7 de abril de 2014

Passando a Limpo Madonna: Quinta Era: O Fundo do Poço e a suas Confissões





Álbum: American Life 
  Ano: 2003

Depois de duas décadas no topo, Madonna lança o seu primeiro "tiro no pé". Tentando falar sobre materialismo e o famoso sonho americano, a Rainha do Pop acabou soando vazia, confusa e completamente sem graça tanto na mensagem geral do álbum como na sonoridade boba e que não tinha nada que refletisse a verdadeira Madonna.


American Life: A canção que dá nome ao álbum é basicamente a representação de todo o álbum: confusa, boba e sem nenhuma vergonha de mostrar todo o narcisismo de Madge. Se ao menos fosse divertida valeria a penas, mas o single consegue ser um dos momentos mais vergonhosos do pop quando a cantora dá uma de "rapper". Vergonha alheia defini.
nota: 2


Hollywood: Um pouco melhor que a canção anterior por não ser uma bomba, o segundo single tem um arranjo fraco acompanhado de uma composição bobinha. Talvez o que salva aqui são os vocais iniciais de Madonna, mas que são massacrados por um novo "rap" no final.
nota: 4,5

Nothing Fails: É preciso uma baladinha acompanhada de um violão para as coisas melhorarem de vez. A canção ganha uma guinada interessante na sua parte final quando a cantora é acompanhada por um coral que ressoar uma vibe gospel. Mesmo assim a composição é apenas ok e os vocais normais.
nota: 6

Love Profusion: Outra baladinha pop morna com base de violão que não faz jus ao talento da cantora e só está no álbum para encher "linguiça".
nota: 5,5



Álbum: Confessions on a Dance Floor
  Ano: 2005

Madonna ouviu bem e claro todas as criticas feitas ao seu álbum anterior e fez o que a verdadeira Rainha do Pop deveria fazer: se reinventar. E dessa vez, a Fênix que vive dentro da cantora surgiu mais bela e avassaladora do que nunca simplesmente fazendo uma manobra até banal: Madonna olhou para o passado para construir o presente. Mirando em grandes nomes do pop que fizeram história (inclusive ela mesma no começo da carreira), a cantora entregou um revigorante, divertidíssimo, dançante, glorioso e vários outros adjetivos que podemos classificar essa obra-prima do bom, velho e imortal pop.


Hung Up: Algumas coisas precisam acontecer em um momento especifico para possamos sentir toda a sua glória. Depois de fracassos de criticas dos seus últimos singles, Madonna surpreendeu o mundo inteiro ao laçar Hung Up. Não apenas a Rainha do Pop voltou aos trilhos como, novamente, "recriou" o pop da época ao voltar ao passado e construir uma obra fundamental para quem gosta de música boa de verdade. Além disso, Madonna conseguiu a liberação do grupo ABBA para usar o sample da canção Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight), um fato que só repetiu duas vezes sendo a primeira em 1996 quando o Fugges usou a canção The Name of the Game em Rumble in the Jungle. Isso apenas ajudou a canção a construir sua "áurea" de obraprima.
nota: 10

Sorry: Outro momento genial da Madonna que deveria ser reconhecido com um das melhores canções pop da última década. A mistura entre pop e disco em uma composição estilo "vá se foder, seu cretino" com classe e leveza ajuda a transformar a canção em uma música perfeita.
nota: 9,5


Get Together: Indo em uma direção diferente dos outros singles a faixa é uma excepcional house music que mesmo com mais de cinco minutos consegue não ser arrastada mostrando a força da produção de Madonna ao lado de Stuart Prince.
nota: 8,5


Jump: Uma especie de homenagem ao Pet Shop Boys muito bem produzida e sabendo utilizar elementos do eletrônico sem transformá-los em uma grande colcha de clichês.
nota: 8,5

Um comentário:

Unknown disse...

Amo o AL por ser um trabalho arriscado. Apesar das contradições, é um dos meus álbuns favoritos.

Já o Confessions dispensa comentários, é um trabalho genial.