6 de outubro de 2024

Primeira Impressão

CAJU
Liniker



Kylie Triunfal

Lights Camera Action
Kylie Minogue


É tão reconfortante ouvir uma artista como a Kylie Minogue voltar a acertar depois de um deslize grande como foi com a péssima My Oh My. Não apenas acertar, mas, sim, triunfar com a excelente Lights Camera Action.

Primeiro single oficial de Tension II, a canção não apenas faz a cantora voltar totalmente aos trilhos, mas, também, a faz entregar uma das suas melhores canções nos últimos anos. Uma explosiva e incandescente mistura de dance-pop, EDM, club e house, Lights Camera Action tem uma força contagiante que faz a gente vibrar logo nos primeiros segundos. E o grande trufo da produção é saber moldar essa mistura para caber perfeitamente no estilo elegante e marcante da Kylie. Outro grande ponto da canção é a produção vocal que passa bem longe de qualquer abuso ao fazer a voz da cantora brilhar plenamente com todo o seu brilho. A composição é até tematicamente rasa, mas é um tem uma estética icônica com frase diretas e marcantes. E assim a Kylie continua a provar o motivo de ser uma das maiores artistas pop de todos os tempos, mesmo depois de um tropeço.
nota: 8

A Era Jade

Midnight Cowboy
JADE


Mesmo não estando completamente “apaixonado” pelo começo da carreira solo da Jade tenho que apontar que achou louvável, interessante e surpreendente o caminho que a mesma vem tomando. E isso é perpetuado pelo single promocional Midnight Cowboy.

Mesmo ainda não achando que a cantora tenha acertado na mosca, o grande trunfo da canção é novamente a sua experimental produção que consegue equilibrar um lado mais comercial de maneira a dar para a cantora uma personalidade única e provocativa. Em Midnight Cowboy, a produção segue um mais linear do que em Angel of My Dreams ao entregar uma pesada, classuda e marcante batida que mistura EDM, electropop, uk bass e R&B com toques da sonoridade eletrônica do começo dos anos noventa. A composição que foi coescrita com a Raye é bastante interessante sem nunca ser pretenciosa devido a apresentar um toque intelectual nítido. O melhor da canção é a performance realmente inspirada da Jade que a faz imprimir toda a sua versatilidade. Ainda faltou um toque para elevar a canção para outro parâmetros, mas ainda esse começo da Jade realmente está sendo auspicioso.
nota: 7,5
 

O Bom Sample

Moonlit Floor
LISA



Depois de acertar em New Woman, a integrante do Blackpink volta a acertar com essa delicinha e cativante balada mid-tempo que mistura dance-pop que mostra outra faceta da cantora. Mesmo parecendo como um trabalho inspirado na sonoridade da Sabrina Carpenter, Moonlit Floor encontra o seu lugar devido a presença fofa e marcante da Lisa e, principalmente, devido ao ótimo uso do sample do clássico moderno Kiss Me da banda Sixpence None the Richer que transforma o refrão em uma verdadeira joia devido a inteligência em como é usado para dar personalidade para a canção sonoramente e liricamente. E assim a Lisa vai criando hype verdadeiro para seu primeiro álbum solo.
nota: 7,5

2 Por 1 - Halsey

Ego
Lonely is the Muse
Halsey

Com lançamento da polêmica e mediana Lucky, a Halsey meio que ajudou a ofuscar os lançamentos dos próximos singles que claramente são superiores. E isso é uma pena, pois Ego e Lonely is the Muse são realmente canções que merecem mais reconhecimento.

Mesmo que sejam ótimas, ambos singles apresentam estéticas realmente inteligentes e bem pensadas que dá uma noção de como será a vibe do álbum The Great Impersonator. Apesar de equivalentes em qualidade, Lonely is the Muse é a mais imponente sonoramente ao ser uma edificante e surpreendente balada de rock alternativo/post grunge/ que claramente tenta emoldurar uma sonoridade dos anos noventa como, por exemplo, ouvida na banda Hole. Épica e com um instrumental classudo, o grande destaque da canção é a poderosa e sentimental performance da Halsey que consegue não apenas transmitir toda a força da sua composição, mas também mostrar a versatilidade da cantora. Em Ego, o estilo da canção é mudado para uma versão pop rock/pop punk que parece emoldurar a ascensão emo do começo dos anos dois mil. E o grande trunfo da canção é fazer isso sem soar datado ou/e pretencioso e, sim, de uma forma natural que deixa a canção realmente carismática e excitante. Nenhum dos singles tem potencial de hit, mas são amostras que quando a Halsey acerta realmente entrega canções bem acima da média. 
notas
Ego: 7,5
Lonely is the Muse: 7,5

O Falso Brilhante

It's ok I'm ok
Tate McRae


Ao ouvir It's ok I'm ok, novo single da Tate McRae, você pode até achar que está diante de uma canção boa de verdade, mas ao prestar atenção é fácil notar que o trabalho não passa do mediano.

Tentando repetir o sucesso de Greedy, a canção é uma rápida e rasteira pop/R&B com pinceladas de electropop que tem uma batida marcante e perfeita para viralizar. Tenho que admitir que sonoramente a canção acerta no ponto ao parecer fazer algo diferente. Entretanto, um olhar mais cuidadoso percebe que It's ok I'm ok é uma amontado bem costurado de ideias já ouvidas e testadas dezenas de vezes sem adicionar nada novo para a mistura. E o que deveria ser o poderia ser o diferencial é a presença de Tate que entrega uma performance até sólido que não, porém, tem nada de especial que a separe da multidão. It's ok I'm ok é um falso brilhante que pode conquistar alguns, mas quem tem olho bom sabe que é comum como zircônia.
nota: 6,5