1 de abril de 2014

Primeira Impressão

The Power of Love
Sam Bailey


Ganhar um reality musical deve ser o sonho de boa parte de cantores que nunca alcançaram o sucesso, ou mesmo, aqueles que tiveram e perderam. O vencedor tem garantido a possibilidade de (re)começar a carreira com o lançamento de um álbum sempre com a ajuda de uma equipe estabelecida e experiência para guiar a pessoa pelo espinhento mundo fonográfico. Depois disso, o que acontece com a carreira do cantor(a) é uma consequência de fatores que vão além do resultado inicial. O que pode ser um grande sucesso ou um grande fracasso. Quem deu esse passo recentemente foi Sam Bailey, última vencedora do The X Factor UK, que lançou seu debut no ultimo dia 21. (Para quem não a conhece deem uma olhada nessa resenha)

The Power of Love é basicamente composto por regravações de sucessos dos anos '80 e '90, algumas mais recentes e uma original. O grande e principal problema do álbum é falta de personalidade, pois o trabalho é feito para Sam e, não, feito pela Sam. As escolham das canções que compõem o CD parecem refletir mais os gostos pessoais da cantora e o que os produtores acham que ela deve cantar para atrair o público do que a cantora é de verdade. Além disso, a mistura de estilos das escolhas das canções que vão desde o country até pop rock também ajuda a dar essa impressão de falta de personalidade para o trabalho. A produção faz um trabalho decente, mas completamente sem criatividade e em certos momentos se excedendo em arranjos grandiosamente artificiais. Dito tudo isso, o que faz de The Power of Love um álbum digno de ser ao menos ouvido é a presença da própria artista. Sam Bailey foi comparada com  a Susan Boyle, por causa de terem semelhanças em suas histórias como, por exemplo, o fato de serem mulheres mais velhas descobertas em reality show. Contudo, Sam é uma cantora muito superior à Susan em vários quesitos seja na versatilidade quanto na potencia vocal. Aqui, podemos ouvir um pouco do talento dela, mas a produção vocal erra ao não tirar toda a versatilidade que ela pode entregar. Um dos melhores momentos do álbum é a regravação da canção From This Moment On da Shania Twain que mesmo com alguns defeitos consegue um resultado acima da média assim com a canção original Treasure em que podemos ver um pouco da capacidade de Sam saindo da sua zona de conforto. Agora o tempo dirá como Sam vai dar o segundo passo em sua carreira.

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