29 de dezembro de 2015

Primeira Impressão

A Head Full of Dreams
Coldplay


O Coldplay chegou ao um ponto da carreira que não importa o que eles lancem, os seus álbuns sempre irão ter uma ótima vendagem devido aos fãs conquistados nesses últimos quinze anos. Dessa vez, porém, o novo álbum, A Head Full of Dreams, teve um concorrente que não deixou muito espaço para o banda britânica chegar ao topo das paradas: Adele e seu devastador 25. Apesar disso, a banda conseguiu vender na primeira semana quase meio milhão de cópias nos Estados Unidos e na Inglaterra e, provavelmente, o álbum irá passar a marca de dois milhões de cópias dentro de algumas semanas. O melhor aspecto disso tudo é que A Head Full of Dreams é um bom álbum.

Não bom como os primeiros trabalhos da banda, mas longe do tedioso Ghost Stories, lançado no ano passado. Como dito anteriormente, o Coldplay tem uma base fãs extremamente sólida, por isso eles estão dispostos a "brincar" com a sonoridade deles sem medo de sofrerem grande rejeição. A Head Full of Dreams mostra essa tendência ao unir o colaborador de longa data Rik Simpson com a dupla de produtores Stargate. Preservando algumas das suas características originais, a adição da dupla de sucessos como Irreplaceable da Beyoncé e Only Girl (In the World) da Rihanna dá para o Coldplay um revigorante verniz de uma mistura de pop com R&B que dá para A Head Full of Dreams uma alegre e bem vinda atmosfera que vai à contramão do depressivo Ghost Stories. Sem nenhuma dúvida, essa mudança já é a melhor coisa que aconteceu para o Coldplay em ano. Não que A Head Full of Dreams seja um trabalho perfeito, mas o resultado final mostra uma banda mais despreocupada e positiva com sua parte instrumental leve e "clean".

Com as participações inusitadas de Beyoncé em duas músicas (Hymn For The Weekend e Up&Up) e da cantora sueca Tove Lo (Fun), a banda tem no vocalista Chris Martin o seu ponto central. A sua voz mundialmente conhecida é sempre boa de ouvir, mesmo que o cantor nem sempre seja o mais versátil. Falta vida na voz de Chris em vários momentos que parece estar em uma espécie de automático dele mesmo. O maior problema, entretanto, ainda são as composições pseudo-filosóficas do grupo: em A Head Full of Dreams há uma vibe um pouco menos "inteligentona" e, sim, mais sentimental, mas não supera o fato das composições soarem como a tentativa de fazer algo genial que, na verdade, são trabalhos medianos e corriqueiros. Felizmente, o resulta final de A Head Full of Dreams é surpreendente bom, ajudando a banda a ter o seu melhor álbum em dez anos.

Um comentário:

christine blog disse...

O Coldplay se foi na verdade. Essa é outra banda, que faz música pop.