Florence + The Machine
Depois de um hiato de três anos após o lançamento de Dance Fever, o Florence + The Machine está finalmente de volta para nos agraciar com sua sublime sonoridade. E isso fica claro já no incrível primeiro single Everybody Scream.
Dando início ao novo álbum, a canção carrega a marca definida, inesquecível e, sinceramente, lendária da banda, ao se apresentar como uma grandiosa e impressionante mistura de art rock e pop que apenas eles poderiam entregar. Entretanto, a produção acrescenta camadas vibrantes, com cores fortes que conferem à faixa uma personalidade reluzente, sem deixar de preservar a essência já consolidada do grupo. Dessa vez, há uma bem trabalhada e excitante influência de rock alternativo e gótico, com toques de punk rock e gospel, que dá a Everybody Scream uma áurea completamente distinta dentro da discografia — ainda que soe, ao mesmo tempo, familiar. É exatamente o tipo de experiência que apenas o Florence + The Machine seria capaz de oferecer.
O mesmo se pode dizer dos vocais: apenas Florence Welch tem esse poder de transmutar uma canção em algo quase espiritual por meio de uma performance avassaladora. A forma como interpreta determinadas passagens permite sentir toda a sua intensidade emocional sem perder a majestade vocal.
Liricamente, a canção é simples para os parâmetros da banda, mas carrega uma bela temática ao retratar os sentimentos da narradora ao subir nos palcos e seu relacionamento com a plateia. Nota-se uma diferença de estética na letra, provavelmente relacionada à participação de Mitski, que é conhecida por composições mais diretas, porém de grande potência emocional. Everybody Scream marca, mais uma vez, um começo deslumbrante para a nova e excitante era do Florence + The Machine.
nota: 8,5

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