. Mesmo não sendo o que poderia se esperar, Pharrell Williams ainda é o cara.

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