16 de junho de 2022

Uma Segunda Chance Para: Green Light

Green Light
Lorde


Existem algumas canções que a gente só consegue entender toda a sua grandiosidade e qualidade depois de algum tempo e, claro, uma revisão sobre as primeiras impressões. Esse é caso perfeito de Green Light que depois de cinco anos do seu lançamento consigo perceber a canção pelo o que realmente é: um pop perfection.

Na minha resenha original comparei a canção com os trabalhos da Lana Del Rey e do Florence + The Machine e ainda disse que “que em nenhum momento a produção parece saber elevar essa mistura para criar a sonoridade que a cantora precisaria para conseguir se estabelecer como uma artista completa”. Olhando em retrocesso a pergunta que vem na minha mente é: o que eu estava pensando? Obviamente, primeiras impressões podem ser enganosas, mas em Green Light foi um pouco demais. E olha que na época até gostei da canção, mas não dei o seu devido valor. Produzido pelo pela Lorde ao lado do Jack Antonoff e Frank Dukes, a canção é uma preciosidade na sua construção climática ao começar de maneira densa e dramática para depois desaguar em uma explosão emocional e dançante. A mistura elétrica de eletropop, post-disco e indie pop se revela uma decisão acertada com a suas nuances luminosas e um instrumental brilhante. Tematicamente, Green Light é a sucessora de direito para You Oughta Know da Alanis Morissette ao ser uma devastadora e inteligente crônica sobre traição, coração quebrado e um desejo de vingança emocional. E o refrão é um dos melhores da última década. Nada disso poderia possível, porém, sem a devastadora performance da Lorde que consegue trilhar um caminho sinuoso sem perder foco e colocando uma tonelada de personalidade e emoção genuína e crua que dá a finalização perfeito a canção. Ainda acredito que a canção não alcança todo o seu potencial estético, mas isso não tira o fato de finalmente ver Green Light pela ótima canção que sempre foi.
nota: 8,5

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